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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Jovem de 19 anos recusa proposta de US$ 5 mil de Elon Musk para desativar perfil que monitora voos do bilionário

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Fundador da Tesla e SpaceX ofereceu dinheiro para estudante tirar perfil @ElonJet do ar, mas não gostou da contraproposta do rapaz, que pediu US$ 50 mil.
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Por g1

Postado em 31 de janeiro de 2022 às 14h10m

Post. N. - 4.261

Elon Musk durante evento da "The Boring Company", em Los Angeles — Foto: Robyn Beck/REUTERS
Elon Musk durante evento da "The Boring Company", em Los Angeles — Foto: Robyn Beck/REUTERS

Um jovem de 19 anos da Flórida, nos Estados Unidos, criou um perfil automatizado no Twitter que publica sempre que o jatinho do bilionário Elon Musk decola ou pousa.

A conta, com mais de 220 mil seguidores, não agradou um dos homens mais ricos do mundo, que fez uma oferta de US$ 5 mil (cerca de R$ 26,5 mil, na cotação atual) para que o rapaz, chamado Jack Sweeney, a retirasse do ar.

"Você pode tirar isso do ar? É um risco de segurança", disse Musk por uma mensagem privada no Twitter. As mensagens foram compartilhadas por Sweeney com os sites "Protocol" e "Business Insider".

Em um momento, o bilionário ofereceu os US$ 5 mil para o jovem para prevenir que "pessoas doidas" ficassem monitorando seus voos. "Eu não adoro a ideia de ser alvejado por um maluco", escreveu o magnata.

Sweeney fez uma contraproposta e pediu US$ 50 mil (R$ 265 mil), afirmando que poderia usar o dinheiro para ajudar com os custos da faculdade ou talvez comprar um Tesla Space Model 3, um dos veículos elétricos da companhia de Musk.

O bilionário não gostou muito e disse que não "parecia certo pagar para tirar a conta do ar". A última mensagem foi enviada pelo estudante, que se ofereceu a apagar o perfil em troca de um estágio – mas a oferta não foi respondida.

O jovem tem outros perfis que monitoram jatinhos de personalidades do mundo da tecnologia, como Bill Gates e Jeff Bezos.

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domingo, 30 de janeiro de 2022

O que é apocalipse quântico e existe razão para preocupação?

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Especialistas em segurança dizem que um salto na computação quântica pode revelar todos os nossos segredos. Devemos nos preocupar?
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de janeiro de 2022 às 11h30m

Post. N. - 4.260

Este chip, da empresa alemã Q.ant, foi projetado para facilitar o processamento óptico de dados para tecnologia quântica — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Este chip, da empresa alemã Q.ant, foi projetado para facilitar o processamento óptico de dados para tecnologia quântica — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Imagine um mundo onde arquivos secretos criptografados são repentinamente abertos e revelados — um fenômeno conhecido como "apocalipse quântico".

Isso poderia acontecer graças ao avanço da tecnologia e dos computadores quânticos, uma fronteira de inovação que está sendo estudada por pesquisadores e empresas no momento.

Os computadores quânticos funcionam de maneira completamente diferente dos computadores atuais, cujo conceito principal foi criado no século passado. Em teoria, computadores quânticos poderiam eventualmente se tornar muitas vezes mais rápidos do que as máquinas atuais.

Isso significa que, diante de um problema incrivelmente complexo e demorado — como tentar decifrar senhas — onde existem bilhões de permutações, um computador normal levaria muitos anos para completar essa tarefa.

Mas um futuro computador quântico, em tese, poderia fazer isso em apenas alguns segundos.

Esses computadores poderiam resolver todos os tipos de problemas para a humanidade. O governo do Reino Unido está investindo no Centro Nacional de Computação Quântica em Harwell, Oxfordshire, na esperança de revolucionar a pesquisa na área.

Mas também há um lado sombrio.

Ladrões de dados

Vários países, incluindo EUA, China, Rússia e Reino Unido, estão investindo grandes somas de dinheiro para desenvolver esses computadores quânticos super-rápidos com o objetivo de obter vantagem estratégica na esfera cibernética.

Todos os dias, grandes quantidades de dados criptografados — incluindo os seus e os meus — estão sendo coletados sem nossa permissão e armazenados em bancos de dados, prontos para o dia em que os computadores quânticos dos ladrões de dados sejam poderosos o suficiente para decifrá-los.

"Tudo o que fazemos na internet hoje, desde comprar coisas online, transações bancárias, interações de mídia social — tudo o que fazemos é criptografado", diz Harri Owen, diretor de estratégia da empresa PostQuantum.

"Mas quando surgir um computador quântico funcional, ele será capaz de quebrar essa criptografia... Ele pode quase instantaneamente criar a capacidade de quem o desenvolveu de limpar contas bancárias, para desligar completamente os sistemas de defesa do governo, as carteiras de Bitcoin serão drenadas."

Ilyas Khan, executivo-chefe da empresa Quantinuum, com sede em Cambridge e Colorado, concorda com esse prognóstico. "Os computadores quânticos tornarão inúteis a maioria dos métodos existentes de criptografia", diz ele.

"Eles são uma ameaça ao nosso modo de vida."

Mitigação

Mas se isso tudo soa tão apocalíptico, então por que não ouvimos mais sobre isso?

A resposta é que sim, tudo isso realmente acontecerá se nenhuma precaução for tomada. "Se não estivéssemos fazendo nada para combater isso, coisas ruins acontecerão", diz um funcionário de Whitehall que pediu para não ser identificado.

Na prática, os esforços de mitigação já estão em andamento há alguns anos. No Reino Unido, todos os dados governamentais classificados como "ultrasecretos" já são "pós-quânticos", isto é, usando novas formas de criptografia que os pesquisadores esperam que sejam à prova de quantum.

Em setembro de 2021, a então chanceler alemã Angela Merkel visita um centro de pesquisa quântica — Foto: GETTY IMAGES via BBC
Em setembro de 2021, a então chanceler alemã Angela Merkel visita um centro de pesquisa quântica — Foto: GETTY IMAGES via BBC

Gigantes da tecnologia como Google, Microsoft, Intel e IBM estão trabalhando em soluções, assim como empresas mais especializadas como Quantinuum e Post-Quantum.

Mais importante ainda, há atualmente uma espécie de "desfile de beleza" de criptografia pós-quântica ocorrendo no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA (NIST) nos arredores de Washington DC.

O objetivo é estabelecer uma estratégia de defesa padronizada que proteja a indústria, o governo, a academia e a infraestrutura nacional crítica contra os perigos do apocalipse quântico.

Nada disso é barato.

A computação quântica é cara, trabalhosa e gera grandes quantidades de calor. O desenvolvimento de algoritmos quânticos seguros é um dos principais desafios de segurança do nosso tempo.

Mas especialistas dizem que a alternativa — não fazer nada — simplesmente não é uma opção.

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sábado, 29 de janeiro de 2022

iPhone testa mudança em reconhecimento facial para identificar usuários com máscara

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Primeira versão beta para desenvolvedores do iOS 15.4 tem recurso para usuários desbloquearem tela do smartphone mesmo quando estão com máscara.
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Por g1

Postado em 29 de janeiro de 2022 às 13h35m

Post. N. - 4.259

iPhone 13 mini — Foto: Alessandro Feitosa Jr/g1
iPhone 13 mini — Foto: Alessandro Feitosa Jr/g1

A Apple começou a testar uma opção para usuários usarem reconhecimento facial para desbloquear a tela do iPhone mesmo quando estão usando máscara. O recurso está disponível na primeira versão beta para desenvolvedores do iOS 15.4, liberada na última quinta-feira (27).

O teste do Face ID com máscara está sendo realizado apenas no iPhone 12 e posteriores, apesar de o recurso de reconhecimento facial da empresa também estar disponível nos modelos da linha iPhone X e iPhone 11.

"O Face ID com máscara funciona com o iPhone 12 e posteriores, pois para reconhecer um usuário com uma máscara, o Face ID utiliza apenas a região dos olhos, o que requer avanços no sistema de câmera TrueDepth", afirmou a Apple em nota ao g1.

Segundo o site "MacRumors" e o youtuber Brandon Butch, que revelaram a novidade, o recurso pode ser encontrado ao acessar a tela "Ajustes" e, em seguida, "Face ID e Código" na primeira versão beta para desenvolvedores do iOS 15.4.

Nessa tela, há ainda um recurso para indicar o uso de óculos de grau, o que ajuda o Face ID a liberar a tela mais rapidamente enquanto a pessoa está com máscara – a opção não permite o uso de óculos de sol.

Quando o Face ID com máscara é ativado, o iPhone explica que reconhece as características na região em torno dos olhos do usuário para fazer a autenticação, mas diz que "o Face ID é mais preciso quando configurado apenas para reconhecimento de rosto inteiro".

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Apple bate recorde de receita apesar da escassez global de chips

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Empresa gerou lucros de US$ 34,6 bilhões contra US$ 28,7 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior. As vendas de smartphones superaram US$ 71 bilhões.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 29 de janeiro de 2022 às 09h40m

Post. N. - 4.258

Fachada da loja da Apple em Manhattan, em Nova York, em 21 de julho de 2015 — Foto: REUTERS/Mike Segar
Fachada da loja da Apple em Manhattan, em Nova York, em 21 de julho de 2015 — Foto: REUTERS/Mike Segar

A Apple anunciou na última quinta-feira (27) que sua receita do quarto trimestre de 2021 atingiu um recorde de US$ 124 bilhões em meio a uma escassez global de chips.

Essas vendas recordes geraram lucros de US$ 34,6 bilhões contra US$ 28,7 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com o relatório de resultados da empresa.

A empresa se fortaleceu durante a pandemia, à medida que os usuários confiavam em seus produtos e serviços em um momento em que a escassez de chips, problemas na cadeia de suprimentos e os impactos da crise da saúde criavam incerteza.

"Estamos satisfeitos em ver a resposta dos clientes em todo o mundo em um momento em que permanecer conectado é mais importante do que nunca", declarou o CEO da Apple, Tim Cook, em comunicado.

As vendas de smartphones superaram US$ 71 bilhões, impulsionadas pela forte demanda pelo iPhone 13, especialmente na China.

A participação de mercado de smartphones da Apple no país asiático atingiu o recorde de 23% no trimestre, sendo a marca mais vendida no país pela primeira vez em seis anos, informou a empresa de pesquisa Counterpoint Research na quarta-feira (26).

O negócio de serviços da Apple, que abrange aplicativos pagos como Apple TV+, Apple Music e Apple Fitness, também teve um grande salto.

A receita de serviços aumentou 24%, para US$ 19,5 bilhões. A empresa tem 785 milhões de assinantes pagantes em suas ofertas, um aumento de 620 milhões um ano atrás e 745 milhões no último trimestre.

As vendas de iPads caíram 14%, para US$ 7,25 bilhões, enquanto as vendas de Macs aumentaram 25%, para US$ 10,9 bilhões, e as vendas de acessórios aumentaram 13%, para US$ 14,7 bilhões.

O diretor financeiro da companhia, Luca Maestri, disse que o crescimento da receita diminuirá neste trimestre, devido às taxas de câmbio menos favoráveis ​​e às datas de lançamento de produtos.

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Instagram testa mudança em enquetes para permitir até quatro opções de resposta

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Mudança será liberada primeiro para usuários da rede social no Brasil, na Austrália e na Indonésia. Rede social também trabalha em mudança para facilitar divulgação de lives agendadas.
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Por g1

Postado em 27 de janeiro de 2022 às 15h50m

Post. N. - 4.257

Instagram testa nova versão da figurinha de enquete nos stories — Foto: Divulgação/Instagram
Instagram testa nova versão da figurinha de enquete nos stories — Foto: Divulgação/Instagram

O Instagram anunciou nesta quinta-feira (27) que iniciou os testes de uma nova versão da figurinha de enquete nos stories. Com a atualização, será possível exibir até quatro opções de resposta em vez de duas, e incluir textos mais longos.

A atualização na figurinha de enquetes será liberada primeiro no Brasil, na Austrália e na Indonésia. A expectativa da rede social é de que os usuários tenham mais flexibilidade e controle criativo antes de pedir a opinião de seus seguidores.

Segundo a plataforma, o recurso está sendo testado localmente com uma pequena porcentagem da base de usuários e será expandido gradativamente nas próximas semanas.

O Instagram afirma que, no Brasil, são registrados mais de 100 milhões de votos por dia na figurinha de enquete.

A figurinha de enquetes nos stories foi lançada pelo Instagram em outubro de 2017 como um recurso para usuários oferecerem duas opções de resposta para seguidores. Nesse modelo, quem responde à pergunta, fica sabendo logo em seguida qual opção recebeu mais votos.

O usuário que publicou a enquete pode acessar uma área que apresenta quantos votos cada opção recebeu e como cada um de seus seguidores votou.

Lives agendadas

O Instagram trabalha em novos recursos para usuários que fazem transmissões ao vivo em seus perfis. Segundo Adam Mosseri, chefe da rede social, será possível promover lives agendadas por meio de posts no feed ou nos stories.

Os usuários também poderão adicionar avisos no perfil sobre as próximas lives – a rede social não terá um número máximo de lives agendadas. Os seguidores, por sua vez, terão a opção de receber lembretes quando o início da transmissão estiver próximo.

Em seu vídeo, Mosseri também comentou sobre a expansão do recurso Remix, que permite gravar reações e colagens. O recurso funcionava apenas com outros vídeos do Reels e, agora, foi ampliado para vídeos do feed.

Veja como se proteger do golpe do anúncio falso nas redes sociais:

Veja como se proteger de golpes do anúncio falso nas redes sociais
Veja como se proteger de golpes do anúncio falso nas redes sociais

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

'Aproveitar a vida real': o movimento para abandonar os smartphones

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Alguns usuários estão se desligando da internet móvel para tentar ter mais controle de suas vidas e aproveitar mais o mundo real, longe da tecnologia.
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TOPO
Por BBC

Postado em 26 de janeiro de 2022 às 11h30m

Post. N. - 4.256

Um estudo sugere que passamos quase cinco horas por dia no celular — Foto: Getty Images via BBC
Um estudo sugere que passamos quase cinco horas por dia no celular — Foto: Getty Images via BBC

Em um mundo em que muitos de nós estamos grudados em nossos smartphones, os telefones celulares inteligentes, Dulcie Cowling é uma espécie de anomalia. Ela abandonou seu celular.

No final do ano passado, Cowling, de 36 anos, concluiu que parar de usar seu aparelho melhoraria sua saúde mental. Então, durante o Natal, ela disse a sua família e a seus amigos que estava mudando para um antigo telefone Nokia que só poderia fazer e receber chamadas e mensagens de texto.

Ela se lembra que um dos principais momentos que a levaram a tomar tal decisão foi um dia num parque com seus dois filhos, de 6 e 3 anos de idade. "Eu estava usando meu celular, num parquinho com as crianças, e vi que todo pai e mãe – havia quase uns 20 – estava olhando para seu celular, apenas navegando", diz ela.

"Eu pensei: 'Quando isso aconteceu?' Todo mundo está deixando de aproveitar a vida real. Eu não acho que você chegue a seu leito de morte e pense que você deveria ter passado mais tempo no Twitter ou lendo artigos online."

Cowling, que é diretora de criação na agência de publicidade Hell Yeah!, baseada em Londres (Inglaterra, Reino Unido), acrescenta que a ideia de abandonar seu smartphone cresceu durante os confinamentos causados pela covid-19.

"Eu pensei sobre quanto da minha vida era gasto olhando para o celular e o que mais eu poderia estar fazendo. Estar conectado constantemente a muitos serviços cria muitas distrações, e é demais para o cérebro processar."

Ela planeja usar o tempo adquirido com o abandono do smartphone para ler e dormir melhor.

Cerca de 9 de 10 pessoas no Reino Unido têm hoje um smartphone, um dado que se repete amplamente no mundo desenvolvido. Estamos grudados neles – um estudo recente identificou que, em média, uma pessoa passa 4,8 horas por dia com seu aparelho.

No entanto, um pequeno, mas crescente, número de pessoas acredita que essa situação tenha chegado ao limite.

Alex Dunedin largou seu smartphone dois anos atrás. "Culturalmente nós nos tornamos viciados nessas ferramentas", diz ele, que é pesquisador educacional e especialista em tecnologia. "Eles estão afetando a cognição e prejudicando a produtividade."

Dunedin, que vive e trabalha na Escócia (Reino Unido), diz que outro motivo por trás de sua decisão foram suas preocupações ambientais. "Nós estamos jogando fora quantidades exponenciais de energia produzindo quantidades exponenciais de emissões de CO2", afirma ele.

Ele diz ter ficado mais feliz e mais produtivo desde que parou de usar seu smartphone. Dunedin afirma que hoje nem tem um celular de modelo antigo ou mesmo uma linha telefônica terrestre. Outras pessoas só podem contatá-lo eletronicamente por meio de emails, que ele abre em seu computador na sua casa.

"Melhorou a minha vida", diz ele. "Meus pensamentos estão livres de estar constantemente cognitivamente conectados a uma máquina que eu preciso alimentar com energia e dinheiro. Eu acho que o perigo das tecnologias é que elas estão tornando nossas vidas mais vazias."

De volta, por enquanto

Lynne Voyce, uma professora e escritora de 53 anos da cidade de Birmingham, na Inglaterra, seguiu na direção oposta. Ela voltou a usar um smartphone em agosto do ano passado, depois de uma pausa de seis anos.

Ela afirma que foi convencida, com certa relutância, a comprar um aparelho novamente por ter de lidar com códigos de QR em restaurantes e os chamados passaportes de covid, além de facilitar o contato com uma de suas filhas, que vive em Paris (França).

Mas ela planeja abandonar o celular novamente, se ela puder. "Depois da pandemia, e quando Ella [sua filha mais velha] não estiver mais vivendo no exterior, pode ser que eu tente largar de novo. Parece que falamos de um vício, não?"

Quando Voyce abandonou seu smartphone pela primeira vez, em 2016, foi para ajudar a incentivar suas filhas a reduzir o tempo que gastavam com seus aparelhos. "Elas estavam grudadas em seus celulares. Pensei que a única forma de parar com isso seria eu abandonar meu próprio telefone. E fez toda diferença", diz a professora.

"Por exemplo, nós iríamos a um restaurante, e elas não mais me viam pegar o meu celular." Não ter um smartphone "tirou bastante pressão do meu cérebro", diz ela.

"Eu não sentia mais que eu tinha de responder coisas instantaneamente ou estar disponível quando eu havia saído."

Apesar disso, enquanto alguns se preocupam com quanto tempo eles gastam com seu aparelho celular, para milhões de outras pessoas ele é uma bênção.

"Mais do que nunca, o acesso a serviços de saúde, educação, serviços sociais e, frequentemente, a nossos amigos e parentes é digital, e o smartphone é uma salvação para muita gente", afirma um porta-voz da rede de telefonia celular Vodafone, do Reino Unido.

"Nós também criamos recursos para ajudar as pessoas a tirar o melhor proveito de seu aparelho tecnológico, assim como ficar seguro quando estiver online - o que é extremamente importante."

Falta de limites

Entretanto, Hilda Burke, uma psicoterapeuta e autora de The Phone Addiction Workbook (O Guia do Vício do Telefone), diz que existe uma forte ligação entre o uso pesado de um aparelho celular e questões de relacionamento, qualidade do sono, nossa capacidade de nos desligarmos e relaxarmos e níveis de concentração.

"Muita gente tem uma constante lista de pedidos vindo em sua direção por meio de seu aparelho, muitos deles com um falso sentido de urgência", afirma.

"As pessoas sentem-se incapazes de estabelecer limites, com o resultado de que se sentem obrigadas a verificar seus emails e mensagens como a última coisa que fazem à noite e a primeira que fazem de manhã."

Caso livrar-se de seu smartphone pareça muito radical, mas você está preocupado que esteja passando tempo demais com o aparelho, há outras medidas que você pode tomar para reduzir sua utilização.

Apesar de parecer contraintuitivo, mais aplicativos estão surgindo para reduzir a navegação constante e sem sentido. Por exemplo, Freedom permite que você bloqueie temporariamente aplicativos e sites para que você possa se concentrar mais. O app Off The Grid permite que você bloqueie seu celular durante um certo período de tempo.

Burke diz que seria útil que mais pessoas monitorassem quanto tempo elas passam em seu telefone celular. "Começar a perceber exatamente quanto tempo você está desperdiçando a cada dia em seu telefone pode ser um alerta poderoso e um catalisador para uma mudança."

Ela também aconselha a estabelecer períodos curtos em que seu celular fique desligado ou seja deixado em casa e gradualmente aumentar o tempo até você voltar a ligar o aparelho.

Finalmente, ela recomenda escolher uma imagem ou uma palavra que represente o que você preferiria estar fazendo – se você tivesse mais tempo – como a imagem de tela no seu celular.

"Considerando que a maioria de nós verifica o celular 55 vezes por dia, e alguns de nós até mesmo 100 vezes, isso é uma grande lembrança visual de uma forma mais valiosa de usar seu precioso tempo."

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