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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Rivais do X: como abrir uma conta no Threads e no Bluesky

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Aplicativos são mais novos e foram ganhando fama conforme a popularidade do concorrente foi caindo, com mudanças impostas por Elon Musk.
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Por g1

Postado em 30 de agosto de 2024 às 18h15m

#.* Post. - Nº.\  4.950 *.#

Threads e no Bluesky são 'rivais' do X — Foto: Arquivo Pessoal
Threads e no Bluesky são 'rivais' do X — Foto: Arquivo Pessoal

Threads e Bluesky são os principais rivais do X atualmente. Eles apareceram nos assuntos mais comentados no X desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou suspender a rede social por não indicar representante no Brasil.

O Threads foi lançado em 2023 e pertence à Meta, de Mark Zuckerberg, a mesma empresa que controla Instagram, Facebook e WhatsApp. Para ter uma conta nele, é preciso ter perfil no Instagram.

O Bluesky surgiu em 2019, criado pelo X (então Twitter), e se tornou uma empresa independente em 2021. Ele começou a ganhar mais adeptos depois que Elon Musk, que comprou o X em 2022, decidiu limitar o número tuítes que um usuário com perfil não verificado poderia ler por dia.

Inicialmente, era preciso entrar numa "fila de espera" e ter o convite de um amigo para entrar. Isso caiu em fevereiro deste ano.

Como abrir uma conta no Threads

Threads, aplicativo do Instagram para rivalizar com o Twitter — Foto: Divulgação/Threads
Threads, aplicativo do Instagram para rivalizar com o Twitter — Foto: Divulgação/Threads

Para criar um perfil no Threads, você precisará do login e senha da sua conta do Instagram. Se você ainda não tem uma conta do Instagram, terá que criar uma. É possível ter um perfil no Threads para cada conta do Instagram.

1) Baixe o aplicativo gratuito do Threads, nas lojas oficiais:

2) Depois de instalar o app, toque no ícone para abri-lo e, em seguida, em Entrar com o Instagram (na parte inferior da tela). Depois de entrar, você irá novamente para o app do Threads.

3) Se tiver mais de uma conta do Instagram e quiser entrar com uma diferente, toque em Trocar de conta na parte inferior e selecione outra.

4) Se não vir uma das contas listadas, toque em Entre em outra conta do Instagram.

5) Selecione se deseja ter um perfil público ou privado e toque em Avançar, na parte inferior.

6) Toque em Seguir ao lado de um perfil, para segui-lo e, em seguida, toque em Avançar, no canto superior direito, ou em Seguir tudo, na parte inferior.

7) Leia os termos e as políticas de uso. Depois, toque em Entrar no Threads, na parte inferior.

Também é possível abrir uma conta pelo computador, em threads.net.

Threads x Twitter: Tudo o que você tem que saber sobre essa treta das gigantes

Como abrir uma conta no Bluesky

Bluesky Social — Foto: Reprodução
Bluesky Social — Foto: Reprodução

1) Baixe o app gratuito, na lojas oficiais:

2) Abra o app e, em seguida, crie uma conta e cadastre o número do celular para receber um código de validação.

3) Crie um nome de usuário.

Também dá para abrir uma conta pelo computador: acesse bsky.app

Mais diferenças entre as redes

O Threads suporta posts com até 500 caracteres, além de links, fotos e vídeos de até 5 minutos. Também é possível curtir, comentar e compartilhar o que outras pessoas publicaram.

Quem tem conta no Instagram e no Threads, tem seu número de perfil exibido na bio do Instagram.

Uma diferença para o Twitter é que o Threads não tem área de trending topics, que mostra assuntos mais comentados na rede.

Os usuários do Threads decidem quem pode responder aos seus posts – todos, apenas quem estão seguindo ou apenas as contas citadas – e tem recursos de segurança como o filtro que oculta termos específicos em comentários. Os usuários que você bloqueou no Instagram também são bloqueados no novo aplicativo.

No Bluesky, as publicações nesta rede são chamadas de skeets e podem ter até 300 caracteres.

Threads e Bluesky também são diferentes na maneira de funcionar. Em plataformas centralizadas como X, Threads, Facebook e Instagram, o serviço é administrado por só uma empresa.

Já o Bluesky é apenas um de vários espaços possíveis para se comunicar pelo padrão AT Protocol, com o qual outras pessoas poderão criar suas próprias redes sociais.

Na prática, a estrutura do Bluesky é parecida com a do e-mail, em que é possível enviar mensagens para uma conta do Gmail a partir do Outlook, por exemplo.

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Exigências da ANPD que liberam Meta para usar dados de brasileiros na IA são insuficientes, afirma Idec

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Para o instituto de defesa do consumidor, o tratamento de dados seguirá em desacordo com a LGPD mesmo com as recomendações feitas pela agência.
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Por g1

Postado em 30 de agosto de 2024 às 15h05m

#.* Post. - Nº.\  4.949 *.#

Meta é dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp — Foto: JN
Meta é dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp — Foto: JN

O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) criticou, nesta sexta-feira (30), a decisão da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) de liberar a Meta a usar dados de brasileiros que têm contas em suas plataformas para treinar sua inteligência artificial.

A ANPD revogou, na manhã desta sexta, a medida cautelar que, em julho deste ano, suspendeu essa prática. Assim, a empresa que é dona do Instagram, do Facebook e do WhatsApp poderá usar dados de posts, como fotos e legendas, para ensinar e aprimorar sua ferramenta de IA.

"(A decisão) é preocupante e vai contra a garantia de uma forte proteção dos dados pessoais", disse o Idec.

"Considerando a forte reação pública contra tal prática, ao permitir que a Meta retome o uso de dados para treinar sua IA, mesmo com um plano de conformidade, a ANPD enfraquece a confiança pública e coloca em segundo plano o direito fundamental à proteção de dados, abrindo um precedente perigoso para o tratamento de dados pessoais em prol de interesses comerciais."

Por que a prática foi questionada

Em julho, pouco depois de a Meta divulgar que passaria a compartilhar esses conteúdos com a IA, o Idec acionou a ANPD, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), questionando os riscos à privacidade dos usuários das plataformas e a falta de transparência da empresa sobre esse compartilhamento de dados.

A ANPD, então, exigiu que a Meta suspendesse a prática no Brasil para prestar esclarecimentos. Na ocasião, a diretora do órgão, Miriam Wimmer, disse ter visto "indícios de violação de direitos" em coleta de dados pela empresa Meta.

Ao derrubar a suspensão nesta sexta, a ANPD acordou um Plano de Conformidade com a empresa, para adequar o tratamento dos dados ao disposto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para o Idec, as exigências contemplam "somente o mínimo necessário, aquém do disposto na LGPD".

O uso dos dados pela Meta para treinar sua IA também está suspenso na Europa (saiba mais ao fim da reportagem).

Treinamentos de modelos de inteligência artificial envolvem o uso de grandes quantidades de dados e são necessários para que, em uma etapa seguinte, eles sejam capazes de analisar informações e até gerar conteúdo por conta própria.

O que a ANPD quer da Meta

A ANPD aprovou um Plano de Conformidade com medidas sugeridas pela "big tech", determinando que:

  • a Meta tem cinco dias úteis para apresentar um cronograma de implementação do "plano de conformidade";
  • a empresa deve dar atenção especial ao prazo mínimo de 30 dias entre o envio da notificação aos usuários e o início do uso dos dados;
  • a Meta deve garantir o "direito de oposição" dos usuários (o chamado "opt-out"). Ou seja, garantir que o usuário da rede tenha o direito de não fornecer seus dados para o treinamento dos sistemas.
O que diz a Meta

A Meta informou nesta sexta que, em resposta às recomendações da ANPD, está "oferecendo transparência adicional para ajudar os usuários do Facebook e do Instagram no Brasil a entenderem como treinamos os modelos que alimentam nossas experiências de Inteligência Artificial generativa".

Segundo a empresa, as medidas incluem:

  • notificações no Facebook e no Instagram, e e-mails "para que os usuários no Brasil saibam como planejamos expandir nossas experiências de IA na Meta";
  • inclusão, nas notificações e e-mails, de um link para o "formulário de oposição" – onde os usuários poderão expressar que não querem contribuir com seus dados para o treinamento da inteligência artificial.
  • atualização da Política de Privacidade e o Aviso de Privacidade do Brasil;
  • possibilidade de o usuário se opor ao uso de seus dados a qualquer tempo;
  • banners na Central de Privacidade da Meta, bem como na Política de Privacidade, "para conscientizar os usuários que estão no Brasil sobre como tratamos os dados dos usuários e com links direcionando para o formulário de oposição";
  • uso de informações públicas de contas de usuários nas plataformas

"Como dissemos anteriormente, não estamos usando mensagens privadas dos usuários com amigos e familiares para treinar nossas experiências de IA na Meta", afirma a empresa.

Para o Idec, "a decisão foi baseada na premissa de que a Meta implementará medidas de proteção, como a pseudonimização dos dados, para reduzir potenciais riscos aos titulares". Mas isso não ataca o principal problema, na visão do instituto: a falta de consentimento e de transparência no uso dos dados para treinar modelos de inteligência artificial.

"A principal questão não é apenas a identificação dos usuários, mas o uso compulsório de seus dados pessoais para uma finalidade que vai além da prestação do serviço e que visa unicamente o lucro da empresa", diz o Idec.

"A Autoridade permite que o tratamento (dos dados dos usuários) seja continuado numa situação vedada por lei. Mesmo que o processo de fiscalização continue investigando esse ponto, no futuro não importará se a base for considerada ilegal, o modelo de IA generativa já terá sido treinado e os danos aos nossos direitos já terão ocorrido", complementa.

Suspensão na Europa

Em junho, a Meta informou a União Europeia e no Reino Unido que a sua política de privacidade passaria a prever a possibilidade de usar dados de usuários para treinar sua IA.

Após repercussão negativa, a empresa voltou atrás e decidiu adiar a mudança na Europa para seguir a determinação de seu regulador na região, a Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados (DPC, na sigla em inglês).

No Brasil, a coleta das informações foi anunciada pela Meta no início de julho e estava habilitada por padrão. Quem quisesse proteger suas fotos e vídeos deveria seguir um passo a passo nas configurações do Instagram ou do Facebook que foi considerado complexo pela própria ANPD.

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