2016/12/08, 11:00
Postado em 09 de dezembro de 2016 às 22h25m
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) realizou pesquisa sobre o acesso a financiamento bancário entre empresas do setor de tecnologia e concluiu que os altos juros são a principal dificuldade para acesso a financiamentos e que isso pode ter efeito nas políticas públicas de fomento à inovação.
O estudo tinha como objetivo entender como as companhias de TI têm se refinanciado no mercado brasileiro, quais taxas de juros estão pagando e qual o perfil dessas empresas em relação ao seu porte, tipo de serviço prestado, maturidade, faturamento e localização. Além dos financiamentos, o estudo também buscou entender qual é a percepção das empresas quanto a fundos de investimentos, outra forma de captação de recursos.
A pesquisa foi realizada entre setembro e outubro de 2016 em todas as regiões do Brasil e conta com a participação de 184 empresas.
“Esta amostra traz uma percepção do perfil das empresas de tecnologia do Brasil e pode ajudar aos bancos criarem linhas de investimentos adequadas à realidade desses negócios”, explica, em comunicado Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação e Fomento da ABES.
“Entre os principais resultados do estudo, podemos destacar o perfil das empresas de tecnologia e as indicações em relação às dificuldades de acesso ao crédito. A maioria, 58,7%, tem atuação no desenvolvimento de software, afirmando a característica inovadora do setor. As respostas em relação aos bancos comerciais e os recursos públicos demonstram um descompasso entre as necessidades das empresas e as ofertas de linhas de fomento para atender o setor”, comenta a responsável pela área de inovação e fomento da associação.
Desse total de empresas questionadas, 22,8% têm entre 5 e 9 anos de atuação no mercado. A maioria, 54% têm sua sede localizada na região Sul do país; 39% na região Sudeste, sendo 27% somente no Estado de São Paulo. 7% das entrevistadas são do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Sobre o desempenho das empresas nos últimos quatro anos, 52% afirmaram que sua empresa se tornou mais competitiva nacionalmente. Em relação à atuação internacional, 20,65% exportam seus produtos.
Entre as principais fontes de apoio público adotadas nos últimos quatro anos, o cartão BNDES foi o mais citado, com 16%; as IFDs (Instituições Financeiras de Desenvolvimento) regionais (acesso indireto com cartão BNDES) em segundo lugar, com 12%. 40% da amostra afirmaram que já tiveram algum apoio público. 27% acessaram algum produto do BNDES, sendo que 7 das empresas respondentes utilizaram o Prosoft e 11 a Linha MPME Inovadora.
Quando perguntadas sobre quais restrições relevantes são enfrentadas para ter acesso ao crédito nos bancos comerciais, 61,33% afirmaram o “Alto custo dos Juros bancários” como a principal restrição. A “Exigência de Garantias Reais” foi apontada em segundo lugar com 46,67%, seguida pelo termo genérico “Burocracia”, com 33,15%, que normalmente é a forma dos bancos recusarem o crédito para as empresas. Sobre a taxa de juros total ao ano, 47% disseram pagar entre 0 a 20% ao ano e 53% de 20 a mais de 50% ao ano.
Sobre fundos de investimento, 44,02% afirmaram ter interesse, mas que nunca tiveram oportunidade de dialogar com um fundo. 21,74% não conhecem suficientemente sobre o assunto. Somente 3,8% já receberam investimento de um fundo de participações.
“Além da necessidade de se ofertar linhas de crédito mais adequadas em termos de taxas e garantias, esse resultado demonstra que ainda há um longo caminho a ser percorrido quanto à disseminação das linhas de financiamento. Também demonstra que há espaço para ajudar as empresas a internacionalizar seus produtos e o interesse desse setor em se aproximar de fundos de investimento”, finaliza Jamile Sabatini Marques.
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“Esta amostra traz uma percepção do perfil das empresas de tecnologia do Brasil e pode ajudar aos bancos criarem linhas de investimentos adequadas à realidade desses negócios”, explica, em comunicado Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação e Fomento da ABES.
“Entre os principais resultados do estudo, podemos destacar o perfil das empresas de tecnologia e as indicações em relação às dificuldades de acesso ao crédito. A maioria, 58,7%, tem atuação no desenvolvimento de software, afirmando a característica inovadora do setor. As respostas em relação aos bancos comerciais e os recursos públicos demonstram um descompasso entre as necessidades das empresas e as ofertas de linhas de fomento para atender o setor”, comenta a responsável pela área de inovação e fomento da associação.
Desse total de empresas questionadas, 22,8% têm entre 5 e 9 anos de atuação no mercado. A maioria, 54% têm sua sede localizada na região Sul do país; 39% na região Sudeste, sendo 27% somente no Estado de São Paulo. 7% das entrevistadas são do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Sobre o desempenho das empresas nos últimos quatro anos, 52% afirmaram que sua empresa se tornou mais competitiva nacionalmente. Em relação à atuação internacional, 20,65% exportam seus produtos.
Entre as principais fontes de apoio público adotadas nos últimos quatro anos, o cartão BNDES foi o mais citado, com 16%; as IFDs (Instituições Financeiras de Desenvolvimento) regionais (acesso indireto com cartão BNDES) em segundo lugar, com 12%. 40% da amostra afirmaram que já tiveram algum apoio público. 27% acessaram algum produto do BNDES, sendo que 7 das empresas respondentes utilizaram o Prosoft e 11 a Linha MPME Inovadora.
Quando perguntadas sobre quais restrições relevantes são enfrentadas para ter acesso ao crédito nos bancos comerciais, 61,33% afirmaram o “Alto custo dos Juros bancários” como a principal restrição. A “Exigência de Garantias Reais” foi apontada em segundo lugar com 46,67%, seguida pelo termo genérico “Burocracia”, com 33,15%, que normalmente é a forma dos bancos recusarem o crédito para as empresas. Sobre a taxa de juros total ao ano, 47% disseram pagar entre 0 a 20% ao ano e 53% de 20 a mais de 50% ao ano.
Sobre fundos de investimento, 44,02% afirmaram ter interesse, mas que nunca tiveram oportunidade de dialogar com um fundo. 21,74% não conhecem suficientemente sobre o assunto. Somente 3,8% já receberam investimento de um fundo de participações.
“Além da necessidade de se ofertar linhas de crédito mais adequadas em termos de taxas e garantias, esse resultado demonstra que ainda há um longo caminho a ser percorrido quanto à disseminação das linhas de financiamento. Também demonstra que há espaço para ajudar as empresas a internacionalizar seus produtos e o interesse desse setor em se aproximar de fundos de investimento”, finaliza Jamile Sabatini Marques.
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