"De acordo com a 32ª edição do relatório WebShoppers projeção é de 15% frente a 2014. Estudo avalia comportamento do consumidor online e tendência mobile."
O comércio eletrônico brasileiro teve faturamento de R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, o que significa um crescimento nominal de 16% em relação ao mesmo período de 2014.
De acordo com a 32ª edição do relatório WebShoppers, divulgado pela E-Bit nesta quarta, a projeção é de que o montante deste ano some R$ 41,2 bilhões - alta de 15% frente ao ano passado. A previsão foi revisada para baixo, já que no início de 2015 a consultoria estimava um crescimento de 20%.
Essa elevação é resultado do aumento dos preços dos produtos, por causa da inflação. O ticket médio subiu 13%, passando de R$ 333,40 para R$ 376,55, enquanto os pedidos cresceram 2,5% em relação a 2014, de 48,2 milhões para 49,4 milhões.
Ainda assim, o comércio eletrônico continua sendo um atrativo mesmo em cenário econômico desfavorável. De acordo com o estudo, 38% dos consumidores já compararam preço na web estando em uma loja física.
Além disso, 34% costumam buscar informações em sites antes de comprar, 24% comparam preços em sites específicos, 16% procuram dados sobre a reputação da loja e apenas 9% compram o produto no local, sem fazer consultas à outro meio.
Se a internet influencia os hábitos no off-line, o contrário não acontece – somente 6% das vendas são impactadas por mídias como TV, impressos, rádio, entre outros.
Em relação ao pagamento, o cartão de crédito continua sendo o mais utilizado, seguido de boleto bancário e débito em conta.
Os pagamentos à vista mostram que o consumidor está mais cauteloso quanto ao uso do dinheiro e busca maneiras de não se endividar. Uma mudança nas lojas está na quantidade de parcelas oferecidas que chegam até 10 vezes, enquanto em outros anos elas poderiam até ultrapassar 12 parcelas.
Outra diferença está em relação ao frete grátis, em que muitas lojas deixaram de oferecer. No primeiro semestre de 2014, 50,1% dos sites utilizavam o abono no envio como um atrativo. Já no mesmo período deste ano esse número caiu para 43,5%. Da mesma maneira, houve um aumento do valor cobrado para emissão.
Esse novo comportamento das empresas pode não ter sido sentido no bolso do comprador, uma vez que a renda média dos clientes online aumentou 10,6%. Enquanto a média era R$ 4.210,00 no primeiro semestre de 2014, ano mesmo período deste ano foi de R$ 4.658,00.
A maioria dos entrevistados no entanto, ainda concentra uma renda de menos de R$ 3 mil.
Um fato positivo foi a queda no número de atraso na entrega, que saiu de 14,40% em 2014 para 8,62% em 2015. A estagnação continua com a presença do sul e sudeste como as maiores participações nas vendas do e-commerce nacional.
Ainda que as lojas virtuais estejam em alta e surjam novos nomes a cada momento, é apenas uma parcela que concentra a maior parte do faturamento. Somente 50 empresas detém 86% do faturamento, contra 81% em 2014 – o que mostra que a participação delas vêm aumentando mesmo com novos concorrentes.
Os itens mais vendidos no primeiro semestre desse ano são Moda e Acessórios (15%), Eletrodomésticos (13%) Telefonia/celulares (11%), Cosméticos (11%).
Quando analisados os dados de arrecadação, a posição é outra. Quem mais fatura são as categorias de Eletrodoméstico (25%), Telefonia (18%), Eletrônicos (12%), Informática (12%), Casa e Decoração (7%) e Moda e Acessórios (6%).
Mobile
Mais de um terço do trafego do e-commerce vem de dispositivos móveis (37%), mas apenas 10% das compras do primeiro semestre vieram do mobile. Dentre os entrevistados pelo E-Bit, 83% possuem smartphone ou tablet e, desses, 84% usam wifi de casa contra 39% que utilizam a rede sem fio do trabalho.
No geral, todos possuem um computador ou notebook, mas apenas dois em cada 10 pessoas pretendem comprar um tablet, enquanto quatro em 10 pretendem comprar outro computador ou smartphone nos próximos seis meses.
Dentre os que possuem um celular com acesso à internet, 72% afirmaram utilizar o aparelho várias vezes ao dia, percentual que cai para 64% se considerado o uso de computador ou notebook.
Tal dado mostra que o brasileiro está cada vez mais assumindo o smartphone como dispositivo imprescindível para acessar a internet ao longo do dia, o que mostra um desafio às marcas de fazer com que esses consumidores usem o telefone para fazer compra. Atualmente a conversão em dispositivos móveis é de quase um terço dos computadores normais.
Dentre as alegações estão que o computador de mesa ou portátil passa mais segurança (25%), praticidade (24%) e possui um tamanho de tela melhor (24%). Os que preferem o tablet alegam que ele é prático (30%), cômodo (19%) e também possui uma tela que oferece boa visualização do artigo (17%).
Já quem comprou pelo smartphone os motivos foram praticidade (48%) e por estar sempre à mão (16%).
Os locais preferidos para realizar uma aquisição são a própria casa (95%), seguido do trabalho (46%). Das compras feitas em dispositivos móveis 47% são oriundas de smartphone e 48% pelo tablet.
A média de compras por esses aparelhos é de quatro vezes no período de seis meses. Um fato interessante é que as compras via mobile dentro de uma loja física já chegam a 9%. Há ainda aqueles que não utilizam o celular para algo relacionado a compra, que chegam em três a cada dez entrevistados.
Expectativa
A maior aposta do mercado no segundo semestre é a Black Friday. Grande parte dos lojistas aposta na data como uma tentativa de salvar o ano. O número de pedidos deve aumentar 5%, mas o ticket médio será o fator determinante para movimentar o setor. Em relação ao terceiro trimestre foi observada uma queda na intenção de compra, com uma média de 86,59%, mantendo o patamar dos anos anteriores.
De acordo com o índice FIPE/Buscapé, as maiores altas de preço estão nas categorias de Cosmético e Perfumaria (8,28%), Casa e Decoração (8,09%), Fotografia (5,74%) e Informática (5,45%). Já as maiores quedas foram observadas em Telefonia (-12,19%) e Moda (-9,83%). Os preços do comércio eletrônico ficaram 6,7% inferior a variação da média do IPCA.
De acordo com a 32ª edição do relatório WebShoppers, divulgado pela E-Bit nesta quarta, a projeção é de que o montante deste ano some R$ 41,2 bilhões - alta de 15% frente ao ano passado. A previsão foi revisada para baixo, já que no início de 2015 a consultoria estimava um crescimento de 20%.
Essa elevação é resultado do aumento dos preços dos produtos, por causa da inflação. O ticket médio subiu 13%, passando de R$ 333,40 para R$ 376,55, enquanto os pedidos cresceram 2,5% em relação a 2014, de 48,2 milhões para 49,4 milhões.
Ainda assim, o comércio eletrônico continua sendo um atrativo mesmo em cenário econômico desfavorável. De acordo com o estudo, 38% dos consumidores já compararam preço na web estando em uma loja física.
Além disso, 34% costumam buscar informações em sites antes de comprar, 24% comparam preços em sites específicos, 16% procuram dados sobre a reputação da loja e apenas 9% compram o produto no local, sem fazer consultas à outro meio.
Se a internet influencia os hábitos no off-line, o contrário não acontece – somente 6% das vendas são impactadas por mídias como TV, impressos, rádio, entre outros.
Em relação ao pagamento, o cartão de crédito continua sendo o mais utilizado, seguido de boleto bancário e débito em conta.
Os pagamentos à vista mostram que o consumidor está mais cauteloso quanto ao uso do dinheiro e busca maneiras de não se endividar. Uma mudança nas lojas está na quantidade de parcelas oferecidas que chegam até 10 vezes, enquanto em outros anos elas poderiam até ultrapassar 12 parcelas.
Outra diferença está em relação ao frete grátis, em que muitas lojas deixaram de oferecer. No primeiro semestre de 2014, 50,1% dos sites utilizavam o abono no envio como um atrativo. Já no mesmo período deste ano esse número caiu para 43,5%. Da mesma maneira, houve um aumento do valor cobrado para emissão.
Esse novo comportamento das empresas pode não ter sido sentido no bolso do comprador, uma vez que a renda média dos clientes online aumentou 10,6%. Enquanto a média era R$ 4.210,00 no primeiro semestre de 2014, ano mesmo período deste ano foi de R$ 4.658,00.
A maioria dos entrevistados no entanto, ainda concentra uma renda de menos de R$ 3 mil.
Um fato positivo foi a queda no número de atraso na entrega, que saiu de 14,40% em 2014 para 8,62% em 2015. A estagnação continua com a presença do sul e sudeste como as maiores participações nas vendas do e-commerce nacional.
Ainda que as lojas virtuais estejam em alta e surjam novos nomes a cada momento, é apenas uma parcela que concentra a maior parte do faturamento. Somente 50 empresas detém 86% do faturamento, contra 81% em 2014 – o que mostra que a participação delas vêm aumentando mesmo com novos concorrentes.
Os itens mais vendidos no primeiro semestre desse ano são Moda e Acessórios (15%), Eletrodomésticos (13%) Telefonia/celulares (11%), Cosméticos (11%).
Quando analisados os dados de arrecadação, a posição é outra. Quem mais fatura são as categorias de Eletrodoméstico (25%), Telefonia (18%), Eletrônicos (12%), Informática (12%), Casa e Decoração (7%) e Moda e Acessórios (6%).
Mobile
Mais de um terço do trafego do e-commerce vem de dispositivos móveis (37%), mas apenas 10% das compras do primeiro semestre vieram do mobile. Dentre os entrevistados pelo E-Bit, 83% possuem smartphone ou tablet e, desses, 84% usam wifi de casa contra 39% que utilizam a rede sem fio do trabalho.
No geral, todos possuem um computador ou notebook, mas apenas dois em cada 10 pessoas pretendem comprar um tablet, enquanto quatro em 10 pretendem comprar outro computador ou smartphone nos próximos seis meses.
Dentre os que possuem um celular com acesso à internet, 72% afirmaram utilizar o aparelho várias vezes ao dia, percentual que cai para 64% se considerado o uso de computador ou notebook.
Tal dado mostra que o brasileiro está cada vez mais assumindo o smartphone como dispositivo imprescindível para acessar a internet ao longo do dia, o que mostra um desafio às marcas de fazer com que esses consumidores usem o telefone para fazer compra. Atualmente a conversão em dispositivos móveis é de quase um terço dos computadores normais.
Dentre as alegações estão que o computador de mesa ou portátil passa mais segurança (25%), praticidade (24%) e possui um tamanho de tela melhor (24%). Os que preferem o tablet alegam que ele é prático (30%), cômodo (19%) e também possui uma tela que oferece boa visualização do artigo (17%).
Já quem comprou pelo smartphone os motivos foram praticidade (48%) e por estar sempre à mão (16%).
Os locais preferidos para realizar uma aquisição são a própria casa (95%), seguido do trabalho (46%). Das compras feitas em dispositivos móveis 47% são oriundas de smartphone e 48% pelo tablet.
A média de compras por esses aparelhos é de quatro vezes no período de seis meses. Um fato interessante é que as compras via mobile dentro de uma loja física já chegam a 9%. Há ainda aqueles que não utilizam o celular para algo relacionado a compra, que chegam em três a cada dez entrevistados.
Expectativa
A maior aposta do mercado no segundo semestre é a Black Friday. Grande parte dos lojistas aposta na data como uma tentativa de salvar o ano. O número de pedidos deve aumentar 5%, mas o ticket médio será o fator determinante para movimentar o setor. Em relação ao terceiro trimestre foi observada uma queda na intenção de compra, com uma média de 86,59%, mantendo o patamar dos anos anteriores.
De acordo com o índice FIPE/Buscapé, as maiores altas de preço estão nas categorias de Cosmético e Perfumaria (8,28%), Casa e Decoração (8,09%), Fotografia (5,74%) e Informática (5,45%). Já as maiores quedas foram observadas em Telefonia (-12,19%) e Moda (-9,83%). Os preços do comércio eletrônico ficaram 6,7% inferior a variação da média do IPCA.
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