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Órgão regulador de comunicações do país, Roskomnadzor, acusa plataforma de permitir acesso ao que chama de "material falso sobre a operação militar do país na Ucrânia".===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1
Postado em 23 de março de 2022 às 17h45m
Post. N. - 4.307
Fachada do Google em Nova York. — Foto: REUTERS/Brendan McDermid
O órgão regulador de comunicações da Rússia, Roskomnadzor, bloqueou nesta quarta-feira (23) o Google News, de propriedade da Alphabet.
Conforme a agência de notícias Interfax, a Roskomnadzor acusa a plataforma de permitir acesso ao que chama de "material falso sobre a operação militar do país na Ucrânia".
A agência ainda afirmou que Roskomnadzor agiu a pedido do gabinete do procurador-geral da Rússia.
"O recurso de notícias online americano em questão forneceu acesso a inúmeras publicações e materiais contendo informações inautênticas e publicamente importantes sobre o curso da operação militar especial no território da Ucrânia", disse a Interfax citando o regulador.
O governo de Vladimir Putin diz que a invasão ao país vizinho se trata de uma "operação militar especial". Por isso, uma nova lei russa torna ilegal relatar qualquer evento que possa desacreditar os militares russos.
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O Google afirmou nesta quarta-feira (23) que não ajudará sites, aplicativos e canais do YouTube a vender anúncios junto com conteúdo que considere explorar, rejeitar ou tolerar o conflito Rússia-Ucrânia em andamento.
"Podemos confirmar que estamos tomando medidas adicionais para esclarecer e, em alguns casos, expandir nossas diretrizes de monetização relacionadas à guerra na Ucrânia", disse à agência Reuters o porta-voz do Google, Michael Aciman.
Em um e-mail para editores visto pela Reuters, o Google disse ainda que os anúncios não seriam exibidos ao lado, por exemplo, de "alegações que implicam que as vítimas são responsáveis por sua própria tragédia ou instâncias semelhantes de culpabilização das vítimas, como alegações de que a Ucrânia está cometendo genocídio ou atacando deliberadamente seus próprios cidadãos”.
A plataforma também proíbe anúncios que capitalizam eventos sensíveis e aplicou essa política à guerra.
Autoridades russas de alto escalão dizem que a mídia ocidental deturpou o conflito na Ucrânia, que chama de "operação especial" para desmilitarizar o país.
Muitos dos principais serviços de publicidade e mídia social ocidentais anunciaram novos conteúdos e restrições de pagamento em torno do conflito, incluindo o bloqueio da mídia estatal russa RT e Sputnik na União Europeia. No início deste mês, o Google disse que parou de vender todos os anúncios online na Rússia.
Sites bloqueados
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em Moscou — Foto: Mikhail Klimentyev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP
No dia 16 de março, a Roskomnadzor bloqueou sites de pelo menos 15 veículos de comunicação, constatou a AFP.
As páginas online do veículo investigativo Bellingcat, de jornais locais russos e de veículos em russo baseados em Israel e na Ucrânia estavam inacessíveis sem uma rede privada virtual (VPN, na sigla em inglês).
Entre os sites com sede na Rússia que foram bloqueados estavam o canal independente Kavkazki Ouzel, que cobre o Cáucaso, e um canal regional baseado nos Urais.
A Roskomnadzor também suspendeu o acesso a dois canais russófonos baseados em Israel, onde há uma comunidade significativa que migrou da antiga União Soviética: 9 TV Channel Israel e Vesty Israel.
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