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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Acesso à internet em residências brasileiras salta de 13% para 85% em 20 anos, aponta pesquisa TIC

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Domicílios 2024 Dados revelam que presença da internet nos lares brasileiros se expandiu significativamente, mas desigualdades ainda persistem entre classes sociais.
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Por Darlan Helder, g1

Postado em 31 de outubro de 2024 às 11h50m

#.* Post. - Nº.\  4.993 *.#

Acesso à internet em residências brasileiras salta de 13% para 85% em 20 anos, aponta pesquisa TIC Domicílios 2024 — Foto: Alan Martins/g1
Acesso à internet em residências brasileiras salta de 13% para 85% em 20 anos, aponta pesquisa TIC Domicílios 2024 — Foto: Alan Martins/g1

A proporção de brasileiros com acesso à internet em casa nas áreas urbanas cresceu de 13% para 85% em duas décadas. Em 2005, apenas uma em cada oito residências no país tinha conexão. Agora, 20 anos depois, sete em cada oito domicílios estão conectados.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (31), fazem parte da pesquisa TIC Domicílios 2024, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

O levantamento revela que 159 milhões de pessoas acessam internet no Brasil em 2024, representando 84% da população.

A TIC Domicílios também inclui o "indicador ampliado," que considera pessoas que, embora não tenham declarado uso da internet recentemente, utilizam aplicativos que exigem conexão. Nesse recorte, o número de usuários chega a 166 milhões (89%).

➡️ A pesquisa também indica que em 2024:

  • 💻 29 milhões de pessoas no Brasil seguem sem acesso à internet, repetindo o número registrado em 2023.
  • 📱 60% dos usuários acessaram a internet apenas pelo celular, um leve aumento em relação a 2023 (58%).
  • 📶 Dos conectados, 73% usam Wi-Fi e redes móveis, 22% dependem apenas de Wi-Fi e 4% só de redes móveis. Entre os planos, 57% são pré-pagos, 20% pós-pagos e 18% no modelo controle.
  • 🔍 Quanto ao uso, 32% buscaram na internet informações sobre saúde pública; 31% sobre documentos, como RG e CPF; 29% sobre impostos e taxas; e 25% sobre direitos trabalhistas e previdência.
  • 🔒 Além disso, 52% verificaram a veracidade de informações encontradas na internet e 48% adotaram medidas de segurança para proteger dispositivos e contas.
Uso da internet no Brasil em 2024 — Foto: Arte/g1
Uso da internet no Brasil em 2024 — Foto: Arte/g1

Quem são os brasileiros que usam internet?

As regiões Sul e Sudeste concentram os maiores índices de uso de internet, com 90% e 85%, respectivamente. A pesquisa TIC Domicílios 2024 revela que, em todo o país, 85% dos usuários são homens e 84% são mulheres, evidenciando um equilíbrio entre os gêneros.

Em relação à faixa etária, os jovens de 16 a 24 anos são os mais conectados (95%), seguidos pelos brasileiros de 25 a 34 anos (92%). Por outro lado, os menos conectados são aqueles com 60 anos ou mais, representando 59%.

"A forma como as pessoas acessam internet se transformou marcadamente: em 2008 usuários se conectavam à rede mais em lan houses ou em cafeterias do que em seus domicílios, e esse acesso era feito por meio de um computador", explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br/NIC.br.

"Atualmente, quase todos se conectam de seus domicílios e a partir de um smartphone", completa.

Apesar do crescimento no acesso à internet nos últimos 20 anos, a pesquisa destaca a desigualdade presente no país. Segundo a TIC Domicílios 2024, a conexão está disponível em 100% dos lares da classe A, mas apenas em 68% das residências das classes D e E.

Atualmente, quase 30 milhões de pessoas no Brasil ainda não utilizam a internet, sendo 24 milhões delas residentes em áreas urbanas. Entre essas, aproximadamente 22 milhões têm formação até o Ensino Fundamental, e 17 milhões se identificam como pretos ou pardos.

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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

O 'serviço de emergência' no fundo do oceano que mantém a internet funcionando

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99% das comunicações digitais do mundo dependem de cabos submarinos. Quando eles se rompem, isso pode significar um desastre para a internet de um país inteiro. Mas como consertar uma falha no fundo do oceano?
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TOPO
Por BBC

Postado em 30 de outubro de 2024 às 05h00m

#.* Post. - Nº.\  4.992 *.#

Toda a extensão dos cabos submarinos pelo mundo seria suficiente para dar uma volta ao redor do Sol — Foto: Getty Images
Toda a extensão dos cabos submarinos pelo mundo seria suficiente para dar uma volta ao redor do Sol — Foto: Getty Images

Pouco depois das 17h do dia 18 de novembro de 1929, o chão começou a tremer.

Ao longo da costa da Península de Burin, ao sul da ilha de Terra Nova, no Canadá, um terremoto de magnitude 7,2 perturbou a paz daquela noite. Inicialmente, os moradores notaram apenas alguns danos — algumas chaminés derrubadas.

No mar, no entanto, uma força invisível estava se movendo. Por volta de 19h30, um tsunami de 13 metros de altura atingiu a costa da Península de Burin. No total, 28 pessoas morreram em decorrência de afogamentos ou ferimentos causados ​​pelas ondas.

O terremoto foi devastador para as comunidades locais, mas também teve um efeito duradouro no mar. O abalo sísmico desencadeou um deslizamento de terra submarino.

As pessoas não perceberam isso na época, sugerem os registros históricos, porque ninguém sabia que tais deslizamentos de terra subaquáticos existiam.

Quando os sedimentos são agitados por terremotos e outras atividades geológicas, a água fica mais densa, gerando um fluxo descendente, como uma avalanche de neve montanha abaixo. O deslizamento de terra submarino — chamado corrente de turbidez — fluiu a mais de 1.000 km de distância do epicentro do terremoto, a uma velocidade entre 11 e 128 km/h.

Embora o deslizamento de terra não tenha sido notado na época, deixou uma pista reveladora. Na sua rota, estava o que havia de mais moderno em tecnologia de comunicação da época: cabos submarinos transatlânticos. E esses cabos se romperam. Doze deles foram partidos em 28 lugares no total.

Algumas das 28 rupturas aconteceram quase simultaneamente com o terremoto. Mas outras 16 ocorreram ao longo de um período muito mais longo, à medida que os cabos se rompiam um após o outro, em uma espécie de padrão misterioso de ondas, de 59 minutos após o terremoto até 13 horas e 17 minutos depois, e a mais de 500 quilômetros de distância do epicentro.

Se todos tivessem sido rompidos pelo terremoto em si, os cabos teriam se rompido ao mesmo tempo — então os cientistas começaram a se perguntar: por que não se romperam? Por que se romperam um após o outro?

Só em 1952 que os pesquisadores descobriram por que os cabos se romperam em sequência, ao longo de uma área tão grande e em intervalos que pareciam diminuir com a distância do epicentro. Eles descobriram que um deslizamento de terra os atingiu, e que os cabos que se rompiam traçaram seu movimento pelo fundo do mar.

Até então, ninguém sabia da existência das chamadas correntes de turbidez.

Como esses cabos se romperam e havia um registro do momento em que se partiram, eles ajudaram a entender os movimentos oceânicos acima e abaixo da superfície. Eles motivaram um trabalho de reparo complexo, mas também se tornaram instrumentos científicos acidentais, registrando um fenômeno natural fascinante que estava fora do alcance da vista humana.

Nas décadas seguintes, à medida que a rede global de cabos de águas profundas se expandiu, seu reparo e manutenção resultaram em outras descobertas científicas surpreendentes, abrindo mundos totalmente novos, e nos permitindo espiar o fundo do mar como nunca antes, além de nos permitir comunicar em velocidade recorde.

Ao mesmo tempo, nossa vida cotidiana, rendimentos, saúde e segurança também se tornaram cada vez mais dependentes da internet — e, em última análise, desta complexa rede de cabos submarinos. Mas, afinal, o que acontece quando eles se rompem?

Como nossos dados trafegam

1,4 milhão de quilômetros de cabos de telecomunicações no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta.

Estendidos de uma extremidade à outra, estes cabos — responsáveis ​​pela transferência de 99% de todos os dados digitais — poderiam dar uma volta ao redor do Sol. Mas para algo tão importante, são surpreendentemente finos — muitas vezes, com pouco mais de 2 cm de diâmetro, ou aproximadamente a largura de uma mangueira.

Uma repetição do rompimento de cabos em massa de 1929 teria impactos significativos na comunicação entre a América do Norte e a Europa.

No entanto, "em grande parte, a rede global é notavelmente resistente", diz Mike Clare, consultor ambiental marinho do Comitê Internacional de Proteção de Cabos, que pesquisa os impactos de eventos extremos em sistemas submarinos.

"Há de 150 a 200 casos de danos à rede global a cada ano. Portanto, se compararmos com 1,4 milhão de quilômetros, não é muito e, na maioria das vezes, quando esses danos ocorrem, eles podem ser consertados com relativa rapidez."

Mas como a internet funciona com cabos tão finos e evita panes desastrosas?

Os cabos submarinos têm a espessura de uma mangueira, para fácil instalação e reparo — Foto: Getty Images
Os cabos submarinos têm a espessura de uma mangueira, para fácil instalação e reparo — Foto: Getty Images

Desde que os primeiros cabos transatlânticos foram instalados no século 19, eles têm sido expostos a eventos ambientais extremos, desde erupções vulcânicas submarinas até tufões e inundações. Mas a principal causa dos danos que sofrem não é natural.

A maioria das falhas — de 70 a 80%, dependendo do lugar no mundo — está relacionada a atividades humanas acidentais, como lançar âncoras ou redes de pesca de arrasto, que acabam ficando presas nos cabos, diz Stephen Holden, chefe de manutenção da Europa, Oriente Médio e África na Global Marine, uma empresa de engenharia submarina que atua na reparação de cabos submarinos.

Em geral, estes acidentes acontecem em profundidades de 200 a 300 metros (mas a pesca comercial está avançando para águas cada vez mais profundas, em alguns lugares, chegando a 1.500 metros no nordeste do Atlântico).

Somente de 10% a 20% das falhas nos cabos a nível mundial estão relacionadas a ameaças naturais e, na maioria das vezes, estão relacionadas ao desgaste dos cabos em locais onde as correntes fazem com que eles resvalem contra as rochas, causando o que é chamado de "falhas de derivação", diz Holden.

A ideia de que os cabos se rompem porque são mordidos por tubarões é hoje uma espécie de lenda urbana, acrescenta Clare.

"Houve casos de danos causados por mordidas de tubarões, mas isso já acabou, porque a indústria dos cabos utiliza uma camada de Kevlar (tipo de fibra sintética) para reforçá-los."

No entanto, os cabos devem ser mantidos finos e leves em águas mais profundas para ajudar na recuperação e no reparo. Transportar um cabo grande e pesado ao longo de milhares de metros abaixo do nível do mar colocaria uma enorme pressão sobre ele. Os cabos mais próximos da costa tendem a ser mais blindados, porque têm mais chance de serem danificados por redes de pesca e âncoras.

Um exército de navios de reparo a postos

Os cabos subaquáticos podem ser consertados em períodos curtos de tempo, que podem levar até duas semanas — Foto: Getty Images
Os cabos subaquáticos podem ser consertados em períodos curtos de tempo, que podem levar até duas semanas — Foto: Getty Images

Se uma falha for encontrada, um navio de reparo é enviado.

"Todas essas embarcações estão estrategicamente posicionadas ao redor do mundo para que o trajeto entre a base e o porto seja de 10 a 12 dias", explica Mick McGovern, vice-presidente adjunto de operações marítimas da Alcatel Submarine Networks.

"Você tem esse tempo para descobrir onde está a falha, carregar os cabos [e os] amplificadores de sinal" — que aumentam a força de um sinal à medida que ele trafega pelos cabos.

"Em essência, quando você pensa no tamanho do sistema, não é preciso esperar muito", ele acrescenta.

Embora tenha demorado nove meses para consertar o último cabo submarino danificado pelo terremoto de 1929, McGovern diz que um reparo moderno em águas profundas deve levar uma ou duas semanas, dependendo da localização e do clima.

"Quando você pensa na profundidade da água e onde está, não é uma solução ruim."

Isso não significa que um país inteiro vai ficar sem internet por uma semana. Muitas nações possuem mais cabos e mais largura de banda dentro desses cabos do que a quantidade mínima exigida, de modo que, se alguns forem danificados, os outros possam compensar. Isso é chamado de redundância no sistema.

Devido a essa redundância, a maioria de nós nunca perceberia se um cabo submarino fosse danificado — talvez este artigo demorasse um ou dois segundos a mais para carregar do que o normal.

Em eventos extremos, pode ser a única coisa que mantém um país online.

O terremoto de magnitude 7 na costa de Taiwan, em 2006, rompeu dezenas de cabos no Mar do Sul da China — mas alguns permaneceram online.

Muitos países possuem cabos adicionais para evitar depender da estabilidade de uma única área geográfica — Foto: Getty Images
Muitos países possuem cabos adicionais para evitar depender da estabilidade de uma única área geográfica — Foto: Getty Images

Para reparar o dano, o navio utiliza um arpéu, ou gancho, para levantar e cortar o cabo, puxando uma extremidade solta até a superfície, e enrolando-a na proa com grandes tambores motorizados.

A parte danificada é então arrastada até uma sala interna e analisada em busca de falhas, reparada, testada (enviando um sinal para terra firme a partir do barco), selada e, em seguida, presa a uma boia enquanto o processo é repetido na outra extremidade do cabo.

Uma vez que as duas extremidades são consertadas, cada fibra óptica é emendada sob microscópio para garantir que haja uma boa conexão — e, na sequência, são vedadas com uma junta universal que é compatível com o cabo de qualquer fabricante, facilitando a vida das equipes de reparo internacionais, explica McGovern.

Os cabos reparados são colocados de volta na água e, em águas mais rasas, onde pode haver mais tráfego de barcos, são enterrados em valas. Veículos subaquáticos operados remotamente (ROV, na sigla em inglês), equipados com jatos de alta potência, podem abrir trilhas no fundo do mar para a instalação dos cabos.

Em águas mais profundas, o trabalho é feito por arados equipados com jatos, arrastados ao longo do leito marinho por grandes embarcações de reparo acima.

Alguns arados pesam mais de 50 toneladas e, em ambientes extremos, são necessários equipamentos ainda maiores.

McGovern se lembra de um trabalho no Oceano Ártico, que exigiu que um navio arrastasse um arado de 110 toneladas, capaz de enterrar cabos de 4 metros e penetrar no permafrost.

Ouvidos no fundo do mar

As rupturas geralmente acontecem em águas de pouca profundidade, quando os barcos ancoram em áreas onde não sabem que há cabos — Foto: Getty Images
As rupturas geralmente acontecem em águas de pouca profundidade, quando os barcos ancoram em áreas onde não sabem que há cabos — Foto: Getty Images

A instalação e o reparo dos cabos levaram a algumas descobertas científicas surpreendentes — a princípio de forma acidental, como no caso dos cabos rompidos e do deslizamento de terra, e mais tarde, intencionalmente, quando os cientistas começaram a usar os cabos de propósito como ferramentas de pesquisa.

Essas lições das profundezas do mar começaram quando os primeiros cabos transatlânticos foram instalados no século 19.

Os operadores de cabos notaram que o Oceano Atlântico ficava mais raso no meio, descobrindo sem querer a cordilheira Dorsal Mesoatlântica.

Hoje, os cabos de telecomunicações podem ser usados ​​como "sensores acústicos" para detectar baleias, barcos, tempestades e terremotos em alto mar.

Os danos causados ​​aos cabos oferecem à indústria "uma nova compreensão fundamental sobre os perigos que existem no fundo do mar", diz Clare.

"Nunca saberíamos que havia deslizamentos de terra no fundo do mar após erupções vulcânicas se não fosse pelos danos causados (nos cabos)".

Em alguns lugares, as mudanças climáticas estão tornando as coisas mais desafiadoras. As inundações na África Ocidental estão causando um aumento no deságue de sedimentos dos cânions no Rio Congo, que ocorre quando grandes volumes de sedimentos fluem para um rio após uma inundação. Estes sedimentos são então despejados da foz do rio no Oceano Atlântico, e podem danificar os cabos.

"Agora sabemos que devemos colocar os cabos mais longe do estuário", diz McGovern.

Os cabos de águas profundas também podem ser usados ​​como instrumentos científicos — Foto: Getty Images
Os cabos de águas profundas também podem ser usados ​​como instrumentos científicos — Foto: Getty Images

Alguns danos serão inevitáveis, preveem os especialistas.

A erupção vulcânica do Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, em 2021 e 2022, destruiu o cabo submarino de internet que conectava a nação insular de Tonga, no Pacífico, ao resto do mundo.

Levou cinco semanas até a conexão com a internet voltar a funcionar totalmente, embora alguns serviços tenham sido restabelecidos após uma semana.

No entanto, muitos países contam com vários cabos submarinos, o que significa que uma falha — ou até mesmo várias falhas — pode não ser percebida pelos usuários da internet, pois a rede pode recorrer a outros cabos em uma crise.

"Isso realmente mostra por que é necessário haver uma diversidade geográfica das rotas de cabo", acrescenta Clare.

"Especialmente no caso das ilhas pequenas, em lugares como o Pacífico Sul, onde há tempestades tropicais, terremotos e vulcões, elas são particularmente vulneráveis e, com as mudanças climáticas, diferentes áreas estão sendo afetadas de maneiras diferentes."

À medida que a pesca e o transporte marítimo se tornam mais sofisticados, pode ficar mais fácil evitar danos aos cabos.

O advento do sistema de identificação automática (AIS, na sigla em inglês) no transporte marítimo levou a uma redução nos danos causados pela ancoragem, diz Holden, porque algumas empresas agora oferecem um serviço em que é possível seguir um padrão definido para reduzir a velocidade e ancorar.

No entanto, em regiões do mundo onde os barcos de pesca tendem a ser menos sofisticados e operados por equipes menores, os danos provocados pelas âncoras ainda acontecem.

Nesses locais, uma opção é informar às pessoas onde estão os cabos, e aumentar a conscientização, afirma Clare.

"É para o benefício de todos que a internet continue funcionando."

g1 Explica: como funciona a internet

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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Os maiores influenciadores do mundo em 2024, segundo a Forbes

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MrBeast mantém liderança no ranking, com faturamento estimado equivalente a R$ 485 milhões em um ano, de acordo com o levantamento.
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Por g1

Postado em 28 de outubro de 2024 às 21h10m

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Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres — Foto: Steven Kahn
Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres — Foto: Steven Kahn

O youtuber MrBeast segue como o maior influenciador do mundo, segundo levantamento Top Creators, divulgado nesta segunda-feira (28) pela revista Forbes.

O criador de conteúdo teve faturamento estimado em US$ 85 milhões (o equivalente a R$ 485 milhões) na cotação de 28 de outubro em 1 ano. Ele também liderou a lista em 2023. Em junho deste ano, seu canal se tornou o que tem o maior números de inscritos do YouTube.

Veja abaixo a lista completa e, em seguida, conheça os 10 maiores influenciadores. A maioria é dos Estados Unidos – não há nenhum brasileiro no ranking. Juntos, os 50 principais faturaram quase US$ 720 milhões em 1 ano (cerca de R$ 4 bilhões) e US$ 20 milhões (R$ 114 milhões) a mais do que em 2023.

  • Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres

A tiktoker Charli D'Amelio também continua sendo a mulher mais bem colocada, ocupando a quarta posição neste ano, uma acima da que teve em 2023. Ela só perde para Mr.Beast em número de seguidores, mas fatura menos que os primeiros colocados.

Para definir os maiores criadores, a "Forbes" considerou o faturamento estimado em 1 ano, o número de seguidores, o engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos divididos pela quantidade de seguidores) e os negócios comerciais de cada influenciador.

Quem são os top 10 influencers em 2024:

1) Mr Beast

Jimmy Donaldson (o nome verdadeiro de MrBeast) é um americano de 26 anos que costuma publicar vídeos com desafios, como passar horas na Antártica, ou jogos valendo dinheiro.

Mas nem todos se encaixam nestas categorias: um vídeos recente superou as 150 milhões de visualizações ao mostrar um trem caindo em um buraco.

Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP
Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP

O YouTube é a rede onde ele é mais conhecido. Quando se torno o maior canal em número de inscritos, em junho, tinha 270 milhões. Esse número já subiu para 324 milhões até agora.

MrBeast ganhou destaque por investir parte do que ganha em vídeos ultracaros: alguns chegam a custar milhões para serem produzidos. Em junho de 2023, ele disse a um podcast que reinveste "cada centavo que ganha", segundo relatou à BBC.

É essa abordagem de conteúdo que pode começar a explicar por que o YouTuber americano atrai um público tão gigante — o que permite aumentar cada vez mais as apostas que ele faz.

2) Dhar Mann

Dhar Mann faz conteúdos sobre bullying, racismo e desigualdade junto com uma equipe de mais de 150 pessoas, descreve a Forbes. Nas redes, ele também mostra sua família, com duas filhas.

Seu faturamento vem de parcerias com o WhatsApp, a Universal, entre outras marcas, além de anúncios no Google. Mann também tem uma marca de produtos de beleza chamada LiveGlam.

Dhar Mann, o segundo maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes — Foto: Instagram
Dhar Mann, o segundo maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes — Foto: Instagram

3) Matt Rife

O humorista Matt Rife tem levado multidões aos seus shows de stand-up. Ele viralizou no TikTok in 2022 e tem dois especiais de comédia no Netflix. No primeiro, "Natural Selection", foi criticado por uma piada sobre violência doméstica, segundo a Forbes.

Matt Rife, o terceiro maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes — Foto: Instagram
Matt Rife, o terceiro maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes — Foto: Instagram

4) Charli D’Amelio

A americana de 20 anos ganhou fama com dancinhas no TikTok – algumas delas com sua irmã Dixie D'Amelio, a sexta colocada no ranking. Na lista, Charli só perde em seguidores para o campeão, MrBeast.

Charli D'Amelio — Foto: Vianney Le Caer/Invision/AP
Charli D'Amelio — Foto: Vianney Le Caer/Invision/AP

A tiktoker fundou com a família uma empresa para administrar contratos de publicidade e gerenciar suas marcas, que vão de produtos de skin care a calçados.

5) Gêmeos Stokes (Stokes Twins)

Famosos pelos vídeos de "pegadinhas" e desafios, os gêmeos idênticos Alex e Alan Stokes têm um dos canais que mais crescem no YouTube, descreve a Forbes. Eles não apareceram na lista dos top criadores em 2023.

Somando com a audiência em outras redes, como o TikTok, os irmãos já acumulam mais de 4 bilhões de visualizações nas redes.

Em 2020, foram condenados por "pegadinhas" de roubo a banco, onde fingiram ser ladrões. Correndo risco de serem presos, assumiram o crime e acabaram tendo a pena reduzida para 160 horas de serviço comunitário.

Youtubers Alan e Alex Stokes em vídeo em que 'trollam' pessoas fingindo serem ladrões — Foto: Reprodução
Youtubers Alan e Alex Stokes em vídeo em que 'trollam' pessoas fingindo serem ladrões — Foto: Reprodução

Em um desses vídeos, policiais chegaram a apontar armas para o motorista de Uber que levava os irmãos sem saber o que estava acontecendo.

6) Dixie D’Amelio

Dixie D'Amelio saltou da 18ª posição no ranking em 2023 para a sexta, pouco atrás da irmã mais nova, Charli. Ela ficou dançando em vídeos com Charli ou fazendo palhaçadinhas na frente do celular, descreveu o g1, que entrevistou a tiktoker em 2021.

Na época, Dixie vinha se arriscando como cantora. Seu single "Be Happy" já foi ouvido 100 milhões de vezes no Spotify.

Dixie D'Amelio, a influenciadora de 80 milhões de fãs que quer ir do TikTok aos palcos

Mas a Forbes atribui sua relevância pela identificação com o ramo da moda. Aos 23 anos, Dixie tem parcerias com grifes como Chopard, Ferragamo, Louis Vuitton e Valentino. Ela e a irmã também estão à frente de uma linha de calçados que leva o sobrenome delas.

7) Mark Rober

O ex-engenheiro da Nasa Mark Rober é o mais velho entre os top 10 da lista, com 44 anos. No ano passado, ele era apenas o 29º colocado. A Forbes destaca que ele praticamente dobrou o número de inscritos em seu canal no YouTube neste ano, saltando de 30 milhões para mais de 57 milhões.

Mark Rober — Foto: Instagram
Mark Rober — Foto: Instagram

Os vídeos de Rober focam em ciência e os testes chamam a atenção pelas propostas inusitadas, como saber se ácido pode ser mais destrutivo do que lava. Ele também tem parceria com o canal Discovery.

Além de monetizar vídeos, ele fatura com a venda de produtos por assinatura sobre os temas, para crianças e adultos.

8) Alex Cooper

Alexandra Cooper é a apresentadora do podcast sobre sexo e relacionamento Call Her Daddy. Segundo a Forbes, Alex transformou o produto de comunicação em um gigante de mídia multifacetado. Em um dos episódios de 2023 ela entrevistou Anitta.

Nos últimos anos, Cooper fechou um acordo de US$ 60 milhões com o Spotify; mais recentemente, ela fechou um novo contrato ainda mais recheado (de US$ 125 milhões), para levar seus programas de áudio para o SiriusXM, serviço de streaming de áudio dos EUA.

Alex Cooper — Foto: Instagram
Alex Cooper — Foto: Instagram

9) Rhett & Link

Os dois influenciadores afirmam ser melhores amigos desde 1984 e estão no YouTube desde 2006.

Eles começaram com esquetes de humor no Youtube e, hoje, também produzem outros tipos de programas na plataforma.

Em um dos canais, eles provam diferentes tipos de comida, testam produtos, reproduzem virais das redes sociais e convidam famosos para participarem de jogos. Além disso, eles têm um podcast e uma loja que vende produtos relacionados ao seu canal no Youtube.

Rhett McLaughlin e Link Neal — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP
Rhett McLaughlin e Link Neal — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP

10) Khaby Lame

Khabane Lame, mais conhecido como Khaby Lame, é um jovem de 24 anos, nascido no Senegal e naturalizado italiano.

Luva de Pedreiro e Khaby Lame  — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Luva de Pedreiro e Khaby Lame — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a Forbes, Khaby é a pessoa mais seguida no TikTok, com 163 milhões de seguidores apenas nessa rede social.

Ele ficou famoso por produzir vídeos de comédia, onde reage a memes e tendências que viralizaram nas redes sociais. Khaby não costuma falar em seus conteúdos, mas conquistou o público com seus gestos e expressões engraçadas.

Em 2022, ele chegou a gravar, na Itália, com o influenciador brasileiro Luva de Pedreiro, que bancou o visitante intrometido que atrapalha a rotina do italiano.

O resultado da brincadeira é um vídeo em que o baiano é expulso da casa em uma encenação com direito a pulos na cama, roubo de comida e espuma de xampu espalhada pelo chão. Como pano de fundo, é claro, o bordão inesquecível: "Receba!"

Reveja os maiores influenciadores de 2023:

Forbes divulga lista dos maiores influenciadores do mundo em 2023

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