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quinta-feira, 31 de março de 2022

Instagram cria recurso para enviar trechos de músicas em mensagens; veja como funciona

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Rede social reconhecerá links de serviços de streaming para reproduzir faixas diretamente no aplicativo.
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Por g1

Postado em 31 de março de 2022 às 15h00m

Post. N. - 4.313

Instagram ganha recurso para compartilhar trechos de músicas em mensagens — Foto: Divulgação/Instagram
Instagram ganha recurso para compartilhar trechos de músicas em mensagens — Foto: Divulgação/Instagram

O Instagram anunciou um recurso que permite enviar trechos de músicas pela seção de mensagens, conhecida como Direct. A opção está sendo liberada nesta quinta-feira (31) para usuários da rede social em todo o mundo.

Com a novidade, será possível copiar o link de uma música em serviços de streaming e compartilhar um trecho de 30 segundos. O Instagram mostrará a capa do álbum em que a faixa foi lançada e um botão para as outras pessoas ouvirem no Direct.

O recurso funciona por meio de uma integração com Apple Music e Amazon Music – a rede social terá integração com o Spotify em breve.

Em comunicado sobre o recurso de música, o Instagram também oficializou outras funcionalidades que já estavam disponíveis para usuários no Brasil.

Entre elas, estão o atalho "@silencioso", que permite enviar mensagens sem notificar o destinatário – o Messenger também ganhou esse recurso – e as enquetes, em que usuários podem enviar perguntas com até quatro alternativas para outros integrantes de um grupo opinarem.

Instagram oficializou atalho de mensagens silenciosas e de enquetes em grupos — Foto: Divulgação/Instagram
Instagram oficializou atalho de mensagens silenciosas e de enquetes em grupos — Foto: Divulgação/Instagram

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quarta-feira, 30 de março de 2022

Fone de ouvido com purificador de ar promete proteger usuários contra poluição; veja como funciona

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Segundo a empresa britânica Dyson, o dispositivo consegue eliminar até 99% da partículas de poluição. Fone tem cancelamento de ruído para diminuir poluição sonora.
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Por g1

Postado em 30 de março de 2022 às 19h00m

Post. N. - 4.312

Empresa britânica Dyson criou Zone, um fone de ouvido com purificador de ar — Foto: Divulgação/Dyson
Empresa britânica Dyson criou Zone, um fone de ouvido com purificador de ar — Foto: Divulgação/Dyson

Uma empresa do Reino Unido criou um fone de ouvido sem fio com um purificador de ar. O aparelho, que também conta com cancelamento de ruído, quer ajudar usuários em grandes cidades a evitarem a poluição do ar e sonora, segundo a fabricante.

O dispositivo é chamado de Zone e foi criado pela Dyson, uma marca que vende purificadores de ar tradicionais, além de aspiradores de pó, secadores de cabelo, entre outros.

O Zone puxar o ar com compressores que ficam nos dois lados dos fones de ouvido. Esse ar passa por filtros e, então, é enviado ao usuário por meio de um visor facial que fica encaixado ao acessório.

O visor não encosta no rosto, mas cria uma espécie de bolha de ar purificado para a pessoa respirar. A peça pode ser removida ou puxada para baixo, o que pode ser útil para conversar com outras pessoas.

Visor facial é usado para mandar ar purificado para os usuários do Zone — Foto: Divulgação/Dyson
Visor facial é usado para mandar ar purificado para os usuários do Zone — Foto: Divulgação/Dyson

Segundo a Dyson, os filtros conseguem remover até 99% das partículas de poluição. Eles precisam ser trocados a cada ano, aproximadamente, o que pode variar de acordo com o uso. A empresa criou um aplicativo que se conecta ao Zone e dá mais informações sobre a qualidade do ar em torno do usuário.

Já o fone de ouvido têm três tipos de cancelamento de ruído: um que exclui qualquer som além do que está sendo tocado pelo aparelho, um que permite ouvir o que outra pessoa está falando e um terceiro para quem deseja ouvir apenas sons importantes, como buzinas e sirenes.

A empresa informa que seus engenheiros trabalharam durante seis anos até chegarem à versão final do Zone. Ele ainda não está disponível para venda e não há informações sobre preço e especificações.

O site "The Verge" informou que os fones de ouvido com purificador de ar deverão ser lançados entre setembro e dezembro deste ano.

Segundo a Dyson, filtros do Zone conseguem remover até 99% da poluição de partículas — Foto: Divulgação/Dyson
Segundo a Dyson, filtros do Zone conseguem remover até 99% da poluição de partículas — Foto: Divulgação/Dyson

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YouTube Vanced: o que é o aplicativo e por que ele foi banido pelo Google

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O app de vídeos tem como principal diferencial o bloqueio de anúncios, vantagem oferecida apenas para os assinantes da versão Premium do YouTube.
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Por g1

Postado em 30 de março de 2022 às 12h25m

Post. N. - 4.311

 — Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
— Foto: REUTERS/Lucy Nicholson

Usuários que têm o aplicativo de vídeos YouTube Vanced instalado no Android têm recebido avisos do Google de que o programa é nocivo, segundo relatos nas redes sociais nesta quarta-feira (30).

O app é uma alternativa ao popular serviço de vídeos da empresa americana e oferece o mesmo conteúdo com novos recursos.

Lançado em 2019, o aplicativo tem como diferencial o bloqueio aos anúncios do YouTube - uma vantagem que o serviço do Google permite apenas para os assinantes da versão Premium.

Com o aplicativo alternativo ainda é possível ver o conteúdo com uma janela em miniatura ("Picture-In-Picture") e alterar o visual do serviço de vídeos, dentre outros.

Além das mensagens sobre o YouTube Vanced ser nocivo, há ainda imagens de bloqueio da instalação do aplicativo pelo recurso Google Play Protect. A notificação explica que o programa tenta driblar a segurança do Android.

Mensagem do Android bloqueando a instalação do app Vanced Manager — Foto: Reprodução
Mensagem do Android bloqueando a instalação do app Vanced Manager — Foto: Reprodução

O YouTube Vanced foi removido da Play Store no último dia 13 de março. Ainda assim, usuários que tinham baixado o app anteriormente ou conseguiram o arquivo de forma alternativa ainda conseguiam acessar o serviço.

Os desenvolvedores até tentaram continuar com o app mudando seu nome para Vanced Manager. Porém, anunciaram que o projeto vai ser suspenso.

"Nos próximos dias, os links de download no nosso site vão ser derrubados. Nós sabemos que isso não era o que vocês queriam ouvir, mas é algo que nós precisamos fazer", informa um post no perfil do serviço no Twitter.

O g1 procurou o Google, que ainda não se posicionou sobre o caso.

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terça-feira, 29 de março de 2022

Pesquisa com usuários aponta internet fixa como o pior serviço e celular pré-pago como o melhor

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Estudo da Anatel demonstrou também um elevado grau de insatisfação dos consumidores dos serviços de telecomunicações em relação ao atendimento das operadoras.
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Por Jéssica Sant'Ana, g1 — Brasília

Postado em 29 de março de 2022 às 08h35m

Post. N. - 4.310

Telefonia móvel pré-paga é o serviço mais bem avaliado pelos consumidores, diz Anatel.  — Foto: Carlos Henrique Dias/g1
Telefonia móvel pré-paga é o serviço mais bem avaliado pelos consumidores, diz Anatel. — Foto: Carlos Henrique Dias/g1

Uma pesquisa divulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta segunda-feira (28) mostrou que a internet banda larga fixa é o serviço mais mal avaliado pelo consumidor em 2021, enquanto a telefonia móvel pré-paga é o com melhor avaliação.

Os dados fazem parte da Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida de 2021, coordenada pela Anatel e realizada pela Kantar TNS. Foram entrevistados cerca de 82 mil consumidores, por telefone, no segundo semestre do ano passado. A margem de erro é de 5% e o nível de confiança, 95%.

Segundo a pesquisa, os serviços receberam as seguintes notas quanto ao Índice Geral de Satisfação do Consumidor:

  • telefonia celular pré-paga: 7,82;
  • telefonia celular pós-paga: 7,39;
  • telefonia fixa: 7,37;
  • TV por assinatura: 7,13; e
  • banda larga fixa: 6,88.

As notas são considerando a média nacional de todas as operadoras pesquisadas. A nota máxima que poderia ser obtida era dez, enquanto a menor, zero. Quanto mais próximo de dez, mais satisfeito o consumidor com o serviço.

A pesquisa vem sendo realizada desde 2015, porém houve uma mudança de metodologia no ano passado que impede a comparação. Na metodologia anterior, em 2020, o serviço melhor avaliado foi a telefonia pós-paga e o pior, a banda larga fixa.

Banda larga fixa

Segundo Fábio Koleski, gerente de Interações Institucionais, Satisfação e Educação para o Consumo da Anatel, o consumidor levou em consideração na nota da banda larga fixa: a qualidade de funcionamento do serviço e o nível de informação que é prestado ao consumidor.

Fábio Koleski, gerente de Interações Institucionais, Satisfação e Educação para o Consumo da Anatel, disse que, durante a pandemia, o usuário começou a perceber que o serviço de banda larga fixa contratado não dava conta da demanda.

"O ano de 2021, as pessoas ainda estavam sob impacto da pandemia, e o que a pandemia fez? Muita gente trabalhando de home office e utilizando aplicações que antes não utilizavam, como pra fazer videoconferência, pra assistir aulas com 3, 4 pessoas usando a mesma banda larga, e começaram a perceber limitações", afirmou Koleski.

"E o que a gente percebeu, prestadoras não explicaram o serviço que venderam", disse.

Segundo o gerente da Anatel, esse descasamento entre a oferta do serviço vendido e a expectativa do consumidor ajuda a explicar a baixa avaliação da banda larga fixa.

Telefonia móvel pré-paga

Ainda, segundo Fábio Koleski, a telefonia móvel pré-paga é bem avaliada entre os consumidores pela qualidade da informação, além do funcionamento do serviço.

"Temos visto que o serviço tem sido ampliado, são ofertados planos mais simples, de fácil entendimento. Embora ainda falte muita transparência, pacotes parecem ser adequados ao consumidor, o que pode ter contribuído para essa avaliação", disse o gerente da Anatel .

Ele acrescenta que, em geral, o funcionamento da telefonia móvel melhorou no país, o que ajudar a explicar o fato da telefonia móvel pós-paga estar em segundo lugar na avaliação, logo atrás da pré-paga.

Problemas

A pesquisa demonstrou também elevado grau de insatisfação dos consumidores dos serviços de telecomunicações em relação ao atendimento. Esse já era um problema apontado nas pesquisas anteriores.

"Verificamos que existe ainda um elevado grau de insatisfação dos consumidores, especialmente no que tange a forma com que as prestadoras se relacionam com seus usuários. O atendimento telefônico continua sendo um dos aspectos com pior avaliação", afirma Wilson Wellisch, presidente substituto da Anatel.

Para Elisa Leonel, superintendente de Relações com Consumidores da agência, o atendimento virtual vem evoluindo e crescendo entre os usuários, mas não é suficiente.

A superintendente de Relações com Consumidores da agência avalia que o atendimento humano continuará sendo necessário.

"Nós percebemos que o consumidor tende a avaliar melhor as empresas que têm multicanalidade no atendimento, de modo que a gente não vislumbra um cenário de completa migração para um canal específico", disse Elisa.

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domingo, 27 de março de 2022

Guerra na Ucrânia: os três ciberataques russos que as potências ocidentais mais temem

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Inteligência norte-americana diz que países no Ocidente podem ser alvos de operações de hackers. Moscou diz que insinuações são "russofobia".
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TOPO
Por Joe Tidy, BBC

Postado em 27 de março de 2022 às 16h30m

Post. N. - 4.309

A rede elétrica ucraniana já foi alvo de hackers mais de uma vez — Foto: Reuters
A rede elétrica ucraniana já foi alvo de hackers mais de uma vez — Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convocou empresas e organizações nos EUA a "trancar suas portas digitais"Segundo Biden, a inteligência norte-americana acredita haver indícios de que a Rússia está planejando um ataque cibernético contra seu país.

Autoridades do Reino Unido responsáveis por tecnologia e internet estão de acordo com os pedidos da Casa Branca por "aumento das precauções de segurança cibernética", embora não tenho sido fornecida nenhuma evidência de que a Rússia esteja planejando um ataque cibernético.

Moscou declarou em outras oportunidades que acusações do tipo são "russofóbicas".

No entanto, a Rússia é uma superpotência cibernética com hackers e grande capacidade de ataques disruptivos e potencialmente destrutivos.

Do ponto de vista cibernético, a Ucrânia foi relativamente pouco atacada no atual conflito entre os dois países, mas especialistas agora apontam preocupações de que os alvos sejam os aliados da Ucrânia.

"Os alertas de Biden parecem plausíveis, principalmente porque países do Ocidente determinaram mais sanções contra a Rússia, houve o envolvimento de ativistas hackers na briga e a movimentação em terra da invasão aparentemente não está saindo como planejado", diz Jen Ellis, da empresa de segurança cibernética Rapid7.

Abaixo, os ataques que os especialistas mais temem:

"BlackEnergy"

Ucrânia é frequentemente descrita como um campo de testes dos hackers russos, por meio de de ataques realizados aparentemente com intuito de experimentar técnicas e ferramentas.

Em 2015, a rede elétrica da Ucrânia foi atingida por um ataque cibernético chamado "BlackEnergy", que causou um apagão de curta duração que afetou 80 mil pessoas no oeste do país.

Quase um ano depois, outro ataque cibernético, que ficou conhecido como "Industroyer", bloqueou o fornecimento de energia elétrica em cerca de um quinto de Kiev, a capital ucraniana, por cerca de uma hora.

Os EUA e a União Europeia atribuíram o incidente a hackers militares russos.

"É totalmente possível que a Rússia tente executar um ataque como esse contra países ocidentais para demonstrar seu poderio e mandar um recado", diz a responsável pela segurança cibernética ucraniana Marina Krotofil, que ajudou a investigar os ataques de corte de energia.

"No entanto, nenhum ataque cibernético contra uma rede elétrica resultou em interrupção prolongada do fornecimento de energia. A execução de ataques cibernéticos de maneira eficiente em sistemas complexos de engenharia é extremamente difícil. Alcançar um efeito prejudicial prolongado muitas vezes é impossível devido aos esquemas de proteção."

Especialistas como Krotofil também levantam a hipótese de que esse tipo de conflito possa se voltar contra a Rússia, já que países ocidentais também têm condições de atingir redes russas.

A força do NotPetya

O NotPetya é considerado o ataque cibernético que mais prejuízos financeiros causou na história. A autoria foi ligada pelas autoridades dos EUA, Reino Unido e UE a um grupo de hackers militares russos.

O software com poder de destruição foi colocado em uma atualização de um programa de computador bastante usado para contabilidade na Ucrânia, mas se espalhou pelo mundo, devastando sistemas de computador de milhares de empresas e causando aproximadamente US$ 10 bilhões em danos.

Hackers norte-coreanos também foram acusados ​​de causar grandes transtornos com um ataque parecidos um mês antes.

O 'pedido de resgate' que aparecia com o worm WannaCry — Foto: Reprodução/Webroot
O 'pedido de resgate' que aparecia com o worm WannaCry — Foto: Reprodução/Webroot

O "worm" (um tipo de vírus ainda mais destrutivo) WannaCry foi usado para truncar ou borrar dados em aproximadamente 300 mil computadores em 150 países. O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido foi forçado a cancelar um grande número de consultas médicas.

"Esse tipo de ataque pode ser a maior oportunidade para gerar caos em massa, instabilidade econômica e até perda de vidas", diz Jen Ellis.

"Pode ser difícil de se imaginar, mas a infraestrutura crítica [de sistemas] geralmente depende de tecnologias conectadas, tal qual nossas vidas no mundo moderno. Vimos o potencial para isso com o impacto do WannaCry nos hospitais do Reino Unido."

Alan Woodward, professor e cientista da computação da Universidade de Surrey, no Reino Unido, lembra que esses ataques também trazem riscos para a Rússia.

"Esses tipos de hacks incontroláveis ​​são muito mais parecidos com guerra biológica, pois é muito difícil atingir infraestrutura crítica de forma específica, localizada. O WannaCry e o NotPetya também fizeram vítimas na Rússia."

Ataque ao fornecimento de combustível

Em maio de 2021, vários Estados dos EUA adotaram esquemas de emergência depois que hackers conseguiram bloquear as operações de um oleoduto importante.

O oleoduto transporta 45% do suprimento de diesel, gasolina e combustível de aviação da Costa Leste dos Estados Unidos. O ataque provocou uma corrida a postos de combustível.

Esse ataque não foi realizado por hackers ligados ao governo russo, mas pelo grupo de ransomware (modalidade em que criminosos exigem pagamento para desbloquear um sistema) DarkSide, que especialistas apontam estar baseado na Rússia.

A empresa afetada admitiu pagar aos criminosos US$ 4,4 milhões (mais de R$ 21 milhões) em Bitcoin com rastreabilidade dificultada para retomar o funcionamento dos sistemas.

Algumas semanas depois, o fornecimento de carne foi impactado quando outra equipe de ransomware chamada REvil atacou a brasileira JBS, a maior processadora de carne bovina do mundo.

Um dos grandes temores que os especialistas têm sobre as capacidades cibernéticas russas é que o Kremlin possa instruir grupos a coordenar ataques a alvos dos EUA, para maximizar a interrupção.

"A vantagem de usar cibercriminosos para realizar ataques de ransomware é o caos geral que eles podem causar. Em grande número, eles podem causar sérios danos econômicos", diz Woodward, da Universidade de Surrey.

"Também vêm com o bônus de que é possível negar ligação com esses grupos, pois eles não têm uma conexão formal com o Estado russo".

Como os EUA poderiam responder?

No caso altamente improvável de que um país-membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) seja alvo de um ataque cibernético que cause perda de vidas ou danos irreparáveis, isso poderia desencadear o Artigo 5, a cláusula de defesa coletiva da aliança.

Mas especialistas dizem que isso arrastaria a Otan para uma guerra da qual a organização não quer fazer parte, então é mais provável que as respostas venham diretamente dos EUA ou de aliados próximos.

Biden disse que os EUA "estão preparados para responder" se a Rússia lançar um grande ataque aos EUA.

Mas qualquer ação provavelmente será ponderada com muito cuidado.

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sexta-feira, 25 de março de 2022

Celulares sem conexão estão ressurgindo no mundo hiperconectado

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Por que as vendas de celulares bem básicos, sem aplicativos e conexão com a internet, estão aumentando.
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TOPO
Por BBC

Postado em 25 de março de 2022 às 13h10m

Post. N. - 4.308

O telefone Nokia 3310 é um dos aparelhos celulares mais vendidos de todos os tempos: 126 milhões de unidades — Foto: Getty Images via BBC
O telefone Nokia 3310 é um dos aparelhos celulares mais vendidos de todos os tempos: 126 milhões de unidades — Foto: Getty Images via BBC

Robin West tem 17 anos de idade e é uma pessoa diferente das demais — ela não tem um smartphone (telefone inteligente).

Em vez de rolar a tela em aplicativos como TikTok e Instagram o dia inteiro, ela usa o chamado "telefone burro".

São aparelhos celulares básicos, telefones comuns, com funções muito limitadas em comparação, por exemplo, com um iPhone. Tipicamente, você pode apenas fazer e receber ligações e trocar mensagens de texto por SMS. E, se você tiver sorte, poderá ouvir rádio e tirar fotos muito simples, mas certamente não se conectará à internet, nem terá aplicativos.

Esses aparelhos são similares a alguns dos primeiros telefones celulares que as pessoas compravam no final da década de 1990.

A decisão de West de abandonar seu smartphone dois anos atrás foi tomada de impulso. Ela estava procurando um aparelho substituto em uma loja de telefones usados quando foi atraída pelo baixo preço de um telefone do tamanho de um tijolo.

Estes telefones são de 2005 - dois anos antes do lançamento do primeiro iPhone da Apple e 11 anos antes de surgir o TikTok — Foto: Getty Images via BBC
Estes telefones são de 2005 - dois anos antes do lançamento do primeiro iPhone da Apple e 11 anos antes de surgir o TikTok — Foto: Getty Images via BBC

Seu aparelho atual é da empresa francesa MobiWire e custou apenas 8 libras (R$ 51). E, como ele não tem as funcionalidades dos smartphones, ela não precisa se preocupar com contas mensais de acesso à internet com alto valor.

"Só quando comprei um telefone 'burro' é que percebi o quanto o smartphone estava ocupando a minha vida", ela conta. "Eu tinha muitos aplicativos de redes sociais e não conseguia fazer minhas tarefas porque estava sempre ao telefone."

West, que mora em Londres, não acredita que vá comprar outro smartphone algum dia. "Estou satisfeita com meu tijolo — não acho que ele imponha limitações. Certamente estou mais proativa."

Robin West conta que seus amigos continuam perguntando quando ela irá comprar um novo smartphone — Foto: Robin West via BBC
Robin West conta que seus amigos continuam perguntando quando ela irá comprar um novo smartphone — Foto: Robin West via BBC

Os telefones "burros" estão ressurgindo. As buscas por eles no Google saltaram em 89% entre 2018 e 2021, segundo um relatório da empresa de software norte-americana Semrush.

Os números de vendas são difíceis de encontrar, mas um relatório afirma que as vendas globais de telefones "burros" estavam a ponto de atingir um bilhão de unidades no ano passado, em comparação com 400 milhões em 2019. Paralelamente, foram vendidos em todo o mundo 1,4 bilhão de smartphones em 2021, após uma redução de 12,5% em 2020.

Além disso, um estudo feito em 2021 pelo grupo contábil Deloitte concluiu que um em cada 10 usuários de telefones celulares no Reino Unido tem um telefone "burro".

"Parece que a moda, a nostalgia e o fato deles aparecerem em vídeos no TikTok colaboram no ressurgimento dos telefones 'burros'", segundo Ernest Doku, especialista em telefones celulares do site de comparação de preços Unswitch.com. "Muitos de nós tivemos um telefone 'burro' como nosso primeiro celular e é natural sentirmos um pouco de nostalgia com relação a esses aparelhos clássicos."

Doku afirma que o relançamento do modelo 3310 da Nokia em 2017 — lançado pela primeira vez em 2000 e um dos telefones celulares mais vendidos de todos os tempos — realmente incentivou esse renascimento. Para ele, "a Nokia ofereceu o 3310 como uma alternativa acessível em um mundo cheio de telefones celulares muito avançados".

Ele reconhece que os telefones "burros" não podem competir com os últimos modelos da Apple e da Samsung em termos de desempenho ou funcionalidade, "mas eles podem superá-los em questões igualmente importantes, como o consumo de bateria e a durabilidade".

Cinco anos atrás, o psicólogo Przemek Olejniczak trocou seu smartphone por um Nokia 3310, inicialmente devido ao seu menor consumo de bateria. Mas ele logo percebeu que havia outros benefícios.

Przemek Olejniczak admite que agora ele se planeja melhor antes de viajar — Foto: Przemek Olejniczak via BBC
Przemek Olejniczak admite que agora ele se planeja melhor antes de viajar — Foto: Przemek Olejniczak via BBC

"Antes, eu ficava sempre preso ao telefone, verificando tudo e qualquer coisa, navegando pelo Facebook, pelas notícias ou por outros fatos que eu não precisava saber", ele conta. "Agora, tenho mais tempo para mim e para minha família. Um enorme benefício é que não sou viciado em curtir, compartilhar, comentar ou descrever minha vida para outras pessoas. Agora, tenho mais privacidade."

Mas Olejniczak, que vive em Lodz, na Polônia, admite que, inicialmente, a mudança foi um desafio. "Antes, eu verificava tudo, como ônibus e restaurantes, no meu smartphone [durante a viagem]. Agora que não é mais possível, aprendi a fazer tudo isso com antecedência em casa. E me acostumei com isso."

'Espécie superior que controla os humanos'

A companhia Light Phone, de Nova York, nos Estados Unidos, é um fabricante de telefones "burros". Um pouco mais inteligentes que o padrão para esses produtos, seus aparelhos permitem que os usuários ouçam música e podcasts e os conectem aos seus fones de ouvido Bluetooth.

Mas a empresa afirma que seus telefones "nunca terão redes sociais, notícias para atrair cliques, e-mail, navegadores da internet, nem outros feeds infinitos para induzir a ansiedade".

A Light Phone afirma que a venda dos seus aparelhos, como o da foto, disparou — Foto: Light Phone via BBC
A Light Phone afirma que a venda dos seus aparelhos, como o da foto, disparou — Foto: Light Phone via BBC

A companhia afirma que registrou em 2021 seu melhor desempenho financeiro em um ano, com aumento das vendas de 150% em comparação com 2020. Isso, apesar do alto custo dos seus aparelhos, em termos de telefones "burros". Seus preços começam em US$ 99 (R$ 478).

Um dos fundadores da Light Phone, Kaiwei Tang, afirma que o aparelho foi criado inicialmente para uso como telefone secundário - para pessoas que quisessem desligar-se do seu smartphone no fim de semana, por exemplo. Mas, agora, a metade dos clientes da empresa usa o aparelho como telefone principal.

Kaiwei Tang, um dos fundadores da Light Phone, brinca que muitas pessoas são controladas pelos seus smartphones — Foto: Kaiwei Tang via BBC
Kaiwei Tang, um dos fundadores da Light Phone, brinca que muitas pessoas são controladas pelos seus smartphones — Foto: Kaiwei Tang via BBC

"Se extraterrestres viessem para a Terra, eles pensariam que os telefones celulares são a espécie superior que controla os seres humanos", afirma ele. "E isso não irá parar, só irá ficar pior. Os consumidores estão percebendo que algo está errado e queremos oferecer uma alternativa."

Tang acrescenta que, surpreendentemente, os principais clientes da empresa têm idade entre 25 e 35 anos. Ele esperava que seus clientes seriam muito mais velhos.

Para a especialista em tecnologia Sandra Wachter, pesquisadora sênior na área de inteligência artificial da Universidade de Oxford, no Reino Unido, é compreensível que algumas pessoas estejam procurando telefones celulares mais simples.

"Pode-se afirmar de forma razoável que, atualmente, a capacidade de um smartphone de completar chamadas e enviar mensagens curtas é quase uma função secundária", explica ela. "O smartphone é o seu centro de entretenimento, gerador de notícias, sistema de navegação, agenda, dicionário e carteira."

Ela acrescenta que os smartphones sempre "querem chamar nossa atenção" com notificações, atualizações e notícias de última hora interrompendo constantemente o seu dia. "Isso pode manter você apreensivo e até agitado. Você pode se sentir sobrecarregado."

Sandra Wachter afirma que é compreensível que algumas pessoas se sintam "sobrecarregadas" pelos seus smartphones — Foto: Sandra Wachter via BBC
Sandra Wachter afirma que é compreensível que algumas pessoas se sintam "sobrecarregadas" pelos seus smartphones — Foto: Sandra Wachter via BBC

Wachter acrescenta: "faz sentido que algumas pessoas estejam agora procurando tecnologias mais simples e acreditem que os telefones 'burros' podem representar um retorno a tempos mais simples. Eles poderão oferecer mais tempo para que as pessoas se concentrem em uma única tarefa e se dediquem a ela mais objetivamente. Eles poderão até acalmar as pessoas. Estudos demonstraram que a quantidade excessiva de escolhas pode criar infelicidade e agitação."

De volta a Londres, Robin West afirma que muitas pessoas ainda estão perplexas com sua escolha de aparelho celular. "Todos acham que é algo temporário. Eles perguntam: 'então, quando você vai comprar um smartphone? Você vai comprar um esta semana?'"

Com reportagem adicional de Will Smale, editor da série New Tech Economy, da BBC News.

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