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domingo, 3 de setembro de 2017

Entrevista da semana | IBM: Inteligência (pouco) artificial


Susana Marvão, 
2017/01/30, 08:28 
Postado em 03 de setembro de 2017 às 23h00m


Podem até chamar-lhe de inteligência artificial. Mas de artificial tem pouco. A IBM insiste em materializar conceitos como a computação cognitiva ou a AI e aplicá-los às empresas. E, sobretudo, às sociedades. Porque não uma triagem médica feita através de computação? Costas Bekas, investigador principal dos Laboratórios IBM Research, em Zurique, falou com a B!T numa recente palestra que deu em Portugal e garante que este é todo um novo mundo.

A Inteligência Artificial (IA) é parte integrante da computação cognitiva onde os sistemas não são programados: eles compreendem, raciocinam e aprendem. Pelo menos é o que defende a IBM. Ou seja, basicamente estes sistemas têm a capacidade de formular hipóteses e dar respostas com um elevado nível de confiança. 

Exemplo claro disso é o IBM Watson, o sistema cognitivo desta mais do que reconhecida empresa norte-americana. O caro Watson, que nada tem de elementar, acabaria por ficar mundialmente (re)conhecido quando no programa televisivo norte-americano Jeopardy!, em 2011, defrontou os dois melhores concorrentes de sempre. E, sem grande espanto, venceu.


Costas Bekas, investigador principal dos Laboratórios IBM Research, em Zurique, que tivemos oportunidade de entrevistar numa recente palestra que deu em Portugal, diz, no entanto, que já chega de jogos. E que é altura de aplicar todos estes conceitos ao negócio.

Ou seja, chegou a altura de materializar todos estes investimentos em inovação, de resto a grande missão desta tecnológica que investe em I&D qualquer coisa como cinco mil milhões de dólares por ano. Um investimento em capacidades analíticas que têm vindo a ser aplicadas em indústrias como a saúde, o retalho, a educação e a banca, com o objetivo de ajudar a extrair conhecimento do amontoado de dados não estruturados que são produzidos diariamente.

Que impacto pode ser a Inteligência Artificial na atual sociedade?
Costas Bekas (CB) – Vejamos: hoje geramos dados, certo? Grandes volumes de dados. Mas… o que estamos a fazer com esses dados? Há uma clara aceleração no ritmo da inovação? Sim, há. Mas podia ser muito mais acelerado se conseguíssemos tirar partido dos dados que temos à nossa disposição. O que estamos neste momento a fazer é a usar a tal computação cognitiva para ajudar a extrapolar os dados, já que ela mimetiza a forma como uma pessoa analisa a informação para tomar uma decisão. 

Ou seja, se a esta inteligência de máquina, ou computação cognitiva, juntarmos um humano que guie todo o processo, temos ferramentas para que possamos navegar corretamente por todo este oceano de dados. E podemos ter médicos a fazer melhores diagnósticos, professores a lecionar melhor, um investigador farmacêutico a desenvolver melhores medicamentos. Pode ser aplicado a tudo. Tudo.

Transportemos isto para o ambiente empresarial. As empresas sabem que os dados são, neste momento, o seu bem mais precioso?
CB – Não. Aliás, quando alguém me pergunta qual o preço da computação cognitiva eu respondo com outra pergunta: qual é o preço de não saber o que se passa? Um dos problemas que vemos nas empresas modernas é a falta de capacidade para entenderem o que sabem… ou não sabem.

E como é que conceitos como a Internet das Coisas (IoT) veio, por exemplo, ainda baralhar mais este ambiente?
CB – Os humanos têm nervos. E sentidos. Através dos sentidos e do sistema nervoso, somos capazes de interagir com o mundo e compreender como as coisas são, mesmo que tenhamos as nossas preferências. A IoT é uma analogia desse sistema nervoso. Que pode interagir com tudo, recolhe informação por forma a percebermos o mundo de uma melhor forma. Esta é a analogia.

Mas vai criar então ainda mais dados…
CB – Vai criar mais informação. E é esse o ponto crucial. Porque se me disser que vai instrumentalizar o mundo de uma forma que apenas o consiga medir, posso desde já dizer-lhe que não vale a pena. Não se dê a esse trabalho. 

Hoje, temos informação para preencher um quarto de milhão discos de um terabyte por dia. Um valor impossível de escalar economicamente. Quer dizer que alguma desta informação tem de ser combinada com computação e análise logo no local onde os dados são adquiridos, aquilo que denominamos por edge computing. Assim, não é necessária grande compressão para enviar todos os dados, já que apenas enviamos os dados úteis. Os necessários.

E qual é o papel da IBM em toda esta era cognitiva?
CB – A IBM não inventou propriamente a Inteligência Artificial, apesar de desde sempre a utilizar. O que realmente a IBM aporta de diferente é trazer todas estas tecnologias para o mundo empresarial.

Materializam a AI?
CB – Exatamente. Uma aplicação é ter, por exemplo, melhor motores de tradução. Do inglês para o alemão, digamos. É bom, as pessoas gostam, tem utilidade e toda a gente fala nisso. Mas outra coisa, que joga num campeonato totalmente diferente, é ter um sistema médico de triagem – que tem de ser dotado de extrema precisão. Não é tão cool

Mas é real. E pode alterar substancialmente os custos dos cuidados de saúde. Por isso, o foco da IBM é pegar na computação cognitiva, nas tecnologias de Inteligência Artificial, na aprendizagem por computador (machine learning) e, para além de alargar as suas fronteiras, aplicá-las em campos que possam criar um grande impacto nos negócios e nas sociedades. Esse é o nosso foco.

Firefox lança hoje nova versão com WebVR


Mafalda Freire, 
2017/08/08, 14:00 
Postado em 03 de setembro de 2017 às 22h00m


O navegador da Mozilla tem nova versão e a principal novidade é o WebVR, que vai permitir experiências de realidade virtual aprimoradas. O browser oferece ainda novos recursos para melhorar a experiência dos usuários, nomeadamente ao nível do desempenho e rapidez.

Estamos trabalhando incansavelmente para tornar o Firefox mais rápido e melhor do que nunca. E, hoje, estamos trazendo uma versão que introduz novas tecnologias empolgantes e habilitadas para desenvolvedores, além de melhorar a experiência diária para todos os usuários do Firefox, indica Nick Nguyen, vice-presidente de produto, Firefox.


O Firefox para Windows é o primeiro navegador de desktop a suportar o WebVR para todos os usuários. Só é preciso abrir um aplicativo ou jogo de realidade virtual, clicar na opção RV no navegador, colocar o phone de ouvido, os óculos, para já só compatível com HTC Vive e Oculus Rift, e usufruir da experiência.

É possível encontrar algumas exemplos recomendadas pela Mozilla nesse site, sendo que muitas deles são feitos com A-Frame, uma estrutura de criação de conteúdo WebVR fácil de usar feita pela empresa.

Outra das novidades é o painel de desempenho que permite o ajuste o funcionamento do navegador. A nova arquitetura multi-processo permite que usuário ajuste o número de processos para cima ou para baixo configurando os mesmos na parte inferior da seção Geral em Opções.

Além do mais, a inicialização está mais rápida ao restaurar muitas guias de uma sessão anterior graças ao projeto Quantum Flow  que visa  melhorar o desempenho do Firefox. A empresa refere que usuário realizou testes comparando o tempo que demora para iniciar várias versões do Firefox com uma enorme aba de 1.691 e que o que costumava demorar quase oito minutos, leva apenas 15 segundos com essa nova versão.

Destaque ainda para o facto de o Firefox estar mais rápido e estável para Windows de 64 bits. Com a nova versão de 64 bits, a Mozilla indica que reduziu as falhas em 39% em máquinas com 4 GB de RAM. 

Mais melhorias disponibilizadas no novo navegador são a pesquisa mais rápida usando os mecanismos de busca de muitos sites diretamente da barra de endereços, o usuário poder mover a barra lateral para o lado direito da janela e a possibilidade das partes de uma página da Web que usam o Flash serem clicadas e terem permissão para executar.