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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Crise: 84% dos brasileiros pretendem mudar padrão de consumo


"Inflação leva a alterações nas compras referentes a lazer (83%), vestuário (77%) e alimentação (76%). Decisão por tomada de novos financiamentos também é impactada."



*-.:.-* Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 22/07/2015



Os brasileiros, tanto consumidores quanto empresários, estão cada vez mais pessimistas em relação ao cenário econômico brasileiro hoje e no futuro. As expectativas negativas os levam a reverem e mudarem seus padrões de consumo. 

Segundo pesquisa realizada pela TNS Brasil em parceria com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), 84% dos brasileiros pretendem alterar gastos, principalmente em lazer (83%), vestuário (77%) e alimentação (76%). 

O levantamento, que ouviu 1.000 pessoas em todas as regiões do país entre dois e 13 de julho, mostra também que as pessoas estão menos inclinadas a tomar novos financiamentos.
Apenas 16% dos entrevistados disseram estar dispostos a tomar crédito. 

Deles, 35% o fariam para comprar um carro e 28%, uma casa. Já os 84% que não desejam contrair empréstimos se valem, principalmente, das expectativas negativas em relação ao futuro: grande parte espera aumento da inflação e do desemprego para os próximos meses. 

“Notamos um maior pessimismo da população em relação ao cenário brasileiro, se compararmos com as duas ondas anteriores da pesquisa (realizadas em outubro de 2014 e março de 2015)”, afirma Rafael Munhoz, Diretor de Atendimento da TNS Brasil.

Enquanto, em 2014, apenas 24% dos ouvidos afirmaram acreditar que a oferta de crédito à população iria piorar e 31% mostraram-se pessimistas em relação ao crescimento do país, agora, esses índices subiram para 66% e 62%, respectivamente. 

O mesmo movimento acontece em relação ao consumo das famílias. No ano passado, a expectativa de piora tomava 35% dos entrevistados e, em julho, alcançava 72% deles. 

O termo escolhido pela maioria (65%) para representar o sentimento, neste momento, foi “preocupação”, e 84% afirmaram que pretendem economizar mais, enquanto apenas 3% têm planos de gastar mais.

A situação do Brasil hoje é avaliada como ruim ou péssima por 71% dos entrevistados, índice que, em abril, era de 66% e, em 2014, 37%. O governo federal (72%), o congresso (61%) e o setor privado (25%) são apontados como culpados pelo cenário econômico. 

“A situação está pior do que em abril, com os índices de confiança declinantes e o ambiente econômico e político se deteriorando. O mercado vem demonstrando muita incerteza em relação ao futuro e sobre quando haverá melhora. 

Isso é muito ruim para uma retomada. Já deveríamos estar em uma fase de reversão”, diz Nicola Tingas, Economista-Chefe da Acrefi.

TNS, Acrefi, consumo, crise

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