"Congresso realizado no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, dia 10, debateu como preservar o planeta em uma economia que estimula cada vez mais as compras."
*//* Por Leticia Muniz, | 11/05/2012
Em 2007, 74% dos pesquisados se preocupavam em utilizar sobras de refeições para fazer uma nova refeição. Esse percentual caiu para 67% em 2012. Da mesma forma, no período anterior, 24% diziam lavar a calçada de casa com água de mangueira. O número subiu para 27% em 2012. Até os hábitos de fechar a torneira para escovar os dentes e de apagar as luzes ao sair de um ambiente, que eram quase unânimes na última edição do estudo, realizados por 92% e 93% da população, respectivamente, foram deixados de lado por uma parte dos pesquisados nos últimos cinco anos, com índices que caíram para 89% e 91%, respectivamente.
Sustentabilidade nas empresas
“Hoje, qualquer empresa de visão tem que ser sustentável. E esta sustentabilidade precisa também prever custos. Se uma empresa de energia, por exemplo, não coloca em sua previsão uma mancha no mar, não há como dar certo. A mensuração em todas as suas formas é fundamental”, explicou Marina Grossi, Presidente Executiva do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), durante o Congresso Sustentável 2012, realizado ontem, dia 10, no Rio de Janeiro.
Mas como é possível para uma empresa vencer o desafio de produzir e ser ao mesmo tempo sustentável? Segundo os especialistas que participaram dos debates do Congresso, a resposta está no investimento em tecnologia.
“Podemos fazer isso através da inovação, investindo em tecnologia. Estamos falando em produzir mais com menos. O que se busca é colocar metas para encontrar resultados concretos nessa área. É preciso focar na sustentabilidade para pessoas”, disse Gianne Zimmer, Diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Vale.
Nos últimos oito anos, os índices chegaram a 54% de desenvolvimento na Classe AB e 46% na Classe C. Ainda de acordo com a pesquisa, até 2014, 74% da população das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste farão parte das Classes A, B e C.
Atualmente, o conceito de sustentabilidade deixa de ser apenas uma responsabilidade das empresas para ser também uma obrigação do consumidor. Com o avanço da tecnologia, cada vez mais produtos são lançados, com prazo de validade propositalmente curto, como os smartphones e tablets, cujas tecnologias são rapidamente superadas. Apenas dois em cada 10 brasileiros, entretanto, se preocupam em consumir produtos considerados sustentáveis.
“Com o crescimento do poder aquisitivo da população e o aumento da chamada Nova Classe Média o problema tende a ser maior. Não há como dizermos para estas pessoas que elas não podem consumir como nós consumimos. É preciso uma mudança no comportamento e isso só pode se dar a partir da educação”, afirmou o economista Sérgio Besserman, Presidente do Grupo de Trabalho da Prefeitura para a Rio+20.
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