Tissiane Vicentin,
2017/06/26, 18:00
Postado em 27 de junho de 2017 às 22h55m
Nos últimos dois anos, o mercado brasileiro de fintechs cresceu 78%, passando de 54 empresas mapeadas no relatório de agosto de 2015 para 244 novos entrantes em 2017, de acordo com o levantamento realizado pela FintechLab.
“Não somente o número de startups e segmentos de atuação aumentaram consideravelmente neste último ano, mas também a complexidade do ambiente fintech brasileiro”, aponta o documento.
Nesse sentido, o setor de Pagamentos permanece no topo da lista que concentra a maior parte das iniciativas, com 32% do mercado. A área de Empréstimos também despontou, registrando 33 startups especializadas nesse assunto – ou 18% do total de iniciativas.
Outros setores como Câmbio, Negociação de Dívidas e Cryptocurrencies/DLT também apresentaram relevância, com 8,11 e 13 empresas, respectivamente, ou 14% do total (somadas).
Investimentos
No terceiro trimestre do ano passado, o relatório aponta que os investimentos de fundos de venture capital, private equity, anjos e outros, bateram a marca de US$ 17,1 bilhões – valor quase na casa dos US$ 22 bilhões que foram investidos no ano inteiro de 2015.
Das fintechs que receberam aportes nos últimos anos, 14% deles foram de valor superior a R$ 20 milhões. Para ter uma base de comparação, o Nubank, uma das principais representantes do setor, recebeu durante 2016 US$ 134 milhões em aportes.
As startups Guia Bolso e Creditas também estão na lista das que receberam grandes investimentos, com R$ 60 milhões e R$ 15 milhões, respectivamente.
Regionalmente falando, São Paulo é o local que apresenta os principais canais para captação de recursos como fundos de investimento, VCs, Anjos e, a proximidade com bancos e acesso a empreendedores, concentrando 65% do ecossistema de fintechs brasileiro. A cidade é seguida por Rio de Janeiro (11%) e Belo Horizonte (6%).
“Além de investidores locais estarem apostando mais nesse setor, é esperado que investidores internacionais também retomem o interesse no Brasil, a partir da superação da atual crise político-econômica. Estima-se que até o final de 2016, as fintechs brasileiras receberam mais de 1 bilhão de reais”, diz o documento.