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Domicílios 2024 Dados revelam que presença da internet nos lares brasileiros se expandiu significativamente, mas desigualdades ainda persistem entre classes sociais. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Darlan Helder, g1 Postado em 31 de outubro de 2024 às 11h50m
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Acesso à internet em residências brasileiras salta de 13% para 85% em
20 anos, aponta pesquisa TIC Domicílios 2024 — Foto: Alan Martins/g1
A proporção de brasileiros com acesso à internet em casa nas áreas
urbanas cresceu de 13% para 85% em duas décadas. Em 2005, apenas uma em
cada oito residências no país tinha conexão. Agora, 20 anos depois, sete em cada oito domicílios estão conectados.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (31), fazem parte da pesquisa
TIC Domicílios 2024, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o
Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
O levantamento revela que 159 milhões de pessoas acessam internet no Brasil em 2024, representando 84% da população.
A TIC Domicílios também inclui o "indicador ampliado," que considera
pessoas que, embora não tenham declarado uso da internet recentemente,
utilizam aplicativos que exigem conexão. Nesse recorte, o número de usuários chega a 166 milhões (89%).
➡️ A pesquisa também indica que em 2024:
💻 29 milhões de pessoas no Brasil seguem sem acesso à internet, repetindo onúmero registrado em 2023.
📱 60% dos usuários acessaram a internet apenas pelo celular, um leve aumento em relação a 2023 (58%).
📶 Dos conectados, 73% usam Wi-Fi e redes móveis,
22% dependem apenas de Wi-Fi e 4% só de redes móveis. Entre os planos,
57% são pré-pagos, 20% pós-pagos e 18% no modelo controle.
🔍 Quanto ao uso, 32% buscaram na internet informações sobre saúde pública; 31% sobre documentos, como RG e CPF; 29% sobre impostos e taxas; e 25% sobre direitos trabalhistas e previdência.
🔒
Além disso, 52% verificaram a veracidade de informações encontradas na
internet e 48% adotaram medidas de segurança para proteger dispositivos e
contas.
Uso da internet no Brasil em 2024 — Foto: Arte/g1
Quem são os brasileiros que usam internet?
As regiões Sul e Sudeste concentram os maiores índices de uso de
internet, com 90% e 85%, respectivamente. A pesquisa TIC Domicílios 2024
revela que, em todo o país, 85% dos usuários são homens e 84% são
mulheres, evidenciando um equilíbrio entre os gêneros.
Em relação à faixa etária, os jovens de 16 a 24 anos são os mais
conectados (95%), seguidos pelos brasileiros de 25 a 34 anos (92%). Por
outro lado, os menos conectados são aqueles com 60 anos ou mais,
representando 59%.
"A
forma como as pessoas acessam internet se transformou marcadamente: em
2008 usuários se conectavam à rede mais em lan houses ou em cafeterias
do que em seus domicílios, e esse acesso era feito por meio de um
computador", explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br/NIC.br.
"Atualmente, quase todos se conectam de seus domicílios e a partir de um smartphone", completa.
Apesar do crescimento no acesso à internet nos últimos 20 anos, a
pesquisa destaca a desigualdade presente no país. Segundo a TIC
Domicílios 2024, a conexão está disponível em 100% dos lares da classe
A, mas apenas em 68% das residências das classes D e E.
Atualmente, quase 30 milhões de pessoas no Brasil ainda não utilizam a
internet, sendo 24 milhões delas residentes em áreas urbanas. Entre
essas, aproximadamente 22 milhões têm formação até o Ensino Fundamental,
e 17 milhões se identificam como pretos ou pardos.
99% das comunicações digitais do mundo dependem de cabos submarinos. Quando eles se rompem, isso pode significar um desastre para a internet de um país inteiro. Mas como consertar uma falha no fundo do oceano? <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por BBC 30/10/2024 03h00 Atualizado há 02 horas Postado em 30 de outubro de 2024 às 05h00m
#.*Post. - Nº.\ 4.992 *.#
Toda a extensão dos cabos submarinos pelo mundo seria suficiente para dar uma volta ao redor do Sol — Foto: Getty Images
Pouco depois das 17h do dia 18 de novembro de 1929, o chão começou a tremer.
Ao longo da costa da Península de Burin, ao sul da ilha de Terra Nova, no Canadá, um terremoto de magnitude 7,2 perturbou a paz daquela noite. Inicialmente, os moradores notaram apenas alguns danos — algumas chaminés derrubadas.
No mar, no entanto, uma força invisível estava se movendo.
Por volta de 19h30, um tsunami de 13 metros de altura atingiu a costa
da Península de Burin. No total, 28 pessoas morreram em decorrência de
afogamentos ou ferimentos causados pelas ondas.
O terremoto foi devastador para as comunidades locais, mas também teve
um efeito duradouro no mar. O abalo sísmico desencadeou um deslizamento
de terra submarino.
As pessoas não perceberam isso na época, sugerem os registros
históricos, porque ninguém sabia que tais deslizamentos de terra
subaquáticos existiam.
Quando os sedimentos são agitados por terremotos e outras atividades geológicas, a água fica mais densa, gerando um fluxo descendente, como uma avalanche de neve montanha abaixo. O deslizamento de terra submarino — chamado corrente de turbidez — fluiu a mais de 1.000 km de distância do epicentro do terremoto, a uma velocidade entre 11 e 128 km/h.
Embora o deslizamento de terra não tenha sido notado na época, deixou umapista reveladora. Na sua rota, estava o que havia de mais moderno em tecnologia de comunicação da época: cabos submarinos transatlânticos. E esses cabos se romperam. Doze deles foram partidos em 28 lugares no total.
Algumas das 28 rupturas aconteceram quase simultaneamente com o
terremoto. Mas outras 16 ocorreram ao longo de um período muito mais
longo, à medida que os cabos se rompiam um após o outro, em uma espécie
de padrão misterioso de ondas, de 59 minutos após o terremoto até 13
horas e 17 minutos depois, e a mais de 500 quilômetros de distância do
epicentro.
Se
todos tivessem sido rompidos pelo terremoto em si, os cabos teriam se
rompido ao mesmo tempo — então os cientistas começaram a se perguntar:
por que não se romperam? Por que se romperam um após o outro?
Só em 1952 que os pesquisadores descobriram por que os cabos se
romperam em sequência, ao longo de uma área tão grande e em intervalos
que pareciam diminuir com a distância do epicentro. Eles descobriram que
um deslizamento de terra os atingiu, e que os cabos que se rompiam
traçaram seu movimento pelo fundo do mar.
Até então, ninguém sabia da existência das chamadas correntes de turbidez.
Como esses cabos se romperam e havia um registro do momento em que se
partiram, eles ajudaram a entender os movimentos oceânicos acima e
abaixo da superfície. Eles motivaram um trabalho de reparo complexo,
mas também se tornaram instrumentos científicos acidentais, registrando
um fenômeno natural fascinante que estava fora do alcance da vista
humana.
Nas décadas seguintes, à medida que a rede global de cabos de águas
profundas se expandiu, seu reparo e manutenção resultaram em outras
descobertas científicas surpreendentes, abrindo mundos totalmente novos,
e nos permitindo espiar o fundo do mar como nunca antes, além de nos
permitir comunicar em velocidade recorde.
Ao mesmo tempo, nossa vida cotidiana, rendimentos, saúde e segurança
também se tornaram cada vez mais dependentes da internet — e, em última
análise, desta complexa rede de cabos submarinos. Mas, afinal, o que acontece quando eles se rompem?
Como nossos dados trafegam
Há 1,4 milhão de quilômetros de cabos de telecomunicações no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta.
Estendidos de uma extremidade à outra, estes cabos — responsáveis pela transferência de 99% de todos os dados digitais — poderiam dar uma volta ao redor do Sol.
Mas para algo tão importante, são surpreendentemente finos — muitas
vezes, com pouco mais de 2 cm de diâmetro, ou aproximadamente a largura
de uma mangueira.
Uma repetição do rompimento de cabos em massa de 1929 teria impactos
significativos na comunicação entre a América do Norte e a Europa.
No entanto, "em grande parte, a rede global é notavelmente resistente",
diz Mike Clare, consultor ambiental marinho do Comitê Internacional de
Proteção de Cabos, que pesquisa os impactos de eventos extremos em
sistemas submarinos.
"Há de 150 a 200 casos de danos à rede global a cada ano. Portanto, se
compararmos com 1,4 milhão de quilômetros, não é muito e, na maioria das
vezes, quando esses danos ocorrem, eles podem ser consertados com
relativa rapidez."
Mas como a internet funciona com cabos tão finos e evita panes desastrosas?
Os cabos submarinos têm a espessura de uma mangueira, para fácil instalação e reparo — Foto: Getty Images
Desde que os primeiros cabos transatlânticos foram instalados no século
19, eles têm sido expostos a eventos ambientais extremos, desde
erupções vulcânicas submarinas até tufões e inundações. Mas a principal causa dos danos que sofrem não é natural.
A maioria das falhas — de 70 a 80%, dependendo do lugar no mundo — está relacionada a atividades humanas acidentais,
como lançar âncoras ou redes de pesca de arrasto, que acabam ficando
presas nos cabos, diz Stephen Holden, chefe de manutenção da Europa,
Oriente Médio e África na Global Marine, uma empresa de engenharia
submarina que atua na reparação de cabos submarinos.
Em geral, estes acidentes acontecem em profundidades de 200 a 300 metros(mas a pesca comercial está avançando para águas cada vez mais
profundas, em alguns lugares, chegando a 1.500 metros no nordeste do
Atlântico).
Somente de 10% a 20% das falhas nos cabos a nível mundial estão relacionadas a ameaças naturais
e, na maioria das vezes, estão relacionadas ao desgaste dos cabos em
locais onde as correntes fazem com que eles resvalem contra as rochas,
causando o que é chamado de "falhas de derivação", diz Holden.
A ideia de que os cabos se rompem porque são mordidos por tubarões é hoje uma espécie de lenda urbana, acrescenta Clare.
"Houve casos de danos causados por mordidas de tubarões, mas isso já
acabou, porque a indústria dos cabos utiliza uma camada de Kevlar (tipo
de fibra sintética) para reforçá-los."
No entanto, os cabos devem ser mantidos finos e leves em águas mais profundas para ajudar na recuperação e no reparo.
Transportar um cabo grande e pesado ao longo de milhares de metros
abaixo do nível do mar colocaria uma enorme pressão sobre ele. Os cabos
mais próximos da costa tendem a ser mais blindados, porque têm mais
chance de serem danificados por redes de pesca e âncoras.
Um exército de navios de reparo a postos
Os cabos subaquáticos podem ser consertados em períodos curtos de tempo, que podem levar até duas semanas — Foto: Getty Images
Se uma falha for encontrada, um navio de reparoé enviado.
"Todas essas embarcações estão estrategicamente posicionadas ao redor
do mundo para que o trajeto entre a base e o porto seja de 10 a 12 dias", explica Mick McGovern, vice-presidente adjunto de operações marítimas da Alcatel Submarine Networks.
"Você tem esse tempo para descobrir onde está a falha, carregar os
cabos [e os] amplificadores de sinal" — que aumentam a força de um sinal
à medida que ele trafega pelos cabos.
"Em essência, quando você pensa no tamanho do sistema, não é preciso esperar muito", ele acrescenta.
Embora tenha demorado nove meses para consertar o último cabo submarino danificado pelo terremoto de 1929, McGovern diz que um reparo moderno em águas profundas deve levar uma ou duas semanas, dependendo da localização e do clima.
"Quando você pensa na profundidade da água e onde está, não é uma solução ruim."
Isso não significa que um país inteiro vai ficar sem internet por uma
semana. Muitas nações possuem mais cabos e mais largura de banda dentro
desses cabos do que a quantidade mínima exigida, de modo que, se alguns
forem danificados, os outros possam compensar. Isso é chamado de redundância no sistema.
Devido a essa redundância, a maioria de nós nunca perceberia se um cabo
submarino fosse danificado — talvez este artigo demorasse um ou dois
segundos a mais para carregar do que o normal.
Em eventos extremos, pode ser a única coisa que mantém um país online.
O terremoto de magnitude 7 na costa de Taiwan, em 2006, rompeu dezenas
de cabos no Mar do Sul da China — mas alguns permaneceram online.
Muitos países possuem cabos adicionais para evitar depender da estabilidade de uma única área geográfica — Foto: Getty Images
Para reparar o dano, o navio utiliza um arpéu, ou gancho, para levantar e cortar o cabo, puxando uma extremidade solta até a superfície, e enrolando-a na proa com grandes tambores motorizados.
A parte danificada é então arrastada até uma sala interna e analisada em
busca de falhas, reparada, testada (enviando um sinal para terra firme a
partir do barco), selada e, em seguida, presa a uma boia enquanto o
processo é repetido na outra extremidade do cabo.
Uma vez que as duas extremidades são consertadas, cada fibra óptica é emendada sob microscópio para garantir que haja uma boa conexão —
e, na sequência, são vedadas com uma junta universal que é compatível
com o cabo de qualquer fabricante, facilitando a vida das equipes de
reparo internacionais, explica McGovern.
Os cabos reparados são colocados de volta na água e, em águas mais
rasas, onde pode haver mais tráfego de barcos, são enterrados em valas. Veículos subaquáticos operados remotamente (ROV, na sigla em inglês), equipados com jatos de alta potência, podem abrir trilhas no fundo do mar para a instalação dos cabos.
Em águas mais profundas, o trabalho é feito por arados equipados com jatos, arrastados ao longo do leito marinho por grandes embarcações de reparo acima.
Alguns arados pesam mais de 50 toneladas e, em ambientes extremos, são necessários equipamentos ainda maiores.
McGovern se lembra de um trabalho no Oceano Ártico, que exigiu que um
navio arrastasse um arado de 110 toneladas, capaz de enterrar cabos de 4
metros e penetrar no permafrost.
Ouvidos no fundo do mar
As rupturas geralmente acontecem em águas de pouca profundidade, quando
os barcos ancoram em áreas onde não sabem que há cabos — Foto: Getty
Images
A instalação e o reparo dos cabos levaram a algumas descobertas científicas surpreendentes
— a princípio de forma acidental, como no caso dos cabos rompidos e do
deslizamento de terra, e mais tarde, intencionalmente, quando os
cientistas começaram a usar os cabos de propósito como ferramentas de
pesquisa.
Essas lições das profundezas do mar começaram quando os primeiros cabos transatlânticos foram instalados no século 19.
Os operadores de cabos notaram que o Oceano Atlântico ficava mais raso
no meio, descobrindo sem querer a cordilheira Dorsal Mesoatlântica.
Hoje,
os cabos de telecomunicações podem ser usados como "sensores
acústicos" para detectar baleias, barcos, tempestades e terremotos em
alto mar.
Os danos causados aos cabos oferecem à indústria "uma nova
compreensão fundamental sobre os perigos que existem no fundo do mar",
diz Clare.
"Nunca saberíamos que havia deslizamentos de terra no fundo do mar após
erupções vulcânicas se não fosse pelos danos causados (nos cabos)".
Em alguns lugares, as mudanças climáticas estão tornando as coisas mais desafiadoras.
As inundações na África Ocidental estão causando um aumento no deságue
de sedimentos dos cânions no Rio Congo, que ocorre quando grandes
volumes de sedimentos fluem para um rio após uma inundação. Estes
sedimentos são então despejados da foz do rio no Oceano Atlântico, e
podem danificar os cabos.
"Agora sabemos que devemos colocar os cabos mais longe do estuário", diz McGovern.
Os cabos de águas profundas também podem ser usados como instrumentos científicos — Foto: Getty Images
Alguns danos serão inevitáveis, preveem os especialistas.
A erupção vulcânica do Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, em 2021 e 2022,
destruiu o cabo submarino de internet que conectava a nação insular de
Tonga, no Pacífico, ao resto do mundo.
Levou cinco semanas até a conexão com a internet voltar a funcionar
totalmente, embora alguns serviços tenham sido restabelecidos após uma
semana.
No entanto, muitos países contam com vários cabos submarinos, o que
significa que uma falha — ou até mesmo várias falhas — pode não ser
percebida pelos usuários da internet, pois a rede pode recorrer a outros
cabos em uma crise.
"Isso realmente mostra por que é necessário haver uma diversidade geográfica das rotas de cabo", acrescenta Clare.
"Especialmente
no caso das ilhas pequenas, em lugares como o Pacífico Sul, onde há
tempestades tropicais, terremotos e vulcões, elas são particularmente
vulneráveis e, com as mudanças climáticas, diferentes áreas estão sendo
afetadas de maneiras diferentes."
À medida que a pesca e o transporte marítimo se tornam mais sofisticados, pode ficar mais fácil evitar danos aos cabos.
O advento do sistema de identificação automática (AIS, na sigla em
inglês) no transporte marítimo levou a uma redução nos danos causados
pela ancoragem, diz Holden, porque algumas empresas agora oferecem um
serviço em que é possível seguir um padrão definido para reduzir a velocidade e ancorar.
No entanto, em regiões do mundo onde os barcos de pesca tendem a ser menos sofisticados e operados por equipes menores, os danos provocados pelas âncoras ainda acontecem.
Nesses locais, uma opção é informar às pessoas onde estão os cabos, e aumentar a conscientização, afirma Clare.
"É para o benefício de todos que a internet continue funcionando."
MrBeast mantém liderança no ranking, com faturamento estimado equivalente a R$ 485 milhões em um ano, de acordo com o levantamento. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 28/10/2024 20h06 Atualizado há uma hora Postado em 28 de outubro de 2024 às 21h10m
#.*Post. - Nº.\ 4.991 *.#
Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres — Foto: Steven Kahn
O youtuber MrBeast segue como o maior influenciador do mundo, segundo levantamento Top Creators, divulgado nesta segunda-feira (28) pela revista Forbes.
O criador de conteúdo teve faturamento estimado em US$ 85 milhões (o
equivalente a R$ 485 milhões) na cotação de 28 de outubro em 1 ano. Ele
também liderou a lista em 2023. Em junho deste ano, seu canal se tornou o que tem o maior números de inscritos do YouTube.
Veja abaixo a lista completa e, em seguida, conheçaos 10 maiores influenciadores. A maioria é dos Estados Unidos – não há nenhum brasileiro no ranking. Juntos, os 50 principais faturaram quase US$ 720 milhões em 1 ano(cerca de R$ 4 bilhões) e US$ 20 milhões (R$ 114 milhões) a mais do que em 2023.
Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres
A tiktoker Charli D'Amelio também continua sendo a mulher mais bem colocada,
ocupando a quarta posição neste ano, uma acima da que teve em 2023. Ela
só perde para Mr.Beast em número de seguidores, mas fatura menos que os
primeiros colocados.
Para definir os maiores criadores, a "Forbes" considerou o faturamento
estimado em 1 ano, o número de seguidores, o engajamento (curtidas,
comentários e compartilhamentos divididos pela quantidade de seguidores)
e os negócios comerciais de cada influenciador.
Quem são os top 10 influencers em 2024:
1) Mr Beast
Jimmy Donaldson (o nome verdadeiro de MrBeast) é um americano de 26
anos que costuma publicar vídeos com desafios, como passar horas na
Antártica, ou jogos valendo dinheiro.
Mas nem todos se encaixam nestas categorias: um vídeos recente superou
as 150 milhões de visualizações ao mostrar um trem caindo em um buraco.
Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP
O YouTube é a rede onde ele é mais conhecido. Quando se torno o maior
canal em número de inscritos, em junho, tinha 270 milhões. Esse número
já subiu para 324 milhões até agora.
MrBeast ganhou destaque por investir parte do que ganha em vídeos
ultracaros: alguns chegam a custar milhões para serem produzidos. Em
junho de 2023, ele disse a um podcast que reinveste "cada centavo que
ganha", segundo relatou à BBC.
É essa abordagem de conteúdo que pode começar a explicar por que o
YouTuber americano atrai um público tão gigante — o que permite aumentar
cada vez mais as apostas que ele faz.
2) Dhar Mann
Dhar Mann faz conteúdos sobre bullying, racismo e desigualdade junto
com uma equipe de mais de 150 pessoas, descreve a Forbes. Nas redes, ele
também mostra sua família, com duas filhas.
Seu faturamento vem de parcerias com o WhatsApp, a Universal, entre
outras marcas, além de anúncios no Google. Mann também tem uma marca de
produtos de beleza chamada LiveGlam.
Dhar Mann, o segundo maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes — Foto: Instagram
3) Matt Rife
O humorista Matt Rife tem levado multidões aos seus shows de stand-up.
Ele viralizou no TikTok in 2022 e tem dois especiais de comédia no
Netflix. No primeiro, "Natural Selection", foi criticado por uma piada
sobre violência doméstica, segundo a Forbes.
Matt Rife, o terceiro maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes — Foto: Instagram
4) Charli D’Amelio
A americana de 20 anos ganhou fama com dancinhas no TikTok – algumas
delas com sua irmã Dixie D'Amelio, a sexta colocada no ranking. Na
lista, Charli só perde em seguidores para o campeão, MrBeast.
Charli D'Amelio — Foto: Vianney Le Caer/Invision/AP
A tiktoker fundou com a família uma empresa para administrar contratos
de publicidade e gerenciar suas marcas, que vão de produtos de skin care
a calçados.
5) Gêmeos Stokes (Stokes Twins)
Famosos pelos vídeos de "pegadinhas" e desafios, os gêmeos idênticos
Alex e Alan Stokes têm um dos canais que mais crescem no YouTube,
descreve a Forbes. Eles não apareceram na lista dos top criadores em
2023.
Somando com a audiência em outras redes, como o TikTok, os irmãos já acumulam mais de 4 bilhões de visualizações nas redes.
Em 2020, foram condenados por "pegadinhas" de roubo a banco, onde
fingiram ser ladrões. Correndo risco de serem presos, assumiram o crime e
acabaram tendo a pena reduzida para 160 horas de serviço comunitário.
Youtubers Alan e Alex Stokes em vídeo em que 'trollam' pessoas fingindo serem ladrões — Foto: Reprodução
Dixie D'Amelio saltou da 18ª posição no ranking em 2023 para a sexta,
pouco atrás da irmã mais nova, Charli. Ela ficou dançando em vídeos com
Charli ou fazendo palhaçadinhas na frente do celular, descreveu o g1,queentrevistou a tiktoker em 2021.
Na época, Dixie vinha se arriscando como cantora. Seu single "Be Happy" já foi ouvido 100 milhões de vezes no Spotify.
Dixie D'Amelio, a influenciadora de 80 milhões de fãs que quer ir do TikTok aos palcos
Mas a Forbes atribui sua relevância pela identificação com o ramo da
moda. Aos 23 anos, Dixie tem parcerias com grifes como Chopard,
Ferragamo, Louis Vuitton e Valentino. Ela e a irmã também estão à frente
de uma linha de calçados que leva o sobrenome delas.
7) Mark Rober
O ex-engenheiro da Nasa Mark Rober é o mais velho entre os top 10 da
lista, com 44 anos. No ano passado, ele era apenas o 29º colocado. A
Forbes destaca que ele praticamente dobrou o número de inscritos em seu
canal no YouTube neste ano, saltando de 30 milhões para mais de 57
milhões.
Mark Rober — Foto: Instagram
Os vídeos de Rober focam em ciência e os testes chamam a atenção pelas
propostas inusitadas, como saber se ácido pode ser mais destrutivo do
que lava. Ele também tem parceria com o canal Discovery.
Além de monetizar vídeos, ele fatura com a venda de produtos por assinatura sobre os temas, para crianças e adultos.
8) Alex Cooper
Alexandra
Cooper é a apresentadora do podcast sobre sexo e relacionamento Call
Her Daddy. Segundo a Forbes, Alex transformou o produto de comunicação
em um gigante de mídia multifacetado. Em um dos episódios de 2023 ela
entrevistou Anitta.
Nos últimos anos, Cooper fechou um acordo de US$ 60 milhões com o
Spotify; mais recentemente, ela fechou um novo contrato ainda mais
recheado (de US$ 125 milhões), para levar seus programas de áudio para o
SiriusXM, serviço de streaming de áudio dos EUA.
Alex Cooper — Foto: Instagram
9) Rhett & Link
Os dois influenciadores afirmam ser melhores amigos desde 1984 e estão no YouTube desde 2006.
Eles começaram com esquetes de humor no Youtube e, hoje, também produzem outros tipos de programas na plataforma.
Em um dos canais, eles provam diferentes tipos de comida, testam
produtos, reproduzem virais das redes sociais e convidam famosos para
participarem de jogos. Além disso, eles têm um podcast e uma loja que
vende produtos relacionados ao seu canal no Youtube.
Rhett McLaughlin e Link Neal — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP
10) Khaby Lame
Khabane Lame, mais conhecido como Khaby Lame, é um jovem de 24 anos, nascido no Senegal e naturalizado italiano.
Luva de Pedreiro e Khaby Lame — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Segundo a Forbes, Khaby é a pessoa mais seguida no TikTok, com 163 milhões de seguidores apenas nessa rede social.
Ele ficou famoso por produzir vídeos de comédia, onde reage a memes e tendências que viralizaram nas redes sociais. Khaby não costuma falar em seus conteúdos, mas conquistou o público com seus gestos e expressões engraçadas.
O resultado da brincadeira é um vídeo em que o baiano é expulso da casa
em uma encenação com direito a pulos na cama, roubo de comida e espuma
de xampu espalhada pelo chão. Como pano de fundo, é claro, o bordão
inesquecível: "Receba!"
Reveja os maiores influenciadores de 2023:
Forbes divulga lista dos maiores influenciadores do mundo em 2023