Total de visualizações de página

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

LISTA: veja os 10 principais carros que serão lançados no Brasil em 2025

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Novos SUVs chegarão ao mercado, mas a novidade mais marcante a ampliação da gama de eletrificados, tanto com novos híbridos como os primeiros chineses fabricados no Brasil.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por André Fogaça, g1

Postado em 06 de Janeiro de 2.025 às 07h45m

#.* Post. - Nº.\  5.036 *.#

O ano de 2025 começa com mudanças importantes no mercado de carros do Brasil. São dois pontos de destaque: marcas chinesas inaugurarão suas fábricas no país e o número de veículos híbridos vai crescer consideravelmente — ainda que boa parte seja de híbridos leves.

O g1 lista nesta reportagem os principais lançamentos esperados para 2025.

VW Tera foi o nome escolhido pela Volskwagen para o novo SUV que será fabricado em Taubaté, SP — Foto: Divulgação/Volkswagen
VW Tera foi o nome escolhido pela Volskwagen para o novo SUV que será fabricado em Taubaté, SP — Foto: Divulgação/Volkswagen

A Volkswagen é a marca que mais vendeu carros no Brasil, com 302.705 veículos emplacados entre janeiro e novembro de 2024. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Com esta primeira posição em mente, a Volkswagen vai lançar o Tera no Brasil. Ele é o primeiro lançamento totalmente novo, que faz parte do investimento de R$ 16 bilhões para todas as fábricas brasileiras da marca até 2028.

O Tera estará em um patamar entre o Polo e o Nivus. Como o hatch compacto custa a partir de R$ 96.490 e o cupê parte de R$ 139.990 no Brasil, imagine que o novo carro não deve custar menos de R$ 100 mil.

Chamado por muitos como o Gol SUV, os rivais do Tera já estão no mercado brasileiro: Citroën Basalt, Fiat Pulse e Renault Kardian.

Todos eles brigam por uma fatia bastante competitiva de mercado: a dos SUVs mais baratos, custando perto de R$ 100 mil.

Segundo a Fenabrave, 47,91% dos carros novos vendidos entre janeiro e novembro de 2024 são SUV. O brasileiro vem gostando tanto deste tipo de veículo, que ele domina os emplacamentos desde 2020, quando ultrapassou os hatches pequenos.

O Volkswagen Tera foi criado, desenvolvido, produzido e já é fabricado no Brasil, na planta de Taubaté (SP). O lançamento do carro é esperado para março do ano que vem.

Volkswagen Nivus GTS

VW Nivus GTS chega no primeiro semestre de 2025 — Foto: Divulgação | Volkswagen
VW Nivus GTS chega no primeiro semestre de 2025 — Foto: Divulgação | Volkswagen

Junto da nova versão do Nivus, apresentada em outubro, o modelo esportivo do veículo está garantido para os primeiros meses do ano que vem.

Ele segue muito do que já está no novo Nivus, adicionando detalhes em vermelho, rodas de 18 polegadas e aerofólio exclusivo para diferenciar visualmente o GTS de outras versões.

Como um carro esportivo precisa de motor mais esperto, no Nivus GTS o conjunto trará um 1.4 TSI com 150 cv e 25,5 kgfm de torque.

A chegada do Nivus GTS coincide com um retorno dos carros esportivos da Volkswagen no Brasil, algo que aconteceu em 2018 com o Polo e Virtus com o mesmo sufixo.

O sedã Virtus não é mais vendido em versão esportiva, mas o Polo GTS continua no catálogo e faz algum sucesso — apesar do valor mais salgado.

Chevrolet Onix e Onix Plus

Os novos modelos da família Onix farão parte das comemorações dos 100 anos da GM no Brasil. As mudanças para a nova linha devem ser mais externas que internas, com um facelift acontecendo pela primeira vez desde 2016.

As mudanças visuais são esperadas para aproximar tanto o hatch Onix como o sedã Onix Plus de modelos já disponíveis no Brasil, como a picape Montana e o Spin. Entenda como grade frontal ampliada, para-choque mais agressivo e maior destaque para a iluminação de rodagem diurna (DRL) em LEDs.

Chevrolet Onix de 2017, último facelift relevante do modelo — Foto: divulgação/GM
Chevrolet Onix de 2017, último facelift relevante do modelo — Foto: divulgação/GM

Chevrolet Tracker híbrido

Outra novidade da Chevrolet para 2025 é uma nova versão do SUV Tracket, agora com motor híbrido leve (MHEV) e este veículo será o primeiro da GM com este tipo de conjunto eletrificado — a Chevrolet tem apenas carros 100% elétricos no Brasil, com o Bolt, Blazer e Equinox.

Assim como nos Fiat Pulse e Fastback, o Tracker eletrificado utilizará um sistema híbrido leve. Isso significa que o motor movido a bateria não conseguirá tracionar as rodas, mas vai trabalhar como auxílio para reduzir consumo de combustível e emissões de gases.

A escolha por um sistema híbrido mais simples se presta a ter mais modernidade sem aumentar muito o preço do veículo. No caso do Pulse e Fastback, a Fiat colocou um incremento de R$ 2 mil para suas versões eletrificadas.

Toyota Yaris Cross

Toyota Yaris Cross
Toyota Yaris Cross — Foto: divulgação/Toyota

Toyota Yaris Cross
Toyota Yaris Cross — Foto: divulgação/Toyota

O Yaris Cross também é um SUV compacto, assim como será o Volkswagen Tera, só que sem brigar pela faixa de mercado de SUVs na casa dos R$ 100 mil.

No Brasil, assim como acontece com o SUV do Corolla, o Yaris Cross será vendido em versão com motor 1.5 flex a combustão e uma variante dele com conjunto híbrido, ambos equipados com câmbio automático do tipo CVT.

O Yaris Cross será equipado com uma pequena bateria de íons de lítio, com 0,7 kWh e isso significa que ele não é um carro para longos trajetos somente no modo elétrico.

Mesmo que compacto, o Yaris Cross será focado em um público que tem como opção a compra do Hyundai Creta e Peugeot 2008, ambos custando cerca de R$ 140 mil. Desta forma ele mantém espaço para o Corolla Cross que é mais caro e parte de R$ 183.490.

Peugeot 208 e 2008

Peugeot 2008 — Foto: divulgação/Peugeot
Peugeot 2008 — Foto: divulgação/Peugeot

Tanto o SUV 2008, quanto o hatch compacto 208, receberão opção de motor híbrido leve no Brasil em 2025. Ele será o mesmo T200 Hybrid presente nos Fiat Pulse e Fastback.

Trata-se de um motor 1.0 flex turbo, equipado com câmbio automático do tipo CVT e gerando até 130 cavalos de potência. Neles, o foco é redução de emissão de gases, gerando pouca economia de combustível — até 10,7% de economia no Pulse e apenas 5% no Fastback.

Nos modelos já lançados pela Fiat, um pequeno motor elétrico de 3 kW é acoplado na correia do bloco a combustão. Assim, o sistema eletrificado colabora com 4 cv de potência e 1 kgfm do torque. Mesmo com esse empurrãozinho, só é possível notar alguma diferença para o motor a combustão em acelerações que no modelo híbrido acontecem com giro mais baixo.

Citroën Ami

A lista de lançamentos é de carros, mas o Ami não é considerado um. O pequeno veículo é listado como quadriciclo, até pela autonomia das baterias próxima do que encontramos em motos elétricas como a Watts W160S e a Voltz EV1 Sport.

O Citroën Ami pode circular nas ruas, mas não em vias expressas, estradas ou rodovias. Isso se dá tanto pela velocidade máxima de 45 km/h, como pelo alcance de apenas 80 quilômetros de suas baterias. Ao menos ele utiliza uma tomada 220V comum e precisa de apenas quatro horas para percorrer esta distância mais uma vez.

Este é o primeiro veículo 100% elétrico da lista de lançamentos para o ano que vem, além de ser o primeiro movido exclusivamente a bateria para a Citroën no Brasil.

O Ami tem detalhes bastante chamativos. O primeiro é que a parte da frente do veículo utiliza a mesma peça para a traseira, o segundo está na cobertura da carenagem para impedir que a chuva entre no quadriciclo, junto de teto solar panorâmico.

A terceira está no espaço para apenas duas pessoas, além das medidas compactas: o Ami tem 1,39 metro de largura, 24 centímetros a menos que tinha o Fiat Uno de 2018.

Nissan Kicks

Nissan Kicks 2025

Nissan Kicks 2025
Nissan Kicks 2025 — Foto: divulgação/Nissan


Nissan Kicks 2025
Nissan Kicks 2025 — Foto: divulgação/Nissan

A segunda geração do Nissan Kicks já é comercializada nos Estados Unidos e chegará ao Brasil nos primeiros meses de 2025.

A evolução do SUV lembra as mudanças que passaram pelo Hyundai Creta: ambos ficaram mais modernos, com grade frontal em linhas retas e iluminação de rodagem diurna em LED mais expressiva.

As alterações são positivas tanto no Creta quanto no Kicks de 2025, que deixam os carros mais imponentes e com um ar futurista bastante elegante.

Por dentro a central multimídia cresceu 75% ao passar de 7 para 12,3 polegadas. Nos Estados Unidos, o display maior está presente apenas a partir da versão intermediária do carro, chamada de SV e este deve ser um cenário seguido no Brasil.

Enquanto não sabemos quais serão as versões do Nissan Kicks que chegam ao Brasil em 2025, espera-se que ele seja lançado com motor 1.0 turbo flex, equipado com câmbio automático do tipo CVT e fabricado por aqui, em Resende (RJ).

Atualmente o motor do Nissan Kicks é um 1.6 flex aspirado e a mudança para o 1.0 turbo não deve reduzir a potência máxima de 113 cv.

BYD, GWM e mais chinesas fabricarão carros no Brasil em 2025

Além de bons carros esperados para 2025, uma mudança muito grande vai acontecer e ela está na inauguração das primeiras fábricas das marcas chinesas no Brasil. A BYD, por exemplo, vai montar o Dolphin Mini e o Song Pro em Camaçari (BA) a partir de agosto.

Sobre o Dolphin Mini, a montagem inicial acontecerá no esquema SKD, que é quando o veículo vem quase pronto do exterior e é montado no Brasil. A promessa de fabricação completa está para agosto do ano que vem.

A fábrica de Camaçari (BA) terá capacidade de produzir até 300 mil veículos e servirá tanto para exportação, como para fornecer os carros vendidos no Brasil. De lá sairá o primeiro motor híbrido flex da BYD, feito para o Song Pro.

Dolphin Mini — Foto: divulgação/BYD
Dolphin Mini — Foto: divulgação/BYD

A GWM também começará a produção nacional durante o primeiro semestre de 2025, em Iracemápolis (SP). O primeiro carro será o SUV Haval H6, mas existem promessas de mais modelos, incluindo até a picape Poer, que terá como maior concorrente a BYD Shark.

Para a produção nacional, a GWM contratará 700 funcionários durante o primeiro semestre de 2025. A meta da montadora chinesa é atingir 60% dos itens do carro com fabricação local. A marca vai seguir os mesmos passos da concorrente BYD ao utilizar a fábrica para atender outros mercados, via exportação.

A capacidade da fábrica será mais modesta, com 20 mil veículos por ano. Uma ampliação e modernização já estão prometidas para os próximos três anos, passando para 50 mil carros fabricados.

Haval H6 GT — Foto: divulgação/GWM
Haval H6 GT — Foto: divulgação/GWM

A GAC Motors, também chinesa, começará a vender seus carros no Brasil em 2025 e está buscando o local para construir sua fábrica. A meta é lançar sete veículos e decidir a cidade da planta até abril do ano que vem. Ainda não existe data para o início das operações na unidade.

Omoda e Jaecoo também estão na lista das marcas chinesas com fabricação no Brasil para o ano que vem. A dupla faz parte do grupo Chery, mas a operação será feita de forma independente, sem envolver a Caoa que é quem responde pela marca Chery por aqui.

Mesmo com essa independência, a fabricação de seus veículos tem tudo para acontecer na planta de Jacareí, construída pela Chery e utilizada por bons anos pela Caoa para produção de carros como Tiggo 3X, Arrizo 5 e Arrizo 6.

Assim como com a GAC Motors, não existe data prevista para o início das operações da fábrica no Brasil.

Como trocar o filtro de ar?

----++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------------------====-++---- 

domingo, 5 de janeiro de 2025

Justiça dos EUA suspende tentativa de aumentar regulação sobre operadoras de internet

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


A Comissão Federal de Comunicações (FCC) restabeleceu em 2024 regras sobre neutralidade de rede, que obrigam provedores a tratar dados e usuários igualmente sem oferecer vantagens para quem paga mais. Mas um tribunal federal concluiu que a agência não tem autoridade para retomar esta regulação.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Redação g1

Postado em 05 de Janeiro de 2.025 às 07h45m

#.* Post. - Nº.\  5.035 *.#

Tribunal federal de Ohio, nos EUA, derrubou norma da FCC que tratava sobre neutralidade de rede — Foto: James Yarema/Unsplash
Tribunal federal de Ohio, nos EUA, derrubou norma da FCC que tratava sobre neutralidade de rede — Foto: James Yarema/Unsplash

A Justiça dos Estados Unidos decidiu nesta quinta-feira (3) que os órgãos reguladores americanos ultrapassaram sua autoridade ao retomar regras sobre neutralidade de rede, informou a agência France Presse. A decisão contraria o governo do presidente Joe Biden, em fim de mandato.

A neutralidade de rede é um princípio que determina que os dados e os usuários na internet devem ser tratados igualmente e que os provedores precisam ser reguladores para evitar abusos, como oferecer vantagens ou mais velocidade para quem paga mais.

Em 2021, Biden assinou um decreto que encorajava a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) a restabelecer regras sobre neutralidade de rede.

Elas tinham sido criadas em 2015, no governo de Barack Obama, e derrubadas em 2017, sob a gestão de Donald Trump, que será empossado novamente em 20 de janeiro.

Em abril de 2024, a FCC votou para restabelecer as regras sobre neutralidade de rede e ampliar sua supervisão nessa área.

O que a Justiça, por meio de um tribunal federal de Ohio, afirmou agora é que a medida "ressuscitou o regime regulatório a mãos de ferro da FCC". De acordo com a decisão, o órgão não tem autoridade estatutária "para impor sua desejada política de neutralidade de rede".

Segundo o grupo de defesa de direitos na internet Free Press, o regime de neutralidade de rede proíbe que provedores bloqueiem, reduzam a velocidade ou cobrem pelo conteúdo e aplicativos acessados por clientes de banda larga.

Gigantes dos serviços de internet vêm lutando contra a regulamentação há anos, argumentando que devem ser livres para fazer negócios à sua maneira.

Matt Wood, vice-presidente de políticas de internet da Free Press, advertiu que a decisão da Justiça dos EUA permitirá à FCC sob o governo Trump "abdicar de sua responsabilidade de proteger aos usuários de internet contra práticas comerciais sem escrúpulos".

‘Brain rot’ e ansiedade nas redes sociais

----++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------------------====-++----

sábado, 4 de janeiro de 2025

O que esperar da inteligência artificial em 2025

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Áreas como saúde, exploração espacial, neurociência ou mudança climática, entre outras, serão beneficiadas ainda mais pelo avanço da informática, dizem especialistas
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por BBC

Postado em o4 de Janeiro de 2024 às 14h40m

#.* Post. - Nº.\  5.034 *.#

A inteligência artificial está marcando um momento definidor na história da tecnologia — e o ano de 2025 trará ainda mais surpresas. — Foto: Getty Images
A inteligência artificial está marcando um momento definidor na história da tecnologia — e o ano de 2025 trará ainda mais surpresas. — Foto: Getty Images

A inteligência artificial está marcando um momento definidor na história da tecnologia — e o ano de 2025 trará ainda mais surpresas.

Não é fácil fazer uma previsão do que esperar, mas é possível destacar tendências e desafios que definem o futuro imediato da IA para o próximo ano.

Entre eles, o desafio dos chamados "médico centauro" ou "professor centauro", fundamental para quem está desenvolvendo inteligência artificial.

A explosão da ciência baseada em IA

A IA virou uma ferramenta fundamental para se enfrentar grandes desafios científicos. Áreas como saúde, astronomia e exploração espacial, neurociência ou mudanças climáticas, entre outras, vão se beneficiar ainda mais no futuro.

O programa AlphaFold — desenvolvido pelo grupo Alphabet, do Google, e que ganhou o Prêmio Nobel em 2024 — determinou a estrutura tridimensional de 200 milhões de proteínas, praticamente todas as conhecidas.

Seu desenvolvimento representa um avanço significativo na Biologia Molecular e na Medicina. Isso facilita a concepção de novos medicamentos e tratamentos. Em 2025, isso começará a acontecer — e com acesso gratuito ao AlphaFold para quem for desenvolver remédios e tratamentos.

Já a rede ClimateNet utiliza redes neurais artificiais para realizar análises espaciais e temporais precisas de grandes volumes de dados climáticos, essenciais para compreender e mitigar o aquecimento global.

A utilização do ClimateNet será essencial em 2025 para prever eventos climáticos extremos com maior precisão.

Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

Diagnósticos médicos e decisões jurídicas: o papel da IA

A justiça e a Medicina são considerados campos de alto risco. Neles é mais urgente do que em qualquer outra área estabelecer sistemas para que os humanos tenham sempre a decisão final.

Os especialistas em IA trabalham para garantir a confiança dos usuários, para que o sistema seja transparente, que proteja as pessoas e que os humanos estejam no centro das decisões.

Aqui entra em jogo o desafio do "doutor centauro". Centauros são modelos híbridos de algoritmo que combinam análise formal de máquina e intuição humana.

Um "médico centauro + um sistema de IA" melhora as decisões que os humanos tomam por conta própria e que os sistemas de IA tomam por conta própria.

O médico sempre será quem aperta o botão final; e o juiz quem determina se uma sentença é justa.

Os especialistas acreditam que em um futuro próximo os médicos terão programas que diagnosticarão doenças sozinhos — Foto: Getty Images
Os especialistas acreditam que em um futuro próximo os médicos terão programas que diagnosticarão doenças sozinhos — Foto: Getty Images

A IA que tomará decisões no nosso lugar

Agentes autônomos de IA baseados em modelos de linguagem são a meta para 2025 de grandes empresas de tecnologia como OpenAI (ChatGPT), Meta (LLaMA), Google (Gemini) ou Anthropic (Claude).

Até agora, estes sistemas de IA fazem recomendações. Em 2025, no entanto, espera-se que eles tomem decisões por nós.

Os agentes de IA realizarão ações personalizadas e precisas em tarefas que não sejam de alto risco, sempre ajustadas às necessidades e preferências do usuário. Por exemplo: comprar uma passagem de ônibus, atualizar a agenda, recomendar uma compra específica e executá-la.

Eles também poderão responder nosso e-mail — tarefa que nos toma muito tempo diariamente.

Nessa linha, a OpenAI lançou o AgentGPT, e o Google lançou o Gemini 2.0. Essas plataformas podem ser usadas para o desenvolvimento de agentes autônomos de IA.

Por sua vez, a Anthropic propõe duas versões atualizadas de seu modelo de linguagem Claude: Haiku e Sonnet.

A inteligência artificial permitirá que computadores realizem operações como responder e-mails automaticamente — Foto: Getty Images
A inteligência artificial permitirá que computadores realizem operações como responder e-mails automaticamente — Foto: Getty Images

O uso do nosso computador pela IA

O programa Sonnet consegue usar um computador do mesmo jeito que uma pessoa. Isso significa que ele consegue mover o cursor, clicar em botões, digitar texto e navegar por telas.

Ele também permite funcionalidade para automatizar a área de trabalho. Ele permite que os usuários concedam a Claude acesso e controle sobre certos aspectos de seus computadores pessoais.

Esta capacidade apelidada de "uso do computador" poderá revolucionar a forma como automatizamos e gerimos as nossas tarefas diárias.

No comércio eletrônico, agentes autônomos de IA poderão fazer uma compra no lugar do usuário.

Eles prestarão assessoria na tomada de decisões de negócios, gerenciarão estoques automaticamente, trabalharão com fornecedores de todos os tipos, inclusive logísticos, para otimizar o processo de reabastecimento, atualizarão o status de envio até a geração de faturas, etc.

No setor educacional, eles poderão customizar os planos de estudos dos alunos. Eles identificarão áreas para melhoria e sugerirão recursos de aprendizagem apropriados.

Caminharemos em direção ao conceito de "professor centauro", auxiliado por agentes de IA na educação.

Para evitar erros, alguns sistemas sempre exigirão que as pessoas aprovem operações confidenciais — Foto: Getty Images
Para evitar erros, alguns sistemas sempre exigirão que as pessoas aprovem operações confidenciais — Foto: Getty Images

O botão 'aprovar'

A noção de agentes autônomos levanta questões profundas sobre o conceito de "autonomia humana e controle humano".

O que significa realmente "autonomia"?

Esses agentes de IA criarão a necessidade de pré-aprovação. Quais decisões permitiremos que estas entidades tomem sem a nossa aprovação direta (sem controle humano)?

Enfrentamos um dilema crucial: saber quando é melhor ser "automático" na utilização de agentes autônomos de IA e quando é necessário tomar a decisão, ou seja, recorrer ao "controle humano" ou à "interação humano-IA".

O conceito de pré-aprovação vai ganhar grande relevância na utilização de agentes autônomos de IA.

O pequeno ChatGPT no celular

2025 será o ano da expansão dos modelos de linguagem pequena e aberta (SLM).

São modelos de linguagem que futuramente poderão ser instalados num dispositivo móvel, permitindo controlar o nosso telefone por voz de uma forma muito mais pessoal e inteligente do que com assistentes como a Siri.

SLMs são compactos e mais eficientes, não requerem servidores massivos para serem usados. Estas são soluções de código aberto que podem ser treinadas para cenários específicos.

Eles podem respeitar mais a privacidade do usuário e são perfeitos para uso em computadores e celulares de baixo custo.

Eles têm potencial para adoção no nível empresarial. Isto será viável porque os SLMs terão um custo menor, mais transparência e, potencialmente, maior transparência e controle.

Os SLMs permitirão integrar aplicações de recomendações médicas, de educação, de tradução automática, de resumo de textos ou de correção ortográfica e gramatical instantânea. Tudo isso em pequenos dispositivos sem a necessidade de conexão com a internet.

Entre as suas importantes vantagens sociais, eles podem facilitar a utilização de modelos linguísticos na educação em áreas desfavorecidas.

E podem melhorar o acesso a diagnósticos e recomendações com modelos de SLM de saúde especializados em áreas com recursos limitados.

O seu desenvolvimento é essencial para apoiar comunidades com menos recursos.

E podem acelerar a presença do "professor ou médico centauro" em qualquer região do planeta.

Avanços na regulamentação europeia da IA

Em 13 de junho de 2024, foi aprovada a legislação europeia sobre IA, que entrará em vigor em dois anos. Ao longo de 2025, serão criadas normas e padrões de avaliação, incluindo padrões ISO e IEEE.

Em 2020, a Comissão Europeia havia publicado a primeira Lista de Avaliação para IA Confiável (ALTAI). Esta lista inclui sete requisitos: agência humana e supervisão, robustez técnica e segurança, governança e privacidade de dados, transparência, diversidade, não discriminação e equidade, bem-estar social e ambiental e responsabilidade. Essa lista constitui a base das futuras normas europeias.

Ter padrões de avaliação é fundamental para auditar sistemas de IA. Por exemplo: o que acontece se um veículo autônomo sofrer um acidente? Quem assume a responsabilidade? O quadro regulamentar abordará questões como estas.

Mecanismos de governança

Dario Amodei, CEO da Anthropic, em seu ensaio intitulado "Machines of Loving Grace" ("Máquinas de graça amorosa", em tradução livre), de outubro de 2024, expõe a visão das grandes empresas de tecnologia: "Acho que é essencial ter uma visão verdadeiramente inspiradora do futuro, e não apenas um plano para apagar incêndios."

Existem pontos de vista contrastantes de outros pensadores mais críticos. Por exemplo, aquele representado por Yuval Noah Harari e discutido em seu livro Nexus: Uma Breve História das Redes de Informação, da Idade da Pedra À Inteligência Artificial.

Portanto, precisamos de regulamentação. Isso proporciona o equilíbrio necessário para o desenvolvimento de uma IA confiável e responsável e para poder avançar nos grandes desafios para o bem da humanidade destacados por Amodei.

E, com eles, ter os mecanismos de governança necessários como um "plano para apagar incêndios".

*Francisco Herrera Triguero é professor de Inteligência Artificial na Universidade de Granada e diretor do Instituto Andaluz de Pesquisa em Ciência de Dados e Inteligência Computacional na Espanha.

*Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original em espanhol.

Meta revela Movie Gen, gerador de vídeos com inteligência artificial

----++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------------------====-++----