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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Por que tantas gigantes do Vale do Silício têm executivos indianos

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Novo diretor executivo do Twitter, Parag Agrawal, nasceu na Índia; pessoas com essa origem estão desproporcionalmente representadas em cargos de alto comando nos EUA.
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TOPO
Por BBC

Postado em 10 de dezembro de 2021 às 13h10m

Post. N. - 4.231

Ao menos uma dúzia de diretores de grandes empresas de tecnologia no Vale do Silício nasceu na Índia — Foto: Getty Images via BBC
Ao menos uma dúzia de diretores de grandes empresas de tecnologia no Vale do Silício nasceu na Índia — Foto: Getty Images via BBC

Parag Agrawal é o novo diretor executivo do Twitter.

Com sua nomeação, Agrawal entrou para o grupo de especialistas em tecnologia nascidos na Índia que hoje lideram algumas das empresas mais influentes do mundo, sediadas no Vale do Silício, na Califórnia.

Satya Nadella, da Microsoft; Sundar Pichai, da Alphabet/Google; e os principais diretores da IBM, Adobe, Palo Alto Networks, VMWare e Vimeo — todos têm ascendência indiana.

Os cidadãos de origem indiana constituem cerca de 1% da população dos Estados Unidos e 6% dos trabalhadores do Vale do Silício, mas estão altamente representados, de forma até desproporcional, nos cargos de alto comando. Por que isso acontece?

"Nenhuma outra nação 'treina' tantos cidadãos, como se fossem gladiadores, como faz a Índia", afirma R. Gopalakrishnan, ex-diretor executivo da Tata Sons e um dos autores do livro The Made in India Manager ("O gerente fabricado na Índia", em tradução livre). "Da certidão de nascimento até a de óbito, passando pelas matrículas escolares e a entrada no mercado de trabalho, crescer na Índia prepara os cidadãos para que sejam gerentes natos."

Em outras palavras, segundo ele, a concorrência e o caos convertem-nos em "solucionadores de problemas com capacidade de adaptação", o que faz com que os cidadãos muitas vezes priorizem o lado profissional em detrimento do pessoal.

O especialista considera que esta é uma vantagem na cultura norte-americana de excesso de trabalho. "E são características dos principais líderes em qualquer parte do mundo", afirma Gopalakrishnan.

Os motivos

Os diretores executivos do Vale do Silício nascidos na Índia também fazem parte de um grupo minoritário de quatro milhões de pessoas que se encontram entre os mais ricos e educados dos Estados Unidos. Cerca de um milhão deles são cientistas e engenheiros.

Mais de 70% dos vistos H-1B (licenças de trabalho para estrangeiros) emitidos pelos Estados Unidos costumam ser concedidos para engenheiros de software indianos e 40% de todos os engenheiros nascidos no estrangeiro que vivem em cidades norte-americanas como Seattle são da Índia.

"Isso é o resultado de uma mudança drástica da política de imigração dos EUA na década de 1960", segundo os autores do livro The other one percent: Indians in America ("O outro um por cento: os indianos nos Estados Unidos", em tradução livre), Sanjoy Chakravorty, Devesh Kapur e Nirvikar Singh.

Parag Agrawal substituiu Jack Dorsey como presidente-executivo do Twitter — Foto: Divulgação/Twitter
Parag Agrawal substituiu Jack Dorsey como presidente-executivo do Twitter — Foto: Divulgação/Twitter

Devido ao movimento de direitos civis, as quotas para cada nacionalidade foram substituídas por preferência pelas habilidades e unificação familiar. Pouco tempo depois, começaram a chegar aos EUA cidadãos indianos com alto nível de formação (inicialmente, cientistas, engenheiros e médicos; depois, esmagadoramente, programadores de software).

Esse conjunto de imigrantes indianos "não se parecia com nenhum outro grupo de imigrantes de nenhum outro país", segundo os autores.

Os imigrantes passaram por três tipos de seleção: eles eram parte dos indianos privilegiados, de castas superiores, que tinham condições de cursar uma universidade de renome. Mais do que isso, eles pertenciam a uma pequena parcela que podia pagar por um mestrado nos Estados Unidos.

E, por fim, o sistema de vistos limitou ainda mais as quotas às pessoas com habilidades específicas, principalmente em ciências, tecnologia, engenharia e matemática, que satisfizessem as "necessidades do mercado de trabalho de alto nível" nos Estados Unidos.

"Eles são a nata dos trabalhadores e estão entrando em empresas nas quais os melhores atingem os postos mais altos", segundo o acadêmico e empresário tecnológico Vivek Wadhwa. "As redes que eles construíram [no Vale do Silício] também proporcionaram uma vantagem: a ideia era que eles se ajudassem entre si", acrescenta ele.

As redes

Wadhwa salienta que muitos dos diretores executivos nascidos na Índia também abriram caminho nas empresas com o seu esforço.

E ele acredita que isso proporcionou a esses executivos um sentido de humildade que os diferencia de muitos diretores executivos fundadores que foram acusados de ser arrogantes e autoritários.

O especialista afirma que homens como Nadella e Pichai também fornecem certa dose de cuidado, reflexão e uma cultura "mais amável" que os transforma em candidatos ideais para cargos superiores. Sua "liderança discreta e sem desavenças" é uma grande vantagem, segundo Saritha Rai, jornalista que cobre a indústria tecnológica na Índia para o canal de TV a cabo Bloomberg News.

Satya Nadella foi nomeado como CEO da Microsoft — Foto: Getty Images via BBC
Satya Nadella foi nomeado como CEO da Microsoft — Foto: Getty Images via BBC

A diversa sociedade da Índia, com tantos costumes e idiomas, "fornece [aos gerentes nascidos no país] a capacidade de navegar por situações complexas, particularmente quando se trata de fazer crescer as organizações", segundo o empresário multimilionário norte-americano de origem indiana Vinod Khosla, um dos fundadores da Sun Microsystems. "Isso, aliado a uma ética de 'trabalho duro', proporciona boa preparação para eles."

Existem também razões mais óbvias. O fato de que tantos indianos falam inglês facilita sua integração na diversificada indústria tecnológica norte-americana.

E a ênfase dedicada pela educação indiana à matemática e às ciências criou uma próspera indústria de software por capacitar seus estudantes com as habilidades necessárias, que são ainda mais reforçadas pelas melhores escolas de engenharia ou administração dos Estados Unidos.

"Em outras palavras, o sucesso obtido nos Estados Unidos pelos diretores executivos nascidos na Índia baseia-se na união daquilo que funciona bem nos Estados Unidos — ou pelo menos costumava funcionar até as restrições impostas à imigração depois do 11 de Setembro — com o que funciona bem na Índia", segundo escreveu recentemente a economista Rupa Subramanya na revista norte-americana Foreign Policy.

Desafios

Mas os especialistas questionam o futuro desse fenômeno.

O acúmulo de pedidos de residência permanente nos Estados Unidos (os chamados "Green Cards") e o aumento das oportunidades de trabalho no mercado interno indiano reduziram o interesse por fazer carreira no exterior.

"O sonho americano está sendo substituído pelo desejo de criar uma empresa emergente com sede na Índia", segundo Saritha Rai.

O recente surgimento de "unicórnios" (empresas que valem mais de US$ 1 bilhão, ou R$ 55 bilhões) na Índia sugere que estão começando a surgir companhias tecnológicas importantes no país. Mas os analistas são da opinião de que é muito cedo para prever qual será o impacto global dessas empresas.

"O ecossistema de empresas emergentes na Índia é relativamente jovem. Os modelos de indianos bem sucedidos, tanto no campo empresarial quanto em cargos executivos, ajudaram muito, mas os modelos a serem seguidos demoram para ser difundidos", afirma Vinod Khosla.

Sundar Pichai tornou-se diretor da Google em 2015 — Foto: Getty Images via BBC
Sundar Pichai tornou-se diretor da Google em 2015 — Foto: Getty Images via BBC

Mas os modelos a serem seguidos, em sua maioria, continuam sendo homens, da mesma forma que quase todos os diretores executivos do Vale do Silício nascidos na Índia. E os especialistas afirmam que o rápido aumento desses executivos não oferece razões suficientes para esperar mais diversidade nessa indústria.

Para Saritha Rai, "a representação das mulheres [na indústria da tecnologia] está muito longe do que deveria ser".

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Meta abre ao público plataforma de realidade virtual para impulsionar seu metaverso

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Horizon Worlds está disponível para pessoas com mais de 18 anos que moram nos Estados Unidos ou no Canadá.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 10 de dezembro de 2021 às 12h05m

Post. N. - 4.230

Horizon Worlds, plataforma de realidade virtual da Meta, está aberta para usuários nos Estados Unidos e Canada — Foto: Divulgação/Meta
Horizon Worlds, plataforma de realidade virtual da Meta, está aberta para usuários nos Estados Unidos e Canada — Foto: Divulgação/Meta

A Meta, empresa dona do Facebook, iniciou na última quinta-feira (9) a abertura de plataforma de realidade virtual Horizon Worlds para usuários dos Estados Unidos e Canadá. Esse é mais um passo para a construção de visão de metaverso da companhia.

A Horizon Worlds está longe de ser um metaverso completo, uma espécie de internet do futuro em que experiências online, como falar com os amigos, poderiam simular situações presenciais graças aos dispositivos de realidade virtual.

No entanto, os usuários já podem se reunir na nova plataforma para conversar, jogar e construir seus próprios mundos virtuais, desde que tenham mais de 18 anos e um headset de realidade virtual compatível.

Com o objetivo de ressaltar seu novo objetivo como empresa, o Facebook renomeou a empresa matriz para Meta, com a intenção de deixar para trás a imagem de uma rede social propensa às polêmicas, por uma nova visão como a plataforma de realidade virtual do futuro.

"Queremos que a Horizon Worlds seja um ambiente seguro no qual todos possam seguir nossa política de conduta na realidade virtual", diz o anúncio da empresa na inauguração.

"Há várias opções de segurança [...] que permitem fazer uma pausa e depois bloquear, silenciar ou reportar outros usuários", acrescentou.

As principais redes sociais da Meta, Facebook e Instagram, vêm lutando para deixar para trás a crise desencadeada, em setembro de este ano, por um enorme vazamento de documentos internos aos jornalistas e às autoridades dos Estados Unidos pela delatora Frances Haugen.

Os documentos vazados geraram artigos contra a empresa de Mark Zuckerberg argumentando que, apesar de ter conhecimento de que alguns de seus produtos poderiam ser nocivos aos usuários, ela escolheu priorizar o crescimento sobre a segurança.

O caminho para o metaverso da companhia também inclui ferramentas de trabalho remoto, uma atividade que aumentou consideravelmente com a pandemia.

Em agosto, a empresa apresentou uma tecnologia de "workrooms" ("salas de trabalho", em tradução livre do inglês) que permite a colaboração remota entre os usuários com acesso ao dispositivo Oculus de realidade virtual.

O projeto "Horizon Workrooms" permite mudar rapidamente de espaços de trabalho virtuais para videoconferências e se adaptar a diferentes situações de trabalho.

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