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sábado, 30 de abril de 2022

A modelo brasileira que viralizou nas redes ao fazer faxina na casa de pessoas com depressão

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Ellen Milgrau já acumula mais de 30 milhões de visualizações. Ela conta que o projeto começou após pedido de ajuda de amigo.
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de de abril de 2022 às 13h50m

Post. N. - 4.333

Ellen Milgrau faz faxinas nas casas de pessoas que enfrentam problemas de saúde mental — Foto: Divulgação
Ellen Milgrau faz faxinas nas casas de pessoas que enfrentam problemas de saúde mental — Foto: Divulgação

Louças acumuladas, roupas sujas, restos de comida nos cômodos, incontáveis baratas e até mesmo larvas. Essas são algumas das coisas que a modelo Ellen Milgrau encontrou em casas que visitou nas últimas semanas.

Ela foi a esses lugares com um objetivo: limpar as residências para melhorar a qualidade de vida dos moradores, que enfrentam a luta contra a depressão.

Sem ânimo, muitos dos responsáveis por essas casas não conseguiam sequer limpar os cômodos.

"Às vezes a pessoa não consegue sequer levantar para tomar banho. Tem situações em que não é nem justo chamar uma faxineira porque a sujeira está muito crítica", diz a modelo à BBC News Brasil.

A faxina feita por ela é parte de uma série de vídeos que a modelo começou a compartilhar em seu perfil no TikTok no início de março. Essas publicações viralizaram e acumulam mais de 30 milhões de visualizações somente nessa rede social.

'Ele precisava de ajuda'

Ellen conta que o projeto, chamado de Faxina Milgrau, tem relação com o hábito de limpeza que possui desde pequena. Ela considera que o local em que vive precisa estar livre da sujeira para que as coisas fiquem bem. "Parece que a vida só funciona quando a casa tá limpa", comenta.

A modelo afirma que costumava limpar apenas a própria residência. O Faxina Milgrau, diz Ellen, surgiu quando ela precisou ajudar um amigo em depressão que estava com dificuldades para limpar a própria casa.

"A gente costumava falar: vamos fazer uma intervenção, chegar com as vassouras e tudo na sua casa. A gente só falava, mas chegou um momento em que ele realmente pediu ajuda", diz Ellen.

Vídeos do Faxina Milgrau têm milhões de visualizações no TikTok — Foto: Divulgação
Vídeos do Faxina Milgrau têm milhões de visualizações no TikTok — Foto: Divulgação

A modelo e a amiga, a publicitária Lua Rodrigues, decidiram registrar a limpeza em um vídeo no TikTok. Para Ellen, que também é influenciadora digital, foi um teste sobre o conteúdo que realmente agradaria o público. Ela conta que ainda avaliava a melhor forma de usar a rede social de vídeos.

"Eu pensava em alguns nichos, como maquiagem, porque queria crescer no TikTok. E o que desse certo, seguiria nesse nicho. Quando falamos sobre gravar a faxina, pensei: é um conteúdo que eu gosto e pode dar certo", explica Ellen.

Os vídeos de limpeza foram inspirados em publicações da finlandesa Auri Katariina, que se tornou um fenômeno mundial ao fazer faxinas nas casas de pessoas que enfrentam problemas de saúde mental ou outras dificuldades que as impedem de conseguir limpar o local em que moram.

Logo na primeira faxina, na casa de um amigo, a publicação de Ellen fez sucesso na rede social. Em poucos dias passou de 2 milhões de visualizações.

A repercussão positiva fez com que a modelo seguisse com os vídeos. Para ela, foi uma forma de fazer algo que gosta, ajudar outros e ainda fazer com que as pessoas a conhecessem melhor.

"Com isso, consigo sair da minha zona de conforto e também mostrar um lado que muitas pessoas não têm ideia sobre mim. Acham que por ser modelo sou intocável ou nasci rica. Não sou nada disso. Não nasci rica ou herdeira", declara Ellen.

A busca por participantes

Depois da repercussão do primeiro vídeo, Ellen e Lua começaram a busca por uma segunda pessoa que estivesse em situação parecida.

Lua anunciou em diversos lugares na rede até achar outro caso: uma mãe e uma filha que moram juntas, enfrentam a depressão e estavam com a casa suja.

Com exceção do primeiro episódio, nenhum participante teve a identidade divulgada no projeto para evitar a exposição por revelar detalhes muito pessoais.

Com a repercussão dos vídeos, Ellen e Lua passaram a receber inúmeras mensagens por e-mail, pelo Instagram e TiKTok de pessoas pedindo para serem ajudadas. Para definir em qual casa irão, elas olham fotos do local e conhecem melhor a história do morador do imóvel.

"A gente já consegue identificar quem são aqueles que buscam a gente e realmente precisam da nossa ajuda", diz Ellen.

No início, a modelo e a publicitária faziam as faxinas sozinhas - Lua aparece raramente nos vídeos, pois é a responsável pelas gravações. Diante da repercussão dos vídeos, conseguiram voluntários para ajudá-las.

Ao menos por enquanto, todas as residências foram em São Paulo por questões financeiras. Toda a produção é feita de modo independente, diz Ellen, pois ao menos por enquanto não há nenhum patrocinador.

Em razão disso, elas só conseguem atender uma casa por semana, em uma faxina que não tem horário estipulado para acabar - nos últimos episódios foram cerca de sete horas para concluir a limpeza.

Quando não está limpando as casas, Ellen se dedica à carreira de modelo ou faz publicidades para as suas redes sociais. "Não é com a faxina que a gente ganha dinheiro, por isso não conseguimos viver só disso no momento", comenta a modelo.

Ellen segue com a carreira de modelo e acredita que os vídeos de limpeza podem ser uma forma de muitas pessoas mudarem a visão que têm sobre ela — Foto: Divulgação
Ellen segue com a carreira de modelo e acredita que os vídeos de limpeza podem ser uma forma de muitas pessoas mudarem a visão que têm sobre ela — Foto: Divulgação

'Uma situação muito precária'

Já foram publicados quatro episódios no TikTok. Para Ellen, a história mais marcante foi a do terceiro caso, no qual uma jovem de 21 anos morava sozinha e sofria com uma depressão grave.

"Era uma situação muito precária. Ela foi completamente abandonada pela família depois que perdeu um ente querido, estava sem amigos e morando em São Paulo. Isso mexeu muito comigo", diz.

No vídeo, Ellen contou que a jovem não limpava a casa havia 10 meses. No local havia lixo por todos os lados e muitas baratas. "Teve um momento, durante a limpeza, em que ela (a jovem de 21 anos) desabou, começou a chorar, se sentir culpada e ficou com muita vergonha por a gente estar fazendo isso por ela. Mas a gente explicou pra ela, a gente a acolheu e deu tudo certo, ela ficou muito feliz", disse Ellen no vídeo.

Outro caso marcante para a modelo foi o do quarto episódio: uma mãe que perdeu a guarda da filha. "Quando a gente viu as fotos do apartamento, falou: o lugar tá num nível de sujeira que a gente quer, vai ser tranquilo. Mas quando chegamos, era muito pior. O cheiro era muito forte, num nível de passar mal. Ela estava três meses sem a filha, enfrentava uma depressão e tinha muita sujeira", relembra a modelo.

As mulheres do terceiro e quarto episódio conseguiram terapia gratuita por meio de um psicólogo que se ofereceu para ajudá-las.

Ellen, Lua e as voluntárias Jady Carvalho e Fernanda Garroux em um dia de limpeza do Faxina Milgrau — Foto: Divulgação
Ellen, Lua e as voluntárias Jady Carvalho e Fernanda Garroux em um dia de limpeza do Faxina Milgrau — Foto: Divulgação

Depressão e cuidados do cotidiano

Assim como as pessoas que visita, Ellen também sofre de depressão. "Eu faço tratamento e entendo as dificuldades que essas pessoas enfrentam."

O psiquiatra Higor Caldato explica que é comum que uma pessoa em depressão não consiga ter os cuidados considerados mais simples. "Um dos principais sintomas da depressão, assim como a tristeza e a irritabilidade, é a perda de energia e a perda de prazer nas coisas", diz à BBC News Brasil.

"Isso faz com que as pessoas não consigam, muitas vezes, fazer as tarefas mais simples do cotidiano, como as domésticas e também as de autocuidado como banho e exercício físico. E isso não é porque a pessoa não quer, é porque ela não consegue e está sem energia para fazer suas atividades", acrescenta.

Mas ele destaca que nem todas as pessoas em depressão terão esses sintomas. "Hoje é muito comum a gente perceber aquilo que chamamos de depressão funcional, que é o paciente que mesmo deprimido faz suas atividades rotineiras, mas à custa de muito esforço, de um sofrimento muito grande", diz.

Em caso de suspeita da doença, o especialista ressalta que é fundamental procurar ajuda por meio de psiquiatra ou psicólogo para fazer o tratamento adequado.

"Tem muitos sintomas de depressão que são vistos como bobagem, como besteiras. O ideal é buscar ajuda especializada. Por serem sintomas emocionais, as pessoas não conseguem identificar em exames de sangue, de raio-X", diz.

No caso daqueles que não conseguem sequer limpar a própria casa, o psiquiatra pontua que a bagunça pode piorar o quadro depressivo. "Isso faz com que a sensação de incapacidade cresça dentro da pessoa e aumenta ainda mais a sensação de impotência e inferioridade", declara Caldato.

A limpeza da casa, comenta Ellen, é um pequeno passo para ajudar uma pessoa que enfrenta a doença. "Nos comentários muitos dizem: 'ah, daqui a uma semana volta tudo como antes'. Mas eu acredito que eles podem manter (a limpeza) porque esse pode ser o gás que precisam para seguir, Depois disso, eles podem dormir melhor e até pensar melhor", afirma a modelo.

O melhor exemplo de como a faxina pode ajudar, diz Ellen, é o de seu amigo que participou do primeiro episódio do projeto. "Ele mantém a casa limpa até hoje e sempre manda foto mostrando pra gente", conta a modelo.

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quarta-feira, 27 de abril de 2022

O que é o WhatsApp Comunidades

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Recurso permitirá agregar vários grupos, possibilitando comunicação entre milhares de pessoas de uma só vez. Ele será lançado globalmente neste ano, mas, no Brasil, somente após as eleições.
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Por g1

Postado em 27 de abril de 2022 às 15h40m

Post. N. - 4.332

O WhatsApp Comunidades foi uma das principais novidades de um "pacotão" de recursos anunciados pelo aplicativo em meados deste mês.

A função dessa ferramenta é agregar vários grupos em um espaço compartilhado, permitindo enviar avisos para milhares de pessoas ao mesmo tempo.

Ela já está em testes para alguns usuários e deve começar a funcionar em todo o mundo ainda neste ano, mas, no Brasil, só depois das eleições.

WhatsApp divulgou imagem prévia do Comunidades, que agrega vários grupos em um só espaço — Foto: Divulgação/WhatsApp
WhatsApp divulgou imagem prévia do Comunidades, que agrega vários grupos em um só espaço — Foto: Divulgação/WhatsApp

Diferente do Telegram, que permite grupos com até 200 mil participantes, o WhatsApp tem um limite de até 256 membros.

Além disso, o app restrigiu recentemente o reencaminhamento de mensagens para no máximo um grupo por vez. Segundo a empresa, essa decisão teve como objetivo reduzir "significativamente a disseminação de desinformação que possa ser prejudicial nos grupos".

Mas, ao agregar diversos grupos, o WhatsApp Comunidades, de certa forma, quebraria essa lógica.

A empresa ainda não informou a quantidade de grupos que poderão ser agregados em uma comunidade, mas falou em "limites razoáveis" para o número de participantes e de grupos.

No Comunidades, o aplicativo vai dar mais poder para os administradores, que poderão enviar avisos a todos os participantes e controlar quais grupos e usuários podem ser adicionados. O formato dessas mensagens de aviso também não foi especificado pela empresa.

O WhatsApp explicou que o foco da ferramenta de comunidades é atender pequenos grupos com o mesmo interesse, como escolas, membros de congregações religiosa, moradores de um mesmo condomínio ou até mesmo empresas.

Bolsonaro x WhatsApp

Ao anunciar o adiamento do recurso no Brasil, o WhatsApp disse que havia informado ao Tribunal Superior Eleitoral que não faria mudanças significativas no app antes desse evento.

O TSE fez acordos com as principais redes sociais, entre elas o WhatsApp, o Facebook e o Instagram, todos controlados pela Meta, para coibir a desinformação e a circulação de fake news.

No dia seguinte ao anúncio do adiamento do WhatsApp Comunidades, o presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão e disse que o acordo da plataforma com o TSE era censura.

Após se reunir com o presidente, a empresa afirmou que o adiamento não foi uma determinação do TSE, mas da própria companhia.

"É importante ressaltar que a decisão sobre a data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", disse o WhatsApp .

"Continuaremos a avaliar o momento exato para o lançamento da funcionalidade no Brasil e comunicaremos a data quando estiver definida. Reafirmamos que isso só acontecerá após as eleições de outubro", completou a empresa.

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terça-feira, 26 de abril de 2022

Conheça 5 aplicativos que podem ser alternativas ao Twitter, comprado por Elon Musk

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Acordo entre a empresa e o bilionário recebeu críticas de alguns usuários, que prometeram abandonar a plataforma.
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Por g1

Postado em 26 de abril de 2022 às 16h30m

Post. N. - 4.331

Fachada da sede do Twitter em San Francisco, Califórnia — Foto: REUTERS/Stephen Lam/File Photo
Fachada da sede do Twitter em San Francisco, Califórnia — Foto: REUTERS/Stephen Lam/File Photo

A compra do Twitter por Elon Musk repercutiu na rede social, onde a hashtag "RIPTwitter" ficou entre os assuntos mais comentados na segunda-feira (25). Alguns dos usuários criticaram o acordo e prometeram abandonar a plataforma.

O Twitter é uma rede social de postagens curtas, com até 280 caracteres cada uma, e também pode ser usada para compartilhar fotos e vídeos. É possível fazer isso no Facebook e no Instagram, mas outros serviços também podem ser considerados por quem pensa em abandonar a rede de Musk.

Confira abaixo algumas alternativas ao Twitter.

Tumblr

Tumblr — Foto: Reprodução
Tumblr — Foto: Reprodução

Com 135 milhões de usuários, o Tumblr é uma opção para quem não quer redes sociais gigantes, como Facebook, Instagram ou TikTok. Por ele, é possível postar textos, fotos, vídeos e áudios no perfil, também chamado pela plataforma de blog.

O aplicativo do Tumblr é bem parecido com o Twitter: é possível navegar em um feed e acompanhar os assuntos em alta entre os outros usuários. A rede social também permite seguir perfis e assuntos, além de enviar mensagens privadas para outras pessoas.

Discord — Foto: Reprodução
Discord — Foto: Reprodução

Popular entre gamers, o Discord tem ganhado espaço entre quem não faz parte desse universo. O serviço é centrado em grupos em que centenas de pessoas podem conversar sobre diversos temas por meio de mensagens de texto, imagens, GIFs e vídeos.

Esses grupos são conhecidos na plataforma como "servidores" e funcionam como fóruns. Dentro de cada um, é possível criar salas (chamadas de "canais"), onde é possível conversar por voz ou vídeo. A plataforma também permite adicionar amigos para conversar individualmente.

Reddit — Foto: Reprodução
Reddit — Foto: Reprodução

Assim como o Tumblr, o Reddit também é focado em grupos. Ao criar uma conta, os usuários podem indicar assuntos pelos quais se interessam e entrar em uma das comunidades sugeridas pela rede social.

Em seguida, é possível acessar o que é discutido nesses espaços e curtir, comentar e compartilhar as publicações. Segundo o Reddit, há mais de 100 mil comunidades disponíveis em sua plataforma para os seus mais de 50 milhões de usuários participarem.

Mastodon

Mastodon — Foto: Reprodução
Mastodon — Foto: Reprodução

O Mastodon é uma plataforma descentralizada que oferece seu código-fonte para outras pessoas criarem suas próprias redes sociais. Serviços como o Twitter são centralizados, ou seja, os usuários compartilham o mesmo espaço.

As redes sociais criadas com o Mastodon funcionam em um endereço próprio e têm suas próprias regras. Em todas, porém, é possível publicar mensagens de texto com até 500 caracteres – no Twitter, o limite é de 280 caracteres.

O Mastodon não interfere nas comunidades criadas com o seu código e diz que a descentralização traz benefícios: a plataforma alega que não tem risco de ir à falência, não pode ser vendida, nem ser totalmente bloqueada por governos.

Plurk

Com foco em mensagens curtas como o Twitter, o Plurk permite postagens com até 360 caracteres. Nas publicações, também é possível usar cores diferentes para verbos, como "amar" e "odiar" – o que, segundo a plataforma, ajuda os usuários a se expressarem melhor.

Um desses verbos é "sussurrar", que esconde o nome do autor da mensagem. Para combater o uso indevido, a rede social exige que os usuários tenham o e-mail verificado para usarem o recurso e define um limite de até 10 mensagens anônimas por dia.

Raio X do Twitter — Foto: Arte/g1
Raio X do Twitter — Foto: Arte/g1

Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmicaElon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica
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quinta-feira, 21 de abril de 2022

Talibãs proíbem TikTok e jogo PUBG no Afeganistão

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Populares entre os jovens afegãos, ambos os aplicativos são acusados de 'perverterem' a juventude pelo governo talibã.
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TOPO
Por France Presse

Postado em 21 de abril de 2022 às 15h35m

Post. N. - 4.330

Ícone do aplicativo TikTok. — Foto: AP Photo/Kiichiro Sato
Ícone do aplicativo TikTok. — Foto: AP Photo/Kiichiro Sato

O governo talibã ordenou nesta quinta-feira (21) a proibição no Afeganistão da rede social TikTok e do videogame PlayerUnknown's Battlegrounds (PUBG).

Especialmente populares entre os jovens afegãos, ambos os aplicativos são acusados de "perverterem" a juventude.

"A geração jovem está se perdendo" com estes aplicativos, justificou o governo em um comunicado, acrescentando que o Ministério das Telecomunicações será responsável por colocar a proibição em vigor.

Ainda conforme a nota oficial, o ministério também garantir que as redes de televisão não vão transmitir "conteúdo imoral", embora, no momento, os canais se limitem a exibir informações e programas religiosos.

Desde seu retorno ao poder em agosto passado, os talibãs já proibiram músicas e séries de televisão estrangeiras, ou que incluam mulheres.

O governo anterior pró-Ocidente já havia tentado banir o PUBG, um jogo de luta de sobrevivência "multiplayer" (ou seja, com vários jogadores), comparado ao filme pós-apocalíptico "Jogos Vorazes".

Pouco mais de 9 milhões de afegãos, de uma população de mais de 38 milhões de pessoas, têm acesso à Internet, segundo dados divulgados em janeiro passado pelo site especializado DataReportal. Deste total, em torno de 4 milhões seriam usuários de redes sociais. A mais popular no país é o Facebook.

O aplicativo chinês TikTok já foi proibido duas vezes no Paquistão por divulgar conteúdo considerado "inapropriado".

Em seu governo anterior, os talibãs proibiram a televisão, o cinema, a fotografia, a pipa e qualquer outro tipo de entretenimento, considerados imorais.

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