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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Como descomplicar o Marketing moderno?

"Área pede profissionais multifuncionais que primem pelo relacionamento com o consumidor. Estratégia deve andar lado a lado com as ações de comunicação para obtenção do sucesso."



*#:#* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 30/07/2014



Como quase tudo no mundo, o Marketing passou por grandes mudanças. A chegada de novas tecnologias e a mudança nos hábitos dos consumidores conduziram a área estratégica das companhias a uma reinvenção que assustou alguns conservadores. 

A forma como as transformações acontecem ainda são vistas com receio e é possível ver que muitos esperam por influências externas para tomarem atitudes. No entanto, não há motivo para desconfiança ou temor em modificar o que está funcionando, uma vez que a área por si só irá se adaptar às necessidades do mercado. 
A visão estratégica passou a ser incorporada às empresas, realinhando pontos para uma melhor obtenção de resultados. 

Para isso houve uma remanejamento das verbas, a fim de igualar-se às novas oportunidades que a tecnologia trouxe. O foco em propaganda já não é tão visível quanto antigamente, uma vez que o setor está mais amplo, sem distinção do meio on e off-line, como o Trade e redes sociais. Esse conhecimento geral tem recebido mais atenção e deve andar lado a lado com as ações de Comunicação, para alcançar o que se chama de Marketing Moderno.

Para que essa atividade ocorra de forma simplificada é preciso que todos os níveis de uma corporação estejam em consonância. “A criação ainda é importante, mas há outros pontos a serem considerados, como a distribuição, o posicionamento da marca e a precificação, que é complexa. 

Além disso é necessário ter vocação tecnológica e um olhar para o cliente. Hoje em dia quem não trabalha o relacionamento com ele não sobrevive”, afirma Carlos Júlio, Consultor de Marketing, em entrevista à TV Mundo do Marketing.

Trabalho multifuncional
A sustentabilidade de uma organização hoje é baseada no fortalecimento da marca e fidelização do cliente. “Só tem um jeito de fazer uma companhia que não está preocupada no consumidor passar a ter: é possuir um gestor que acredite que isso é importante. Se você quer uma empresa que se importe com o mercado, contrate um profissional que acredite nisso”, pontua o consultor.


Para tornar essa atividade mais fácil, algumas empresas optam por fazer job rotation, visando ampliar o conhecimento do funcionário sobre como ela atua. Esse olhar amplo é retrato de um novo modo de gestão, descentrado no lucro e focado no relacionamento com o cliente. 

Nesses casos uma liderança que se importe com o consumidor é fundamental para o bom andamento da organização, ainda que haja casos de sucesso em que o foco é restrito ao retorno financeiro. Para esses o trabalho realizado não garante uma sobrevivência no futuro, porque cada vez mais o público-alvo exigirá respostas.

Para dar conta de tantos questionamentos que chegam a todo momento a quem atua no ramo, passou a ser exigido de quem trabalha na área uma polivalência, independente do porte da companhia. Isso porque tudo que é inerente a construção de uma empresa deve ser do interesse de quem pensa no produto ou serviço.

“O profissional que não domina os números não entende o negócio. É uma ilusão achar que por ser marqueteiro não precisa conhecer contabilidade gerencial e de custo, capacidade de investimento, fluxo de caixa ou taxa de retorno. Tudo é quantificado nesse ramo”, conta Carlos Júlio.

Transformações analíticas
O modo como as instituições obtêm seus frutos tem tomado ares científicos. As planilhas demonstram o trabalho realizado muito mais do que a apresentação do produto. Atualmente tudo é quantificado para que o Marketing não se torne uma despesa. “Marketing só é investimento quando é utilizado com inteligência, buscando um resultado e o alcançando. Essa é a fundamentação dele”, conta Carlos Júlio.


Apesar de tantos números e técnicas envolvidas, atuar nas áreas estratégicas de uma empresa ainda é uma atividade simples para quem tem a mente aberta para as transformações. O setor vive uma fase de observar as sinergias e agir conforme a demanda. Por isso o trabalho deve ser constante, com análises metódicas, uma vez que qualquer cálculo errado, pode oferecer dano a uma ação.

Não adianta prever o que pode acontecer, uma vez que a área está sempre em movimento. Quando uma marca se funde a outra, por exemplo, novas oportunidades aparecem e todo o estudo que se tinha antes pode não ter utilidade. É preciso observar o cenário como um todo sem o temor do fracasso.  

“O que é fundamental hoje é focar nas ações mercadológicas que trazem resultado para a companhia. São elas: a construção de marca, fidelização de clientes e do canal”, diz Carlos Júlio. 

Ações estratégicas
Embutir a estratégia na cultura organizacional reflete como funciona a gestão. Para Carlos Júlio há outros 4P’s, além do criado por Jerome McCarthy, que precisam ser entendidos por quem trabalha com este direcionamento. O primeiro, chamado de Probing, é focado na pesquisa de mercado, para entender quem são os clientes atendidos. Já o segundo, nomeado de Positioning, é como a companhia quer ser vista pelo mercado.


O termo Prioritizing é utilizado para estruturar o caminho para se chegar aonde quer e o que deve ser primado Por último, o Partitioning tem como premissa a segmentação de mercado, uma vez que estabelecer nichos permite que se trabalhe melhor o cliente.

“Esse ainda é um dos grandes elementos do Marketing, pois se admite que não é possível trabalhar tudo com todos”, diz Carlos Júlio.
Utilizar essas ações no dia a dia de forma analítica faz com que os resultados venham naturalmente, sem que haja uma tensão desnecessária. 

Inevitavelmente a pressão ocorrerá, uma vez que há a sede por retornos rápidos. Cabe ao profissional acompanhar para não ser eliminado pelos concorrentes. “Quem quer ser o profissional da efetividade precisa se capacitar, buscar aprendizado e ser questionador. Nunca conteúdo foi tão importante para uma pessoa”, afirma o consultor.

Símbolo da Airbnb gera reações criativas

"Logo foi comparada a animais, meios de transporte, alimentos e partes do corpo. Mais de 100 montagens e uma música foram feitas com a imagem do Bélo."



*#:#* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 30/07/2014


A Airbnb divulgou um infográfico com as repercussões feitas em torno do símbolo da marca, o Bélo. 

A logo foi comparada a animais (como urso e cachorro), foguete, avião de papel e alimentos e partes do corpo. Além disso, uma música foi escrita sobre a imagem, que também ganhou mais de 100 remixes visuais. 

Veja abaixo o resultado das reações:


E-commerce é quarta categoria mais visitada na web no Brasil

"Classificados e Lojas de departamentos foram os sites mais visitados. Segmento ficou atrás das páginas de conteúdo de Internet, Entretenimento e Adulto."



*$:$* Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 30/07/2014



O e-commerce ocupa o quarto lugar na preferência de categoria de sites acessados por brasileiros. Com 3,95% de participação de visitas, o segmento ficou atrás de “Internet e Computadores” (51,35%), que inclui buscadores e redes sociais, “Entretenimento” (16,87%), “Adulto” (4,74%) e à frente de “Negócios e Finanças” (3,75%), aponta a Hitwise, ferramenta global de inteligência digital da Serasa Experian.

Analisando a categoria, o ramo de classificados, que engloba sites em que pessoas anunciam seus produtos, ficou em primeiro lugar na preferência dos internautas no país, com 31,43% de presença, seguida das lojas de departamento, com 22,87%. 

A região Sudeste foi a que mais acessou os sites de compra (60,35%), sendo o estado de São Paulo o responsável por mais da metade das visitas. As demais regiões tiveram desempenho de 16,28% (Sul), 12,10% (Nordeste), 7,80% (Centro-Oeste) e 3,56% (Norte).
E-commerce, Serasa, Hitwise

6 ações na loja que levam à conversão de venda



"Retorno nos investimentos realizados nos PDVs é facilmente medido pelo varejo com altos e pequenos curtos"


Inflação, endividamento, restrições na oferta de crédito e alta da inadimplência. São diversos os fatores que levaram as famílias a frearem seus gastos desde o ano passado, impactando diretamente os rendimentos do varejo. 

Para arrematar o cenário negativo, a Copa do Mundo levou a declaração de feriados em dias de jogos nas cidades-sede, com perdas de lucratividade de cerca de 10% em relação a um dia útil. Os esforços para levar o consumidor para dentro da loja, neste momento, são fundamentais, tornando estratégicas as ações nos pontos de venda.

Além de seduzirem as pessoas que passam em frente à unidade da marca, essas iniciativas devem mirar especialmente na conversão. As mudanças internas ou na vitrine apresentam como vantagem a facilidade de medição do retorno, já que os impactos tendem a ser sentidos imediatamente após a implantação.

Outro ponto alto desses investimentos está no baixo custo de muitas iniciativas, que podem gerar resultados financeiros significativos.
A criatividade – e não, necessariamente, o valor empenhado – é o segredo do sucesso. “O ponto de venda tem papel fundamental porque é lá que tudo acontece. 

Mesmo que a marca anuncie, quando a mensagem chega ao comprador, ele está distante da mercadoria. Tudo que gravita em torno da loja tem possibilidade maior de conversão. Investir de forma holística nesse local traz bastante resultado”, garante Marcelo Bicudo, Vice-Presidente de Criação e Estratégia da Epigram, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Conheça seis ações no ponto de venda – algumas baratas, outras nem tanto – que podem impactar diretamente na conversão de uma loja.

01. Invista em uma unidade temporária

As pop up stores continuam sendo um ótimo investimento, quando bem realizadas. Esses pontos de venda precisam atrair os consumidores com a promessa de que há algo ali imperdível e que não permanecerá por muito tempo. O local escolhido também precisa fazer sentido para a marca, ao estar no trajeto do público-alvo da companhia.

A Asics aproveitou a edição de 2013 do Ironman Brasil para apostar no modelo. Enquanto seu time de triatletas disputava a prova, visitantes podiam conhecer a nova linha de triathlon da fabricante. A inspiração para a criação da Epigram veio do próprio esporte. O visual da loja tinha como conceito “Gigantes pela própria natureza”.

A concepção garantiu ao projeto recebeu o primeiro lugar no prêmio internacional de Visual Merchandising, concedido pela VMSD. A arquitetura da loja foi inspirada em um dos modelos de tênis de performance da Asics. “O cuidado com o Visual Merchandising, a exposição da mercadoria, a comunicação visual e o conceito levou a vendas 30% superiores do que o esperado”, afirma Marcelo Bicudo.

Outra marca que explora o modelo, mas de uma forma itinerante, é O Boticário, com sua linha voltada para o público masculino, o Malbec. A Confraria Malbec abriu as portas no último dia 23, em São Paulo, e percorrerá Fortaleza e Porto Alegre, ficando poucos dias em cada cidade. Quando o cliente chega ao espaço, criado pela TV1 Experience, ele é convidado a realizar um cadastro e receber um passaporte, que traça o perfil do consumidor por meio da tecnologia RFID.
A experiência no espaço vai muito além dos produtos. No território “destinos”, por exemplo, o cliente encontra dicas de como arrumar a bagagem e no ambiente “gastronomia” aprende receitas e harmonizações de vinhos. Posteriormente, no meio digital, a marca passa a oferecer dicas personalizadas a ele.

04. Aposte na comunicação visual

Mesmo quando os recursos são escassos, é possível se criar uma solução no interior de uma loja que gere impacto em quem entre nela e estimule a compra de um produto. Nesses casos, o material pode ser barato, desde que cause um efeito visual interessante. A Asics lançou mão da criatividade para atrair seus clientes na direção do lançamento da marca: o tênis com extra-amortecimento Nimbus.

A promessa do novo produto é que os corredores que o usarem sentirão o asfalto mais macio. A loja conceito da fabricante ganhou então uma área com um piso falso todo produzido em EVA. Num primeiro momento, o cliente é atraído pelo material diferente fixado no chão. Ao dar os primeiros passos, se depara com uma comunicação visual que divulga o novo tênis. Somente então, ele entende do que se trata. O projeto foi criado pela Epigram.

02. Repagine e mude o clima do PDV

O Giraffas renovou suas lojas de rua em Brasília dentro de um conceito de fast-casual, que une a rapidez do serviço a um ambiente mais agradável. As unidades ganharam música de fundo, que pode ser escolhida pelo cliente e outros serviços que gravitam em torno da alimentação. 

“É um conceito novo atrelado a um redesign das lojas. Houve unidade que registrou 100% de aumento de vendas. Em geral, sempre esperamos pelo menos 15% de retorno em projetos do tipo, que melhoram a comunicação visual da loja”, diz o VP da Epigram, empresa que assinou o projeto.

As redes fast-food já tiveram dias melhores e enfrentam a diminuição da adesão por parte dos jovens, principalmente aqueles que valorizam uma vida mais saudável. Para resgatar o público, o ponto de venda tem se tornado estratégico para o setor. O Bob’s é mais uma rede que alterou a sinalização nas unidades, a linguagem e a decoração das lojas, mudanças que alcançaram até as embalagens dos alimentos. O projeto foi desenvolvido pela Tátil Design de Ideias.

O McDonald’s também já esboça sinais de que seguirá pelo mesmo caminho. Segundo matéria da Bloomberg, o prazo determinado para começarem as mudanças é de um ano e meio, conforme foi definido numa conferência de analistas da companhia. As mudanças no PDV terão como objetivo desconstruir a imagem dos restaurantes de serem apenas um lugar para se alimentar de forma barata. A ideia é incrementar a experiência do consumidor no local.

05. Não dispense o apelo olfativo

Nenhum sentido humano pode ser menosprezado pelo varejo, nem mesmo o olfato, como muitas lojas já notaram. Segundo estudo da Universidade Rockefeller, os aromas são fatores de atração e contribuem para o aumento das compras por impulso em 38%, porque estabelecem um vínculo emocional com o consumidor.

A empresa de nozes carameladas Dona Castanha deixou a fragrância usada em seu ponto de venda acabar, num fim de semana, e viu seu faturamento cair em 30%, demonstrando o potencial desse recurso de Marketing. 

O produto usado na loja foi desenvolvido pela Studio D’Essences, especializada na área, que atende também a clientes dos setores de cosméticos, incorporação imobiliária, moda, design e decoração. Em 2013, a agência alcançou um faturamento de R$ 1,5 milhão e crescimento de 100% em relação a 2012.

03. Vitrine é estratégica

A vitrine é uma importante mídia da loja, que oferece um retorno sobre investimento que poucas outras podem proporcionar. Ela valoriza os produtos e serve de isca ao criar uma conexão entre a marca o público antes mesmo de ele passar da porta. 

A Imaginarium é uma das marcas que já descobriu o poder desse espaço de exposição, que abraça os consumidores do lado de fora e os leva para dentro do ponto de venda já encantados. A empresa tem 23 anos, 15 dos quais com a vitrine recebendo quase a totalidade dos recursos de Marketing.

A rede já teve 24 novas produções por ano, mas hoje investe em 14. “Algumas categorias, que não estão entre as nossas tradições, como camiseta ou cosmético, só vendem quando estão na vitrine. Os produtos que a decoram saem no mínimo 30% mais do que quando estão apenas expostos no interior da loja, mas já tivemos casos de registrarem 70% a mais de vendas”, conta Lucia Mondadori, Supervisora de Visual Merchandising da Imaginarium, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A equipe que pensa essa parte tão especial da loja conta com sete pessoas fixas, fora artistas e até engenheiros que, às vezes, precisam ser contratados temporariamente para a materialização das ideias. Em outubro de 2012, um projeto exigiu ajuda externa quando o time de Marketing decidiu investir numa vitrine interativa. A proposta é que ela se assemelhasse com as máquinas de pegar brinquedos, em que o usuário usa uma garra para conseguir o seu prêmio.

No lugar das pelúcias, estavam almofadas de uma coleção lançada na época pela marca. Quem conseguisse pegar o produto, o levava para cada de graça. “A fila para brincar na loja do Iguatemi ficou maior do que a do cinema. Trabalhamos em nossas vitrines durante três meses: o primeiro, na criação; o segundo, produzindo; e ela permanece montada durante o terceiro”, explica Lucia Mondadori.

06. Adote um ponto de venda móvel

Expandir o ponto de venda para um veículo que se desloque pela cidade também é uma estratégia que vem dando retorno a muitos empreendedores. Os furgões e caminhões com comidas e outros produtos deixaram de ser encarados como solução popular e ganharam sofisticação. 

O movimento se acelerou com a regulamentação, em maio, do decreto que permite a venda de comida na rua na capital paulista. Com a novidade os chamados food trucks, com até 6,3 metros de comprimento, já surgem nos mais variados e badalados locais.

A Baden Baden levou um caminhão para Campos de Jordão, a cidade de origem da marca, para criar uma experiência diferenciada junto aos consumidores e comemorar seu aniversário de 15 anos. Todo sábado e domingo, até o dia 20 de julho, o veículo contou com dois beer sommeliers que convidavam o público para sessões de degustação dos rótulos especiais da fabricante. 

A ação contou com palestras de 30 minutos, ministradas pelos especialistas Kathia Zanatta e Alan Gatiboni, que falaram sobre harmonização e convidaram os participantes a provarem combinações entre cervejas Baden Baden e pratos de finger food. A concepção é da agência Mood.

A adesão a esse canal para chegar ao consumidor já é tanta que surgiu um aplicativo com um guia online dos endereços onde estão estacionados os caminhões. O Food Truck nas Ruas recebe colaboração dos usuários, que podem enviar um formulário de contato com o nome e o local dos novos pontos de venda espalhados pelas cidades. 

Engana-se quem pensa que o veículo só pode servir comida. Em outros países, há variantes como a oferta de flores e outras plantas. Basta ter criatividade.