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domingo, 31 de janeiro de 2021

'Perdi R$ 127 mil em golpe de investimento no Instagram'

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Especialistas alertam sobre aumento de fraudes financeiras na rede social. TOPO  Por BBC  31/01/2021 15h25 Atualizado há uma hora
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TOPO
Por BBC

Postado em 31 de janeiro de 2021 às 16h25m

  *.- Post.N. -\- 3.944 -.*  

Jonathan Reuben diz que começou a suspeitar ao ver o valor de seus investimentos despencar — Foto: Arquivo pessoal
Jonathan Reuben diz que começou a suspeitar ao ver o valor de seus investimentos despencar — Foto: Arquivo pessoal

"Eu estava seguindo esse cara no Instagram e ele sempre posta o carro dele, um Maserati dourado, dizendo que é rico e que enriqueceu sozinho e ele é muito jovem, tem só 21", diz Jonathan Reuben, 24 anos, um contador.

Ele descobriu um esquema de investimento em moedas estrangeiras por meio de uma conta que seguia no Instagram.

"Primeiro investi mil libras (R$ 7,49 mil) e, depois que vi que estava ganhando dinheiro, depositei um pouco mais e mais. No fim, perdi 17 mil libras (R$ 127,3 mil)", ele disse ao programa Money Box, da BBC.

Jonathan é um dentre um número crescente de usuários do Instagram que perderam dinheiro em supostas fraudes na rede social.

Desde que a pandemia da covid-19 começou, no ano passado, o número médio de denúncias de fraudes no Instagram reportadas a cada mês cresceu mais de 50%, segundo dados da Action Fraud, o centro nacional da polícia do Reino Unido para crimes e fraudes cibernéticas.

Também houve um aumento no valor que usuários dizem ter perdido nesses golpes. Antes da pandemia, o valor médio era 60 mil libras (R$ 449 mil) por mês, mas agora subiu para 200 mil (R$ 1,5 milhão) ao mês.

Gurvin Singh diz que ficou rico investindo em câmbio de moedas estrangeiras — Foto: Reprodução/Instagram
Gurvin Singh diz que ficou rico investindo em câmbio de moedas estrangeiras — Foto: Reprodução/Instagram

Jonathan disse que o suposto golpista, Gurvin Singh, um homen de Plymouth, no sudoeste da Inglaterra, diz ter enriquecido investindo em transações de câmbio com moedas estrangeiras.

Singh então ofereceu a usuários que o seguiam no Instagram a chance de acompanhá-lo em suas transações.

"Ele disse que cada negócio que fizesse seria replicado na minha conta quando eu aderisse".

Jonathan disse que Singh prometeu lucros quase imediatos. Jonathan teve então acesso a uma plataforma de investimentos chamada Infinox, onde poderia analisar sua performance.

No início, os lucros aumentaram, e ele investiu mais dinheiro. Mas ele começou a suspeitar depois de alguns meses, quando viu seus investimentos despencarem em dois dias.

"Eu tentei retirar o dinheiro, mas o sistema disse que a operação havia falhado. Eu pedi uma explicação, e a desculpa deles foi que os lucros caíram por causa do Brexit (retirada do Reino Unido da União Europeia). Depois de alguns dias, todo meu dinheiro tinha desaparecido e eu não conseguia mais contatar Gurvin ou qualquer pessoa envolvida", disse Jonathan. "Fiz denúncias à polícia, aos meus bancos e ao Instagram."

'As pessoas são sugadas'

Jake Moore, um especialista em cybersegurança, diz que com muitos jovens participando das redes sociais, golpes como esse se tornaram mais comuns.

"As pessoas são sugadas e querem acreditar nisso, querem esse estilo de vida, especialmente nos dias de hoje, em que jovens têm dificuldade para achar empregos", ele disse. "Há definitivamente mais pessoas buscando formas diferentes e novas de ganhar mais dinheiro."

"Há bilhões de contas de redes sociais, e os algoritmos ainda não são sofisticados o suficiente, não podemos delegar esse controle aos computadores. As empresas de mídias sociais têm um caminho longo a percorrer."

Ele sugere a usuários de redes sociais que nunca envolvam dinheiro ao lidar com pessoas desconhecidas.

"Há contas que oferecem esquemas maravilhosos para dobrar, triplicar ou quadruplicar seu dinheiro. São golpes", disse ele.

O Facebook, que é dono do Instagram, diz que combate proativamente esse tipo de conteúdo com tecnologias de detecção de spam e que está investigando a conta de Singh.

"Não há espaço para comportamento fraudulento ou inautêncico no Instagram. Nós temos uma equipe de segurança com 35 mil pessoas trabalhando para manter nossas plataformas seguras, e bloqueamos milhões de contas todos os dias", disse um porta-voz do Facebook.

A Autoridade de Conduta Financeira, que regula os mercados financeiros no Reino Unido, disse que Singh foi adicionado a uma lista de agentes financeiros não autorizados.

O órgão recomendou a investidores que só lidem com empresas financeiras autorizadas.

O escritório policial antifraudes disse que está investigando as atividades de Singh, mas que não há inquérito instaurado.

Singh não respondeu os pedidos de entrevista da BBC.

Um portavoz da Infinox, a plataforma usada por Jonathan, rejeitou todas as sugestões de que a empresa teria agido sem integridade ou violado as regras. O portavoz não quis comentar as atividades de Singh por elas não terem vínculo com os serviços oferecidos pela Infinox.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Portaria com regras para o 5G não restringe Huawei e prevê rede segura exclusiva para o governo

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Diretrizes não trazem qualquer restrição à participação da gigante chinesa como fornecedora de equipamentos para a nova geração de telefonia móvel. Anatel deve votar edital na segunda.  
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Por Délis Ortiz e Laís Lis, TV Globo e G1 — Brasília  
29/01/2021 19h15 Atualizado há 3 horas
Postado em 29 de janeiro de 2021 às 22h20m

  *.- Post.N. -\- 3.943 -.*  

A portaria com as diretrizes do leilão da quinta geração de telefonia móvel, o 5G, não prevê qualquer vedação à participação da chinesa Huawei na disputa. As normas incluem a criação de uma rede privada de comunicações para a administração pública federal.

O texto elaborado pelo Ministério das Comunicações foi publicado nesta sexta-feira (29) em edição extra do "Diário Oficial da União".

As regras deverão ser seguidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no edital do leilão, que pode ser votado já nesta segunda-feira (1º) em reunião extraordinária da agência.

Nas regras que compõem a portaria obtida pela TV Globo, não há qualquer restrição à participação da chinesa Huawei ou de outra empresa de infraestrutura e tecnologia (veja no vídeo abaixo comentário do professor e especialista em tecnologia Ronaldo Lemos).

Pesquisador e professor Ronaldo Lemos, especialista em tecnologia, diz que edição de portaria é avanço para o 5G
Pesquisador e professor Ronaldo Lemos, especialista em tecnologia, diz que edição de portaria é avanço para o 5G

Conselheiros da Anatel já haviam informado que o edital não poderia restringir a participação de firmas específicas na implementação do 5G brasileiro. O governo, no entanto, poderia usar a "segurança nacional" como justificativa para impor restrições desse tipo.

O governo do presidente Jair Bolsonaro vinha sendo pressionado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para restringir a participação da empresa chinesa como fornecedora de equipamento para o 5G brasileiro. A Huawei é líder global na tecnologia 5G.

O leilão será disputado pelas operadoras de celular – que, por sua vez, contratam as empresas de infraestrutura para fornecer equipamentos. A Huawei atua nesse segundo ramo, fornecendo a tecnologia para efetivar a implementação do 5G.

Entenda o que é o 5G e como ele pode revolucionar a tecnologia no Brasil
Entenda o que é o 5G e como ele pode revolucionar a tecnologia no Brasil

Rede privada

A rede privada citada na portaria do Ministério das Comunicações deve funcionar como um canal seguro para a comunicação estratégica do governo.

A empresa que fornecer equipamentos para essa rede deverá, segundo uma fonte que participou da elaboração do documento, seguir padrões de transparência e governança corporativa.

Os estudos preveem uma rede móvel de fibra ótica limitada ao Distrito Federal e uma rede fixa para atendimento dos órgãos públicos federais.

A nova portaria elaborada pelo Ministério das Comunicações também prevê a cobertura de internet móvel em rodovias federais e a instalação de fibra óptica em municípios não atendidos, prioritariamente na região Norte. Essa regra ajudará na implementação do programa Norte Conectado, que prevê a instalação de 13 mil quilômetros de fibra ótica de alta velocidade.

Saiba como o Brasil e o mundo estão se preparando para a chegada do 5G
Saiba como o Brasil e o mundo estão se preparando para a chegada do 5G

O leilão do 5G

No leilão, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. As faixas de frequências são espectros usados para a oferta de telefonia celular e de TV por assinatura.

O 5G deve proporcionar velocidade muito maior de internet móvel. Um dos grandes pontos é a ampliação do serviço de internet das coisas (IoT na sigla em inglês).

Atualmente, as operadoras conectam por exemplo máquinas de cartão, monitoraram caminhões e veículos, mas não há muito além disso. A ideia é que o 5G ofereça ferramenta para conectar outros produtos e a custos mais baixos.

China, Huawei e o 5G

Além de questões tecnológicas, o debate do 5G envolve disputas ideológicas, econômicas e de segurança nacional. O tema está, ainda, no centro da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Em novembro, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o Brasil havia se juntado a um plano dos Estados Unidos para restringir o acesso de empresas chinesas ao mercado mundial de 5G.

Exclusão dos chineses no leilão do 5G poderia gerar custo de R$ 100 bilhões ao Brasil; entenda
Exclusão dos chineses no leilão do 5G poderia gerar custo de R$ 100 bilhões ao Brasil; entenda

A iniciativa é chamada de "Clean Network" e, segundo o governo brasileiro, conta com a adesão de países da Europa e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar dos EUA.

Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro havia afirmado em uma transmissão em rede social que caberia a ele próprio a decisão sobre a implementação da tecnologia 5G no Brasil. Segundo Bolsonaro, não haveria "ninguém dando palpite".

A definição dos parâmetros do leilão cabe à Anatel – que, segundo a Lei Geral de Telecomunicações, goza de "independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira".

Há, no entanto, debates sobre a tecnologia 5G em temas como segurança nacional, espionagem e privacidade de dados. Nestes casos, o tema caberia à inteligência do governo e à própria Presidência da República.

O ex-presidente norte-americano Donald Trump, de quem Jair Bolsonaro era aliado, chegou a declarar emergência nacional em 2019 para proteger a internet dos Estados Unidos de "adversários estrangeiros", sem citar nominalmente a firma chinesa.

Em julho, governo britânico anunciou banimento da empresa Huawei das redes de 5G
Em julho, governo britânico anunciou banimento da empresa Huawei das redes de 5G

Em julho, o Reino Unido decidiu banir a Huawei dos leilões de 5G. A justificativa dada foi um posicionamento dos EUA que, na prática, impediu a gigante chinesa de receber chips de outros países para fabricar equipamentos.

A decisão deve atrasar o 5G britânico em três anos, a um custo extra de 2 bilhões de libras (R$ 13,6 bilhões), e foi justificada com a necessidade de segurança do sistema. Já o bloqueio dos EUA foi justificado por supostos riscos à segurança nacional.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Megavazamento de dados de 223 milhões de brasileiros: o que se sabe e o que falta saber

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Número é maior do que a população do país, estimada em 212 milhões, porque inclui dados de falecidos. Informações expostas incluem CPF, nome, sexo e data de nascimento, além de uma tabela com dados de veículos e uma lista com CNPJs. Origem dos dados ainda é desconhecida.  
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Por G1  
28/01/2021 18h34 Atualizado há 3 horas
Postado em 28 de janeiro de 2021 às 21h35m

  *.- Post.N. -\- 3.942 -.*  

Veja o que se sabe e o que ainda não foi esclarecido sobre o megavazamento de dados de 223 milhões de brasileiros (incluindo dados de falecidos) revelado recentemente:

  • Quais dados vazaram?
  • Como saber se um dado meu foi vazado?
  • De onde são esses dados?
  • Quem vazou?
  • Como se deu o vazamento?
  • Por que o número de CPFs vazados é maior do que a quantidade de pessoas no país?
  • Que prejuízos podem acontecer para quem tiver um dado vazado?
  • O vazamento está sendo investigado? A quem cabe isso?
  • Existe proteção de dados no Brasil? Que punições podem acontecer por causa deste vazamento?
  • Como proteger meus dados de vazamentos?
Entenda o vazamento de dados que expôs 200 milhões de brasileiros
Entenda o vazamento de dados que expôs 200 milhões de brasileiros

Quais dados vazaram?

Foram dois vazamentos:

Um deles tinha 223 milhões de números de CPF, acompanhado de informações como nome, sexo e data de nascimento, além de uma tabela com dados de veículos e uma lista com CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). Essas informações circulam na internet de forma gratuita.

O outro incluía, além dos 223 milhões de CPFs, informações sobre escolaridade, benefícios do INSS e programas sociais (como o Bolsa Família), renda, entre outras informações. Esse está sendo vendido por criminosos.

Juntos, os dois vazamentos continham:

  • Dados básicos relativos ao CPF (nome, data de nascimento e endereço).
  • Endereços.
  • Fotos de rosto.
  • Score de crédito (que diz se é bom pagador), renda, cheques sem fundo e outras informações financeiras.
  • Imposto de renda de pessoa física.
  • Dados cadastrais de serviços de telefonia.
  • Escolaridade.
  • Benefícios do INSS.
  • Dados relativos a servidores públicos.
  • Informações do LinkedIn.
Como saber se um dado meu foi vazado?

O número de CPFs vazados (223 milhões) supera a população brasileira (estimada em 212 milhões). Então é provável que pelo menos dados básicos de cada cidadão estejam disponíveis.

Não é possível afirmar que todas as informações sejam verdadeiras, mas muitas delas estão corretas, segundo Altieres Rohr, especialista em segurança digital que mantém um blog no G1, e que teve acesso aos arquivos que foram disponibilizados publicamente.

As pessoas não têm como saber se alguma informação específica a seu respeito consta em um dos vazamentos.

De onde são esses dados?

Ainda não se sabe de onde esses dados foram roubados. É possível que o pacote tenha sido consolidado a partir de diversas fontes, incluindo outros vazamentos anteriores.

Algumas das informações que constam no vazamento fazem referência a empresas ou serviços, mas não é possível afirmar se esses dados realmente foram retirados das companhias mencionadas.

Ao longo dos anos, diversas informações pessoais de brasileiros vazaram, partindo inclusive de órgão do governo.

Órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), notificaram a empresa Serasa Experian com pedidos de explicações sobre origem dos dados. A Serasa nega que seja a fonte dos dados.

Quem vazou?

Os dados foram publicados por um criminoso em um fórum on-line dedicado a comercialização de bases de dados. O mesmo indivíduo ofertou a lista de CPFs gratuitamente é o que vende as outras informações.

Como se deu o vazamento?

Como ainda não se sabe a origem exata dos dados, não há informações de como esse vazamento aconteceu.

É possível que o pacote tenha sido consolidado a partir de diversas fontes: o criminoso reuniu dados de vários vazamentos para vendê-los numa lista única.

Por que o número de CPFs vazados é maior do que a quantidade de pessoas no país?

Foram vazados dados de 223 milhões de CPFs, enquanto a população estimada do país é de 212 milhões. Isso ocorreu porque informações de pessoas que já morreram também foram expostas.

Que prejuízos podem acontecer para quem tiver um dado vazado?

Criminosos podem usar dados pessoais para aplicar golpes dos mais variados tipos.

Munidos de uma série de dados pessoais, criminosos podem tentar se passar por alguém em interações com empresas ou praticar golpes como o saque indevido do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Uma tática comum é enviar e-mails ou mensagens falsas para vítimas, em nome de empresas como bancos e tentar obter vantagens financeiras.

É possível, por exemplo, que criminosos enviem faturas falsificadas (como telefone, internet, IPVA, IPTU, entre outras) por e-mail. A vítima, identificando uma série de dados pessoais corretos, acredita que aquele débito é real e faz o pagamento.

O megavazamento está sendo investigado? A quem cabe isso?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2019, definiu um órgão responsável pela investigação em caso de vazamentos: Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

A autoridade, porém, ainda não está funcionando de fato. O órgão está constituído, mas ainda não publicou nenhuma das regulamentações previstas em lei.

O G1 procurou a ANPD e perguntou quais medidas estão sendo tomadas, mas até a última atualização dessa reportagem não obteve respostas.

Órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), notificaram a empresa Serasa Experian e pediram explicações sobre origem dos dados. A Serasa nega que seja a fonte dos dados.

Existe proteção de dados no Brasil? Que punições podem acontecer por causa deste vazamento?

Existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2019, e tem como objetivo garantir mais segurança e transparência às informações pessoais coletadas por empresas públicas e privadas.

A lei prevê punições que vão desde advertência até uma multa de 2% do faturamento anual da empresa, limitada a R$ 50 milhões.

Esse dinheiro é destinado ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), que financia projetos que tenham como objetivo reparação de danos ao consumidor, meio ambiente, patrimônio e outros.

De qualquer forma, a agência não poderia aplicar multas antes de agosto de 2021, por decisão do Congresso.

Como proteger meus dados de vazamentos?

Neste caso específico, não havia nada que um cidadão pudesse fazer para proteger os seus dados.

A falta de qualquer regra ou limite para a guarda de dados no Brasil, aliada ao excesso de burocracia, sempre incentivou que empresas e órgãos do governo mantivessem todos os dados possíveis – inclusive os que não eram necessários.

Para realizar cadastros em muitos sites, serviços e até programas governamentais, é necessário fornecer informações que nos identifiquem.

A dica geral, no entanto, é ter cautela e cuidado ao incluir dados pessoais em páginas da internet que não são confiáveis – não é recomendável, por exemplo, fornecer seu CPF em uma página que divulga um suposto sorteio.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Twitter libera todo histórico de publicações para pesquisas acadêmicas

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Rede social vai disponibilizar interface gratuita para estudos que analisem tuítes e comportamentos na rede.  
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Por G1  
26/01/2021 16h51 Atualizado há 23 horas
Postado em 27 de janeiro de 2021 às 16h00m

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Aplicativo do Twitter em um smartphone. — Foto: Thomas White/Reuters
Aplicativo do Twitter em um smartphone. — Foto: Thomas White/Reuters

O Twitter anunciou nesta terça-feira (26) que irá liberar gratuitamente todo o histórico de publicações para os pesquisadores acadêmicos interessados em estudar comportamentos e tendências do uso da rede social.

A novidade permitirá que acadêmicos entendam, por exemplo, como a desinformação circula ou quais são as opiniões predominantes na rede.

Até então, o acesso a todo o acervo de publicações era limitado nos serviços voltados para empresas. A ferramenta para pesquisadores também restringia o histórico aos últimos 7 dias e a coleta de mensagens a 500 mil por mês.

O preço cobrado para aumentar esses limites era alto demais para o orçamento dos pesquisadores, segundo executivos do Twitter. O novo limite é de 10 milhões de mensagens.

Outra novidade são filtros mais precisos para que os pesquisadores encontrem tuítes ou outros dados relevantes.

O anúncio faz parte de mudanças que o Twitter preparou para a sua API (Interface de Programação de Aplicações, na sigla em inglês), um conjunto de funções e procedimentos que serve para mediar funções entre a rede social e outros softwares.

"Nossa plataforma de desenvolvedores nem sempre facilitou o acesso dos pesquisadores aos dados de que necessitam, e muitos tiveram que confiar em seus próprios recursos para encontrar as informações corretas", escreveram os gerentes de produto do Twitter Adam Tornes e Leanne Trujillo em um comunicado.

Os acadêmicos interessados podem pedir acesso às novas ferramentas na página de desenvolvedores do Twitter.

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domingo, 24 de janeiro de 2021

Google investiga pesquisadora de ética em inteligência artificial

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Empresa encerrou acesso de funcionária ao e-mail corporativo e disse estar investigando suposto download de arquivos compartilhados com pessoas de fora da companhia. Sindicato afirma estar 'preocupado'. 
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TOPO
Por France Presse  
23/01/2021 09h00 Atualizado há um dia
Postado em 24 de janeiro de 2021 às 11h00m

  *.- Post.N. -\- 3.940 -.*  

Google investiga  — Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
Google investiga — Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration

O Google investiga uma pesquisadora sobre ética em inteligência artificial (IA) semanas após encerrar o contrato de outra integrante da equipe, anunciou o sindicato recém formado na empresa.

Em um comunicado enviado ao site "Axios", o Google afirmou que a conta de e-mail da pesquisadora Margaret Mitchell na empresa foi encerrada enquanto uma investigação interna é realizada.

A companhia disse que ela supostamente baixou um grande número de arquivos e compartilhou com terceiros.

O Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet, criado por funcionários da empresa matriz do Google, afirmou nesta semana em um comunicado que estava "preocupado com a suspensão do acesso corporativo de Margaret Mitchell", membro do sindicato e uma das principais pesquisadoras de IA.

"Essa suspensão acontece pouco depois da demissão realizada pelo Google da antiga líder Timnit Gebru; ambas representam um ataque às pessoas que estão tentando tornar a tecnologia do Google mais ética", afirmou o sindicato.

Google enfrentou fortes críticas em dezembro passado após a demissão de Gebru, que denunciou que foi ordenada a se retratar de um trabalho de pesquisa.

Gebru enviou um e-mail interno acusando a companhia de "silenciar vozes marginalizadas", após superiores terem solicitado que ela não publicasse um artigo científico ou retirasse seu nome e de colegas. Ela foi desligada da companhia pouco depois.

No mês passado, mais de 1.400 funcionários da Google faziam parte dos quase 3.300 signatários de uma carta online que exigia da empresa uma explicação sobre a demissão de Gebru junto com o motivo para ordenar que sua pesquisa fosse retirada.

A carta também pedia à Google que cumprisse com um compromisso "inequívoco" com a integridade da pesquisa e da liberdade acadêmica.

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