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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Xiaomi processa EUA por inclusão em lista de 'empresas militares' ligadas ao governo chinês

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Fabricante de eletrônicos abriu ação contra Departamentos de Defesa e de Tesouro dos EUA.  
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Por G1  
01/02/2021 14h08 Atualizado há 2 horas
Postado em 01 de fevereiro de 2021 às 16h10m

  *.- Post.N. -\- 3.945 -.*  

Smartphone da chinesa Xiaomi exibido em Hong Kong. — Foto: Bobby Yip/Reuters
Smartphone da chinesa Xiaomi exibido em Hong Kong. — Foto: Bobby Yip/Reuters

A fabricante de eletrônicos Xiaomi anunciou no último domingo (31) a abertura de um processo contra os Departamentos de Defesa e de Tesouro dos Estados Unidos, após o governo americano incluí-la em uma lista de empresas militares comunistas chinesas.

A companhia afirma que a inclusão na lista foi factualmente incorreta e privou a empresa do devido processo legal.

A ação foi aberta na última sexta (29) na corte do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital Washington.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou em 14 de janeiro que a Xiaomi e mais outras 8 empresas chinesas entraram para uma lista de supostas "companhias militares", que teriam ligações com o governo da China.

A ordem, uma das últimas do governo Trump, proibiu que pessoas e organizações americanas mantivessem ações dessas companhias.

Caso a medida não seja revertida, a retirada de investimento deve ser feita até novembro de 2021 – e as empresas podem sair de bolsas de valores americanas.

"Com uma visão de proteger os interesses de usuários, parceiros, funcionários e acionistas ao redor do mundo, a empresa pediu à corte que declare a decisão ilegal e que seja revertida", afirmou a Xiaomi.

A Xiaomi é uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, segundo um levantamento da consultoria IDC – a marca é a 3ª em participação de mercado global, atrás da Samsung e Huawei.

Diferença para o caso Huawei

O fornecimento de equipamentos e tecnologia para a Xiaomi não é afetado por essa decisão, ao contrário do que aconteceu com a Huawei, fabricante de celulares e de equipamentos de telecomunicações que sofreu sanções mais duras durante o governo de Trump.

Desde 2019, a Huawei está na "lista de entidades" – que proíbe empresas americanas de fazer qualquer tipo de negócio, incluindo transferência de tecnologia ou venda de materiais.

A companhia foi colocada na "lista de entidades" por supostos riscos à segurança nacional dos EUA relacionadas com a instalação de antenas 4G e 5G e é diferente da lista de empresas militares comunistas chinesas.

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