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domingo, 12 de junho de 2016

Tecnologia mais barata pode dar qualidade profissional para câmeras de celular


Filipe Garrett
por
Para o TechTudo

08/06/2016 05h00 - Atualizado em 08/06/2016 05h00
Postado em 12 de junho de 2016 às 20h00m
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Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, trabalham em uma nova tecnologia que pode trazer a qualidade das câmeras DSLR para os celulares, segundo uma informação divulgada pelo jornal Science, no último dia 3 de junho. 

Para atingir esse objetivo, eles criaram um novo tipo de lente fotográfica que, em lugar de vidro, usa microestruturas de quartzo para direcionar a luz para o sensor fotográfico de forma mais eficiente e em dimensões muito mais compactas.

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Vista como revolucionária na ótica, essa tecnologia pode fazer com que lentes em geral fiquem muito menores mais baratas e eficientes, já que os celulares com melhores câmeras, como Galaxy S7, iPhone 6S e o LG G5 SE, são também os mais caros do mercado.
Cada pilar é uma estrutura de dióxido de titânio e que refrate um comprimento de luz (cor) específico para o sensor da câmera (Foto: Divulgação/Harvard)
Cada "pilar" é uma estrutura de dióxido de titânio e que refrate um comprimento de luz (cor) específico para o sensor da câmera (Foto: Divulgação/Harvard)

A nova lente foi chamada de metalens em alusão ao uso de óxido de titânio nas placas de quartzo que a compõem. Esse material conta com uma superfície desenhada para que a luz seja direcionada de forma mais eficiente ao sensor fotográfico. Como é possível ver na imagem, a lente é feita de padrões e espaços e é por essas aberturas que a luz passa.

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O resultado é uma lente fotográfica de apenas 0,08 polegadas, completamente plana, mas que pode resolver detalhes menores que 400 nanômetros (1 nanômetro equivale a 1 metro dividido por 1 milhão): na prática, e de forma simples, a lente minúscula consegue identificar detalhes muito mais precisos, sem exigir conjuntos óticos em vidro caros, sensíveis e grandes.
Os pesquisadores andam animados a respeito das perspectivas da tecnologia, porque além de permitir lentes minúsculas e de alta qualidade, ela pode também significar custos mais baixos. 

Atualmente, lentes fotográficas são caras e fabricadas em processos de manufatura extremamente sensíveis e com níveis de precisão que podem oscilar: duas lentes fabricadas no mesmo lugar podem ter variações de qualidade em virtude dessas distorções.

A tecnologia metalens é diferente. Por dispensar o vidro e a precisão geométrica necessária para moldá-lo na forma e ângulo correto, o processo pode abrir espaço para fabricação de massa de lentes mais baratas nas mesmas indústrias que hoje fabricam microchips.

Apesar das perspectivas interessantes, a tecnologia ainda está em estágios iniciais. No momento, as lentes criadas pelos pesquisadores apenas refratam uma parte da luz visível: ou seja, uma foto gerada com uma dessas lentes vai gerar uma imagem estranha, em que faltarão cores e informação. 

Porém, para criar uma metalens que tenha a capacidade de refratar todo o espectro visível ainda serão necessários alguns anos.

Via Harvard, Peta Pixel, PopSci

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