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terça-feira, 30 de julho de 2024

Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial em cerimônia em Brasília

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Prévia do projeto foi entregue nesta terça, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
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Por Beatriz Borges, g1 — Brasília

Postado em 30 de julho de 2024 às 12h45m

#.* Post. - Nº.\  4.924 *.#

Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial — Foto: Beatriz Borges/g1
Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial — Foto: Beatriz Borges/g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira (30) uma prévia do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA).

A entrega foi feita durante a cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que aconteceu no espaço Brasil 21, em Brasília.

Com três dias de debate, o evento tem como objetivo definir ações do governo no setor de ciência e tecnologia e construir uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para ser implementada até 2030.

Inteligência artificial: regulamentação a passos lentos

O PBIA foi encomendado por Lula em março deste ano e aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) nesta segunda-feira (29).

"Sempre disse que uma democracia não é um pacto de silêncio, é uma sociedade brigando e exigindo coisas que ela ainda não tem", disse Lula na ocasião.

O presidente destacou o momento como importante para a história do Brasil. "O que vocês fizeram hoje de me entregar um documento sobre uma inteligência artificial pensada pelos cientistas brasileiros é um marco para este país", afirmou.

Segundo Lula, na semana que vem, ele vai apresentar o plano numa reunião ministerial. "Eu vou ter uma reunião com ministros para apresentar a proposta e, a partir daí, vamos tomar decisão para saber como vamos fazer essa coisa acontecer", prosseguiu Lula.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o plano tem entre seus objetivos promover o desenvolvimento tecnológico nacional e promover a liderança global do Brasil na área de Inteligência Artificial.

O plano foi organizado com base em cinco eixos:

  • Infraestrutura e Desenvolvimento de IA;
  • Difusão, Formação e Capacitação;
  • IA para Melhoria dos Serviços Públicos;
  • IA para Inovação Empresarial;
  • Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA.

O plano de ação prevê um investimento de R$ 23,03 bilhões em ações no setor somando todas as medidas previstas (ações de impacto imediato e os cinco eixos de atuação) entre os anos de 2024 e 2028.

O plano traz várias fontes de financiamento, entre elas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e investimentos da iniciativa privada.

Durante o discurso, Lula falou sobre como surgiu a ideia de criação do mecanismo. Ele disse que já estava cansado de tanto ouvir tanto sobre inteligência artificial e se questionou: "se essa coisa é tão boa, porque ela é artificial? E pode ser manipulada pela inteligência humana?"

Nesse mesmo contexto, Lula voltou a criticar as "big techs", como são conhecidas Apple, Microsoft, Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (dona do Google) e Amazon.

"No fundo no fundo, é a inteligência humana que pode aperfeiçoá-la, porque [a IA] nada mais é que a capacidade de fazer a coletânea de todos os dados e a gente tem as 'big techs' que fazem isso sem pedir licença, sem pagar imposto e ainda cobram dinheiro e ficam ricas por conta de divulgar coisas que não deveriam ser divulgadas", disse o presidente.

"E eu fiquei pensando: será que nós, um país com 200 milhões de habitantes, um país que já completou 524 anos, (...) que tem uma base intelectual respeitada no mundo, que tem um povo tão generoso, que vive na diversidade tão extraordinária, esse país não pode criar seu próprio mecanismo ao invés de esperar vir de outros países. Porque não podemos ter a nossa?", completou.

Diversas autoridades compareceram ao evento, entre elas, a ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República), a ministra Nísia Trindade (Saúde), o ministro Camilo Santana (Educação) e o ministro Marcos Antônio Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República).

Defesa da regularização

No início do mês, Lula disse que cientistas brasileiros precisavam "criar vergonha" e desenvolver uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) brasileira.

Na ocasião, o presidente afirmou ainda que se reuniu com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e pediu apresentação do Plano Brasileiro para Inteligência Artificial.

O conselho reúne cientistas de todo país e está vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pasta chefiada pela ministra Luciana Santos.

A declaração foi feita durante a Cerimônia de premiação das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), no Rio de Janeiro.

No começo do ano, o presidente Lula chegou a afirmar que o Brasil não precisava de Inteligência Artificial, mas seria necessário regularizar o uso da ferramenta.

Congresso

No Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) apresentou um projeto para regular a inteligência artificial no país.

O texto está sob análise da comissão temporária sobre inteligência artificial. A relatoria é do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

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segunda-feira, 29 de julho de 2024

SearchGPT: Dona do ChatGPT entra no mercado de buscas, que é dominado pelo Google

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Nova ferramenta ainda está em fase de testes para poucos usuários e vai apresentar resultados de pesquisa resumidos com links de origem.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 29 de julho de 2024 às 19h35m

Post. N. - 4.923

SearchGPT: OpenAI, dona do ChatGPT,  entra no mercado de buscas, que é dominado pelo Google — Foto: Reprodução/OpenAI
SearchGPT: OpenAI, dona do ChatGPT, entra no mercado de buscas, que é dominado pelo Google — Foto: Reprodução/OpenAI

A OpenAI, dona do ChatGPT, está se aventurando em um território dominado pelo Google com o lançamento ainda restrito do SearchGPT, um mecanismo de busca com inteligência artificial e acesso em tempo real a informações da internet.

A novidade também coloca a gigante da IA em competição com seu maior patrocinador, a Microsoft, que é dona da ferramenta de busca Bing.

O SearchGPT fornecerá resultados de pesquisa resumidos com links de origem em resposta a consultas de usuários, disse a OpenAI em uma postagem em seu blog. Os usuários também poderão fazer perguntas de acompanhamento e receber respostas contextuais.

A OpenAI disse que abriu inscrições para a nova ferramenta, que está atualmente em estágio de testes e está sendo testada com um pequeno grupo de usuários e editores. A companhia disse que planeja integrar os melhores recursos da ferramenta de busca ao ChatGPT no futuro.

A empresa dará aos editores acesso a ferramentas para gerenciar como seu conteúdo aparece nos resultados do SearchGPT. News Corp e The Atlantic são parceiros de publicação do SearchGPT.

SearchGPT, nova ferramenta de buscas da OpenAI — Foto: Divulgação/OpenAI
SearchGPT, nova ferramenta de buscas da OpenAI — Foto: Divulgação/OpenAI

O Google domina o mercado de mecanismos de busca com uma participação de 91,1% em junho, de acordo com a empresa de análise da web Statcounter.

O SearchGPT sinaliza uma colaboração mais próxima entre editores e OpenAI, após acordos de licenciamento de conteúdo com grandes organizações como Associated Press, News Corp e Axel Springer.

O Google não respondeu aos contatos da Reuters para comentar o assunto.

Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético?
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Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT

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Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes
Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes
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sexta-feira, 26 de julho de 2024

X coleta dados de usuários sem permissão para treinar sua inteligência artificial; veja como desativar

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Autorização foi dada automaticamente pela plataforma com o objetivo de aprimorar o Glok, IA semelhante ao ChatGPT.
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Por g1

Postado em 26 de julho de 2024 às 17h30m

Post. N. - 4.922

X, rede social de Elon Musk — Foto: REUTERS/Dado Ruvic
X, rede social de Elon Musk — Foto: REUTERS/Dado Ruvic

O X está usando dados dos usuários para treinar o Grok, sua inteligência artificial (IA) generativa que concorre com o ChatGPT.

A empresa de Elon Musk atualizou a página de configurações para usuários decidirem se posts e interações podem ser usados para treinar a IA, mas deixou a opção ativada por padrão.

Segundo o X, esses dados serão usados para treinamento e ajuste fino da IA. A mudança provocou reação negativa em alguns usuários, que reclamaram da falta de transparência do X (veja ao final).

Como impedir o X de coletar dados para IA

  1. Logar no X no computador — só é possível realizar esse procedimento no formato web;
  2. Selecionar a opção Configurações, localizada na parte de baixo da aba no lado esquerdo da tela;
  3. Clicar em Privacidade e Segurança;
  4. Selecionar a opção Grok, na parte de baixo do menu do lado direito da tela;
  5. Desabilitar o Compartilhamento de dados ao clicar em cima da flechinha que está preenchendo essa opção.
O caso da Meta

Os usuários da Meta — dona do Instagram, Facebook e WhatsApp — passaram por uma situação semelhante em junho. Na época, a plataforma autorizou o uso dos dados abertos dos brasileiros para treinar sistemas de inteligência artificial (IA) generativa por meio de uma atualização na sua política de privacidade.

No mês seguinte, contudo, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia ligada ao Ministério da Justiça, mandou a Big Tech suspender a prática, sob o risco de multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento. O órgão justificou a decisão com risco iminente de dano grave e irreparável ou de difícil reparação aos direitos fundamentais dos titulares afetados"

A medida ocorreu após o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) falar que a forma como empresa estava usando dados viola leis brasileiras porque os usuários não foram avisados de antemão, a opção que permite se opor à prática é "pouco intuitiva", e pode haver uma vantagem excessiva para a empresa.

A Meta, por outro lado, disse que a mudança estava em conformidade com a legislação brasileira e que ficou desapontada com a decisão.

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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Por que Paris 2024 se protege de possíveis ataques cibernéticos da Rússia durante Olimpíadas

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Organização dos Jogos teme manobras agressivas no espaço que poderiam levar à interferência nas comunicações e na transmissão de televisão e à exibição de mensagens políticas russas.
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TOPO
Por Franck Alexandre

Postado em 24 de julho de 2024 às 17h55m

Post. N. - 4.921

Policiais franceses patrulham lado externo do Estádio Parque dos Príncipes antes da partida de futebol masculino entre Uzbequistão e Espanha, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, em Paris, no dia 24 de julho — Foto: Franck Fife/AFP
Policiais franceses patrulham lado externo do Estádio Parque dos Príncipes antes da partida de futebol masculino entre Uzbequistão e Espanha, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, em Paris, no dia 24 de julho — Foto: Franck Fife/AFP

Faltando apenas alguns dias para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, as autoridades francesas estão preocupadas com a possibilidade de grandes ações cibernéticas direcionadas às infraestruturas digitais. Elas também temem manobras agressivas no espaço que poderiam levar à interferência nas comunicações e na transmissão de televisão. Na mira das autoridades está a Rússia, que já praticou esse tipo de ação no passado.

É um ataque de hackers o que as autoridades francesas mais temem. Imagine só este cenário possível: 26 de julho de 2024, 19h30, cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. O desfile naval parte ao longo do Rio Sena, com os cais, Notre-Dame e a Pont-Neuf como pano de fundo, um panorama sublime listado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

O mundo inteiro estaria assistindo, e o momento seria mágico. De repente, linhas cinzas embaçariam os aparelhos de televisão do mundo todo, sendo imediatamente substituídas por imagens que não têm nada a ver com as Olimpíadas. Uma mensagem política ou imagens violentas seriam então transmitidas pelo mondovision, o sistema de transmissão simultânea de imagens de televisão para várias partes do mundo usando satélites.

Um verdadeiro pesadelo para os organizadores e para a França, o país anfitrião.

Paris anuncia esquemas de segurança para a cerimônia de abertura das Olimpíadas

Um cenário tecnicamente possível

"Os russos sabem como falsificar sinais. Sabemos que eles evocaram essa possibilidade e não há muita razão para que não ajam, portanto, há uma preocupação real, diz um oficial sênior do exército francês cujo trabalho é rastrear as ações de Moscou.

"Não é tão fácil fazer isso, mas é uma hipótese que acreditamos ser possível, porque nessa área a Rússia tem recursos bastante substanciais", sublinhou o militar.

"Seja em termos de capacidades espaciais ou de ataques a segmentos terrestres ou espaciais, eles têm capacidades militares muito fortes no que chamamos de confronto híbrido. Funciona um pouco como um site: você digita um endereço, mas tecnicamente é possível manipular a solicitação para enviá-la a outro site, como é feito na guerra eletrônica. Mas é sempre difícil atribuir esses modos de ação, concorda Marion Buchet, especialista em telecomunicações espaciais.

Vários casos de substituição de conteúdo em um canal de televisão foram documentados recentemente e, em vista do contexto de tensão diplomática com a França, possivelmente atribuídos à Rússia.

De acordo com o jornal ucraniano "LB", entre 20 de fevereiro e 9 de maio, foram registrados pelo menos 12 casos de interferência (ou falsificação de sinal) com satélites de telecomunicações operados por companhias francesas, luxemburguesas e suecas.

  • Em 21 de março, duas semanas após a adesão da Suécia à Otan, a interferência da Rússia e da Crimeia teve como alvo dois satélites suecos, o Astra 4A e o SES-4. 
  • Em 28 de março, a mídia ucraniana relatou interferência no transponder 11766H no satélite Astra 4A da SES (Luxemburgo), que retransmite 39 canais de televisão, incluindo muitos canais ucranianos.
  • A interferência também foi relatada durante a retransmissão do programa ucraniano Yedyni Novyny, no canal polonês Belsat. Em 20 de junho, a SES reconheceu que essa interferência havia afetado a distribuição de conteúdo televisivo na Europa, especialmente na Ucrânia. 
  • Em março, a Viasat (EUA) anunciou que a interferência russa no satélite Hotbird 13E da Eutelsat (França) havia afetado o fluxo de transmissão de cinco canais ucranianos: Provence, Eco TV, Natalie, Milady Television e Karavan TV. De acordo com a operadora, esses canais foram submetidos à substituição de conteúdo por vídeos de propaganda russa e também enfrentaram problemas técnicos de som.
  • Em 17 de abril, foi observada interferência no canal de televisão ucraniano Freedom, por meio do satélite Hot Bird 13G da Eutelsat. Durante 18 minutos, os hackers substituíram o conteúdo transmitido no canal Freedom pela retransmissão do canal de TV russo Za Zhyzn.
  • Em pelo menos dois casos, foi registrada a substituição do conteúdo de um canal infantil por programas violentos, principalmente em 9 de maio, em programas ucranianos e letões.
Guerra no espaço

Há alguns anos, a Rússia vem aumentando a militarização do espaço e, desde 2017, vem praticando manobras de aproximação e inspeção por meio de subsatélites, comumente conhecidos como bonecos russos

As tentativas russas de abordagens hostis no espaço para espionar, invadir ou desativar satélites comerciais são agora uma iniciativa recorrente.

"A agressão russa no espaço remonta a 2018, quando o foguete russo Luch/Olymp K-2 chegou muito perto de um satélite de telecomunicações franco-italiano Athena-Fidus. Um evento semelhante ocorreu novamente em 2023. Além das tentativas de espionagem, havia também o temor de que o contato físico resultasse na destruição do nosso satélite. Na época, a Ministra da Defesa Florence Parly reagiu de forma extremamente proativa, levando ao nascimento da estratégia de defesa espacial francesa e à criação do Comando Espacial, observa Marion Buchet. 

Desde o início da guerra na Ucrânia, os sinais de GPS essenciais para a navegação aérea têm sido regularmente bloqueados no mar Báltico.

Mísseis antissatélite

Mas Moscou também implantou todo um arsenal de armas terrestres para intervir no espaço, em particular o programa de mísseis antissatélite Nudol. Em 15 de novembro de 2021, o exército russo disparou um míssil antissatélite de seu território contra o satélite COSMOS 1408, um de seus antigos satélites em órbita baixa (a uma altitude de cerca de 470 km).

Como resultado, mais de 1.500 pedaços de detritos com mais de 10 centímetros foram criados, forçando a Estação Espacial Internacional (ISS) a realizar manobras de proteção e colocando em risco a vida dos astronautas da ISS. Até o momento, mais de 60 pedaços de detritos permanecem em órbita. 

A destruição física de um satélite é tecnicamente possível há décadas, mas é altamente prejudicial em termos de geração de detritos no espaço.

A Rússia também tem um programa para um míssil antissatélite disparado de um avião de caça MIG-31B. Chamado de Burevestnik, as autoridades afirmam que ele está em desenvolvimento. 

Moscou também tem um projeto de armas de energia direcionada: o programa de laser Peresvet. Ele consiste em um sistema de laser rebocado por um caminhão.

Uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia em dezembro de 2018 disse que o sistema havia entrado em serviço de combate experimental e poderia combater efetivamente qualquer ataque aéreo e até mesmo satélites de combate em órbita.

De acordo com especialistas, ele seria capaz de ofuscar temporariamente os satélites de observação, mas não destruí-los. 

Em 24 de fevereiro de 2022, um ataque cibernético possivelmente atribuído à Rússia teve como alvo a rede KA-SAT, uma rede de telecomunicações baseada em satélite e de acesso à internet de banda larga operada pela Viasat.

De acordo com o relatório de incidentes da Viasat, o invasor conseguiu desativar a conexão de 10 mil terminais. Embora o suposto objetivo fosse atacar as conexões de rede do exército ucraniano, milhares de usuários de rede na Europa foram afetados pela manobra. 

(Com Louis Champier)

Rússia condena jornalista americano por espionagem

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