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quinta-feira, 14 de março de 2019

Qualcomm anuncia primeira fábrica de semicondutores do Brasil, que deve começar a operar em 2020



Planta em Jaguariúna, SP, deve gerar até mil empregos na produção do componente para smartphones.


Por Fabrício Vitorino, Globo.com 

Postado em 14 de março de 2019 às 22h50m 
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A americana Qualcomm, especialista em chips, vai construir a primeira fábrica de semicondutores para celulares do Brasil, em Jaguariúna (SP). A iniciativa é uma parceria com a empresa chinesa USI.

A unidade, anunciada na última quarta-feira (13), deverá empregar de 800 a mil pessoas, com investimento estimado em US$ 200 milhões ao longo de 5 anos. O plano é que a fábrica entre na fase de testes no início de 2020 e comece a produzir chips no final do ano.
Chip QSiP, da Qualcomm; fabricante começará a produzir semicondutores no Brasil — Foto: Fabrício Yuri/Globo.com Chip QSiP, da Qualcomm; fabricante começará a produzir semicondutores no Brasil — Foto: Fabrício Yuri/Globo.com

"É um dia histórico para o Brasil: o país deixa de ser apenas consumidor de smartphone para ser também um produtor. É uma aposta que fazemos no Brasil, que é uma grande nação em mobile, mas não produz nada, sobretudo no mercado sensível de semicondutor, diz Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm na América Latina.

Smartphones para o mercado brasileiro
O anúncio foi feito durante o lançamento de dois aparelhos da Asus, da qual a Qualcomm é fornecedora. O Zenfone Max Shot e o Zenfone Max Plus (M2) foram criados exclusivamente para o Brasil a partir de pesquisas realizadas pela empresa taiwanesa.
O Zenfone Max Shot e o Zenfone Max Plus (M2), novos celulares da Asus desenvolvidos para o Brasil. — Foto: Fabricio Vitorino/Globo.com  
O Zenfone Max Shot e o Zenfone Max Plus (M2), novos celulares da Asus desenvolvidos para o Brasil. — Foto: Fabricio Vitorino/Globo.com

Os dois aparelhos têm praticamente a mesma especificação, mas com uma grande diferença na câmera: enquanto o Max Shot tem câmera tripla, com preço de R$ 1.349, o Max Plus M2 tem câmera dupla e custa R$ 1.299.

Eles também possuem "notch", aquele entalhe no topo da tela; desbloqueio por detecção facial e leitor de digitais na parte traseira. Os dois também aceitam dois SIM cards e microSD, e têm bateria de 4000 mAh com carregamento rápido. A tela é FullHD com 6,26 polegadas.

Os novos aparelhos foram pensados para um nicho do mercado brasileiro que exige desempenho sem comprometer o preço, diz Marcel Campos, diretor global de marketing da Asus.
Os smartphones contam com a nova plataforma da Qualcomm, chamada de QSiP (system in package), que está sendo usada pela primeira vez no mundo.

A nova placa (ou módulo) reúne mais de 400 componentes num só chip, incluindo armazenamento flash, GPS, memória RAM e processador.

Zenfone Max Shot (exclusivo para o Brasil):
  • Acabamento em metal (prata, preto, azul e vermelho)
  • GPU Adreno 506
  • Tela FullHD 6,26 polegadas
  • Bateria com 4000 mAh
  • Carregamento rápido de 10w
  • Bandeja tripla (SIM + SIM + MicroSD)
  • Expansão de memória para até 2TB
  • Android Puro 8.1 Oreo (até junho recebe o Android 9 Pie)
  • Câmera frontal 8MP com flash, FullHD e estabilização
  • Desbloqueio facial ou sensor digital de 0,3s
  • 3 câmera traseiras (grande angular 8MP e 120 graus + câmera com modo retrato com fundo desfocado + câmera principal 12MP com sensor Sony e F/1.8 com inteligência artificial)
  • Memória: 3 GB ou 4 GB
  • Armazenamento de 32 GB ou 64 GB
  • Preço: a partir de R$ 1.349
Zenfone Max Plus M2:
  • As mesmas do Max Shot, mas com apenas 2 câmeras e uma versão de armazenamento, 32 GB, com 3 GB de RAM
  • Preço: a partir de R$ 1.299