por Thássius Veloso
Da redação
11/10/2016 06h00 - Atualizado em 11/10/2016 06h00
Postado em 12 de outubro de 2016 às 23h10m
O Xperia XZ é o celular premium mais recente da Sony, com tela de 5,2 polegadas. Ele chegou às lojas do Brasil na semana passada por R$ 3.999. Junto com ele, a fabricante inaugurou uma nova era: a dos smartphones Xperia que não ostentam o "à prova d'água" na ficha técnica.
Termo muito comum entre os telefones da Sony – a ponto de lançarem o Xperia M4 Aqua, especialmente para explorar o benefício de entrar em contato com líquidos –, ele foi substituído por "resistente à água" na mais recente geração de celulares. Qual a diferença entre as duas nomenclaturas? O TechTudo conversou com um executivo da Sony para tirar a dúvida.
Celular CAT S60 tem câmera térmica que ajuda você a ver no escuro
Kit do Sony Xperia XZ, com carregador, cabo USB e caixas
(Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
"Resistente" ou "à prova" d'água?
"Nós estamos readequando a terminologia. A gente entende que a forma atual [resistente à água] é a mais correta para o consumidor", diz o gerente de negócios Renato Cechetti.
"É difícil comunicar para o nosso cliente o significado de 'à prova d'água' porque tem algumas restrições", completa. A queixa do executivo é a mesma de outros profissionais da indústria da telefonia celular: de que o consumidor lê "à prova d'água" na caixa e entende que pode usá-lo como bem quiser em ambientes aquáticos, quando esta não é a recomendação internacional.
Existe uma certificação internacional para os celulares que se propõem a ser resistentes a água, chamada de "IP". Até mesmo na mais robusta das certificações, o IP com número final 8, ainda assim existe um limite que o dispositivo suporta.
Tome como exemplo o Galaxy S7, com proteção IP68: ele pode ficar debaixo d'água por até 30 minutos e à profundidade de 1,5 metro. Prolongar o tempo de permanência na água ou ir mais fundo com ele pode danificar os componentes internos, uma vez que o dispositivo não foi concebido para condições assim.
O "resistente à água" indica que o produto pode entrar em contato com a água, mas este uso não pode ser indiscriminado. Segundo a página oficial do produto, o XZ "foi projetado para suportar os respingos que fazem parte do dia a dia". Não é uma boa ideia levá-lo para dentro do mar, pois a água salgada pode danificar o dispositivo. O mesmo vale para água com cloro ou outros "líquidos em geral".
Dicas de sobrevivência
A Sony diz que "abusos e uso indevido do dispositivo invalidarão a garantia". No entanto, a empresa não explicita como a avaliação é feita. Em entrevista, Cechetti explica que cada caso é avaliado individualmente, "até porque o consumidor é mais leigo em relação à certificação".
O executivo faz outra recomendação: que os futuros compradores do XZ não coloquem o smartphone na água caso o produto tenha "sinais de fissura", pois a proteção contra água pode não dar conta de proteger os componentes internos. Até porque não há muito o que fazer depois que o líquido chega à placa-mãe e demais partes do hardware. Costuma ser um caminho sem volta.
Moto G 3 (2015): resistente a respingos
(Foto: Luana Marfim/TechTudo)
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