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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Por que garantir segurança da inteligência artificial não é tão fácil como se pensa

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A inteligência artificial pode melhorar muito nossas vidas ou destruir todos nós, dizem os especialistas — como torná-la segura?
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TOPO
Por BBC

Postado em 14 de junho de 2023 às 11h15m

Post. N. - 4.647

Por que garantir segurança da inteligência artificial não é tão fácil como se pensa — Foto: Getty Images
Por que garantir segurança da inteligência artificial não é tão fácil como se pensa — Foto: Getty Images

Especialistas em inteligência artificial geralmente seguem uma das seguintes escolas de pensamento: a inteligência artificial vai melhorar muito nossas vidas ou vai destruir todos nós. Então como garantir segurança?

A seguir, confira cinco dos desafios que temos pela frente — e como o tema tem sido tratado na Europa.

1. Chegar a um acordo sobre o que é inteligência artificial

O Parlamento Europeu levou dois anos para chegar à definição de um sistema de inteligência artificial — software capaz de, "para um determinado conjunto de objetivos definidos pelo ser humano, gerar resultados como conteúdo, previsões, recomendações ou decisões que influenciam os ambientes com os quais eles interagem".

Nesta semana, o Parlamento Europeu está votando o projeto de lei sobre a regulamentação da Inteligência Artificial — as primeiras normas legais sobre a tecnologia, que vão além de um código de conduta voluntário, exigindo que as empresas as cumpram.

ChatGPT: como usar o robô no dia a dia
ChatGPT: como usar o robô no dia a dia

2. Alcançar um consenso global

A ex-chefe do Escritório de Inteligência Artificial do Reino Unido, Sana Kharaghani, observa que a tecnologia não respeita fronteiras.

"Precisamos ter colaboração internacional nisso — sei que vai ser difícil", disse ela à BBC News. "Este não é um assunto doméstico. Essas tecnologias não ficam dentro das fronteiras de um país."

Mas ainda não há um plano para um órgão regulador global de inteligência artificial, no estilo das Nações Unidas — embora alguns tenham sugerido isso —, e diferentes territórios têm ideias distintas sobre o tema.

As propostas da União Europeia são as mais rígidas e incluem classificar os produtos de inteligência artificial dependendo do seu impacto — um filtro de spam para e-mail, por exemplo, teria uma regulamentação mais leve do que uma ferramenta de detecção de câncer.

O Reino Unido, por sua vez, está repassando a regulamentação da inteligência artificial ​​aos reguladores existentes — aqueles que dizem que a tecnologia os discriminou, por exemplo, são direcionados à Comissão de Igualdade.

Já os Estados Unidos têm apenas códigos de conduta voluntários, e os legisladores admitiram recentemente, durante uma audiência do comitê de inteligência artificial, que estavam preocupados se ele estava dando conta do recado.

A China pretende fazer com que empresas notifiquem os usuários sempre que um algoritmo de inteligência artificial estiver sendo usado.

3. Garantir a confiança do público"

Se as pessoas confiarem, elas vão usar", disse o chefe de assuntos regulatórios e governamentais da União Europeia na IBM, Jean-Marc Leclerc.

Há grandes oportunidades para a inteligência artificial melhorar a vida das pessoas de maneiras incríveis. Entre elas, estão:

  • Ajudar a descobrir antibióticos;
  • Fazer pessoas com paralisia voltarem a andar;
  • Tratar de questões como mudanças climáticas e pandemias.

Mas e a triagem de candidatos a vagas de emprego ou a previsão da chance de alguém cometer um crime?

O Parlamento Europeu quer que o público seja informado sobre os riscos associados a cada produto de inteligência artificial.

As empresas que infringirem suas regras podem ser multadas em até 30 milhões de euros (aproximadamente R$ 157 milhões) — ou 6% do faturamento anual global.

Mas será que os desenvolvedores são capazes de prever ou controlar como seu produto pode ser usado?

4. Decidir quem redige as regras

Até agora, a inteligência artificial tem sido amplamente autopoliciada.

As grandes empresas dizem que estão de acordo com a regulamentação do governo — "fundamental" para mitigar os riscos potenciais, de acordo com Sam Altman, chefe da OpenAI, criadora do ChatGPT.

Mas será que elas vão colocar os lucros acima das pessoas caso se envolvam demais na redação das regras?

Você pode apostar que elas querem estar o mais próximo possível dos legisladores encarregados de estabelecer os regulamentos.

E Martha Lane Fox, fundadora do Lastminute.com, diz que é importante ouvir não apenas as corporações. "Devemos envolver a sociedade civil, a academia, as pessoas que são afetadas por esses diferentes modelos e transformações", afirma.

5. Agir rápido

A Microsoft, que investiu bilhões de dólares no ChatGPT, quer que ele "tire a parte penosa do trabalho".

Ele pode gerar respostas de texto de forma semelhante a humanos, mas, Altman observa, é "uma ferramenta, não uma criatura".

Os chatbots deveriam tornar os profissionais mais produtivos.

Em algumas indústrias, a inteligência artificial tem a capacidade de gerar empregos e ser uma assistente formidável. Em outras, no entanto, trabalhadores podem perder seus empregos — no mês passado, a BT (empresa de telecomunicação britânica) anunciou que a inteligência artificial substituiria 10 mil postos de trabalho.

O ChatGPT está em uso público há pouco mais de seis meses. Agora, ele pode escrever artigos, planejar férias e passar em exames profissionais.

A capacidade desses modelos de linguagem em larga escala está crescendo a um ritmo fenomenal.

E dois dos três "padrinhos" da inteligência artificial ​​— Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio — estão entre os que alertam que a tecnologia tem um enorme potencial de danos.

A Lei de Inteligência Artificial, na Europa, não vai entrar em vigor pelo menos até 2025 —"muito tarde", segundo a chefe de tecnologia da União Europeia, Margrethe Vestager.

Ela está formulando um código voluntário provisório para o setor, junto aos Estados Unidos, que pode ficar pronto dentro de semanas.

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Figurinhas do WhatsApp: como criar sticker com fotos da galeria do iPhone sem instalar apps

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Donos de dispositivos da Apple podem usar a função 'Live Objects' para selecionar um objeto ou pessoa em um registro fotográfico e, depois, transformá-los em sticker no app de mensagens.
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Por g1

Postado em 14 de junho de 2023 às 10h00m

Post. N. - 4.646

Figurinha do WhatsApp: veja como fazer sticker com fotos da galeria sem instalar programa — Foto: Reprodução
Figurinha do WhatsApp: veja como fazer sticker com fotos da galeria sem instalar programa — Foto: Reprodução

Usuários de iPhone com o sistema operacional iOS 16 ou superior podem criar figurinhas (stickers) do WhatsApp sem precisar instalar outros aplicativos dedicados para isso (veja ao final da reportagem os celulares com iOS 16).

Agora, é possível usar o recurso "Live Objects", da galeria do celular da Apple, para selecionar objetos, pessoas e animais e "convertê-los" em sticker dentro do próprio WhatsApp. Veja como fazer no passo a passo abaixo:

  1. Abra a galeria de fotos do iPhone e toque na foto com o item que deve ser transformado em "figurinha";
  2. Pressione o dedo em cima do objeto, pessoa ou animal que deve ser recortado;
  3. Em seguida, aparecerá uma caixa com as opções "Copiar" e "Compartilhar...". Toque na primeira opção;
  4. Agora, abra o WhatsApp, vá até uma conversa, toque no box de digitação e selecione "Colar";
  5. Em seguida, aparecerá a seguinte mensagem "Carregando arquivos de mídia". Espere a conversão e, depois disso, a figurinha estará criada.
E no Android?

O g1 tentou fazer a ação no Android, mas não obteve sucesso. A empresa não quis compartilhar detalhes sobre a disponibilidade para quem não usa iPhone. Ainda assim, é possível criar figurinhas através do WhatsApp Web. Veja como:

  1. Clique em "Anexar" (ícone do clipe de papel);
  2. Selecione "Nova Figurinha" e carregue uma foto para criar um sticker personalizado;
  3. Os usuários podem delinear e cortar as fotos e até adicionar emojis ou palavras a elas.
Quais celulares rodam o iOS 16

  • iPhone 13, 13 mini, 13 Pro e 13 Pro Max;
  • iPhone 12, 12 mini, 12Pro e 12 Pro Max;
  • iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max;
  • iPhone XS e iPhone XS Max;
  • iPhone XR;
  • iPhone X;
  • iPhone 8 e 8 Plus;
  • iPhone SE (2ª geração);
  • iPhone SE (3ª geração).

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WhatsApp Comunidades: entenda como funciona o novo recursoWhatsApp Comunidades: entenda como funciona o novo recurso
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União Europeia aprova versão inicial de projeto para regular uso de inteligência artificial

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Texto, que trata de temas como reconhecimento facial e robôs como o ChatGPT, ainda precisa passar por votação final no Parlamento Europeu, o que não tem data para acontecer.
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Por g1

Postado em 14 de junho de 2023 às 08h50m

Post. N. - 4.645

A medida visa estabelecer um padrão no uso da tecnologia, desde fábricas automatizadas a bots como o ChatGPT — Foto: Reuters/Florence Lo
A medida visa estabelecer um padrão no uso da tecnologia, desde fábricas automatizadas a bots como o ChatGPT — Foto: Reuters/Florence Lo

O Parlamento Europeu, braço legislativo da União Europeia, aprovou nesta quarta-feira (14) uma versão inicial de um projeto que visa regular o uso de inteligência artificial no bloco.

Um dos principais objetivos da UE é proteger contra quaisquer ameaças à saúde e à segurança da IA e proteger os direitos e valores fundamentais, segundo a agência Associated Press.

Entre os pontos discutidos estão restrições ao uso de reconhecimento facial e transparência sobre o funcionamento de robôs como o ChatGPT, que atraiu a atenção nos últimos meses com a capacidade de ter resposta para quase tudo e tem mais de 100 milhões de usuários ativos mensais.

"A IA levanta muitas questões – social, ética e economicamente. Mas agora não é hora de apertar nenhum 'botão de pausa'. Pelo contrário, trata-se de agir rápido e assumir responsabilidades", disse o comissário para Mercado Interno da União Europeia, Thierry Breton.

Ainda de acordo com a Associated Press, pode levar anos até que as regras entrem em vigor plenamente. A votação será seguida por negociações envolvendo os países membros, o Parlamento e a Comissão Europeia, possivelmente enfrentando mais mudanças enquanto tentam chegar a um acordo sobre a redação final.

A aprovação é esperada até o final deste ano, seguida de um período de carência para as empresas e organizações se adaptarem, geralmente em torno de dois anos.

Para preencher a lacuna antes que a legislação entre em vigor, a Europa e os EUA estão elaborando um código de conduta voluntário que as autoridades prometeram no final de maio que seria elaborado dentro de semanas e poderia ser expandido para outros "países com ideias semelhantes".

Conheça o ChatGPT, a tecnologia que viralizou por ter resposta para (quase) tudoConheça o ChatGPT, a tecnologia que viralizou por ter resposta para (quase) tudo

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