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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sadia dá quase R$ 3 milhões em promoção inédita



"Ação é voltada para consumidores e varejistas e distribui prêmios semanais até agosto. Todos os artigos da marca participam e objetivo é também sustentar a extensão feita no portfólio."



*//* Por Leticia Muniz || 31/05/2012


A Sadia LANÇOU hoje, dia 31, uma promoção que dará R$ 2,8 milhões em prêmios para consumidores e R$ 500 mil para varejistas. Com o mote “Pode entrar que tem Sadia”, a ação começa amanhã, dia 1º, e se estende até 29 de agosto. A principal ESTRATÉGIA é alavancar as vendas e sustentar a extensão do portfólio, feita recentemente.

Todos os produtos da marca participam da ação e, para CONCORRER, é preciso guardar as notas fiscais de compra, que serão cadastradas em um hotsite. “Optamos pelas notas fiscais porque nem todos os nossos PRODUTOS possuem códigos de barras. Alguns são comercializados em bandejas, por exemplo. Chegamos à conclusão, então, que as notas fiscais seriam a melhor opção”, explicou o Gerente de Marketing da Sadia, Eduardo Bernstein, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A promoção terá sorteios diários de R$ 10 mil e o vencedor poderá ainda indicar um vizinho para ganhar, caso tenha um produto Sadia em casa no momento da entrega do prêmio. A ação será direcionada também para o varejista que, a cada 100 kg de alimentos vendidos, receberá um cupom para concorrer. O objetivo é atingir 120 mil estabelecimentos no país.

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Sony lança tablet e amplia investimentos com foco na Classe C


"Empresa injetará R$ 500 milhões no país até o ano de 2014 e aposta no reposicionamento da marca para atingir o público jovem e a chamada Nova Classe Média."



*||* Por Leticia Muniz || 28/05/2012


sony,tablet,investimentos,sony linkA Sony investirá de R$ 500 milhões no Brasil até 2014 para quadruplicar a capacidade produtiva da fábrica, no estado do Amazonas e LANÇAR novos de produtos. A maior aposta é o Sony Tablet, que chega ao mercado com a proposta de alcançar a classe C e promover uma integração entre as chamadas quatro telas (celular, TV, Tablet e computador). Ainda em 2012, o objetivo da Sony é crescer 30% no país.

O diferencial do Sony Tablet está no conceito Sony Link, que permite o consumidor transferir arquivos entre PRODUTOS sem a necessidade de conexão com a internet ou da tecnologia Bluetooth. Para promover o Sony Link, a marca vem apostando em uma estratégia de divulgação diferenciada e reposicionamento de marca, com a ideia de atrair principalmente o público jovem.

“Pretendemos tornar a Sony uma marca jovem e fun. Para isso estamos deixando de ser formais e investindo em uma comunicação coloquial, mais próxima do consumidor. Temos usado cada vez mais a Internet, meio muito importante para a Sony. Hoje somos uma das marcas mais lembradas do mundo em Internet”, explica o Gerente Geral de Marketing e Inovação da Sony Brasil, Carlos Paschoal, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Inovação
Por meio do conceito Sony Link, a empresa busca uma integração com o consumidor, além do estímulo ao consumo das quatro telas. O LANÇAMENTO do Sony Tablet é a principal estratégia utilizada para isso. O produto ainda não possui fabricação no Brasil e chega ao país importado da sede japonesa.

“O Sony Link é uma nova forma de comunicação. A Sony trabalha hoje seus produtos de forma integrada, ou seja, o tablet interage com a Tv, com o celular, com o computador. O que fizemos é com que as quatro telas se comuniquem entre elas através do Sony Link”, completa Carlos Paschoal.

A Sony investe também em lojas próprias e pontos de venda parceiros como uma forma de aproximar a marca do consumidor, possibilitando uma interação com a tecnologia e estimulando as vendas. A companhia pretende ampliar as parcerias com as grandes redes varejistas e disponibilizar seus produtos em mais de duas mil lojas até o próximo ano, além de colocar stands nos principais shoppings do país.



Busca da Classe C
Para apoiar estas estratégias, a Sony vem investindo em pesquisas para conhecer e gerar um maior relacionamento com o consumidor. Os resultados indicaram a Classe C como uma aposta de mercado. Hoje, cerca de 15% das vendas foram para esta classe e o objetivo é, até 2014, multiplicar este número por quatro. Os dados levantados pela companhia mostram que este público prima pela qualidade dos produtos, e não necessariamente pelo preço baixo.

“O consumidor de Classe C é alguém que busca acima de tudo a qualidade, independente de preço. Isso porque ele não pode cometer erros. Caso erre na escolha de um PRODUTO, talvez não tenha condições de trocá-lo. Engana-se quem acredita que a classe C está interessada apenas em preço baixo”, explicou Carlos Paschoal, em entrevista ao Portal.

A aposta na Classe C busca manter os índices de crescimento da marca no Brasil. Entre os meses de abril de 2011 e março de 2012 a Sony obteve um crescimento de 24%. A empresa praticamente dobrou de tamanho no país, consolidando o Brasil como um dos mercados mais importantes para a companhia no mundo. A subsidiária brasileira subiu do 17º posto em 2009 para o 4º global em 2011, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.

“Ficamos muito satisfeitos em atingir esta marca histórica de crescimento em apenas dois anos. Só em 2011, a Sony Brasil cresceu duas vezes mais que o mercado de eletrônicos do país e acreditamos que, até a Copa do Mundo de 2014, conseguiremos duplicar nossos negócios em âmbito nacional novamente”, afirmou o presidente da empresa no país, Osamu Miura, durante a coletiva para acionistas, na última sexta-feira.

sony,tablet,investimentos,sony linkNovos produtos
Para atingir estes números, a Sony adotou uma estratégia de oferecer produtos focados nas necessidades e desejos do consumidor brasileiro. Executivos da empresa realizaram visitas a mais de duas mil residências em todo o país, recolhendo dados sobre os gostos e hábitos de famílias, principalmente da classe C. A marca ampliou sua linha de produtos fabricados no Brasil e trouxe ao mercado artigos como o console portátil PS Vita, jogos para PlayStation 3 com dublagem em língua portuguesa, filmadoras com projetor integrado, a menor câmera com lentes intercambiáveis do mundo, a NEX-C3, cursos de fotografia online, entre outros.

Para reforçar a oferta de conteúdo, este mês chega ao Brasil a Sony Entertainment Network (SEN), que reunirá os diferenciais da plataforma Bravia Internet Vídeo, uma loja de aplicativos Opera Store e, mais tarde, abrangerá a PlayStation Network, conteúdos de música e filmes online. Para marcar este lançamento, a companhia está implantando a rede de entretenimento de vídeo Crackle em toda a linha de TVs.

*Com sede no Rio de Janeiro, a reportagem viajou até São Paulo à convite da Sony Brasil.

Globo Marcas licenciará produtos da Copa de 2014



"Acordo com a Fifa e permite direitos exclusivos sobre venda de artigos e operação dos canais oficiais de distribuição relacionados ao mundial, incluindo e-commerce e pontos de venda nos estádios."



*\\* Por Leticia Muniz || 31/05/2012

A Globo MARCAS é a licenciadora master para os PRODUTOS oficiais da Copa do Mundo de 2014. O contrato permite a Globo Marcas direitos exclusivos em território nacional para o licenciamento e operação dos canais oficiais de distribuição, como lojas, e-commerce e pontos de VENDA dentro dos estádios.

O anúncio foi feito ontem, dia 30, pela Fifa e o acordo é válido até o final de 2014, incluindo as operações da Copa das Confederações, que será realizada em 2013 no Brasil.

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10 mandamentos de inovação do criador do Post-it


"Em entrevista exclusiva, o norte-americano Art Fry detalha o processo de criação do bloco de anotações e como fazer para ter sucesso ao criar novos produtos."



*//* Por Bruno Mello || 31/05/2012

10 mandamentos de inovação do criador do Post-it
Ao contrário do que muitos pensam, o Post-it, um dos maiores símbolos de inovação no mundo, não foi criado acidentalmente, como uma cola que não fixava e só depois ganhou uma função. O PRODUTO foi pensado em 1974 por Art Fry, cientista na 3M por mais de 40 anos. Na época, Fry criou protótipos utilizando a cola que o colega Spencer Silver tinha desenvolvido.

O teste de aplicação decisivo veio em um ensaio do coral da Igreja Presbiteriana do Norte, em Minnesota, onde Art Fry cantava. Na ocasião ele utilizou a cola em pedaços de papéis para marcar as páginas. “Como cientista da 3M, eu estava trabalhando com os 15% que a empresa destina aos funcionários para desenvolverem novas ideias”, explica o criador do Post-it em entrevista ao Mundo do Marketing.

10 mandamentos de inovação do criador do Post-it
Como todo inventor de um novo produto, Fry (foto) não tinha dúvidas de que o bloco de recados autoadesivo e reposicionável seria bem sucedido. No entanto, pesquisas indicavam que não havia mercado para a invenção, ou, pelo menos, um mercado muito pequeno para notas autoadesivas. “Porém, as pessoas dentro da 3M que usaram minhas amostras gostavam do produto e usavam um monte deles. Sabia que o produto ia ser útil e, eventualmente, um sucesso, mas não previa a sua utilização em nível mundial, na quantidade que ele está sendo usado hoje”, reconhece.

O mundo de hoje, no entanto, está sob a discussão sustentável, da utilização decrescente de diversos recursos, incluindo o papel, e do aumento da utilização de mídias digitais. Seria este um problema para a continuidade do sucesso do Post-it? “A internet, os telefones celulares e os computadores tendem a fazer as pessoas usarem mais Post-its. Quando estamos conversando com alguém e temos uma ideia, ou quando se quer capturar alguma informação, é fácil pegar um Post-it e escrever enquanto está segurando o telefone, por exemplo. Registrar as ideias que podemos usar mais tarde é uma coisa valiosa para as pessoas que estão trabalhando duro todos os dias”, acredita.

Aos 80 anos e depois de entrar no Hall da Fama dos Inventores dos ESTADOS UNIDOS, o norte-americano Art Fry ainda tem vontade de criar. “Há muitas invenções de impacto que envolvem o meio ambiente. Na verdade, existem tantos problemas que o mundo enfrenta hoje que eu adoraria começar de novo”, afirma o hoje embaixador da 3M, que percorre o mundo ministrando palestras sobre a cultura de inovação e sobre os conceitos e elementos que a torne possível. A seguir, ele elenca 10 conselhos para quem quer inovar.

1. Tenha uma ampla educação em tecnologia.

2. Seja curioso e questione tudo.

3. A melhor maneira de aprender é tentar fazer as coisas sozinho. O que pode parecer simples, muitas vezes acaba por ter um alto nível de complexidade que você vai ter de aprender.

4. Eu gosto da declaração de Thomas Edison de que você precisa de um bom conhecimento técnico, curiosidade e uma grande pilha de lixo. Inventores têm de ser capazes de comunicar e vender suas ideias. Aprenda a falar e escrever bem.

5. A vida é muito complexa. Você pode não saber como fazer tudo sozinho e, por isso, deve aprender a trabalhar com outras pessoas que têm habilidades que você não tem.

6. Faça as coisas pelas razões certas. Se sua intenção é fazer PRODUTOS honestos que resolvem problemas reais na vida, você tem uma chance melhor de ser bem sucedido. Seu coração vai lhe dizer se você está fazendo isso pelas razões certas.

7. Você tem que beijar muitos sapos para encontrar um príncipe. Não se preocupe em falhar. As coisas que você aprende a partir de projetos que não viram sucesso, muitas vezes têm as sementes de conhecimento que você precisará mais tarde para encontrar o sucesso. As coisas que eu aprendi em projetos que falharam me ensinaram as habilidades que eu precisava para garantir o êxito do Post-It.

8. Toda vez que você aprende algo novo, é como COMPRAR um novo par de olhos que lhe permite reconhecer coisas que você não tinha notado antes. Portanto, a mente de cada pessoal é como uma enciclopédia específica que lhe permite ver o mundo de uma forma diferente, reconhecendo os problemas, e tentando descobrir soluções que os outros podem não ver.

9. Trabalhe em coisas que lhe dão energia. Há muitas boas ideias circulando ao redor, mas o sucesso pertence àqueles que estavam dispostos a passar por cima de todas as barreiras que surgem até o sucesso. Nem sempre é o mais brilhante que terá sucesso, mas o mais difícil.

10. A vida passa rapidamente. Tire um tempo para apreciá-la. O problema é que quando você está gostando de algo, sua vida, por exemplo, o tempo passa ainda mais rápido.

* com reportagem de Sylvia de Sá.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Beleza Natural se reestrutura e busca investidor para crescer 1.000%


"Rede especializada em tratamento para cabelos cacheados criou um plano de expansão de cinco anos com foco na Classe C, após revisitar todo o negócio e promover uma análise com melhoria holística."



*//* Por Bruno Mello || 30/05/2012


Beleza Natural se reestrutura e busca investidor para crescer 1.000%O Instituto BELEZA Natural quer ser grande. Com 12 lojas espalhadas pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e Salvador, a rede especializada em tratamento para cabelos cacheados quer chegar a 120 pontos de venda próprios no Brasil ao longo de cinco anos. O plano de expansão demandou uma ampla reestruturação da empresa e ainda depende de um grande aporte financeiro, que pode vir de um dos fundos de investimentos com os quais o Instituto mantém conversas adiantadas.

A empresa sustenta um crescimento de 30% no faturamento por ano, mas, só em pontos de venda, a meta é aumentar a rede em 200% anualmente, totalizando 1.000% ao final do planejamento, que sofreu uma grande reestruturação. Para dar sustentação à sua expansão, o Beleza Natural criou o PROJETO Decolar, incluindo uma série de transformações na companhia. O passo inicial focou no planejamento estratégico.

O projeto começou em 2010 em parceria com a UNIVERSIDADE de Columbia, quando o board da empresa participou de um programa que propôs melhorias e padronizações de processos, custos mais enxutos, maior rentabilidade e ações sustentáveis. Mais do que reestruturar, a meta era melhorar o que já era bom para promover uma expansão rápida e consistente.

Beleza Natural se reestrutura e busca investidor para crescer 1.000%Mudança holística
Para isso, sistemas integrados de gestão empresarial e controles de resultados estão em implementação. Estudos de Geomarketing serão responsáveis por determinar a abertura das novas lojas daqui para frente. O preço dos produtos e serviços da rede também passaram por revisão, assim como a marca e a arquitetura das lojas. O próximo passo é finalizar a análise do mix de produtos e embalagens da linha Cor Brasil, desenvolver o recém implantado programa de RELACIONAMENTO e dar andamento na auditoria da empresa.

Tudo isso, sem abrir mão do DNA da marca e nem perder o foco na Classe C, que representa 70% das suas clientes. “Temos um compromisso com a entrega, com o carinho, atenção e experiência das mulheres que passam por aqui”, afirma Leila Velez (foto), uma das fundadoras e CEO do Beleza Natural. “Mas, para crescer, olhamos o negócio de forma holística. Tem que ter objetivo, organização, metodologia, disciplina e processos. Com este plano, vamos ter mais assertividade em tudo que fazemos”, ressalta em entrevista ao Mundo do Marketing.

Beleza Natural se reestrutura e busca investidor para crescer 1.000%Uma das principais mudanças e a mais visível aos clientes é no tamanho dos salões. Enquanto os pontos de venda atuais têm entre mil e 1,5 mil metros quadrados, o novo modelo terá entre 400 e 500 metros. Estudos matemáticos mapearam cada metro quadrado das lojas e apresentaram, com o novo formato, um resultado que economiza espaço, água e oferece maior rentabilidade. O desafio vencido foi conceber tudo com um terço do valor e aumentar o lucro das lojas.

Branding e pessoas no foco
“Nos preocupamos com três pilares fundamentais: com o cliente, com o processo que tem foco na experiência e na melhoria da rentabilidade e oferta única que o Beleza Natural tem”, explica Theiza Conte Paiva, Diretora de Planejamento da Crama Design Estratégico, responsável pelo projeto da loja e da nova marca, que pouco mudou. “O desafio era não estragar o que já era bom”, enfatiza Ricardo Leite, Sócio e Diretor de Criação da Crama Design Estratégico. “Não é uma nova marca, mas um ajuste, uma sintonia fina em uma marca que já tem milhões de fans e que não poderia ser mudada completamente”, afirma.


Beleza Natural se reestrutura e busca investidor para crescer 1.000%É também um trabalho de branding que, apesar da empresa ter 18 anos, está começando. “O desafio é criar uma marca que seja reconhecida nas praças onde vamos expandir, pois já temos um propósito muito forte de melhora da autoestima da mulher”, diz Jacqueline Lopes (foto), Superintende de Marketing e Comunicação do Beleza Natural. “Nosso forte é o boca a boca e, por isso, estamos com 70% da verba de comunicação nas redes sociais”.

O crescimento da rede depende também dos colaboradores. Parte fundamental na estrutura do Beleza Natural, todos eles foram alvo de pesquisas durante a concepção das mudanças para traçar o perfil do funcionário ideal e o que a rede deveria melhorar em termos de recursos humanos. A partir de agora, há plano de cargos e salários, avaliação de desempenho, participação nos lucros e um novo modelo de treinamento.

“Não adianta mudar tudo se a entrega não for bem feita e são vocês os principais responsáveis por isso”, disse Leila Velez, se dirigindo aos colaboradores durante o evento de apresentação do plano Beleza Natural Ideal, ao qual o Mundo do Marketing teve acesso. “Com o crescimento, o principal desafio é ter tudo mundo alinhado com os valores e o propósito da marca”, afirma a empreendedora que começou a trabalhar como atendente no McDonald’s.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Marcas confundem promoção com relacionamento nas redes sociais

relacionamento nas redes sociais




RPs\GM-18/2012


REPORTAGENS: Gipope - Marketing.

POR COLABORADORES.





"Aumenta a cada dia o número de marcas promovendo concurso cultural como tentativa de aumentar número de fans, seguidores e acesso para vender mais."



*//* Postado por Bruno Mello - 29/05/2012

Cresce a cada dia o número de empresas promovendo ações de Marketing nas redes sociais. Elas reconheceram a importância de manter contato com seus clientes e potenciais consumidores no ambiente digital, mas ainda não perceberam o principal: não há como se relacionar com as pessoas se não meio da conversa. Muitas levam para os canais sociais o velho hábito da mídia tradicional e de massa: fazer promoção e deixar as pessoas falando sozinhas.

O Facebook tem sido o ambiente preferido das marcas. São inúmeros os casos de concursos culturais realizados por empresas, a cada instante, na maior rede social do mundo. É a febre do momento. Por dia, chegamos a receber pelo menos 10 sugestões de pauta relacionadas a empresas promovendo ações promocionais em suas fan pages. Muitas delas têm como objetivo apenas aumentar o número de seguidores, afinal, este é o principal foco quando pedem para curtir sua página. Poucas têm como meta aumentar o relacionamento com seus consumidores online.

Relacionar-se com os clientes e potencias clientes pelas redes sociais passa por oferecer conteúdo de qualidade, relevante, pertinente e útil que preste serviço ou promova entretenimento, além de responder às perguntas e participar das conversas. Mesmo assim, aumenta o número de empresas cujo foco no ambiente digital se resume em fazer ofertas e liquidações. As principais plataformas criadas por grandes varejistas, por exemplo, tem como foco principal a venda direta.

Mudança de paradigma
Na rede social, no entanto, a venda não pode ser direta. Tem que ser criado um relacionamento, uma conversa para aproximar a marca de seu target. Mais do que nunca, as pessoas não querem se relacionar com marcas sem propósito e sem assunto. Ninguém fala sozinho ou de um tema que não tenha interesse. As empresas precisam ter um propósito em comum com seus clientes, e promover conteúdo sobre ele. Será que o profissional de Marketing ainda não percebeu que seus potenciais consumidores não suportam mais tanta mensagem publicitária?

Essa discussão chega a ser ultrapassada. Mas, é incrível como os erros se repetem a cada instante. A grande maioria das marcas que está nas redes sociais parece estar preocupada apenas com o número de seguidores, de fans e de acesso. Ter um número X, Y ou Z, não é, nem de longe, medida de sucesso. Falar em engajamento também soa como uma métrica para mascarar a falta de um resultado claro e eficiente que, no final das contas, se converta em vendas.

Relacionamento eficaz nas redes sociais ajuda nas vendas, mas não pode ser confundido com concurso cultural. Ter uma pseudo-sacada criativa e fazer as pessoas seguirem ou curtirem uma página deveria ser a ponta de um iceberg de uma estratégia de conteúdo que seja, mais uma vez, relevante, pertinente e útil para o seu consumidor. Nas redes sociais as marcas não devem vender, mas, ajudar as pessoas a comprarem.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Panasonic lança fan page sobre sustentabilidade no Brasil



"Versão em português da comunidade “ecoideasnet” está disponível para que os internautas compartilhem suas experiências e fatos vivenciados no dia a dia."



*\\* Por Sylvia de Sá || 19/04/2012


A Panasonic lança no Brasil a versão em português da página “ecoideasnet”, no Facebook. O espaço é uma comunidade global com mais de 18 mil fãs, onde é possível compartilhar notícias e conteúdo multimídia sobre sustentabilidade. A iniciativa foi pensada para atrair o público brasileiro interessado em soluções ecológicas práticas e eficientes, que impactam o dia a dia de todos.

No endereço, os internautas são convidados a dividirem suas experiências e fatos que tenham testemunhado. Na página internacional, por exemplo, um usuário postou uma foto de uma minilivraria instalada em uma das estações do metrô de Tóquio. Há também um vídeo de moradores de Curtiba, no Paraná, que puderam trocar 4kg de materiais recicláveis por 1kg de comida.

A estratégia “Eco Ideas” foi lançada pela Panasonic em outubro de 2007 e permeia todas as atividades ambientais da empresa, incluindo produtos, fábricas e relacionamento com consumidores.
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Executivos afirmam que sustentabilidade pode custar mais para empresas



"Estudo da Accenture entrevistou 250 profissionais de economias maduras e em desenvolvimento para entender a importância de um modelo de negócio sustentável."



*//* Por Sylvia de Sá || 28/05/2012


A maioria dos executivos brasileiros acredita que o foco em sustentabilidade pode aumentar os custos de uma companhia. De acordo com um estudo da Accenture, 92% dos entrevistados no Brasil disseram que um modelo de negócio sustentável pode custar mais para as empresas do que um modelo que não é sustentável. Em seguida, aparece os Estados Unidos, com 85%, enquanto a média geral foi de 78%.
 
Os profissionais do Brasil, no entanto, também acreditam que uma gestão sustentável é fundamental para os negócios, com 64% das citações, contra a média global de 44%. Na Europa, por exemplo, o índice foi de apenas 25%. O levantamento entrevistou 250 executivos de economias maduras e em desenvolvimento.
 
Quando questionados se poderiam cobrar um preço premium dos clientes pelo produto ou serviço sustentável, 70% dos países dos mercados emergentes responderam que “concordam”. No Brasil, o resultado ficou abaixo da média, com 56%. Os Estados Unidos aparecem com 67% e o Japão, 36%. Os profissionais que participaram da pesquisa também apontaram os Estados Unidos como o país com maior esforço para ser mais sustentável. O Brasil ficou em 10º lugar, atrás de mercados como China, Índia e França.

domingo, 27 de maio de 2012

Franchising no Nordeste cresce acima da média e atrai empresas



"Enquanto no país o setor cresceu 15% nos últimos três anos, na região a soma alcançou 32% no mesmo período. Hoje, 10% das franquias brasileiras estão no Nordeste."



*\\* Por Leticia Muniz || 23/05/2012



franquias,nordeste,habibs,showcolate,boticario,abf,bobsO Nordeste vem se mostrando uma área promissora do Brasil e com grande potencial de negócio quando o assunto é franchinsing. Enquanto no restante do país o setor CRESCEU 15% nos últimos três anos, na região, este desenvolvimento alcançou o índice de 32% no mesmo período, segundo informações da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Somente o mercado nordestino chegou à marca de R$ 2,5 bilhões em FATURAMENTO em 2011 e a expectativa é de um crescimento de 11,5% para 2012. Hoje, a região concentra mais de três mil lojas franqueadas, que foram responsáveis pela criação de 32 mil novos postos de trabalho no ano passado e abriga 10% das franquias brasileiras.



O aquecimento e o amadurecimento do Nordeste têm aumentado a procura das marcas pela região, que ganha a preferência de empresas como a Showcolate. A rede especializada em fondues de chocolate paralisou a implantação de lojas nos Estados Unidos para focar seus INVESTIMENTOS em cidades como Salvador, Teresina e Itabuna.


“O Nordeste atravessa hoje uma fase muito boa, com um enorme potencial de crescimento. É uma região favorável por se tratar de um mercado maduro, que investe em marcas, mas que ainda é pouco explorado. Hoje, acreditamos mais nessa região que nos Estados Unidos, por exemplo”, explica o Diretor da Showcolate, Wallace Tonon em entrevista ao Mundo do MARKETING.


Customização de produtos
Para agradar o público local e incrementar as vendas, a marca aposta na customização, incluindo no seu cardápio as frutas típicas de cada região, como o cupuaçu. “A adaptação de produtos não é uma característica das franquias, mas nosso negócio permite isso. Pelo menos 10% do nosso cardápio é regionalizado”, completa Tonon.



Já a rede de lanchonetes Habib’s não ajusta seu cardápio de acordo com a região, mas percebe diferenças entre o que é consumido no Sudeste e no Nordeste. “Em Fortaleza, por exemplo, há um consumo maior dos pratos árabes. Acreditamos que uma colônia árabe existente no local seja a responsável por esta particularidade”, diz João Penna, Diretor de Expansão do Habib’s, em entrevista ao portal.


Outra marca que investe pesado no Nordeste é o Bob’s. A rede de lanchonetes possui hoje 130 lojas na região, com 20% do seu plano de expansão voltado para essa área do país. “Nossa previsão é abrir 200 pontos de venda em 2012 e pretendemos manter esse plano pelos próximos quatro anos, com essa média de abertura. Para esse ano, destes 200 pontos, 20 serão abertos no Nordeste”, afirma Marcelo Ferrel, Diretor de Marca do Bob’s ao Mundo do Marketing.


A rede aposta no variado mix de produtos, com sanduíches e gelados, para conseguir uma grande margem de aceitação na região. Além disso, há um amplo leque de tipos de pontos de venda, que permite às franquias não encontrarem problemas com imóveis para a implantação. O Bob’s disponibiliza aos franqueados desde quiosques até lojas Drive-Thru, com 500 metros quadrados.


Aumento no potencial de compra
O crescimento econômico e a migração de classes são os principais fatores apontados pelas franquias como responsáveis pelo interesse do mercado atual no Nordeste. Hoje, o PIB dos estados nordestinos é maior que a média brasileira, segundo dados da ABF.



”Essa ascensão de classes é uma realidade no Brasil como um todo, mas está mais acentuada no Nordeste atualmente. Os dois setores que têm tido mais procura são de alimentação e saúde e beleza, indicativos muito claros do aumento do poder aquisitivo”, completa o Marcus Rizzo, Consultor de Franquias e Diretor da Rizzo Franchise, em entrevista ao Mundo do Marketing.


O Habib’s possui 10 lojas na região e o objetivo é abrir pelo menos mais três até o fim do ano. Uma das maiores unidades da marca está no Ceará e foi aberta em dezembro de 2011. “Estamos no Nordeste há mais de 10 anos. É uma região com grande potencial, onde as pessoas querem uma alimentação boa, de qualidade, a um preço extremamente razoável. Este é o perfil dos brasileiros nas classes C e D”, afirma o Diretor de Expansão do Habib’s.


franquias,nordeste,habibs,showcolate,boticario,abf,bobsCustos de logística
A logística é uma questão importante a ser pensada pelas marcas que pretendem expandir sua atuação para o Nordeste. A distância dos grandes centros distribuidores, como Rio de Janeiro e São Paulo, pode tornar a operação mais onerosa. Para contornar a questão, o Habib’s investe em centros de produção locais.



“Em cada um desses pontos existe uma central de produção, então o produto é fabricado no local. Esse custo de logística para o franqueado praticamente não existe, porque ele vai buscar o que precisa na central de Fortaleza, por exemplo”, explica João Penna.


O Boticário também tem voltado seus olhos para o Nordeste do Brasil. A marca pretende abrir pelo menos 70 novas lojas em 2012 na região, o que representa um crescimento significativo em relação a 2011, quando foram inaugurados 45 pontos de venda.


A rede de clínicas de estética corporal e facial Onodera já possui duas unidades franqueadas nas cidades de Salvador e Aracaju e, para 2012, o seu plano de expansão prevê inaugurações nos estado de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.


Financiamento
Visando o desenvolvimento cada vez maior, o Banco do Nordeste disponibiliza linhas de crédito para franquias, que podem cobrir até 100% do investimento, com juros de 5,06% ao ano e até quatro anos de carência, sem que o investidor tenha que pagar nada além dos juros nesse período.

Para garantir o sucesso nos investimentos, especialistas recomendam que as franquias mantenham o mesmo padrão nos seus produtos, independente da região do país onde estejam sendo implementadas.


“È importante garantir o mesmo padrão, porque é isso que faz com que o público local busque esse tipo de produto. Ele sabe que, independente de onde for, vai sempre receber o mesmo produto e com o mesmo padrão”, diz o consultor Marcus Rizzo, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Jeep constroi linha do tempo física do Facebook no Rio de Janeiro



"Montadora realiza ação no Aterro do Flamengo até o dia 30 para que os consumidores conheçam fatos importantes da história da marca, além do Compass, seu mais recente lançamento."



*//* Por Sylvia de Sá || 25/05/2012


A Jeep levou a linha do tempo do FACEBOOOK para o mundo offline para promover o lançamento do Compass, que acaba de chegar ao Brasil. Até o dia 30, quem passar pelo Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, poderá dirigir sobre 100 metros que estampam a trajetória da marca desde o início da década de 1940, quando o primeiro veículo foi criado, até 2012.


Quem participar da ação poderá testar o Jeep Compass ou simplesmente caminhar pela história da MARCA. Entre os casos que poderão ser conhecidos ou relembrados na timeline física estão a importância de Jeep durante a Segunda Guerra Mundial, a relação dos veículos da marca com a construção de Brasília e a trajetória do Cherokee. Quem assina o DESENVOLVIMENTO é a agência Espalhe Marketing de Guerrilha.

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Fiat e Brinquedos Bandeirante lançam versões do Uno para crianças



"Produtos estão disponíveis na loja virtual Fiat Fashion e em pontos de venda especializados de todo o Brasil nos modelos Uno Elétrico e Uno Passeio, a preços a partir de R$ 469,00"



*\\* Por Sylvia de Sá || 25/05/2012


A Fiat e a Brinquedos Bandeirante se juntaram para lançar o Uno PASSEIO e o Uno Elétrico, inspirados no Novo Uno, lançado pela montadora em 2010. O Uno Passeio foi criado para a criança pedalar e conta também com a função auxiliar passeio, com haste para o adulto empurrar. O modelo está disponível ainda na versão premium, com uma capota articulável e giratória.

Já o Uno Elétrico pode ser pilotado pela própria criança ou por meio de controle remoto. Os produtos podem ser encontrados na loja virtual Fiat Fashion  e em pontos de venda especializados de todo o Brasil. O preço sugerido para o Uno Passeio é de R$ 469,00 para os modelos rosa e azul e R$ 499,00 na versão premium, enquanto o Uno Elétrico chega ao MERCADO por R$ 939,00. Este é o segundo projeto da parceria do Fiat Toys com a Brinquedos Bandeirante, iniciada com o lançamento do 500 elétrico, no início de 2012.
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Como estruturar o novo Marketing Infantil



"Livro mostra como funciona o interesse das crianças pelos produtos que são voltados para elas e ensina pais a protegerem os filhos dos apelos da propaganda na sociedade atual."



*//* Por Leticia Muniz || 25/05/2012


livro,criança,marketing 3.0Em contrapartida ao modelo ideal da atualidade, que caminha cada vez mais em busca do relacionamento com o CONSUMIDOR e na construção dos valores da marca, as ações e estratégias de Marketing voltadas para o público infantil ainda estão focadas em um modelo do passado, que dispara diversos estímulos na tentativa de incentivar o consumo.
Proteger as crianças da carga de informações a que são expostas é uma preocupação recorrente entre pais e virou assunto tratado no livro “A Criança e o Marketing”, lançado pela Summus Editorial e ESCRITO pela psicóloga Ana Maria Dias da Silva e pela especialista em comunicação Luciene Ricciotti Vasconcelos.
Em entrevista ao Mundo do Marketing, Luciene Vasconcelos traça um paralelo entre a necessidade das empresas venderem seus PRODUTOS e o desafio dos pais, que precisam formar adultos conscientes. Segundo a autora, a criança é muito suscetível aos apelos de Marketing e não consegue encontrar a diferença entre o brinquedo à venda na loja e a realidade apresentada pelas propagandas.
Luciene Ricciotti Vasconcelos é formada em Administração com ênfase em Marketing pela Faap e pós-graduada em COMUNICAÇÃO e Marketing pela ESPM. É consultora, Sócia-Diretora da W3 Comunicação e autora dos livros Mark-Óbvio e Planejamento de Comunicação Integrada. Leia a entrevista na íntegra.
Mundo do Marketing: Como está a criança hoje em dia comparada a 10 ou 20 anos atrás?
Luciene Vasconcelos: De maneira geral, a diferença está no volume de informações que a criança recebe hoje em dia, com conhecimentos muito intensos e que não podem ser acompanhados calmamente. A infância teve uma grande mudança também com relação à ausência dos pais em casa, que acaba gerando uma culpa. Muitas vezes eles tentam suprir isso com a compra de produtos. A característica da infância de hoje é o menor contato da criança com os pais e a carga de informações que ela recebe.
Mundo do Marketing: Qual é a consequência dessa carga de informações?
Luciene Vasconcelos: A criança não tem critérios para avaliar o que é bom e o que é ruim. Ela precisa de um adulto ao lado para ajudá-la nisso. Ela acaba absorvendo o conteúdo que recebe como verdade. É preciso avaliar as coisas e a criança não tem esse perfil.
Mundo do Marketing: Como a senhora vê a relação da criança de hoje com a propaganda?
Luciene Vasconcelos: Muitas vezes a criança olha uma propaganda e fala “eu quero”. É importante que os adultos saibam o que ela quer, porque, como a criança não abstrai, quer aquele conjunto de coisas. Por isso é comum ouvir os pais dizendo que deram para os filhos um brinquedo que foi pedido e ele ficou largado em algum canto. A criança recebe a informação no momento de formação dela, e, como não abstrai, acaba querendo aquilo tudo o que foi visto, ou seja, ela quer mais a mãe brincando no tapete do que o brinquedo que talvez ela nem tenha visto. Muitas vezes a criança não quer apenas o produto, mas a integração.
Mundo do Marketing: Como as empresas estão fazendo o Marketing voltado para a criança hoje?
Luciene Vasconcelos: As empresas continuam fazendo um Marketing voltado para o desenvolvimento de produtos. É o pensamento da transação um para um. De uma maneira geral, o Marketing evoluiu para uma estratégia de relacionamento, buscando conhecer melhor quem é aquele consumidor e o que ele quer. Hoje já há grandes empresas fazendo o Marketing 3.0, que é aquele voltado para valores. É muito fácil para uma pessoa entrar na Internet e destruir uma marca. Temos vários cases sobre isso, que mostram como a demanda hoje tem voz. Então, as empresas têm que evoluir para um Marketing que, primeiro de tudo, cumpra promessas e, segundo, se preocupe com outras questões com as quais o consumidor está preocupado. Estrategicamente, o Marketing infantil ainda atua no modelo 1.0 e vemos algumas pessoas de baixa renda endividadas por comprar presentes caríssimos. Esperamos que o livro contribua para essa evolução.
Mundo do Marketing: Quais são os apelos mais comuns do Marketing Infantil?
Luciene Vasconcelos: Acredito que essa seja uma questão de evolução e respeito. Já existe no mercado um grupo de pais bastante significativo que está querendo um relacionamento com as empresas. A empresa que vende para o público infantil e se dirige aos pais ganha bastante. Na verdade, está faltando um pouco dessa questão do respeito.
Mundo do MarketingA restrição do conteúdo de propaganda é benéfica para as crianças?
Luciene Vasconcelos: Algumas vezes a regulamentação não funciona de fato. O Marketing busca trabalhar a venda dos produtos para o sucesso da empresa e isso é extremamente sadio para a economia, porque gera empregos. O errado não é consumir, mas não usar. O que seria bom hoje para o Marketing Infantil seria o equilíbrio entre oferta e demanda. É preciso que os pais preparem as crianças para o mundo de hoje. O que vemos são muitos pais que não foram preparados para viver no mundo de apelos publicitários que temos hoje. O mercado está altamente competitivo, com produtos extremamente semelhantes
Mundo do Marketing: O foco não é restringir, mas tornar adultos melhores?
Luciene Vasconcelos: A partir do momento que consigamos criar consumidores realmente aptos a escolherem produtos com critérios, essa regulamentação vai ser natural. Quando vejo produtos para adultos anunciados em canais infantis, naturalmente não compro, porque sei que a propaganda não está falando comigo. Estão usando de um canal infantil para que a criança influencie a minha compra. A partir do momento que as pesquisas indicarem que as mães preferem que os produtos sejam anunciados em veículos para elas, naturalmente isso vai sair da criança.
Mundo do Marketing: A criança tem um influenciador de compra muito grande, não é?
Luciene Vasconcelos: Isso. Enquanto tivermos pesquisas apontando que 80% dos produtos consumidos em uma casa são influenciados por crianças, teremos um aumento muito grande da propaganda voltada para a criança. Vemos hoje o Marketing buscando entender as pessoas e atendê-las. O que acreditamos é que, mudando o consumidor, naturalmente, as empresas terão que mudar e isso se tornará muito mais saudável para a criança.
livro,criança,marketing 3.0Mundo do Marketing: A partir de quantos anos a criança consegue desenvolver uma consciência sustentável, por exemplo?
Luciene Vasconcelos: Isso acontece a partir dos sete anos. É uma criança que já recebeu uma carga de informações muito boa na escola e já está mais preparada. Ela precisa estar mais consciente de que o produto na loja não é igual àquele que está lá na propaganda. Não que isso seja mentira, mas mostra o produto, claro, de uma forma muito mais legal. É a demanda que tem o poder de controlar a oferta. Nós temos que entender isso. A consciência do consumidor é muito importante, tanto que vemos estudos que mostram que, quanto mais elevada culturalmente é uma sociedade, mais resistente ela é aos apelos da propaganda em si.
Mundo do Marketing: O livro deixa para as empresas a missão de que elas precisam evoluir para o Marketing 3.0, correto?Luciene Vasconcelos: Isso. Hoje vemos produtos que não possuem nada de saudável, de sustentável, usando de um apelo ambiental para colocar para a criança que aquilo é legal, porque dá a entender que aquele é um produto voltado para a natureza. Isso tem deixado pais revoltados. Esse é o tipo de coisa que está pegando mal para algumas marcas.
Mundo do Marketing: Os produtos licenciados realmente têm um apelo maior com as crianças?Luciene Vasconcelos: Sim. Isso é algo que todas as pesquisas indicam. No livro ensinamos a criança a avaliar se vale a pena ou não comprar o produto licenciado. A criança, realmente, tem uma capacidade muito maior de adquirir os produtos licenciados.
Mundo do Marketing: Ter produtos licenciados é uma boa estratégia?
Luciene Vasconcelos: Não se nega que a criança tem uma identificação muito maior com personagens e acaba optando por consumir mais esses produtos. Ele precisa ter uma sustentação e, a partir do momento em que há educação para a compra com critério dentro de casa, isso pode ser contornado já que, muitas vezes, o produto licenciado custa o dobro do outro.
Mundo do Marketing: Como a senhora vê o licenciamento de produtos na área de alimentos?
Luciene Vasconcelos: Na minha opinião, não deveria haver licenciamento para produtos que não fazem bem à saúde da criança, já que possuem um apelo tão forte e vivemos em uma sociedade com problemas como a obesidade infantil. Não deveríamos ter um cenário de incentivo a esses produtos não saudáveis. Deveria existir um critério até dos próprios licenciadores. O livro não busca problematizar essas questões, mas mostrar como as empresas podem trabalhar os seus produtos de uma forma melhor, que não agrida tanto a infância e, mesmo assim, trabalhando o seu objetivo de Marketing. Uma economia forte se faz com adultos saudáveis e conscientes do poder de compra que têm.