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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Projeto de sustentabilidade da Procter & Gamble busca desenvolvimento social



"Programa pioneiro da marca, com foco em água, deve chegar ao Brasil em 2012..."



!*! Por Com:Atitude

Projeto de sustentabilidade da Procter & gamble busca desenvolvimento socialA pequena fábrica de sabonetes em barra e velas, fundada em 1837 na cidade de Cincinnati, Ohio, nos Estados Unidos, tinha como cerne a simplicidade e a capacidade de oferecer produtos básicos para o bem-estar e a manutenção da qualidade de vida. Após 22 anos de operação, em 1859, o faturamento desta companhia, já nomeada como Procter & Gamble, chegou ao seu primeiro milhão. Hoje, ela está presente em 80 países e mantém sua proposta histórica, mas sob o espectro das necessidades modernas: cosméticos, produtos de limpeza e higiene pessoal.


“Melhorar a qualidade de vida de nossos consumidores, de uma forma pequena, mas significativa” tornou-se o propósito da empresa. De acordo com a companhia, suas marcas participam três bilhões de vezes no dia-a-dia de seus consumidores. Esse conceito do impacto positivo, causado diariamente, está alinhado ao seu portfólio, que gera importante reconhecimento de conforto e segurança por meio de marcas como Pampers, Gillette, Hipoglós, Always, Vick, dentre outras.


Embora seja uma organização voltada a bens de consumo, a P&G criou uma plataforma de engajamento social a partir de sua marca corporativa, o que contribui para a transferência de percepção positiva para sua complexa arquitetura. E a chave está em seu propósito.


Incorporada à área de responsabilidade social da P&G, a plataforma Live, Learn and Thrive, voltada para o desenvolvimento da qualidade de vida de crianças até 13 anos em desvantagem social, materializa a causa principal da empresa. São mais de 100 programas que acontecem em 60 países e contemplam desde o desenvolvimento educacional na Índia até campanhas de vacinação na África. Todas essas iniciativas gravitam no universo cotidiano infantil.


Conhecimento para a solução
Um dos princípios da P&G é o incentivo à inovação, capaz de gerar benefício mútuo ao gerar imagem de vanguarda para a companhia e soluções para o consumidor. Um exemplo é o Instituto de Ciências da Saúde P&G, criado em 2001 em Ohio, nos Estados Unidos, com o objetivo de identificar e criar tecnologias para um mundo em constante mudança. Os estudos estão centrados em saúde, higiene e nutrição – temas correlatos ao portfólio de produtos da empresa. A entidade é formada por mais 200 cientistas, além de colaboradores externos.

Foi em junho de 2003 que o Instituto P&G, em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças e o Conselho Internacional de Enfermeiras, lançou um produto capaz de gerar grande impacto social, o PUR Water Purifier, composto de sulfato de ferro – conhecido por sua ação coagulante – e hipoclorito de calico, um desinfetante. O produto químico, embalado em um sachê com capacidade de quatro gramas, elimina vírus, bactérias e outros poluentes da água. Cada sachê transforma 10 litros de água contaminada em potável.

Cinco grandes estudos clínicos foram conduzidos pela P&G com a universidade Johns Hopkins para atestar a eficácia do PUR Water Purifier, que envolveram mais de 26 mil pessoas de quatro países diferentes. Os benefícios do produto são inúmeros: dentre eles, a queda de incidência de diarreia e melhoria da qualidade de vida de crianças em fase de desenvolvimento. Segundo a ONU, mais de quatro mil crianças morrem diariamente por conta da ingestão de água contaminada.

Parcerias para implementação
Após o desenvolvimento deste produto impactante, a P&G criou o programa Children’s Safe Drinking Water, que integra a plataforma Live, Learn and Thrive. Sem uma devida articulação de interesses, não seria possível a distribuição em larga escala dos sachês. Para isso, o programa faz parcerias com mais de 100 ONGs, responsáveis pelo trabalho em comunidades.

A distribuição de água potável por meio dos sachês alcançou três bilhões de litros em 2011 e a meta é aumentar esse número para quatro bilhões até 2012. Foram cerca de US$ 35 milhões investidos pela P&G neste projeto, que está presente em 23 países. De acordo com a empresa, a estimativa é que mais de 16 mil vidas tenham sido salvas por conta da prevenção de doenças.


Expansão para um novo mercado




Os sachês da PUR integram um novo negócio criado pela companhia, a PUR Water. Outros produtos foram desenvolvidos por essa empresa e estão à venda: filtros para torneiras; filtros para geladeiras; refis para os filtros, e até filtros especiais para obtenção de água saborizada.


A PUR Water, inicialmente centrada no PUR Water Purifier, tornou-se um mercado novo de atuação do grupo P&G, o que configura uma estratégia inteligente de agregar valor financeiro ao programa social. A empresa também está presente nas redes sociais e criou uma ferramenta em sua página no Facebook, para incentivar doações ao Children’s Safe Drinking Water: a cada novo fã, a PUR Water faz uma doação de 10 centavos de dólar até atingir o montante de 30 mil dólares.


Os sachês também estão à venda em lojas online, como Amazon e Target para que a distribuição de água potável se expanda por meio de voluntários que decidam atuar em suas comunidades por conta própria.


Alcance global
No último Fórum Mundial de Sustentabilidade, realizado em março deste ano em Manaus, o Children’s Safe Drinking Water foi apresentado aos participantes do evento e a P&G anunciou sua vinda para o País. “Pela primeira vez, o Brasil poderá conhecer de perto a grande inovação do PUR, uma iniciativa mundial única da causa corporativa da P&G”, declarou Tarek Farahat, presidente da P&G Brasil, na ocasião.


A empresa anunciou também que está em busca de ONGs para atuar na distribuição do PUR no Brasil, que deverá ser lançado em 2012, mas ainda sem data específica.


* Por Leticia Born. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude, da Edelman Significa, e agora no Mundo do Marketing de acordo com parceria que os dois portais mantêm.

Venda de imóveis não vive mais sem internet, aplicativos e redes sociais



Quase 100% das compras passam em algum momento pela internet.



*=* Por Letícia Alasse


Nada de entrar em canteiros de obras ou stand de vendas. Já há alguns anos, quando um consumidor decide comprar um imóvel, o seu ponto de partida é a internet. Por isso, construtoras e imobiliárias passaram a investir em conteúdo e ferramentas digitais para conquistar o público e se aproximar dos clientes. Sites, blogs, canais multimídia, perfis em redes sociais, aplicativos para smartphones, ações mobile e atendimento online formam a base do alicerce para se vender uma casa atualmente.


As compras de imóveis pela internet, no entanto, estão ainda longe de ser uma modalidade de transação efetiva. Os tramites burocráticos da ação não permitem que o consumidor realize todas as etapas da compra no conforto da sua casa. As imobiliárias, por outro lado, oferecem cada vez mais serviços online, deixando apenas que as assinaturas de contrato sejam presenciais. Até os casos de compras do exterior, por enquanto, são realizados por um procurador.



“Acredito que vamos ainda vender um empreendimento 100% pela internet. Não será hoje, mas no futuro conseguiremos que o cliente escolha e compre seu imóvel por meio de um certificado e uma assinatura digital, que já existe, e faça o pagamento da entrada via internet bank”, declara Gustavo Zobaran, especialista em Comércio Eletrônico e Coordenador de Departamento de Marketing Digital da Brookifield, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Estratégias para diversificar no mercado
Os meios digitais têm um papel importante no plano de divulgação, venda e pós-venda de empreendimentos imobiliários. Em 2010, a Cyrela contabilizou 20% das vendas realizadas por meio de um canal online, o dobro do ano anterior. O site da companhia recebeu quatro milhões de visitas no mesmo período. 



“Acreditamos que uma fração desses acessos gera contatos e uma fração de contatos gerará vendas”, afirma Fernando Moulin, Gerente-geral de E-Business da Cyrela Brazil Realty, em entrevista ao portal.


Em 2011, as construtoras passaram a investir em novidades para atrair o público e aumentar o relacionamento das empresas com os clientes, com ações desde o chat online com os corretores a aplicativos para smartphones e canais de comunicação pelas redes sociais. Afinal, a busca por imóvel no meio digital não é mais uma novidade e todas as imobiliárias já possuem, pelo menos, uma página na web.


Por isso, a Coelho da Fonseca aumentou sua presença nas redes sociais como um caminho para o crescimento de vendas. Recentemente, a empresa criou um brand channel no Youtube com mais de 1.200 vídeos com lançamentos e informações que os internautas buscam por meio de filtros ou por um mapa. 


Somente em três dias no ar, o canal de pesquisa já tinha recebido mais de 10 mil acessos. “Percebemos que o cliente passava muito tempo olhando os vídeos no site e decidimos criar uma ferramenta totalmente inédita na América Latina”, afirma Allan Fonseca, Diretor de Canais e Inovação da Coelho da Fonseca, em entrevista ao Mundo do Marketing.


A busca pela inovação
A plataforma de atendimento online da Cyrela existe desde 2003 e após tanto tempo a empresa decidiu inovar na comunicação com o cliente. No início do ano, a companhia estreou no Facebook com a intenção de criar uma plataforma direta de diálogo com os compradores. O chat virtual com o corretor do site passou a ser disponível também na fan page da marca, que hoje conta com mais de 8,4 mil usuários.



“A capacitação do corretor online na relação com o cliente é totalmente direcionada para converter o contato em uma visita, um agendamento e até uma possível venda. Consideramos que um negócio foi fechado pela internet quando todo o processo de escolha é realizado por meio desse corretor”, explica Moulin, da Cyrela.


Na busca pela inovação a construtora também entrou no Instagram. A rede social de compartilhamento de fotos pelo Iphone foi usada como ferramenta para a campanha promocional “Decora Minha Casa”, realizada em parceria com a Florense Alphaville. A ação, ainda em andamento, premiará um usuário com móveis planejados no valor de R$ 10 mil para transformar um cômodo da casa. Com o projeto, a Cyrela pretende transmitir o conceito de realizadora de sonhos e aumentar o relacionamento da marca com os consumidores.


Ações de mudança
Para ir além, a Coelho da Fonseca disponibilizou o site e sua página no Facebook em seis línguas para aumentar a comunicação com todos os públicos, já que os estrangeiros representam 5% dos acessos totais dos canais da empresa. Presente em 16 capitais brasileiras, a imobiliária de alta renda estima que 30% das vendas realizadas no ano passado começaram pelo meio online.



“Para não criar confusão no mercado, não comunicamos que realizamos vendas pela internet. Mas quase 100% dos clientes para procurarem um imóvel em algum momento passam pela internet”, esclarece Allan Fonseca.


A falta de uma regulamentação e indicadores do comércio eletrônico, principalmente no setor imobiliário, não permitem que as companhias digam que realizaram vendas pela internet. Apenas mediante uma norma reguladora, que faça com que todas as empresas sigam os mesmos indicadores, é que será creditada uma quantificação de vendas online. Cada empresa segue atualmente seus próprios padrões.


Realizações pioneirasJá é possível, contudo, receber informações de imóveis até mesmo por SMS. Nas placas de vende-se de algumas casas relacionadas a Coelho da Fonseca, por exemplo, o consumidor encontra um código para enviar uma mensagem e recebe todas as informações e fotos da casa pelo celular. A ação realiza um movimento de crossmedia, transportando os usuários da mídia offline para os canais online.


Indo para o relacionamento com o cliente online, a Masb, criada em 2007, a partir de uma equipe de antigas construtoras, criou o portal meu Meu Masb, que permite aos clientes terem todos os dados financeiros, boletos bancários, estatísticas do andamento das obras e a possibilidade de antecipar as parcelas do pagamento apenas acessando o canal. Em ação desde o começo do ano, a página recebeu 52 mil visitas e 40% dos clientes já a utilizam.


“Trabalhamos com empreendimento na planta e o ciclo é muito longo, geralmente três anos. Durante este tempo, recebíamos muitas demandas, principalmente de questões financeiras, por isso há um ano e meio começamos a planejar o canal de relacionamento com o cliente parar resolver estas questões em um ambiente totalmente online”, conta Camila Enoque, Coordenadora de Comunicação da Masb, em entrevista ao Mundo do Marketing.