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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

IP fixo e dinâmico: saiba vantagens e desvantagens de cada configuração


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

27/08/2016 07h00 - Atualizado em 27/08/2016 07h00
Postado em 01 de setembro de 2016 às 23h30m
Gipope-Marketing
O IP é um código atribuído a cada dispositivo conectado em uma rede. Além de cada aparelho possuir um número, o padrão também possui diferenças, como o IP fixo e o IP dinâmico, cada um responsável por um endereço.
 
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A seguir, saiba todos os prós e contras e entenda os detalhes dos códigos. Trabalhando de forma estática ou dinâmica, os IPs oferecem configurações com vantagens e desvantagens para cada usuário. Um dos padrões, por exemplo, é mais indicado para grandes empresas, enquanto outro pode não trabalhar tão bem em computadores que utilizam a VPN. 
Notebook conversível da Dell mantem o design e o bom nível de acabamento (Foto: Isabela Giantomaso/TechTudo) (Foto: Notebook conversível da Dell mantem o design e o bom nível de acabamento (Foto: Isabela Giantomaso/TechTudo))
Entenda os prós e contras do IP fixo e do IP dinâmico 
(Foto: Isabela Giantomaso/TechTudo)

O que é IP?
O IP, em linhas gerais, é um código numérico atribuído a cada dispositivo conectado em uma rede. Como esse número é único para cada aparelho, ele pode ser encarado como um endereço desse equipamento. Por exemplo, se a sua rede doméstica tem cinco dispositivos conectados, cada um deles terá um IP diferente para essa rede.

Há também diferentes instâncias de IP, como se fossem camadas: o IP dos seus equipamentos na sua rede doméstica e o IP da sua rede aos olhos da Internet. Na sua rede, seu computador pode ser encontrado pelo endereço 192.168.0.100, por exemplo.

No entanto, na Internet, o endereço de seu PC terá referência com o código atribuído ao seu roteador pela operadora, que pode – e, aliás, deve ser – bem diferente do 192.168.0.100 que usamos de exemplo.
IP pode se referir ao endereço na sua rede e/ou na Internet (Foto: Luciana Maline/TechTudo)
IP pode se referir ao endereço na sua rede e/ou na Internet 
(Foto: Luciana Maline/TechTudo)

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Para entender melhor os IPs dinâmicos e fixos, é muito importante antes deixar claro que  o computador tem dois IPs diferentes e independentes entre si. O primeiro é o código da sua rede interna, simbolizado pelo 192.168.0.100. O segundo, um IP vinculado ao seu modem, fixo ou não, atribuído pela sua operadora, e que é enxergado pela Internet como endereço da sua rede. Digamos que esse número seja 255.102.75.214.

IP dinâmico
O IP dinâmico é o mais comum e se refere, principalmente, a um endereço que muda sempre, normalmente quando você liga o modem, ou em intervalos de tempo definidos pelo provedor. É o padrão ideal para uso doméstico, já que não requer equipamentos de melhor performance e não depende de conhecimentos um pouco mais avançados para configuração e manutenção.
Existem sites que permitem visualizar seu IP, seja dinâmico ou fixo, perante à Internet (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
Existem sites que permitem visualizar seu IP, seja dinâmico 
ou fixo (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

Na prática, falando estritamente do ponto de vista de um usuário doméstico, o uso do IP dinâmico pode ter apenas uma grande desvantagem: trata-se de uma solução que torna o uso de VPNs um pouco mais difícil.

As VPNs servem, entre outras coisas, para esconder seu endereço de IP e se seu IP é dinâmico esse processo pode acabar se tornando um pouco ineficiente, dependendo do serviço que você utiliza.
Além disso, há um outro fator envolvido no IP dinâmico. Como o endereço é passível de mudança o tempo todo, é preciso que sua rede negocie o uso de um IP. Isso é feito por meio de um protocolo chamado DHCP. Ele funciona em segundo plano e permite que seu computador negocie e obtenha um endereço de IP dinâmico quando necessário.

Essa negociação pode deixar sua conexão com a Internet um pouco mais lenta, prejudicando velocidades de download e upload. Entretanto, essas interferências são mínimas e se elas realmente irritam você, há a opção do IP fixo, em que o DHCP não existe.

Outra desvantagem do IP dinâmico é para que, por algum motivo, pretende instalar um servidor de rede. Se o IP mudar o tempo todo, o acesso a esse servidor pode se tornar desafiador: você nunca saberá com certeza qual é o endereço da máquina na Internet. Entretanto, a configuração de servidores por usuários domésticos é algo bem raro.

IP Fixo
O IP fixo é mais raro e, em alguns casos, sua oferta pelo provedor está vinculada a taxas adicionais. Como é possível deduzir a partir da explicação sobre o dinâmico, o código fixo é um endereço de IP imutável. Ou seja, seu computador sempre terá o mesmo endereço, desde que conectado à rede com o fixo (se você levar o laptop para uma viagem e conectar de outro lugar, ele terá um IP diferente).

Mas qual é a vantagem desse modelo? O IP fixo é ideal para usuários que precisam ter absoluta certeza sobre o endereço de sua rede na Internet. Suponha que você tenha um servidor para sua empresa, ou precise criar um tipo de nuvem pessoal para arquivos, cujo acesso se dá via FTP: nesse caso, fixar o IP da rede é fundamental, já que você terá acesso a esses recursos sempre, bastando para isso acessá-los diretamente pelo número de IP fixo atribuído pelo seu provedor.

IP fixos (estáticos) na sua rede doméstica
IP fixo e estático não são a mesma coisa: você pode definir um IP estático na sua rede. O IP fixo é fornecido pelo seu provedor de acesso (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
IP estático é definido na rede, enquanto o fixo é fornecido 
pelo provedor de acesso (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

Há outra forma de entender o IP fixo e ela diz respeito ao gerenciamento de dispositivos conectados na sua rede doméstica. Suponha que você tenha uma quantidade de banda um pouco limitada e que use seu computador, ou um console de videogame, para baixar conteúdos enormes, ou mesmo jogar em rede. Via de regra, a distribuição de IPs em uma rede interna é realizada de forma aleatória pelo seu roteador.

Um detalhe importante neste caso é que quando falamos de IP fixo na rede doméstica estamos nos referindo ao endereço de IP determinado no roteador. É possível fazer isso sozinho e essa configuração não depende, nem requer, participação do seu provedor de acesso à Internet.

Tecnicamente, o IP invariável em uma rede doméstica deveria ser chamado de IP estático, até como forma de evitar confusão com o IP fixo, que se refere ao seu acesso à Internet, como explicado no começo. Contudo, os dois nomes são usados para as duas coisas o tempo todo, daí toda essa confusão de IP fixo/estático de rede interna e IP fixo/estático de Internet.

Nesse cenário, fixar o IP desses equipamentos no roteador pode ser muito benéfico. Ao atribuir um IP fixo a esses dispositivos, você passa a ter a oportunidade de fazer o encaminhamento de portas no roteador, procedimento que pode deixar sua performance em jogos e downloads muito melhor.

Outra vantagem do uso de IP fixo na sua rede interna é o fim do risco de conflitos causados por aparelhos tentando usar o mesmo endereço de IP.
 
Você precisa de um IP Fixo?
IP fixo costuma ser caro e restrito para clientes empresariais (Foto: Filipe Garrett/TechTudo)
IP fixo costuma ser caro e restrito para clientes empresariais 
(Foto: Filipe Garrett/TechTudo)

Não. As operadoras dificilmente atendem esse tipo de necessidade para usuários domésticos, reservando a oferta de endereços fixos para planos empresariais. Na remota possibilidade de que seu provedor disponibilize o serviço para qualquer assinante, fique ciente de que os custos podem ser assustadores.

O IP dinâmico funciona muito bem e para quem precisa de Internet apenas para acessar, jogar, enviar dados e arquivos, além de fazer downloads, essa solução se mostra extremamente segura e eficiente.

Se o plano de Internet em vista é para uma empresa, aí a coisa muda de figura: o IP fixo pode ser decisivo para a instalação de uma rede de alta performance e que forneça serviços como e-mail para os funcionários.

Você precisa de IP estático na sua rede doméstica?
Isso depende de alguns fatores, mas, em geral, se você tem muita coisa conectada no mesmo roteador e gostaria de privilegiar o acesso de alguns dispositivos, definir IPs estáticos é sempre uma boa política. 

Consoles de videogame e PCs usados para downloads e jogos multiplayer, por exemplo, se beneficiam de forma sensível de IPs estáticos e de encaminhamento de portas.

Sete opções de Linux leves que vão ressuscitar o seu PC antigo


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

29/08/2016 08h00 - Atualizado em 29/08/2016 08h00
Postado em 01 de setembro de 2016 às 22h00m
Gipope-Marketing
A defasagem do hardware de computadores antigos pode dificultar o uso de aplicativos mais novos. Uma forma interessante de ressuscitar essas máquinas "mais velhas" — e com sistemas operacionais menos poderosos — é escolher um software desenvolvido para funcionar em PCs com esse perfil. 

Na lista a seguir, conheça sete opções baseadas em "Linux Leve" que oferecem bom suporte a máquinas mais antigas e ressuscite aquele seu velho PC com Windows XP ou Windows Vista, por exemplo. Você vai saber detalhes sobre Linux Lite, Lubuntu, TinyCore, Endless OS, CloudReady Chromium OS, Slitaz e Puppy Linux.

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1. Linux Lite
O Linux Lite está na versão 3.0 e é baseado no Ubuntu. É uma distro Linux típica, com interface Xfce. Os requerimentos mínimos para usar em um computador antigo são:

- Processador de 700 MHz;
- 512 MB de RAM;
- Monitor com 1024 x 768 pixels;

É possível rodar a partir de um pendrive ou DVD sem instalação no computador.

Linux Lite tem requerimentos mínimos baixos e é fácil de usar (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
Linux Lite tem requerimentos mínimos baixos e é fácil 
de usar (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

Um ponto positivo dessa distribuição é o fato de vir com poucos aplicativos. Apenas softwares realmente necessários são incluídos no pacote, algo que contribui para ter um sistema mais leve na primeira instalação. O processo de instalação da distro é simples e, uma vez aplicada ao computador, não exige novos apps e se esforça para manter o usuário longe do Terminal do Linux.

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2. Lubuntu
O Lubuntu têm a letra “L” para sinalizar a vocação da distro do Ubuntu como "Leve", ideal para computadores com processadores menos potentes e quantidade menor de memória RAM.

Para usá-la, os requerimentos mínimos do computador são:

- Pentium II ou Celeron;
- 128 MB de RAM;
- 2 GB de espaço em disco;

Há dois pontos fortes: é um produto oficial da Canonical — o que significa suporte — e vem com apps.
Lubuntu conta com a vantagem do suporte da Canonical (Foto: Divulgação/Lubuntu)
Lubuntu conta com a vantagem do suporte da 
Canonical (Foto: Divulgação/Lubuntu)

O Lubuntu é uma versão oficial do Ubuntu, e tem acesso a atualizações, suporte para updates de segurança, drivers, codecs e repositórios mantidos pela Canonical. 

É importante para quem pretende instalar o Linux na máquina de forma definitiva, já que a garantia de suporte tende a eliminar eventuais falhas de segurança e corrigir bugs. Em termos de usabilidade, roda a partir de uma interface gráfica conhecida como LXQt, mais simples que o Unity, ideal para não pesar no seu computador.

3. TinyCore
O TinyCore têm, apenas, 15 MB de tamanho. O preço a se pagar por um sistema tão pequeno é a ausência, quase que absoluta, de apps: o sistema operacional vem apenas com um editor de texto simples, no estilo Bloco de Notas do Windows, e o Terminal. Há também a edição Core, com apenas 10 MB, mas sem interface gráfica: trata-se, basicamente, de um tipo de DOS.
Iso do TinyCore tem só 15 MB e o sistema pode rodar até em um 486 (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
Iso do TinyCore tem só 15 MB e o sistema pode rodar até 
em um 486 (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

O perfil econômico do TinyCore chama bastante a atenção, e essa distribuição é mais indicada para usuários mais avançados, capazes de baixar e instalar aplicativos a partir de linhas de comando, além de compilar código no Terminal. 
Usado em computadores de todos os tamanhos, o TinyCore é popular em PCs em uma placa, como o Raspberry Pi e suas diversas versões. A configuração mínima exigida é um processador i486DX, de 1989.

Netflix não abre no Ubuntu (Linux), como resolver? Troque dicas no fórum do TechTudo.

4. Endless OS
O Endless OS é um sistema Linux nacional com interface gráfica caprichada e, se colocar como opção ao Chrome OS do Google, terá acesso a aplicativos e ferramentas próprias do sistema de forma offline, algo inviável no Chrome OS. O Endless OS têm um volume impressionante de ferramentas educacionais e de entretenimento, usados também offline.
EndlessOS não é tão leve como alguns exemplos da lista (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
Endless OS não é tão leve como alguns exemplos da lista 
(Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

Outro ponto a favor do Endless OS é a interface gráfica bem trabalhada e a abordagem amigável, que busca tornar o sistema plenamente utilizável por iniciantes no Linux, afastando o usuário do acesso constante ao Terminal. O Endless OS está entre as melhores escolhas de Linux da atualidade. O grande defeito do Endless é não ser tão leve quanto os seus concorrentes já citados acima neste texto.

5. CloudReady Chromium OS
O Chromium OS é a versão livre do Chrome OS, usado pelo Google com exclusividade em seus Chromebooks. O sistema é bem leve, funciona ligado aos serviços como Google Drive, Google Docs e Chrome Store e tem interface totalmente desenvolvida a partir das guias do navegador Chrome.
CloudReady é uma versão do Chrome OS, sistema do Google baseado em Linux, livre para qualquer PC (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
CloudReady é uma versão do Chrome OS, sistema do 
Google baseado em Linux, livre para qualquer PC 
(Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

O defeito do Chromium OS é o fato de que grande parte de seus aplicativos e recursos funcionam apenas na nuvem, exigindo conexão constante com a Internet para funcionarem corretamente.

É possível rodar o Chromium OS de forma offline, mas isso significa abrir mão dessas funções, algo que pode representar uma limitação intransponível para quem tem um computador muito antigo e sem placa de rede, por exemplo. 

Se a conectividade não é problema, torna-se um sistema excelente: há vários aplicativos disponíveis na loja do Chrome e seu uso é extremamente amigável. Não há processo de atualização, o Terminal é basicamente inexistente e tudo pode ser controlado em poucos cliques.

6. Puppy Linux
Puppy Linux tem uma história de 15 anos entre sistemas operacionais dedicados a rodar em computadores com hardware menos impressionante. Similar ao Linux Lite em termos de apps, essa distribuição possui elementos do LibreOffice, navegador de Internet, VLC e mais alguns aplicativos.
Puppy Linux é uma distribuição que tem versões a partir de Slackware e Ubuntu (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)
Puppy Linux é uma distribuição que tem versões a 
partir de Slackware e Ubuntu (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

O Puppy Linux têm edições construídas em torno do Ubuntu e do Slackware, garantindo ambientes gráficos diferentes que atendem a perfis de uso e gostos de vários tipos de usuários.

O grande problema do Puppy é o ritmo lento de lançamentos e atualizações. Uma grande vantagem é a possibilidade de rodar a partir da memória RAM, sem instalar: você pode carregar o sistema a partir de um pendrive e ejetar o USB sem problemas, o Puppy estará todo carregado na memória RAM.

Dependendo da versão, o Puppy pode ter imagem iso de 250 a 300 MB e tem requerimentos mínimos baixos. Um aspecto que pode desmotivar os usuários é a interface gráfica pouco atraente.

7. Slitaz
O Slitaz é uma distribuição extremamente leve e funcional. Na sua edição mais robusta, requer apenas 256 MB de memória RAM para operar plenamente em qualquer computador. Nos pacotes mais econômicos, é possível fazer o Slitaz rodar com apenas 20 MB de RAM, tornando a distro compatível com computadores de mais de 20 anos de idade — reciclando uma máquina que você jogaria fora. 
Slitaz é uma distro levíssima e completa (Foto: Divulgação/Slitaz)
Slitaz é uma distro levíssima e completa (Foto: Divulgação/Slitaz)

O sistema tem interface gráfica baseada no gerenciador OpenBox e roda em notebooks e PCs normalmente. Dispõe de uma versão compatível com processadores ARM, que o torna elegível para o Raspberry Pi e similares. O defeito do Slitaz é que trata-se de uma distro Linux menos amigável.

Um dos recursos mais interessantes é o painel de controle TazPanel, que dá acesso a uma grande quantidade de regulagens do sistema e do computador. Com organização em abas, a ferramenta é poderosa e, embora não tenha interface tão atraente, faz inveja a distros mais famosas e pesadas.