por Thássius Veloso
De San Francisco, EUA*
10/06/2016 09h00 - Atualizado em 10/06/2016 12h45
Postado em 10 de junho de 2016 às 23h40m
Parece que a LG fez escola. Nos Estados Unidos, a Lenovo (dona da Motorola) revelou nesta quinta-feira (9) o Moto Z. Em consonância com o que já vimos no LG G5 e o LG G5 SE brasileiro, o Z é uma aposta no chamado design modular.
Em outras palavras, o celular permite a adição de funções por meio de acessório. No caso deste Moto, a mágica se dá por meio de capinhas "inteligentes" que, na verdade, agregam recursos inéditos para o consumidor.
Conheça as especificações e saiba tudo sobre o Moto Z
O TechTudo esteve no anúncio do produto, durante o Lenovo TechWorld, na Califórnia. Pudemos brincar com os novos smartphones por alguns minutos – o que não substitui um review com análise completa, mas ajuda a ter uma noção sobre como eles funcionam.
Dizem que a primeira impressão é a que fica. Veja, portanto, qual foi a nossa primeira experiência com o Moto Z e seu irmão mais poderoso, o Moto Z Force.
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Para início de conversa, a parte da frente do Moto Z lembra bastante o que já vimos no Moto G 4 Plus: tem os botões de voltar, tela inicial e aplicativo. Abaixo deles, um leitor de impressões digitais que parece estar no lugar errado.
Isso porque outros telefones, como o Galaxy S7 e o iPhone SE, têm o sensor de biometria integrado diretamente no botão Home. A solução da Motorola parece preguiçosa.
Ainda sobre a aparência dos telefones, o Moto Z e o Moto Z Force têm várias opções de personalização, como as seis capas coloridas, com acabamentos nas categorias couro, tecido e madeira.
Moto Z e Moto Z Force foram lançados na quinta-feira (09)
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
A ideia é mais ou menos a mesma: usar aqueles conectores para fazer a comunicação com algo externo. No caso, os acessórios que a Lenovo desenvolveu especial para este produto. Entre eles tem um projetor de imagens, uma bateria reserva e um alto-falantes da JBL.
O processo de conectar o acessório – batizado de Moto Snap em português e Moto Mod em inglês – não poderia ser mais simples: basta aproximá-los para que o magnetismo junte as duas partes.
Se for a primeira vez que o consumidor estiver ligando o Moto Z ao projetor, por exemplo, uma tela com ajustes e instruções vai aparecer imediatamente. Depois daquele primeiro contato, a ajuda inicial deixa de ser necessária.
Moto Z Force com Moto Snap da JBL
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
A barra superior do Android, onde ficam as notificações e o horário, também informa o percentual de carga do acessório escolhido pelo consumidor, caso ele tenha uma bateria própria.
Moto Z com Moto Snap de projeção de imagens
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
Por ser magnético, o telefone e o acessório permanecem firmes enquanto estão juntos. Nós até tentamos sacudi-los para ver se eles se separavam, mas pelo menos na nossa experiência de TechWorld os ímãs usados no Moto Z parecem ser suficientemente fortes para o uso cotidiano.
Cansou de usar o projetor portátil? Já recarregou seu telefone? A parte mais simples é desligar o acessório: basta aplicar um pouco de força para separar o smartphone Motorola do Moto Snap. Sem abrir nenhum menu ou clicar em nada, dentro do sistema.
Moto Snap tem contatos magnéticos com Moto Z e Moto Z Force
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
O caso mais notório desse comportamento é o LG G5 SE, um "Special Edition" pensado para o consumidor brasileiro que é mais fraco que o modelo gringo.
Moto Z tem 4 GB de RAM e processador Snapdragon 820 (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
Moto Z é bem mais fino sem o Moto Snap acoplado
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
Em apresentação, o ator Ashton Kutcher derrubou o Z Force de uns bons três metros, com a tela virada para baixo, sem que nenhum arranhão aparecesse.
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Moto Z tem tela de 5,5" QHD (2560 x 1440 pixels)
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
Essa pujança energética toda tem um preço: o Force tem quase 2 milímetros de espessura a mais do que o Z normal. Nada de outro mundo.
Quem quiser comprar os celulares deve aguardar até setembro, que é quando a Lenovo começará a distribuí-lo mundialmente.
A vida do Moto Z e Moto Z Force para o Brasil está confirmada, mas o preço não foi revelado. A fabricante chinesa observa em especial a flutuação do dólar no país, antes de bater o martelo sobre quanto cobrar pelos novos top de linha.
* O jornalista viajou a convite da Lenovo