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Levantamento do Google for Startups sobre escassez no mercado de TI aponta que a falta de diversidade, a ausência de talentos com perfil sênior, entre outros fatores, têm impactado o setor. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Darlan Helder, g1 Postado em 31 de maio de 2023 às 15h00m
Post. N. - 4.635
Patricia Alves é engenheira de dados e entrou na área estudando programação. — Foto: Celso Tavares/g1
O Google
divulgou nesta quarta-feira (31) um estudo em que mostra os principais
desafios do mercado de tecnologia da informação (TI) no Brasil. Segundo a
empresa, o país terá um déficit de 530 mil profissionais da área até 2025.
O relatório, produzido em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), aponta que53 mil profissionais irão se formar entre 2021 e 2025, mas a demanda por novos talentos nesse período será de 800 mil, segundo a associação das empresas de tecnologia, a Brasscom.
"O resultado é um déficit de 530 mil profissionais, evidenciando ainda
mais o desequilíbrio entre oferta de trabalho e talentos disponíveis",
diz o Google. "A falta de habilidades digitais do Brasil o coloca na
terceira posição entre os países do G20 que mais desperdiçam a
oportunidade de aumentar o PIB".
O levantamento também mostra que 92% das startups participantes do
estudo acreditam que faltam profissionais de tecnologia no Brasil e que
isso gera impacto na inovação de seus negócios, podendo até prejudicar a
sobrevivência das empresas.
O Google diz que ouviu startups, executivos e profissionais da área que
listaram os motivos que geram a escassez de mão de obra qualificada no
setor. Alguns causadores são:
o ensino de pensamento lógico está defasado nas escolas brasileiras;
existem grandes limitações para pessoas de regiões distantes dos grandes centros do país;
existem condições muito mais atrativas internacionalmente, esvaziando o mercado nacional.
Segundo o estudo, as áreas que apresentam os maiores déficits globais de talentos são segurança da informação, inteligência artificial, arquitetura de nuvem e organização de T.I. Automação, respectivamente.
Para André Barrence, diretor do Google for Startups para a América
Latina, "são muitas vagas e poucos profissionais qualificados para
atender às atuais necessidades do mercado".
Principais líderes de tecnologia, especialistas e professores juntaram-se nesta terça-feira (30) e fizeram um alerta sobre um possível risco de extinção da humanidade pela IA. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Reuters 30/05/2023 17h21 Atualizado há uma hora Postado em 30 de maio de 2023 às 18h25m
Post. N. - 4.634
Criador do ChatGPT e outros líderes de tecnologia alertam para 'risco de extinção' da humanidade pela IA — Foto: Pexels
Os principais executivos de inteligência artificial, incluindo o cofundador da OpenAI (dona do ChatGPT), Sam Altman, juntaram-se a especialistas nesta terça-feira (30) e fizeram um alerta sobre um possível risco de extinção da humanidade pela IA.
“Mitigar
o risco de extinção pela inteligência artificial deve ser uma
prioridade global ao lado de outros riscos em escala social, como
pandemias e guerra nuclear”, escreveram mais de 350 signatários na
declaração conjunta.
A carta foi publicada pelo Centro de Segurança de Inteligência
Artificial (Cais), uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo
de abrir a discussão sobre os riscos mais graves da IA avançada.
Além de Altman, a declaração foi assinada pelos presidentes-executivos das empresas DeepMind e Anthropic e executivos da Microsoft e Google.
Entre eles também estão Geoffrey Hinton
e Yoshua Bengio -- dois dos três chamados “padrinhos da Inteligência
Artificial”, que receberam o Prêmio Turing de 2018 por seu trabalho em
aprendizado profundo -- e professores de instituições que vão de Harvard
à Universidade Tsinghua da China. (Confira aqui a lista completa de assinaturas.)
Desenvolvimentos recentes no setor criaram ferramentas que os
defensores dizem poder ser aplicadas em uma série de ações, de
diagnósticos médicos até a redação de resumos jurídicos, mas isso
provocou temores de que a tecnologia possa levar a violações de
privacidade, alimentar campanhas de desinformação e levar a problemas
com "máquinas inteligentes".
Geoffrey Hinton disse anteriormente à Reuters que a tecnologia pode representar uma ameaça "mais urgente" para a humanidade do que a mudança climática.
Pioneiro da IA alerta para perigos:
Geoffrey Hinton alerta para impactos da inteligência artificial na sociedade
Levantamento feito pela NordVPN aponta que o país está entre os cinco que mais foram afetados por esse tipo de crime no mundo. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Isabela Bolzani 29/05/2023 14h27 Atualizado há 02 horas Postado em 29 de maio de 2023 às 16h30m
Post. N. - 4.633
Considerando apenas a América do Sul, Brasil é o país com maior número
de cartões roubados e vendidos na "dark web". — Foto: Getty Images
Cerca de 144 mil cartões de pagamentos foram roubados no Brasil e vendidos na "dark web"(sites
que existem em redes anônimas e que normalmente são utilizados para
circulação de conteúdo ilegal e atividade criminosa) em 2023, apontou um
levantamento feito pela NordVPN, empresa especialista em
cibersegurança.
Os números colocam o país no 5º lugar do ranking entre os mais afetados pelo crime no mundo. Considerando apenas a América do Sul, o Brasil está em 1º lugar entre os países que mais sofrem roubos e fraudes de cartões.
Segundo a pesquisa, o preço médio de uma unidade roubada no país e vendida na dark web é de R$ 42,25,
pela cotação da última sexta-feira (26). Atualmente, 92 mil cartões de
pagamentos brasileiros ainda estão à venda ilegalmente.
O levantamento analisou 6 milhões de unidades encontradas nas redes anônimas de internet e apontou que dois em cada três cartões (66,7%) vêm com pelo menos algumas informações privadas das vítimas, como endereço, número de telefone, e-mail ou até mesmo o número do Seguro Social (SSN, na sigla em inglês).
No Brasil, mais de 48 mil unidades analisadas apresentavam o número de
telefone das vítimas. Segundo a NordVPN, a estimativa é que, com a venda
total dos bancos de dados encontrados, os cibercriminosos poderiam
ganhar mais deUS$ 18,5 milhões (o equivalente a cerca de R$ 92,6 bilhões).
De acordo com Adrianus Warmenhoven, consultor de segurança cibernética
da companhia, as informações pessoais vendidas com esses cartões tornam
toda a situação “muito mais perigosa”.
“No
passado, as fraudes com cartões de pagamento eram feitas por meio de
força bruta. Hoje, eles são roubados usando métodos mais sofisticados,
como phishing e malware e podem culminar até no roubo de identidade da
vítima", diz.
Phishing é um tipo de golpe no qual o criminoso envia uma mensagem ou
e-mail se fazendo passar por uma instituição financeira ou outra
empresa. O objetivo é tentar enganar as pessoas, fazendo-as clicar em
algum link malicioso e compartilhar informações pessoais e
confidenciais.
EUA lideram o ranking
No mundo, os Estados Unidos foram líderes no número de cartões roubados – segundo a pesquisa, mais da metade dos 6 milhões de unidades analisadas (cerca de 3,5 milhões) veio do país.
Em seguida, vieram a Índia, o Reino Unido e o México. Veja o ranking com os 20 primeiros lugares:
Além disso, ainda segundo o levantamento, as unidades norte-americanas roubadas são vendidas por R$ 28,78na "dark web". Já os cartões mais valorizados pelos criminosos são da Dinamarca, com um preço médio de R$ 57,56.
Veja os 20 países com as unidades mais caras:
Como se proteger dos ataques?
Segundo Warmenhoven, é possível se proteger dos ataques utilizando
algumas estratégias de segurança virtual, tais como usar senhas
impenetráveis – aquelas com pelo menos 20 caracteres entre letras,
números e símbolos e armazenadas em um gerenciador criptografado.
Veja outras dicas dadas pelo lista:
baixar o aplicativo do seu banco e utilizar as notificações de cada transação em tempo real;
responder a violações de dados, alterando nome de usuário e senha imediatamente;
usar um software anti-malware, que garante a detecção de arquivos maliciosos e vírus que roubam informações.
Os dados da pesquisa foram compilados pela NordVPN, em parceria com
pesquisadores independentes especializados em incidentes de segurança
cibernética. Foram avaliados oito mercados-chave na "dark web" para
recuperar os detalhes de mais de 6 milhões de cartões.
A companhia ainda destaca que o estudo não determinou o número exato
nem analisou a totalidade dos detalhes de cartões de pagamento vendidos
em toda a "dark web".
Em meio ao debate sobre a substituição de trabalhadores por inteligência artificial, especialistas dizem que há algumas funções que os computadores não vão assumir — pelo menos por enquanto. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Kate Morgan, BBC 27/05/2023 11h54 Atualizado há um dia Postado em 28 de maio de 2023 às 07h45m
Post. N. - 4.632
Especialistas afirmam que existem alguns tipos de trabalho que a
inteligência artificial não consegue fazer — ainda — Foto: GETTY
IMAGES/via BBC
Desde o início da Revolução Industrial, surgem ameaças de que novas
máquinas — de teares mecanizados a microchips — podem se apropriar dos
empregos humanos. Na maior parte das vezes, os humanos levaram a melhor.
Mas, agora, já podemos ver a inteligência artificial onipresente no
horizonte. E especialistas afirmam que esta ameaça está se tornando
realidade: os robôs realmente estão chegando para assumir parte dos
empregos humanos.
Um relatório do grupo financeiro Goldman Sachs, publicado em 2023,
estima que a inteligência artificial capaz de gerar conteúdo pode fazer
um quarto de todo o trabalho atualmente realizado por seres humanos.
Segundo o relatório, 300 milhões de empregos podem ser perdidos para a
automação em toda a União Europeia e nos Estados Unidos.
As consequências podem ser desastrosas, de acordo com Martin Ford,
autor do livro Rule of the Robots: How Artificial Intelligence Will
Transform Everything ("A regra dos robôs: como a inteligência artificial
irá transformar tudo", em tradução livre).
"Não é algo que pode acontecer apenas individualmente, pode ser bastante sistêmico", diz ele.
"Pode acontecer com muita gente, talvez subitamente, talvez com todos
ao mesmo tempo. E isso traz consequências não só para aqueles
indivíduos, mas para toda a economia."
Felizmente, nem tudo são más notícias. Os especialistas fazem uma
ressalva: ainda existem coisas que a inteligência artificial não
consegue fazer — tarefas que envolvem qualidades claramente humanas,
como a inteligência emocional e o pensamento criativo.
Por isso, mudar para funções centralizadas nestas habilidades pode
ajudar a reduzir as chances de ser substituído pela inteligência
artificial.
"Acho que existem três categorias gerais que vão estar relativamente protegidas no futuro próximo", afirma Ford.
"Primeiro, os empregos genuinamente criativos. Você não está fazendo um
trabalho previsível, nem simplesmente reorganizando as coisas. Você
está genuinamente criando novas ideias e construindo algo novo."
Os robôs podem fornecer diagnóstico mais rápido de certas doenças, mas
os pacientes ainda querem ser informados e orientados por seres humanos —
Foto: GETTY IMAGES/via BBC
Isso não significa, necessariamente, que todos os empregos considerados
"criativos" estejam seguros. Na verdade, atividades como o design
gráfico e relacionadas às artes visuais podem estar entre as primeiras a
desaparecer. Algoritmos básicos podem orientar um robô a analisar
milhões de imagens, permitindo que a inteligência artificial domine
instantaneamente a estética.
Mas existe alguma segurança em outros tipos de criatividade, segundo Ford:
"Na ciência, na medicina e no direito... pessoas cujos empregos geram
novas estratégias legais ou comerciais. Acho que, ali, continuará a
haver um lugar para seres humanos."
A segunda categoria protegida, de acordo com Ford, é a dos empregos que
exigem relações interpessoais sofisticadas. Ele destaca enfermeiros,
consultores comerciais e jornalistas investigativos.
Para ele, estes são empregos "nos quais você precisa de compreensão
muito profunda das pessoas. Acho que vai levar muito tempo até que a
inteligência artificial tenha a capacidade de interagir da forma que
realmente estabelece relacionamentos."
A terceira zona segura, na opinião de Ford, é a dos "empregos que
realmente exigem muita mobilidade, agilidade e capacidade de solução de
problemas em ambientes imprevisíveis".
Muitos empregos no setor de serviços — eletricistas, encanadores, soldadores etc. — se encaixam nesta classificação.
"São tipos de trabalho em que você lida com uma nova situação o tempo todo", ele acrescenta ele.
"Provavelmente, são os de mais difícil automação. Para automatizar
trabalhos como estes, você precisaria de um robô de ficção científica.
Você precisaria do C-3PO de Star Wars."
Embora os empregos que se enquadram nestas categorias provavelmente vão
continuar sendo ocupados por seres humanos, isso não significa que
essas profissões estejam totalmente protegidas contra a ascensão da
inteligência artificial.
Na verdade, segundo a professora de economia trabalhista Joanne Song
McLaughlin, da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, a maioria
dos empregos, independentemente do setor, tem aspectos que provavelmente
serão automatizados pela tecnologia.
Para ela, "em muitos casos, não existe ameaça imediata aos empregos,
mas as tarefas vão mudar". Os empregos humanos vão ficar mais
concentrados nas habilidades interpessoais, segundo McLaughlin.
Empregos no setor de serviços e que exigem grande mobilidade
provavelmente estão mais protegidos contra a automação — Foto: GETTY
IMAGES/via BBC
"É fácil imaginar, por exemplo, que a inteligência artificial vai
detectar câncer muito melhor do que os seres humanos", ela explica.
"No futuro, imagino que os médicos vão usar essa nova tecnologia. Mas não acho que todo o papel do médico será substituído."
McLaughlin afirma que, embora um robô possa ostensivamente fazer um
trabalho melhor de diagnóstico do câncer, a maioria das pessoas ainda
vai querer um médico — uma pessoa de verdade — para informá-las.
Ela acrescenta que isso é válido para quase todos os empregos e, por
isso, desenvolver habilidades distintamente humanas poderá ajudar as
pessoas a aprender a fazer seus trabalhos em parceria com a inteligência
artificial.
"Acho que é inteligente pensar: 'Que tipo de tarefas no meu trabalho
serão substituídas ou feitas com melhor qualidade pelo computador ou
pela inteligência artificial? E quais são minhas habilidades
complementares?'"
McLaughlin menciona o exemplo dos caixas bancários, que, antigamente,
precisavam contar dinheiro com muita precisão. Agora, esta tarefa foi
automatizada, mas ainda existe lugar no banco para os caixas.
"A tarefa de contar dinheiro ficou obsoleta devido à máquina", ela explica.
"Mas, agora, os caixas se concentram mais em criar um relacionamento
com os clientes e apresentar novos produtos. As habilidades sociais
ficaram mais importantes."
É preciso observar, segundo Ford, que um nível de escolaridade avançado
ou um cargo com alto salário não são defesas contra a chegada da
inteligência artificial.
"Podemos pensar que as pessoas em cargos administrativos estão em
posição superior na cadeia alimentar em relação a alguém que dirige um
carro para viver", ele afirma.
"Mas o futuro do funcionário de escritório está mais ameaçado do que o
do motorista de Uber, pois ainda não temos carros autônomos, enquanto a
inteligência artificial pode certamente escrever relatórios."
"Em muitos casos, os profissionais formados serão mais ameaçados do que
aqueles com menos formação. Pense na pessoa que trabalha limpando
quartos de hotel — é muito difícil automatizar esse serviço."
Em resumo, procurar trabalho em ambientes dinâmicos e versáteis, que
incluem tarefas imprevisíveis, é uma boa forma de evitar perder o
emprego para a inteligência artificial. Pelo menos, por enquanto.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.
Blockbuster e site precursor das redes sociais também estão entre ideias promissoras que não duraram muito. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por BBC 26/05/2023 14h03 Atualizado há uma hora Postado em 26 de maio de 2023 às 15h05m
Post. N. - 4.631
Cofundador do Google, Sergey Brin, com seu Google Glass — Foto: GETTY IMAGES via BBC
No mundo dos negócios, como em tantos outros, tudo começa com uma ideia.
Essa ideia recebe investimentos em tempo e dinheiro, até ficar pronta
para ser lançada e observada para ver se faz ou não sucesso.
Algumas dessas ideias progridem muito, como o Facebooke a Amazon. Mas muitas outras fracassam, por uma série de razões.
Os entusiastas da tecnologia costumam citar frequentemente o caso do
sistema de vídeo Betamax, da Sony. Ele recebeu enormes elogios por sua
qualidade superior à do sistema VHS, mas acabou perdendo para o
concorrente por falta de habilidade na sua campanha de marketing.
Da mesma forma, outras empresas de sucesso também foram responsáveis por alguns dos maiores fracassos da história. Por quê?
O que não era de se estranhar. O Google Glass parecia ter saído de um
filme de ficção científica — óculos de alta tecnologia com uma tela de
visualização frontal, que mostrava informações que se deslocavam pela
linha de visão do usuário, tudo ativado por gestos ou comandos de voz.
Com eles, você poderia encontrar seu caminho orientado por um mapa
sobreposto à sua realidade; suas mensagens apareceriam diante dos seus
olhos; um único gesto seria suficiente para você tirar fotos ou gravar
vídeos; e um comando de voz faria você se comunicar com quem desejasse.
O produto foi criado em meio ao clamor permanente pela informática
portátil. Mas, embora a utilidade e a imagem do Google Glass fossem
atraentes, as preocupações com privacidade acabaram agindo contra ele,
já que oferecia ao seu usuário a possibilidade de filmar e fotografar
outras pessoas sem ser observado.
A ideia de que alguém pudesse ser gravado sem saber acabou sendo
incômoda demais para as pessoas. E, para os estabelecimentos comerciais,
como restaurantes e salas de cinema, a possibilidade de que seus
clientes usassem óculos com câmeras também não foi bem recebida.
O projeto foi ressuscitado em 2017, com o Glass at Work, orientado não
ao público em geral, mas para as empresas. Eles eram úteis, por exemplo,
para oferecer notificações em tempo real no ambiente médico ou para ler
QR code.
Mas as tentativas de fazer reviver a ideia não foram suficientes para
mantê-la por muito mais tempo. Em março de 2023, o Google colocou ponto
final aos seus óculos futuristas.
2. Olestra
Descoberto por cientistas da empresa norte-americana Procter &
Gamble na década de 1960, Olestra era um substituto da gordura que não
era absorvido pelo corpo.
Olestra foi testado em bolos, rosquinhas e sorvetes, reduzindo seu teor de calorias em até 50%.
Ele prometia ser a panaceia para a dieta das pessoas, que poderiam
desfrutar dos alimentos sem sofrer as consequências negativas. E era uma
ótima solução para a multinacional, que ganharia muito dinheiro com a
venda do produto.
Mas os comentários sobre os testes com Olestra foram desastrosos e repugnantes.
“Todos tinham a mesma reclamação”, explica o cientista de alimentos
Peter Berry Ottaway, “vazamentos anais que saem do reto sem nenhum
controle”.
A Procter & Gamble reformulou o produto, concentrando-se na
produção de salgadinhos. E, em 1990, pediu a aprovação da Administração
de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).
A aprovação chegou seis anos depois, mas os produtos que usavam Olestra
precisariam declarar que podem causar cólicas abdominais e fezes moles.
Inicialmente, os consumidores não desaminaram. Paralelamente, começaram
a surgir resultados médicos melhores sobre os efeitos secundários do
produto.
Mas surgiu uma campanha feroz e contínua contra o uso de Olestra pelo
Centro para a Ciência no Interesse Público (CSPI, na sigla em inglês).
E, como se não bastasse, o produto se tornou alvo de piadas dos
comediantes da televisão norte-americana.
Tudo isso levou ao fim do Olestra.
"Realmente, foi uma guerra de relações públicas", segundo o milionário
empreendedor Sam White. Ele declarou que, se fosse a Procter &
Gamble, "teria continuado lutando".
3. Blockbuster
Há 20 anos, a Blockbuster fazia parte da paisagem urbana ao redor do mundo — Foto: Ron Heflin/AP
Lançado em 1985 em Dallas, no Estado americano do Texas, o videoclube
Blockbuster ("sucesso de bilheteria", em inglês) fez jus ao seu nome por
quase 30 anos.
No seu auge, em 2004, a empresa gigante do aluguel de filmes chegou a
ter 9 mil lojas em todo o mundo, 84 mil funcionários e receita de quase
US$ 5,9 bilhões (cerca de R$ 29,5 bilhões).
Mas, naquela altura, a empresa já havia cometido um erro grave: no ano
2000, deixou passar a oportunidade de comprar a Netflix.
A plataforma de streaming norte-americana havia sido fundada em 1997, oferecendo um serviço de aluguel de DVDs pelo correio.
A Netflix ofereceu à Blockbuster a possibilidade de acrescentar uma
plataforma online à sua operação de aluguel de fitas e DVDs. Em troca, a
Blockbuster dedicaria um espaço à Netflix nas suas lojas.
A Blockbuster recusou esta e outras oportunidades, segundo a Netflix,
que acabou se tornando sua principal ameaça. Foi o momento decisivo para
a sua queda.
"É muito fácil para as pessoas intoxicar-se com o sucesso e começar a
acreditar que nada irá se interpor no seu caminho, o que não acontece,
pela minha experiência", observa White.
A Blockbuster havia se interessado em oferecer seus próprios serviços
de transmissão. Este enfoque mudou depois de 2005, quando a gigante da
comunicação Viacom vendeu a companhia, deixando-a repleta de dívidas. E
uma compra posterior por "investidores ativistas" impediu a inovação da
empresa.
Lançado pela engenheira da computação Julie Pankhurst e seu marido
Steve em julho de 2000, o site Friends Reunited (“Amigos reunidos”, em
inglês) ajudava as pessoas a encontrar seus velhos amigos da escola.
Precursor das redes sociais, o site teve crescimento inicial
extremamente modesto. Mas, depois que foi mencionado em um programa de
rádio da BBC, o Friends Reunited ganhou força. No final de 2002, já
havia atraído 8 milhões de usuários.
A transição do acesso gratuito para a assinatura paga foi inevitável,
mas não reduziu o entusiasmo, nem a má publicidade, alimentada por
histórias de velhos amigos de escola tendo casos e professores
caluniados.
O Friends Reunited conseguiu se manter até ser vendido para o canal de
TV britânico ITV em 2005, por 175 milhões de libras (cerca de R$ 1,08
bilhão). Mas a aquisição foi um fracasso e, em 2009, a ITV se desfez do
site por apenas 25 milhões de libras (cerca de R$ 154,5 milhões).
O canal de televisão pagou demais por uma peça central da sua
estratégia digital, mas que era “um negócio que, culturalmente, não
estava no lugar certo”, segundo White. E, mesmo com o seu drástico
destino, o empresário acredita que o Friends Reunited “poderia ter
enfrentado os Facebooks da vida”.
5. Sinclair C5
O triciclo elétrico C5 (com pedalagem assistida) foi um veículo
individual lançado com grande alarde no dia 10 de janeiro de 1985.
Ele foi anunciado como o futuro do transporte — uma máquina não
poluente, capaz de levar seu motorista aonde precisar, substituindo os
automóveis superdimensionados e pouco eficientes.
Idealizado pelo célebre inventor britânico Clive Sinclair (1940-2021), o
Sinclair C5 prometia ser mais uma de suas criações bem sucedidas, ao
lado da primeira calculadora eletrônica de bolso e do seu popular
microcomputador doméstico ZX Spectrum.
Mas, junto com o DeLorean (o carro que ganhou fama nos filmes da série
De Volta para o Futuro), o C5 acabou sendo um dos fracassos de
transporte mais espetaculares da década de 1980.
E, neste caso, o baque veio logo no princípio. O veículo havia passado
da mesa de desenho direto para o protótipo, sem nenhuma pesquisa de
mercado, e teve um problema de imagem quase instantâneo.
A imprensa e o público não observaram o Sinclair C5 como um novo modo
de transporte, mas como um brinquedo de alto custo. E ele recebeu
críticas por questões de segurança, já que era extremamente baixo, o que
o tornava praticamente invisível para os outros veículos.
Além disso, a aparente vantagem de poder ser dirigido por qualquer
pessoa com mais de 14 anos, sem habilitação nem capacete, acabou se
tornando motivo de preocupação.
Com a má recepção do público, a quantidade de pedidos foi mínima e a
produção foi encerrada depois de cerca de oito meses. Mas, mesmo tendo
sido ridicularizado de quase todos os lados, o C5 ainda tem seus
admiradores.
Com os avanços da tecnologia de baterias e dos sistemas de controle
eletrônico de segurança e estabilidade, além da busca de alternativas
aos automóveis com motor a gasolina, especialistas se perguntam se o
Sinclair C5 não teria sido lançado 30 anos antes do seu tempo.