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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Samsung cria curta-metragens para divulgar notebook Chronos




"Empresa quer destacar o conceito "tempo", presente no nome da nova linha de computadores portáteis da marca. Vídeos apresentam histórias reais de consumidores."


*//* Por Cláudio Martins || 27/04/2012


A Samsung aposta em curta-metragens para DIVULGAR a nova linha de notebooks Samsung Série 7 Chronos. A decisão de substituir os tradicionais filmes comerciais foi tomada para destacar o conceito “tempo”, presente no nome do PRODUTO e nos atributos do aparelho, desenvolvido com a tecnologia instant on. O dispositivo permite que o notebook saia do modo sleep em 2,1 segundos. A criação dos vídeos contou com a participação do físico e escritor Marcelo Gleiser e a plataforma de COMUNICAÇÃO apresenta histórias reais de pessoas e a sua relação com o produto da Samsung. O conteúdo estará disponível a partir de amanhã, dia 28, no hotsite da marca. Quem assina os vídeos é a AGÊNCIA Cheil.
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domingo, 29 de abril de 2012

Gastos com educação devem movimentar R$ 45 bi, diz pesquisa




"Dados do Ibope mostram que brasileiro investirá mais em estudos no ano de 2012. Potencial de consumo é maior na Região Sudeste, seguida pela Região Sul."



*||* Por Leticia Muniz || 27/04/2012


Os brasileiros gastarão R$ 45,99 bilhões com estudos em 2012. É o que aponta a PESQUISA do Ibope inteligência, por meio da ferramenta Pyxis Consumo. O gasto per capta com educação básica e superior atingirá R$ 303,92. No ano passado esse investimento foi de R$ 267,68.

De acordo com o levantamento, a classe B, responsável por 24,45% dos domicílios urbanos, é a que apresenta maior potencial de consumo neste segmento: 58,26%. A classe C, com 52,38% dos domicílios em áreas urbanas, responde por 18,67% da categoria, enquanto a classe A (2,6% dos domicílios) tem potencial de 21,55% e a DE (20,58% dos domicílios), de 1,53%.

A pesquisa aponta que a região Sudeste tem o maior potencial de consumo, com 56,85%. Em segundo lugar está o Sul, com 15,32% e, em terceiro, o Nordeste, com 14,86%.



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sábado, 28 de abril de 2012

Vale a pena ter uma loja no Facebook?



"Grandes players montam modelo de revenda com os usuários, enquanto pequenas e médias empresas encontram na ferramenta um modelo prático de comércio virtual."



*//* Por Letícia Alasse || 26/04/2012



 O comércio virtual e as redes sociais vivem um momento de expansão no Brasil. O Facebook já se tornou uma plataforma de relacionamento das marcas com os consumidores, mas aparece também como um ambiente com potencial para vendas. Por meio de ferramentas como LikeStore e beeSocial, o F-Commerce, como é chamado o modelo de negócio, ganha popularidade e é adotado por empresas de variados portes, desde pequenos empreendedores até grandes varejistas.


F-Commerce, LikeStorePlayers como Magazine Luiza e Submarino aderiram ao ambiente com plataformas próprias e metodologia de revenda. Outro varejista que entrou no canal este mês foi o Compra Fácil, por meio do beeSocial, desenvolvido pela agência Frog. Com a iniciativa, a empresa pretende aumentar em 5% o seu faturamento. A LikeStore, no entanto, é a plataforma mais conhecida no mercado. Lançada no início de 2011, a startup possui 4.800 lojas cadastradas e recebeu mais de 100 mil visitas no período de um ano, com lojas que chegam a faturar, em média, R$ 30 mil por mês.


“O interessante da ferramenta é que, na maioria dos casos, as pequenas empresas que tinham vendas inexpressivas no seu e-commerce aumentaram de 100% a 200% por mês. Estamos próximos de uma estrutura que se paga com apenas oito meses da primeira loja ter sido lançada”, Ricardo Grandinetti, GERENTE de Produto da LikeStore, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Dificuldades do F-Commerce
O desempenho positivo, no entanto, não impede que haja obstáculos. A estrutura atual da LikeStore é totalmente manual e esse é um dos principais inconvenientes da ferramenta. Pequenas e médias empresas, que lidam com baixos volumes e estoques, conseguem gerenciar melhor o trabalho. Para solucionar esta barreira de adesão por parte das companhias de grande porte, a startup está investindo na construção de uma API, que permitirá a integração do canal com o e-commerce das marcas.



“Vamos oferecer esta possibilidade porque há muitas lojas que gostariam de estar no Facebook, mas não conseguem fazer esta integração. Para isto, elas gastariam, em média, de R$ 3 mil a R$ 6 mil para tê-la. Dentro da nossa plataforma, a API será praticamente gratuita. O vendedor subirá o produto no e-commerce e logo chegará ao Facebook. A venda na rede social também acusará uma baixa no estoque”, conta Grandinetti.


Outros varejistas criaram sua própria integração com a rede social e conseguem gerenciar bem a relação entre os canais, entretanto, empresas que entraram no F-Commerce por meio da LikeStore, como o Hotel Urbano, não obtiveram o mesmo êxito. Após quatro meses na plataforma, o site decidiu investir apenas em promoções mais direcionadas para os seus mais de dois milhões de fãs no Facebook.
“O Hotel Urbano cresce muito por mês e temos um volume de vendas alto. A loja do Facebook era muito manual para nós, já que não era integrada ao nosso sistema. Tínhamos que criar outro controle de estoque fora do nosso administrativo e pelo tamanho da empresa começou a ser inviável”, destaca Roberta Antunes, DIRETORA de Marketing do Hotel Urbano, em entrevista ao Mundo do Marketing.


F-Commerce, DellaSantaCases de sucesso
No Brasil, o maior player no F-commerce é o Magazine Você, do Magazine Luiza, que desde março conta com mais de 20 mil lojas cadastradas. O modelo também abrange o Orkut e trabalha por meio de comissões aos revendedores de 2,5% ou 4,5%, dependo do produto. Assim como a varejista, o Submarino também disponibilizou uma metodologia simples de revenda com os consumidores. Em ambas as plataformas, os usuários podem escolher o nome da sua loja, como “Loja da Fátima” e “Loucos Por Descontos”.



Já na plataforma do LikeStore, a DellaSanta tem se destacado pela movimentação que a loja gerou em um mês no sistema, faturando quase R$ 30 mil. A marca de acessórios femininos começou em janeiro com um e-commerce próprio, mas o servidor do site não suportava a quantidade de acessos e caía frequentemente. A saída para a sobrevivência foi o Facebook.


“O segredo do nosso sucesso é que estamos constantemente online, respondendo às dúvidas das consumidoras e mostramos variados produtos que agradam as mulheres. Quando elas estão satisfeitas nos divulgam na rede e ajudam a aumentar o nosso público. Anteriormente, pensávamos na loja como uma grana extra, mas a adesão está sendo muito grande e já estamos administrando como um negócio da família”, ressalta Arthur Moraes, DIRETOR de Tecnologia da DellaSanta Brasil, em entrevista ao portal.


Novidades para a plataforma
Com um aplicativo sem custo de adesão e apenas taxas sobre vendas, a LikeStore hoje se apresenta como o principal canal brasileiro para se afiliar ao F-Commerce. A Fashionera, por exemplo, lançou esta semana uma loja na plataforma para impactar diretamente os seus fãs e planeja abrir a possibilidade para os internautas revenderem seus produtos.



Para atrair mais empresas, além de conectar a API do aplicativo ao e-commerce das empresas, a LikeStore criou a ferramenta de recarga de créditos para celular por meio do Facebook. Com o modelo, a startup pretende brincar com as questões sociais, em que o usuário pode dar créditos aos amigos e também pedir quando estiver sem.


Já o Compra Fácil entrou no setor com um modelo diferente de loja, produzido pela Agência Frog. O DESIGN da loja do varejista no Facebook é mais trabalhado do que o dos concorrentes e os produtores da ferramenta apostam no aplicativo “Buzz” como diferencial. A ferramenta é um termômetro que simula a experiência do shopping, isto é, todos os produtos que o usuário visualiza e coloca no carrinho serão vistos pelos seus amigos dentro do ambiente de compra. O internauta também pode postar qualquer item na sua timeline e pedir a opinião dos amigos para ajudar na sua escolha.


Compra Fácil, F-commerce“Queríamos juntar todo o nosso conhecimento das redes sociais com o e-commerce, que é uma atividade fria, ou seja, a pessoa entra para comprar e está sozinha naquele espaço virtual. Nosso objetivo era trazer o diálogo e opiniões de amigos para esta atividade. Montamos, então, uma plataforma com novo visual e que poderia ser usado em outra rede, como por exemplo, o Google +, caso venha a aderir ao modelo”, declara Brunno Gens, Sócio Diretor de Criação e Operações da Agência Frog, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Depois da primeira fase, em que muito se falou sobre o Facebook como plataforma de vendas, agora, o F-Commerce vive um novo momento e pode caminhar para a consolidação. “O brasileiro é o povo que passa mais tempo no Facebook e que tem mais amigos. Existe um número grande de pessoas que usam esse canal excessivamente, por isso o F-Commerce é uma consequência natural do mercado. 


Existiu uma primeira onda, em que os consumidores conheceram a plataforma e isso gerou muito barulho, mas não trouxe resultados. Estamos numa segundo etapa, em que as pessoas estão começando a usar a plataforma e tornando-a realmente um modelo de negócios. Daqui a cinco anos, o modelo estará mais substancial”, acredita Grandinetti da LikeStore.
* Atualizado às 13h16 do mesmo dia.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Publicidade Digital. É hora de amadurecer



"Empresas precisam parar de repetir na internet a mesma receita da mídia tradicional e entender a importância que o canal deve representar na estratégia de Marketing e Comunicação."

*//* Postado por Bruno Mello - 27/04/2012


 A publicidade online no Brasil caminha para se consolidar como a segunda maior em participação no bolo publicitário, atrás apenas da televisão aberta e à frente de meios importantes, como TV por Assinatura, JORNAIS e Revistas, conforme informou esta semana o IAB Brasil. O tamanho do mercado, de R$ 4,645 bilhões, entretanto, não está diretamente ligado à efetividade do meio.

O digital, todos sabem, é a melhor mídia em termos de segmentação, de resultados e onde é possível alterar o rumo de uma CAMPANHA a tempo de evitar um fracasso ou ter ainda mais sucesso, seja em termos de vendas ou de relacionamento. O problema é que estes recursos ainda estão apenas no campo da possibilidade para muitas marcas.
editorial,publicidade online,bruno melloRepete-se na internet a mesma receita da mídia tradicional. Uma parte representativa dos grandes anunciantes brasileiros continua fazendo apenas mídia de massa na web e não estão preocupados com o resultado efetivo, pois se tivessem fariam melhores trabalhos. Levou-se para o DIGITAL a Bonificação por Volume e os modelos de investimento mais fáceis de serem implementados. Com isso, deixa-se de se privilegiar a segmentação e o resultado efetivo.

Fazer publicidade online bem feita dá trabalho. Requer experiência, habilidades específicas, estudo, pesquisa, planejamento detalhado e atenção redobrada na implantação e no acompanhamento da campanha. Projetos mal planejados e/ou implementação falha acarretam na ineficiência do meio. Utilizar a internet como plataforma de comunicação apenas porque está todo mundo nela não é o melhor caminho para a EFICIÊNCIA.

Caminhamos para a internet das coisas. A mídia social está no dia a dia das pessoas. Os aplicativos mobile estão cada vez mais presentes na vida dos clientes. Tudo se transforma a cada minuto e ainda há marca que não olha para o digital com o devido cuidado. Há casos de grandes marcas em que 80% da verba de comunicação está no digital. São exceções. A grande maioria não chega a 30%.

Números. São apenas números quando não trazem resultado. Olhar a comunicação digital por uma planilha de Excel é muito pouco. O mercado como um todo, anunciantes, agências e veículos, deveriam se orientar para a maturidade do meio. Quando o assunto é publicidade digital, ainda estamos um pouco longe.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tam busca consolidação na estratégia para Classe C



"Companhia aérea adéqua linguagem e ofertas para o público alvo e busca intensificar o relacionamento com o consumidor em 2012, para ganhar confiança de quem nunca viajou de avião." 



*\\* Por Cláudio Martins || 25/04/2012


Após iniciar sua estratégia para se aproximar do consumidor da Classe C há dois anos, a Tam busca em 2012 consolidar os pontos de contato com esse público. A empresa fortalece a plataforma “Diálogos”, com o lançamento de vídeos com depoimentos de novos clientes da companhia e continua a investir na educação do consumidor, fornecendo informações para os brasileiros que nunca VIAJARAM de avião. O projeto de reposicionamento foi iniciado em agosto de 2010 com a campanha “Você vai e vai de Tam”, desenvolvida a partir de estudos de inteligência de mercado. Em paralelo à divulgação da plataforma, a Tam investiu na diversificação dos canais de venda, criando stands para a comercialização de passagens áreas em pontos de alta frequência dos consumidores da Classe C, como estações de metrô.


Também foi fechada uma parceria com a Casas Bahia para a criação de pontos de venda dentro das unidades da rede de varejo em São Paulo, com PROMOÇÕES formuladas especificamente para os moradores da região. Hoje, a Tam contabiliza 17 stands criados com esse propósito, sendo 10 em lojas da varejista, seis em estações de metrô do Rio de Janeiro e de São Paulo, além de uma unidade no Centro de Tradições Nordestinas da capital carioca.

Educando o consumidor
O investimento não foi em vão. “Desde a criação até o atual período, estes canais alternativos já apresentaram um crescimento de 60% nas vendas”, conta Rodrigo Trevizan, DIRETOR de Vendas Diretas da Tam, em entrevista ao Mundo do Marketing. Outra área que também recebeu atenção da empresa foram os materiais de comunicação distribuídos nos pontos de venda.

De acordo com pesquisas internas, a companhia verificou que uma das principais dificuldades encontradas pelos consumidores emergentes que VIAJAM de avião pela primeira vez são os termos técnicos e procedimentos realizados nos aeroportos. Para esclarecer os temas, a Tam desenvolveu cartilhas com linguagem didática e próxima ao cotidiano do consumidor.

Além do material informativo, foi criado o site Minha Primeira Viagem, trazendo dicas para os turistas emergentes que nunca entraram em um avião. A porta-voz da campanha foi a cantora Ivete Sangalo, escolhida pela proximidade com o público alvo e, segundo dados da empresa, trouxe quase três milhões de novos passageiros para a Tam em 2011.

Colaboradores são parte importante do processo
Se nos anos anteriores o foco era apresentar não somente a companhia área, como também o mundo da aviação civil para a Classe C, em 2012, a empresa pretende intensificar o relacionamento com esse público. “Em março demos continuidade à plataforma ‘Diálogos’, com o lançamento de um novo vídeo com a participação de um consumidor emergente que viajou de avião pela primeira vez conosco. A iniciativa visa gerar confiança no público alvo e iniciar um relacionamento mais transparente”, esclarece Trevizan.

A ação também está alinhada a uma campanha de Endomarketing lançada recentemente para os 30 mil colaboradores da Tam. Até o fim deste ano, serão postados no Youtube novos vídeos sobre histórias dos funcionários e sua relação com a companhia aérea. Os colaboradores também foram parte importante do processo de reposicionamento da marca.

Além do alinhamento na comunicação e da diversificação dos canais, o treinamento foi outro ponto chave na estratégia para se aproximar dos consumidores da nova classe média. Os funcionários, tanto da equipe de vendas, como os atendentes e comissários receberam orientações para adequar o linguajar ao lidar com os emergentes, evitando termos técnicos.

Criando identificação com o público alvo
Após dois anos do início do projeto, a Tam entra em uma nova fase e começa a colher novas informações para conhecer ainda mais o novo target. “Hoje sabemos que a maioria dos consumidores que viaja pela primeira vez vem do Sudeste em direção ao Nordeste, muitas vezes retornando a sua terra ou visitando parentes. Entre os destinos mais procurados pelos emergentes estão as cidades de Recife, Natal, João Pessoa e Fortaleza”, diz o Diretor de Vendas Diretas da Tam.

Outro insight que vem aparecendo nas pesquisas é a preferência de roteiros internacionais, principalmente na América do Sul. “Apesar de serem pouco representativos em números, já conseguimos verificar um crescente interesse dos brasileiros pela Argentina. Baseados nessa informação, lançamos recentemente uma ação no programa A Grande Família, da Rede Globo, em que o casal de protagonistas viaja para Buenos Aires, por intermédio da Tam Linhas Aéras. Dessa forma, conseguimos unir o estereótipo da família de classe C do país ao nosso propósito”, ressalta Trevizan.

Samsung abre primeira loja com novo conceito em SP



"Marca investe em um novo canal de diálogo ao permitir que os consumidores conheçam de perto os produtos, experimentem e tirem as suas dúvidas sobre os aparelhos."



*||* Por Leticia Muniz || 25/04/2012


 A Samsung traz para São Paulo sua primeira loja com o novo conceito da marca no Brasil. No local, os CONSUMIDORES terão a oportunidade de experimentar os PRODUTOS antes da compra, além de poder tirar todas as suas dúvidas sobre cada equipamento. Todo o portfólio móvel, composto por celulares, smartphones e tablets, além de notebooks e câmeras, estará disponível para que quem entre na loja possa ter acesso. O objetivo é gerar uma aproximação com o PÚBLICO.



O espaço fica no Shopping Pátio Higienópolis, região Oeste da capital paulista, e conta com 80m². Esta é a primeira de uma série de seis inaugurações semelhantes previstas ainda para este ano pela Samsung no país. A ideia é que a COMPRA dos aparelhos tecnológicos deixe de ser um processo impessoal e passe a ser uma experiência. As lojas serão baseadas num modelo de franquias e contarão com consultores.


Com o objetivo de alavancar as vendas do Galaxy Note, lançamento da Samsung, na primeira semana de funcionamento da loja em São Paulo, os consumidores que comprarem o aparelho serão presenteados com uma capa.
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terça-feira, 24 de abril de 2012

Como alavancar a inovação?




"Em entrevista ao Mundo do Marketing, Luiz Serafim, Head de Marketing Corporativo da 3M do Brasil, explica quais são os passos mais importantes para inovar."



*//* Por Sylvia de Sá || 24/04/2012


inovação,entrevista,3m,luiz serafim  O cenário de inovação no Brasil ainda está longe de ser positivo, principalmente se comparado ao status e à importância que a economia do país vem ganhando. A tendência, no entanto, é que este processo se acelere nos próximos anos, com INVESTIMENTOS de empresas locais, do Governo e de players internacionais que trazem para cá seus centros de desenvolvimento, como GE e IBM.

Em entrevista ao Mundo do Marketing, Luiz Serafim, Head de Marketing Corporativo da 3M do Brasil, fala sobre os pontos essenciais da inovação, além das principais dificuldades e obstáculos encontrados durante o processo. “A empresa precisa decidir muito bem o que quer da inovação, criar a sistemática e alocar os recursos para buscar o objetivo que foi definido”, destaca.

O executivo, que também é autor do livro “O Poder da Inovação – Como alavancar a inovação na sua empresa”, lançado pela editora Saraiva, aponta empresas como Natura, Petrobras e Grupo Pão de Açúcar como alguns dos cases de destaque no Brasil. Leia a entrevista na íntegra.

Mundo do Marlerting: Como alavancar a inovação em uma empresa?
Luiz Serafim: A abordagem que temos e defendemos no livro é que a inovação faz parte de um sistema, um conjunto de crenças, valores e princípios que são cultivados, se complementam e interagem entre si. Em primeiro lugar, a empresa deve definir o que é inovação para ela, ter uma visão estratégica do que quer ver no futuro e alinhar os investimentos em pessoas, laboratório e TECNOLOGIA com base nisso.

Outro tópico vital é a capacitação e o desenvolvimento das lideranças da empresa. Todos os líderes da companhia devem atuar juntos, não somente o presidente. Essas pessoas têm um papel fundamental para TRANSFORMAR suas áreas. Precisam ouvir a ideia de um funcionário e respeitá-la para alocar recursos e mostrar reconhecimento. É preciso também criar redes de relacionamento, tanto internamente, para que um funcionário aprenda com o outro, quanto com clientes e parceiros. Para alavancar a inovação, é necessário ter essa dimensão de sistema e trabalhar vários tópicos que vão caminhar nesse sentido.

Mundo do Marketing: Existem ferramentas e metodologias no processo de inovação?
Luiz Serafim: Diria que são duas partes. A primeira é desde os brainstorms e técnicas para gerar ideias de forma inédita, original e diferenciada. Há caminhos para captar a experiência do consumidor, com pesquisas antropológicas e etnográficas, por exemplo, roteiros que você tem que cumprir para poder ir ao ambiente e observar o momento do consumidor. Essas são algumas ferramentas na geração de ideias.

Há outro conjunto de ferramentas de gestão de projetos. Ao gerar um monte de ideias, criar um canal e fazer uma sessão de brainstorm, não se pode trabalhar em tudo. Não há recurso, tempo ou objetivos mais específicos. É necessário primeiro alinhar as ideias a serem trabalhadas, criando um mecanismo de priorização. Depois, em cada ponto de um PROJETO inovador, há ferramentas para tudo: protótipo, recursos para verifcar viabilidade, se é possível fabricar e distribuir com um determinado custo etc.

Mundo do Marketing: Em relação ao ambiente organizacional, que tipo de cultura a empresa precisa ter para inovar?
Luiz Serafim: Uma empresa inovadora tem que ser boa para se trabalhar e ter vários ambientes positivos para a inovação. O acesso às pessoas deve ser muito fácil. Independentemente do nível hierárquico, os funcionários precisam chegar e falar com o presidente, o diretor, o gestor, ou qualquer um, de qualquer nível. A outra ideia é a cultura de uma empresa que dá autonomia para o funcionário, princípio que a 3M tem em sua história. Acreditamos que aquele funcionário não é só um robô que executa tarefas, mas deve ser encorajado a tomar suas próprias iniciativas. Dizemos o caminho e ele quem vai buscar. Estimulamos o crescimento da pessoa para ela buscar e se inspirar. Isso é altamente motivador para uma empresa inovadora. O passo seguinte, quando você estimula o empreendedorismo e incentiva as ideias, é reconhecer. Depois que a pessoa sai da zona de conforto e traz uma ideia que dá certo, é preciso reconhecer.

Outro tópico é a tolerância ao erro, presente na própria 3M e em empresas como o Google. Um ambiente de inovação tem que ter essa tolerância ao erro, que não deve ser confundida com tolerância à baixa performance. Gerar um produto inovador, mesmo que use todas as ferramentas, muitas vezes não dá certo, não pega. Neste caso, temos que ter uma cultura que aprenda com esses erros e não traga punição, senão é criada uma cultura de aversão a risco e isso é gravíssimo para uma empresa. É preciso estimular o risco para que haja inovação.

Mundo do Marketing: Quais são os desafios, os obstáculos da inovação?
Luiz Serafim: A organização não definir o que quer da inovação é um obstáculo. Para ter sucesso, é necessário foco. Sem criar métricas e alocar recursos para buscar os objetivos traçados é fatal. A empresa precisa decidir muito bem o que quer da inovação, criar a sistemática e alocar os recursos para buscar o objetivo que foi definido. Uma síndrome famosa é a de arrogância interna. A organização se acha tão poderosa que ela fecha em si mesma e não busca olhar para fora, as tendências que estão acontecendo, as transformações na sociedade, na economia, e não vê as boas práticas que existem nos concorrentes e em outros setores para que possa se inspirar.

Mundo do Marketing: É caro inovar?
Luiz Serafim: Inovação deve ser vista como um investimento, não uma despesa. A primeira parte de trazer ideias pode quase não custar nada, porque se você tem funcionários motivados, engajados, eles podem dar várias ideias e o custo disso é pequeno, mas é necessário ter a ideia do investimento em pesquisa de mercado, observação, e isso custa alguma coisa. Quando se está no desenvolvimento do projeto, na parte de gestão de processos, é preciso desenvolver um protótipo, investir na defesa da propriedade intelectual, registrar o produto, fazer pesquisas para validar o conceito com o consumidor. Isso custa dinheiro. Por isso é importante se você traçou muito bem o objetivo pela inovação para conseguir usar ferramentas que priorizam muito bem o que você quer.

Mundo do Marketing: Há especificidades para inovação?

Luiz Serafim: De forma geral, inovação se faz em qualquer lugar. Na área da agricultura, o Brasil, por exemplo, teve grande desenvolvimento de sementes, técnicas de cultivo, de combate a pragas. Na indústria, há uma série de empresas. Hoje, na área de TI, há um grande pólo de desenvolvimento. Serviços investem em processos, logística, comunicação. Você pode inovar, portanto, em qualquer campo. Agora, dentro de cada setor, eu diria que pode haver, sim, especificidades. Há empresas no Brasil que têm um foco muito grande na parte fabril, talvez o negócio delas não seja desenvolver produtos.

Existe hoje um entendimento de que inovação é muito mais que produto. Envolve dimensões de processos internos, relacionamento com os parceiros, comunicação, marca. Uma empresa de consumo, como Skol e Havaianas, tem várias dimensões de inovação, focando muito em experiência do consumidor e marca. Empresas de serviços, como Starbucks, trabalham muito a dimensão de experiência do consumidor na loja. Empresas industriais, como a Embraer, investem em seu produto, no caso os aviões, mas também nos processos de produção. E cada uma delas terá, provavelmente, investigações e desenvolvimentos tecnológicos diferentes.

Mundo do Marketing: Falando em cases da 3M, o que você destacaria de inovação na operação brasileira?
Luiz Serafim:
A importância da inovação para a 3M global bate em todas as subsidiárias. Se a meta da 3M é que 40% das vendas até 2016 venham de novos produtos, a subsidiária brasileira tem que seguir esse mesmo objetivo e, portanto, investe e trabalha aqui para que isso aconteça. Temos um esforço e um investimento muito grande em Marketing para conseguir capturar essas experiências que falamos lá no começo e um investimento grande para trazer esses insights e essas oportunidades para desenvolver nos nossos laboratórios.

Em 2008, fizemos um novo laboratório aqui no Brasil e estamos expandindo, trazendo equipamentos novos para acelerar o tempo de desenvolvimento dessas experiências e buscando o domínio que a 3M tem lá nos Estados Unidos em algumas plataformas de tecnologia para trazer para cá competências locais. No Brasil, por exemplo, desenvolvemos uma parceria com a Fiat e conseguimos criar uma tecnologia que permitia, ao comprar o Novo Uno, personalizá-lo com a cara do consumidor.

Mundo do Marketing: Que empresas brasileiras você destacaria em inovação?
Luiz Serafim: Não podemos deixar de falar da Petrobras. A Natura certamente é uma empresa que tem processos muito interessantes de estruturação da organização, metodologias e métricas muito fortes. Outra empresa é o Grupo Pão de Açúcar. Fiquei muito impressionado com o trabalho que eles fazem. Há muito inovação no processo de entender o consumidor e o comportamento de consumo, além da transformação dos pontos de venda. O Grupo tem uma loja verde pioneira em Idaiatuba, além de um programa em parceria com a Unilever de coleta de embalagens e resíduos nas lojas, que comemorou 10 anos. A transformação do portfólio das lojas, tudo isso é inovação.

Mundo do Marketing: Como você vê, daqui para frente, a questão da inovação no Brasil?
Luiz Serafim: O cenário de inovação no Brasil, hoje, ainda não é dos mais positivos. Temos melhorado gradualmente, mas ainda é pouco condizente com o status e o tamanho da economia brasileira. Nossos produtos de exportação são basicamente primários. Existe ainda uma oportunidade muito grande. Por outro lado, nunca houve como agora um envolvimento, um engajamento dos players, dos diversos atores da sociedade brasileira, em promover a inovação. Vemos desde iniciativas do Governo, como incentivos fiscais, até os empresários, com a Confederação Nacional das Indústrias, que tem um movimento que se chama Mobilização Empresarial pela Inovação, lançado há uns 2 anos.

Se formos para a academia, há universidades como USP e Unicamp, que encontram mecanismos de transferência tecnológica, onde a pesquisa se desenvolva e seja aplicada para trazer resultado na economia das empresas. Há ainda ações de grandes companhias como a Vale, a própria Natura e a IBM, que está trazendo um laboratório para o Brasil. A GE também está construindo um centro importante no Rio de Janeiro. Grandes empresas globais escolheram o Brasil como um de seus pólos de desenvolvimento. Acredito em maior velocidade nos próximos anos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Giraffas celebra 30 anos com expansão e mudanças



"Rede de fast food aposta em comida caseira e sobremesas para continuar crescendo e espera faturar R$ 720 milhões em 2012. Marca abrirá mais 66 lojas e 42 quiosques este ano."



*//* Por Letícia Alasse || 23/04/2012


Giraffas, ponto de venda, antigo modeloAo longo de 30 anos, a rede de fast food Giraffas apostou na comida típica brasileira para brigar no concorrido mercado de fast food do país. O diferencial chamou a atenção dos consumidores e, hoje, a rede já conta com quase 400 pontos de venda espalhados pelo Brasil. A empresa criada em Brasília, no entanto, pretende crescer mais e investe na expansão dentro e fora do país, além da mudança de comunicação visual para atrair novos públicos.


Com o orçamento de R$ 28 milhões em Marketing para este ano, a rede encerra as comemorações de três décadas de existência em maio e começa a investir na divulgação das novidades para a linha de sanduíches. Parte do investimento da companhia está ligado à mudança dos pontos de venda, que passaram a contar com tons verdes e um novo mobiliário, além de iluminação especial que busca criar um clima mais aconchegante.


“Sempre ouço que o setor de alimentação é um ramo que está saturado, no entanto, se voltarmos 10 anos atrás, não tínhamos Yogoberry, Spoleto, Buger King e Starbucks no Brasil. O mercado sempre está apto a receber empresas inovadoras, que tragam coisas novas e diferentes. O Giraffas trouxe para o setor de fast food outro jeito de apresentar o arroz e o feijão, com uma proposta divertida”, diz Denis Santini, Professor do Núcleo de Varejo da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Construção de uma rede nacional
Os planos da companhia para este ano incluem a abertura de 66 restaurantes e 42 quiosques de sobremesa no território nacional, além de mais cinco unidades nos Estados Unidos. O Giraffas tem realizado uma agressiva expansão nos últimos anos por meio do modelo de franquias, estratégia que teve início em 1991. A partir desse processo, a rede conseguiu abrir a primeira unidade fora de Brasília, em Goiânia, e chegou ao estado de São Paulo, em 1994.



Para continuar crescendo, a empresa vendeu todas as unidades próprias e terceirizou a produção dos alimentos e a logística, além de ampliar o portfólio de produtos. “Entramos no mercado vendendo basicamente sanduíches, chegamos a vender pizza e crepes, mas o nosso principal produto era este. Decidimos, em 1994, criar uma linha de grelhados porque queríamos sair do eixo Brasília – Goiânia e nos outros mercados, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, a concorrência já era muito forte nesta área”, afirma Alexandre Guerra, Diretor de Planejamento e Finanças do Giraffas, em entrevista ao portal.


Giraffas, steak buger, refeiçãoSete anos depois, a marca entrou no segmento de refeição para crianças com o lançamento do GiraPrato, com salada, filé, arroz e feijão, explorando a comunicação com o público infantil. Na época também foi criado o GiraSupresa, que, como tradição em redes de fast food, atrela um brinde à refeição. “Associamos a ideia de uma refeição mais equilibrada com a entrega de uma recompensa, sempre com a noção de estimular a criança pelo lado lúdico ou educativo. Os fornecedores e licenciamentos são nacionais, como Turma da Mônica e Seninha”, diz Luciana Morais, Diretora de Marketing do Giraffas, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Outras inovações da empresa foram a ampliação do portfólio de produtos com linhas de salada, sorvetes softs e mais sabores de sanduíches. Atualmente, as refeições têm uma participação maior nas vendas, com cerca de 70% do faturamento da companhia, e o Petit Gateau é a sobremesa mais requisitada. Se em 2004 o faturamento da companhia era de R$ 140 milhões, com 160 pontos de venda, hoje, a expectativa do Giraffas é chegar a R$ 720 milhões até o fim de 2012, com uma expansão de 19% em relação ao ano passado.


Internacionalização da marca
Após cinco anos de pesquisa, os executivos da empresa resolveram apostar no varejo norte-americano com a abertura de uma loja própria, em Miami, no primeiro semestre de 2011. Para chamar a atenção dos consumidores estrangeiros, a empresa investiu em um modelo diferenciado de atendimento e ambientação. Na unidade dos Estados Unidos, por exemplo, o garçom leva a comida à mesa para os clientes e o modelo de restaurante é mais conceitual.



“Se fossemos concorrer com o mercado de fast food, em que o preço do produto e a qualidade do serviço são baixas, não teríamos como competir. Entramos, então, em um setor em que o preço é mais elevado, no entanto, a entrega tem uma melhor qualidade e o atendimento também. Estamos trabalhando com o cardápio de produtos que os americanos já conhecem como sanduíches e grelhados, só que com um toque brasileiro, incluímos o nosso arroz, feijão, farofa e o molho vinagrete”, diz Guerra.
Giraffas, novo conceito
O Giraffas Causeway recebeu investimento de US$ 1 milhão e conta com as opções de café da manhã e massas que não constam no cardápio nacional. O restaurante internacional busca explorar um experiência maior com o consumidor no ponto de venda para que ele se sinta à vontade e permaneça mais tempo no local, em contato com a marca. A estratégia também será adotada aos poucos no Brasil, com a reformulação dos pontos de venda. Algumas unidades inauguradas este ano, entretanto, já possuem este perfil, como a da Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro.

Ações promocionais celebram os 30 anos
Para celebrar os 30 anos da marca, a empresa investiu R$ 12 milhões no seu plano de comunicação. A marca escolheu a cantora Ivete Sangalo para transmitir os conceitos de alegria, conforto, brasilidade, transparência e irreverência para os consumidores nos materiais de comunicação. Outro ponto da estratégia foi o lançamento da linha Brasileirão, com pratos de, em média 550 gramas, compostos por cortes de carnes como suína e maminha, além do hambúrguer de picanha e coxa de frango, acompanhados de arroz, feijão, salada, farofa e fritas.


A estratégia também aumentou o relacionamento do Giraffas com os consumidores, em uma promoção que levou um casal para o camarote de Ivete Sangalo durante o Carnaval de Salvador. “Eles ganharam o prêmio de um concurso nas redes sociais em que tinham que gravar um vídeo cantando a música ‘Feijão Maravilha’. A experiência foi importante porque observamos o relacionamento do consumidor com a marca e não apenas com os nossos produtos”, destaca Luciana.


Para não perder a briga no mercado de fast food, a companhia lançou o GiraLoucura, que promete acirrar a disputa pela preferência do consumidor nas praças de alimentação. “O projeto busca brigar com os nossos concorrentes de sanduíche. Colocamos preços promocionais nos produtos e facilitamos a experimentação de todo o nosso mix da linha. A cada 40 dias trazemos algo novo para o nosso cardápio. Neste mercado, se não apresentamos novidades constantemente, ficamos para trás”, ressalta Luciana.

Quais as características de uma marca cool?


"Empresas como Apple, Nike e Havaianas apresentam atitudes em comum, como a criação de uma identidade forte e a coerência em suas ações para se diferenciar da concorrência."



*//* Por Cláudio Martins || 12/04/2012



                 
Quais são as características que podem fazer uma marca ser considerada cool? Mais do que atrair a atenção dos consumidores com PRODUTOS ou comunicação diferenciada, é preciso estar antenado às tendências da sua época, contar sua própria história e ser autêntico acima de tudo. Esses são alguns dos tópicos apontados pelo levantamento “12 dicas para tornar a sua marca mais cool”, elaborado pela agência Pitanga Digital Branding, para compreender quais são os atributos em comum das marcas que se encaixam neste perfil.

Estes requisitos podem ser observados na estratégia de empresas consagradas globalmente como Nike e Apple, mas também estão presentes em marcas brasileiras, como O Boticário e Havaianas. Essas companhias perceberam que era necessário dar atenção não somente aos produtos, como também a detalhes que fazem a diferença, e conquistam os consumidores sabendo criar uma ligação emocional com os seus públicos-alvos.

Antes de tomar qualquer atitude, as empresas devem procurar compreender o que é ser cool. “O conceito tem uma elasticidade ampla de significados, podendo se referir à criação de uma identidade forte, ao DESEJO de se diferenciar ou à busca pela surpresa, explorando os cinco sentidos dos consumidores. Mas o valor que sobressai nesse conjunto é a procura pela contemporaneidade”, explica Beth Furtado, Sócia-Diretora da ALIA Consultoria de Marketing, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Apenas prometa o que pode cumprir
Entre os pontos abordados pelo estudo, a capacidade de identificar o fator de sucesso da marca é apontada como um dos primeiros elementos em comum. Este item está profundamente ligado à questão da originalidade e identidade da companhia. Em seguida aparece a missão básica de cumprir a promessa de entrega ao consumidor, evitando gerar frustração.
“As empresas bem sucedidas só prometem aquilo que podem cumprir. Este é, talvez, o maior desafio para as marcas. É preciso se preocupar em passar mais do que uma boa imagem, confirmando esse compromisso com ações efetivas”, ressalta Camila Pinheiro, Fundadora e CEO da Pitanga Digital Branding, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Além da preocupação com a entrega, as companhias que quiserem se destacar da concorrência e chamar atenção devem saber criar mensagens claras e desenvolver um vocabulário próprio. Um exemplo clássico – e bastante claro – é o da Apple, que usa “i” na frente do nome de todos os seus produtos. Esta iniciativa ajuda também a fortalecer e consolidar a identidade da marca.

Empresas ainda não dão atenção aos detalhes

Para ter suas marcas consideradas cool, ações estratégicas e de planejamento são necessárias, como a criação de um brand book. “Muitas empresas deixam de lado esse importante item, pagando o preço quando mudam de prestadoras de serviços, como as agências ou assessorias de imprensa, perdendo tempo ao repassar as informações aos novos parceiros”, afirma a CEO da Pitanga Digital Branding.

A atenção aos detalhes também é um fator importante e que pode ser avaliado como um diferencial das marcas consideradas cool. “Este é outro ponto em que as empresas pecam bastante. Faltam preocupação e investimentos em materiais de comunicação e fotografias, além de haver certo descaso com o design. Algumas companhias não compreenderam que estes detalhes representam a presença da marca nos diversos locais onde ela está presente”, reforça a CEO da agência.

O conhecimento da concorrência deve ser uma preocupação constante na agenda das empresas. É preciso observar os movimentos do mercado e dos players para saber como criar os elementos de diferenciação. Com base nesses dados, é possível surpreender o consumidor com experiências únicas, como no ponto de venda ou por meio da realização de eventos próprios.

Os SERVIÇOS também são uma forma de agregar valor à marca e gerar experiência. Foi o que fez a Unilever para a Seda, em 2009, ao criar o Seda Urban Salon, proporcionando às consumidoras aulas sobre beleza, tratamento para os cabelos e dicas de maquiagem gratuitamente. A ação fez parte do reposicionamento de Seda e pretendia atrair a atenção do público interessado em cuidados com o visual, além de gerar interação com a marca.

Ser cool é não seguir regras
Proporcionar experiências e criar uma identidade forte, no entanto, não bastam para fazer crer que uma marca é cool. O storytelling, por exemplo, é uma ferramenta em potencial e pode colaborar no processo. Mas deve-se tomar alguns cuidados ao usar o conceito para se comunicar. “O público-alvo geralmente procura uma figura humana nas marcas para se relacionar e as empresas podem tirar vantagem disso. Apenas é preciso saber escolher a figura certa, como o fundador, pois ele resgata o passado. A escolha de outro personagem de dentro da companhia para representar a marca pode acarretar problemas caso esse funcionário se desligue da empresa”, ressalta Camila, da Pitanga Digital Branding.
Encontrar um nicho é outra ação comum às marcas cool. Elas souberam focar em determinado público para depois iniciar um processo de expansão maior. A ação permite que os consumidores ajam como influenciadores e propaguem os valores da marca espontaneamente. A partir desse momento, é preciso dialogar com a linguagem usada pelo grupo, para fazer com que a mensagem da marca seja fortalecida e permaneça por mais tempo na memória desses consumidores.

O Brasil também tem caminhado nessa direção. “Marcas como Do Bem e Chilli Beans têm realizado um trabalho interessante nesse sentido, buscando inovar dentro da categoria com atitudes que apresentem uma inquietação em relação à sua época e acompanhando as mudanças de seus targets”, exemplifica Beth Furtado.

Seguir regras, entretanto, não é um paradigma para tornar uma marca cool. “Ser cool é exatamente fugir do trivial, da rotina. É buscar a inovação a todo o tempo e surpreender os consumidores. Ser cool não implica em seguir um roteiro específico. A melhor medida para saber o quanto uma marca pode ser descolada é identificar o quanto as pessoas têm vontade de estar próximas a ela”, explica Jaime Troiano, CEO do Grupo Troiano de Branding, em entrevista ao Mundo do Marketing.

domingo, 22 de abril de 2012

Netshoes vende camisa autografada por Pelé no centenário do Santos



"Pacote especial terá venda limitada para apenas 100 torcedores e conta com certificado, medalha comemorativa banhada a ouro, livro e DVD dos 100 anos do clube."



*//*  Por Letícia Alasse || 20/04/2012


A Netshoes lançou a pré-venda exclusiva de dois kits especiais para celebrar o centenário do Santos, clube patrocinado pela EMPRESA. A assinatura do ex-jogador Pelé na camisa I é um dos itens de colecionador do kit Especial Centenário Edição Limitada, que conta ainda com um certificado, medalha comemorativa banhada a ouro, livro e DVD dos 100 anos do clube. A caixa, que custa R$ 3.999,90, poderá ser adquirida apenas por 100 consumidores e trará o nome do comprador gravado.


Já o Kit Especial Centenário Premium traz uma camisa exclusiva Santos Centenário, o livro e o DVD comemorativos. A caixa vem personalizada com a frase: “Nascer, Viver e no Santos Morrer” e custa R$ 399,00. Também estão disponíveis para todo o BRASIL a camisa Nike Santos I, II e III 2012, por R$ 199,90, o DVD Santos 100 Anos de Futebol Arte (R$ 32,90) e o livro Santos – 100 Anos de Futebol Arte (R$ 129,90).
Santos, Pelé, 100 anos, Netshoes

sábado, 21 de abril de 2012

Citroën inaugura loja conceito na Oscar Freire, em São Paulo



"Espaço foi aberto ontem, dia 19, e, além de promover o relacionamento dos consumidores com a marca, divulga o modelo DS3, lançamento da montadora no primeiro semestre de 2012."



Por Cláudio Martins || 20/04/2012



  A Citroën inaugurou ontem, dia 19, a sua primeira loja conceito no Brasil. O espaço está localizado na rua Oscar Freire, em São Paulo, e já havia sido DIVULGADO pela MONTADORA no fim de janeiro. A flagship foi desenvolvida para gerar relacionamento entre os consumidores e a marca, além de promover o modelo DS3, lançamento da empresa no primeiro semestre de 2012.

O local abriga uma boutique para a venda de itens exclusivos da Citroën como canetas, canecas, bolsas, relógios e óculos. Também podem ser adquiridas miniaturas dos AUTOMÓVEIS da marca, desde modelos antigos aos mais atuais. A empresa fechou ainda uma parceria com a Freebook para criar uma livraria dentro do espaço, que disponibiliza publicações sobre assuntos como o universo automotivo e artes.

Outro atrativo é o Configurador 3D, que permite ao visitante montar um CARRO da Citroën em uma tela sensível, escolhendo desde o motor a detalhes como rodas e acessórios. Como parte do patrocínio da empresa ao festival de música Sónar, que ganha sua primeira edição brasileira em maio, a marca realizará workshops sobre música durante o mês.

Sites de leilões online enfrentam o desafio da credibilidade no Brasil




"Empresas como Mukirana, Leilão Vip e Centavando adotam ações para vencer a descrença do consumidor nos portais, devido ao crescimento da concorrência."



*\\* Por Cláudio Martins || 19/04/2012



  Os SITES de leilões online nem chegaram a virar febre no Brasil e já enfrentam o desafio de conquistar a confiança do consumidor. Também conhecida como leilões de centavos, a modalidade passou a atuar no país por volta de 2008, mas apenas em 2010 a categoria começou a se expandir. Hoje, segundo o ranking do site Alexa, existem quase 50 players neste mercado e, embora o crescimento da concorrência tenha fomentado o setor, a facilidade de montar este tipo de negócio trouxe muitos empreendedores despreparados. Para sites como Mukirana, Leilão Vip e Centavando, o mais acessado no Brasil, o principal desafio em pauta é ter credibilidade.

A atividade é baseada no conceito “Entertaining Shopping”, que une o aspecto lúdico ao ato de comprar. Para as empresas, a receita é gerada a partir da venda de pacotes de lances, que permitem aos consumidores participarem dos leilões. Entre as categorias mais procuradas pelos internautas, os produtos de informática, como notebooks, videogames e computadores lideram com 56% das intenções de COMPRA dos consumidores que visitam os sites de leilões online.

A informação é do levantamento realizado pelo Mukirana com 400 mil consumidores cadastrados em portais de leilões virtuais. Ainda segundo a pesquisa, 72% do público que frequenta estes sites é do sexo masculino, geralmente interessado em adquirir PRODUTOS de informática, games e eletrônicos. Já as mulheres, que representam 28%, buscam ofertas relacionadas a categorias como beleza e saúde, esporte e lazer.

Parcerias para aumentar a distribuição
Criado em 2009, o Mukirana conta hoje com 400 mil usuários CADASTRADOS e experimentou dois picos de crescimento. “O primeiro foi entre o fim de 2010 e o início de 2011 e o outro, no segundo semestre do ano passado. Hoje, estamos em um momento de estabilização de crescimento”, diz Carlos Barros, Sócio-Fundador do Mukirana, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Entre os consumidores que acessam o site, 80% são homens, em sua maioria do Sudeste e do Nordeste, pertencentes às classes B e C, segundo dados da empresa. Uma das formas encontradas para atrair a atenção das mulheres e aumentar a participação feminina foi a realização de promoções com produtos da linha branca. Outra ação com esse propósito foi a parceria com a Monte Carlo Joias em um leilão.

Em 2011, o Mukirana faturou R$ 5 milhões e planeja um crescimento de 25% a 30%, acompanhando a previsão da e-bit para o e-commerce em 2012. O site também se uniu aos varejistas eletrônicos Submarino.com, Americanas.com e Compra Fácil para ampliar a oferta de produtos e expandir no Brasil a distribuição das mercadorias arrematadas, por meio do aparato de logística das empresas.

Leilão Vip foca nos aposentados
Para o site Leilão VIP, o foco são os consumidores das classes AB, com idade entre 35 e 55 anos, que representam 55% dos usuários cadastrados. Os usuários acima de 56 anos também são representativos para a empresa, compondo 32% da base de internautas que participam dos leilões do site. Os homens também são maioria, totalizando 70% dos internautas pertencentes à base do Leilão VIP. Entre os produtos leiloados estão relógios, itens de informática e eletrônicos disponíveis para 90 mil usuários.

“Após realizar uma pesquisa de campo, verificamos que muitos dos usuários cadastrados eram aposentados que, por não poderem mais se divertir com bingos, passaram a procurar na internet outra forma de entreter e tirar alguma vantagem disso”, afirma Cláudio Holl, Sócio Diretor do Leilão VIP, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Tentar traçar um perfil desses usuários, bem com monitorar os leilões na web ainda é um desafio. “De um lado, temos consumidores que buscam uma forma de entretenimento e, do outro, há consumidores que talvez não pudessem adquirir produtos de valor elevado pelo modo tradicional”, explica Henrique Gasperoni, Diretor de Marketing da Associação Brasileira de E-Business, em entrevista do portal.

Brasileiros não têm referências na cultura dos leilões
Encarar a desconfiança dos consumidores é uma das principais dificuldades para os sites de leilões virtuais. Ainda não há uma legislação específica que regulamente a atividade e muitos portais, por ma fé ou por falta de conhecimento dos empreendedores, acabam se envolvendo em casos de fraudes.

Para lidar com o problema, os portais criaram áreas com depoimentos dos internautas que arremataram produtos nos leilões. A medida, no entanto, deve ser pensada com cautela. “É perigoso apostar neste tipo de ação para gerar credibilidade, pois as empresas tendem a mostrar apenas os comentários que são favoráveis. O brasileiro ainda não tem a cultura de comprar em leilões online, não possui referências para discernir quais sites são confiáveis ou não. Seria melhor colher os depoimentos em fóruns ou outras fontes neutras de informação”, ressalta Gasperoni.

Além de tentar ganhar a confiança dos consumidores, se manter no negócio é outro desafio para quem aposta nos leilões online. “Os sites dessa categoria estão passando por um momento semelhante ao boom das compras coletivas no Brasil, quando muitos players surgiram, mas apenas poucos resistiram e se consolidaram. Para o futuro, é possível que o modelo de negócio sofra algumas mudanças, talvez ganhando uma versão para redes sociais”, aponta Mauricio Salvador, Fundador da E-Commerce School, em entrevista do Mundo do Marketing.

Apenas 1% dos brasileiros realiza pagamentos via celular, diz pesquisa


"Em todo o mundo, 25% dos consumidores pesquisados afirmam adotar o serviço, enquanto 43% dizem ter interesse em utilizar o mobile payment no futuro."


*||* Por Sylvia de Sá || 20/04/2012


Somente 1% dos brasileiros efetua pagamentos pelo CELULAR. É o que indica uma PESQUISA do Ibope Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). De acordo com o estudo, há ainda uma parcela de 23% com interesse em utilizar o sistema no futuro, enquanto 12% garantem que não usariam.

A média brasileira está bem abaixo da global. Em todo o mundo, um quarto dos usuários de SMARTPHONES já efetuaram algum tipo de pagamento via celular e 43% pretendem fazer novos pagamentos futuros. Outros 25%, no entanto, afirmaram que nunca usariam esse serviço para fazer compras.

A segurança é a principal barreira para 54% dos usuários de smartphones ao redor do mundo não adotarem o modelo de pagamento, também conhecido como mobile payment. Fraude (39%) e privacidade (29%) são outros impedimentos. Uma em cada três pessoas, entretanto, já acessa SERVIÇOS bancários via celular.

O estudo ouviu 40.557 pessoas em 44 países. No Brasil, foram 2.002 entrevistas, com homens e mulheres de 16 anos ou mais, de todas as classes.

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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Por que mais da metade dos lançamentos de produtos fracassam?



*//*  Postado por Bruno Mello - 20/04/2012


"O fato é que a maioria dos novos itens colocados no mercado não atinge o sucesso porque não traz nada de novo ao consumidor. Básico, não? O pecado começa na gestão."



  O cenário na maioria dos departamentos de Marketing das empresas não está nada animador quando o assunto é INOVAÇÃO. De acordo com a Nielsen, a maioria dos novos PRODUTOS que chegam às prateleiras dos supermercados brasileiros fracassa. Nos últimos quatro anos, 54% dos lançamentos nos setores de alimentação, limpeza, higiene pessoal e medicamentos isentos de prescrição médica não tiveram êxito em seus objetivos.

Podemos olhar este resultado por dois ângulos. Há um lado que está no caminho certo e, diante das circunstâncias, deve ser destacado. Quarenta e seis por cento de produtos que atingiram seus objetivos é um número considerável diante da realidade. Não se deixar seduzir pelas cobranças diárias, pela avalanche de incêndios a serem apagados a cada minuto, pelas metas sem objetivos claros e pelos processos mal acabados é louvável.

produtos,lançamentos,falha,editorial,bruno melloEstes são os principais problemas enfrentados pelas organizações hoje, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes. A urgência em vender mais diante da perda constante de clientes leva os EXECUTIVOS a lançarem mão de estratégias de curto prazo que não constroem marca, deixando de olhar para o futuro da companhia. Sem uma marca forte não há o mínimo de suporte para o lançamento de novos produtos. É difícil convencer o consumidor. É complicado convencer o chefe a investir mais e o varejo de abrir espaço na gôndola.

O erro está na Gestão
Os problemas diários a serem resolvidos indicam uma falha estrutural. O pecado está na gestão. Se há erros constantes, o planejamento e/ou os processos foram mal pensados e/ou executados. É necessário redobrar a atenção nestes dois aspectos fundamentais para todas as companhias. Sempre lembro do maior especialista em gestão que o Brasil tem, Vicente Falconi. “Imagine se estivéssemos preocupados com o funcionamento da nossa circulação? Isso é um processo. Se bem feito, ele acontece normalmente. Se não, nada que dependa dele vai funcionar”, enfatiza.

Lançar um PRODUTO com valor agregado e percebido pelo consumidor não requer uma inovação disruptiva. São poucos os produtos que conseguiram esta façanha e que mudaram para sempre o rumo da história do consumo. Há de se reconhecer esta dificuldade e, por isso, o percentual de lançamentos que obtêm sucesso tem em comum a crença de que é possível criar o novo a partir do diferente, de olhar e fazer o básico bem feito e não ficar preso à sopa de letrinhas das pesquisas tradicionais.

Como já falamos aqui, as marcas de maior sucesso praticam o Marketing de forma holística. Têm atenção cuidadosa com cada traço do perfil do seu target, tendo a consciência de que hoje as pessoas não são mais facilmente encaixadas em uma definição única. Somos cada vez mais complexos. Temos comportamentos distintos de acordo com cada situação, com cada momento que está em transformação. Inovar em um ambiente como este requer muito mais do que você possa estar fazendo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Após 100 anos, Electrolux busca manter inovação do aspirador de pó




"Companhia comemora o centenário do primeiro modelo e vive o desafio de transformar a categoria para adaptá-la às necessidades e expectativas dos consumidores."


*//*  Por Sylvia de Sá || 16/04/2012



aspirador de pó,100 anos,electrolux A Electrolux comemora o centenário do primeiro aspirador de pó lançado pela empresa e, 100 anos depois, mostra que é possível manter o caráter inovador. Criado em 1912 por Axel Wenner-Gren, o Lux 1 nasceu antes mesmo da companhia, que seria fundada apenas em 1919, em Estocolmo, na Suécia. De lá para cá, a Electrolux tem investido fortemente na categoria e apostado no DESIGN, além da tecnologia, para incentivar os consumidores a adotarem o produto.

O grande marco da invenção do Lux 1 foi a popularização do aparelho em todo o mundo. O PRODUTO era mais acessível para uso doméstico, graças ao seu peso e tamanho, e acabou por contribuir para a transformação do mercado na época. “A evolução dos aspiradores é notável quando comparamos os modelos de hoje em dia com os de antigamente. O Lux 1, mesmo pesando 14 quilos e custando cerca de R$ 3 mil, era algo revolucionário para a época”, conta Maryline Renault, Gerente de Marketing da divisão de eletroportáteis da Electrolux Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
aspirador de pó,100 anos,electroluxPara convencer os consumidores sobre as vantagens do aspirador de pó, Wenner-Gren inovou mais uma vez e introduziu um modelo de vendas até então pouco conhecido, o porta a porta. “A estratégia de vendas permitia que o representante demonstrasse os benefícios de um novo produto em tempo real, estabelecendo contato ao mesmo tempo com a pessoa responsável pelas decisões de compras e obtendo um conhecimento valioso sobre como os consumidores efetivamente usavam os PRODUTOS”, diz Maryline.

Observar e se adaptar a mudanças
Olhar de perto o comportamento do consumidor e compreender sua relação com o produto foi fundamental para que a Electrolux mantivesse a sustentabilidade dos negócios. Até hoje, a iniciativa é um pilar importante no desenvolvimento do portfólio e na criação de tendências no mercado, por meio de redes sociais ou nos pontos de venda, onde é possível manter o relacionamento com os clientes e demonstrar os benefícios dos produtos.

O diálogo frequente e o investimento em inovação também são importantes ferramentas para que a Electrolux vença o desafio de aumentar a presença do aspirador de pó nos lares do Brasil, onde é líder de mercado. Para despertar o DESEJO de consumo, a aposta são atributos que proporcionam saúde e praticidade, como os filtros HEPA, que eliminam ácaros e purificam o ambiente, a baixa emissão de ruído e o controle remoto.

As características agregadas aos aspiradores de pó ao longo do tempo mostram a preocupação da companhia em perpetuar o negócio, atendendo necessidades que se modificam com o tempo. “O segredo é alinhar o produto às tendências e expectativas. O consumidor de 100 anos atrás é muito diferente do de hoje. A sociedade muda, as necessidades e as experiências das pessoas também mudam e isso faz com que os produtos tenham que reagir e se adaptar”, ressalta Luiz Serafim, Head de Marketing Corporativo da 3M do Brasil e autor do livro “O Poder da Inovação”, lançado pela Editora Saraiva, em entrevista ao portal.

Evolução do portfólio
Em 100 anos, o portfólio evoluiu e mais de 350 milhões de peças foram vendidas globalmente. Em 1921, nove anos após o lançamento do Lux 1, foi introduzido o próximo modelo de aspirador de pó, o V, em formato de trenó, o que facilitava a mobilidade do aparelho. Outro marco, este nos anos 1960, foi o lançamento do Luxomatic. O aspirador tinha como principal atributo a modernidade, baseada em elementos como dispositivo para enrolar o fio, rodas, saco para pó feito de papel auto-selante e indicador de volume de pó.

Destaques como a linha Ergorapido mostram o alinhamento da Electrolux ao mercado. Em 2011, segundo dados da GfK, o mercado de aspiradores de limpeza rápida cresceu 150% no Brasil. Atualmente, a empresa tem como principais focos o pensamento “verde”, a economia de energia e o desenvolvimento ambientalmente responsável, com modelos como o UltraSilencer Green e o Flex Green, constituídos de plástico reciclado, ou a linha conceito “Vac from the Sea”, com aspiradores feitos de resíduos retirados dos oceanos.

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“O segredo está em sempre saber quais são as necessidades dos consumidores. Hoje em dia, as pessoas querem produtos mais silenciosos e eficientes, por exemplo, e é ainda mais positivo se forem produtos ambientalmente responsáveis”, acredita a executiva de Marketing da Electrolux.

Para manter a inovação, os itens devem refletir as mudanças da sociedade e se adaptar à expectativa, sem deixar de surpreender. “Hoje os eletrodomésticos podem se transformar absolutamente, não só em valor agregado e tecnologia, como em design. As empresas fabricantes que conseguem captar as necessidades futuras, às vezes não articuladas pelo consumidor, e identificar as oportunidades para melhorar as experiências saem na frente”, diz Serafim, da 3M.

*Atualizado às 17h28 do mesmo dia