Total de visualizações de página

domingo, 30 de novembro de 2025

Vem aí uma bolha de IA? Entenda o receio do mercado com as ações de big techs e o que esperar à frente

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Ainda que sejam as protagonistas das bolsas americanas nos últimos anos, as maiores empresas de tecnologia do mundo perderam mais de US$ 1,7 trilhão em valor de mercado no último mês.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Isabela Bolzani, g1 — São Paulo

Postado em 30 de Novembro de 2.025 às 07h00m
Interface gráfica do usuário, Texto, Aplicativo

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.
. #.*     Post. - Nº.\  5.287     *.# .

Vem aí uma bolha de IA? Entenda o receio do mercado com as ações de big techs
Vem aí uma bolha de IA? Entenda o receio do mercado com as ações de big techs

O debate está aberto no mercado financeiro global: até onde as bolsas americanas podem subir impulsionadas pelas ações de tecnologia? Nos últimos anos, as big techs e as empresas de inteligência artificial (IA) têm dominado os principais índices dos Estados Unidos, acumulando recorde após recorde.

Há algum tempo, esse movimento deixou de interessar apenas analistas e investidores institucionais e passou a despertar entusiasmo também entre pessoas físicas e iniciantes. Sempre que um fenômeno assim surge, uma clássica dúvida retorna: estamos diante de uma bolha nas empresas de IA?

Uma pesquisa global recente do Bank of America (BofA) mostra que mais da metade dos gestores do mercado financeiro consultados (54%) acredita que os investimentos nas chamadas Sete Magníficas estão lotados.

  • 🔎 As Sete Magníficas são as sete maiores empresas de tecnologia do mundo: Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.

Na prática, isso indica que esses gestores veem muitos investidores fazendo a mesma aposta na valorização das companhias de tecnologia — o que pode elevar o risco de uma correção mais intensa no mercado, com perdas relevantes para quem não souber identificar o momento de vender.

Ainda assim, 45% apontam o risco de cauda — ou seja, de baixa probabilidade — de formação de uma bolha de IA no mercado. Outros 53% afirmam que as ações do setor já estão, de fato, em uma bolha.

De onde vêm os temores de uma bolha de IA?

De maneira geral, alguns fatores têm alimentado esse receio no mercado, como o número cada vez maior de investidores no setor e o volume elevado de recursos que algumas empresas de tecnologia vêm destinando à expansão de seus negócios.

Entenda esses pontos abaixo:

  • Maior número de investidores

O aumento no número de investidores apostando nesse mercado pode levar a uma valorização excessiva dessas companhias nas bolsas. Em linhas gerais, quanto maior a procura por certos ativos, maior tende a ser sua alta.

Com isso, a alta das cotações muitas vezes ocorre sem os fundamentos necessários para sustentá-la no longo prazo — ou seja, a valorização passa mais pela dinâmica de oferta e demanda do que pelo desempenho das empresas e o valor entregue aos acionistas.

  • Investimentos elevados e receios de “efeito cascata”

A pesquisa do BofA também mostra que, pela primeira vez em 20 anos, investidores acreditam que as empresas estão destinando recursos demais à expansão de seus negócios, movimento conhecido no mercado como boom de capex.

Esses investimentos estão ligados à inteligência artificial — como a construção de data centers, a aquisição de equipamentos e a compra de chips — e podem pressionar as companhias caso os resultados fiquem abaixo do esperado.

Isso também deixa a valorização mais vulnerável a correções, enquanto investidores seguem avaliando o potencial de monetização desses investimentos e a sustentabilidade do atual ciclo de gastos voltados à expansão dessas empresas.

Além disso, há dúvidas no mercado sobre o quanto fatores externos — como a necessidade de maior capacidade energética — conseguem avançar no ritmo exigido para acompanhar a evolução dessas empresas.

Esses receios já começam a se refletir nas bolsas. Um levantamento da Elos Ayta aponta que as Sete Magníficas perderam mais de US$ 1,7 trilhão em valor de mercado em menos de um mês.

O valor conjunto dessas empresas caiu de US$ 22,24 trilhões em 29 de outubro para US$ 20,49 trilhões em 20 de novembro. Mesmo assim, no longo prazo, essas companhias seguem acumulando forte valorização.

Diante desses pontos, esse temor é justificado?

Não há dúvida de que essas empresas seguem em trajetória de crescimento. O problema, porém, está nos múltiplos que vão além do lucro.

  • 🔎 Múltiplos são indicadores que relacionam o preço da ação de uma empresa com informações financeiras presentes em seus balanços. Eles costumam ser usados por analistas para comparar uma empresa com outras do mesmo setor e decidir se o preço daquela ação está justo.

Segundo Maria Irene Jordão, estrategista global da XP, diversos ajustes são necessários para identificar se o preço de uma ação está caro ou barato.

No mercado, é relativamente comum que uma ação fique cara durante períodos de forte expansão. Para a especialista, porém, a incerteza sobre a sustentabilidade desse crescimento ajuda a explicar as quedas recentes das big techs.

Precisamos diferenciar as empresas de inteligência artificial. Podemos questionar o ritmo de crescimento da Nvidia? Sem dúvida. Mas há muitas outras companhias de IA que ainda não dão lucro e se sustentam em ideias e promessas futuras, afirma Jordão.

Para Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV, ainda não é possível afirmar que o setor de tecnologia vive uma bolha hoje. O mercado, porém, está sensível aos dados — tanto dos balanços corporativos quanto da economia dos EUA — e cresce a percepção de que uma bolha de IA pode estourar adiante.

Ele lembra que, nas últimas bolhas — a da internet no fim dos anos 1990 e a do mercado imobiliário nos anos 2000 — houve um período mais longo de “expansão da bolha” antes do estouro.

No caso da internet, foram seis anos de uma expansão quase contínua dos mercados acionários. E foi a mesma história dos anos 2000, que teve expansão da bolsa por cinco anos. Então me parece que há um fôlego maior nessas duas referências, diz Padovani.

E quem tem (ou quer ter) investimentos em tecnologia?

Apesar de o setor de tecnologia ainda ser considerado um dos segmentos com potencial de bons retornos no médio e longo prazo, a recomendação é de cautela para evitar os excessos do mercado.

É importante buscar empresas que entregam valor e que estão, de fato, bem posicionadas, afirma Jordão.

A especialista explica que a IA atravessa, neste momento, uma fase de infraestrutura — a construção das bases físicas e tecnológicas que permitirão seu funcionamento. Isso inclui, por exemplo, a criação de data centers, a ampliação de linhas de transmissão, a geração de energia e a implantação de estruturas para conexão de alta velocidade.

Olhando para essas empresas [que fornecerão a infraestrutura necessária para IA], temos talvez a possibilidade de surfar um pouco mais nesse rali, afirma a estrategista da XP.

Mas é preciso lembrar sempre que esse é um tema volátil e que sempre podem existir correções de mercado, o que é natural. Então é importante diversificar, entender que está sujeito à volatilidade e que estamos apenas no início de um ciclo muito longo, acrescenta.

* Colaborou Raphael Martins

O presidente da empresa de computação de inteligência artificial Nvidia, Jensen Huang, fala em palestra na feira de tecnologia CES, em Las Vegas — Foto: Rick Wilking/Reuters
O presidente da empresa de computação de inteligência artificial Nvidia, Jensen Huang, fala em palestra na feira de tecnologia CES, em Las Vegas — Foto: Rick Wilking/Reuters

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------  -----------====-++----  

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

'Salário de CEO' e benefícios turbinados: as estratégias de empresas na disputa por talentos em IA no Brasil

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Corrida para adoção da inteligência artificial fez explodir a demanda por engenheiros de IA, uma profissão nova e ainda sem uma definição precisa, mas com um mercado em franca expansão.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Camilla Veras Mota — São Paulo

Postado em 27 de Novembro de 2.025 às 08h35m
Interface gráfica do usuário, Texto, Aplicativo

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.
. #.*     Post. - Nº.\  5.286     *.# .

Agentes de IA viram aposta das empresas, e quem domina a tecnologia pode ganhar até R$ 20
Agentes de IA viram aposta das empresas, e quem domina a tecnologia pode ganhar até R$ 20

São PauloLuís Henrique Martins não está procurando emprego, mas recebe mensagens de recrutadores praticamente todos os dias perguntando se ele tem interesse em trocar de empresa.

"São dezenas mensalmente, com excelentes oportunidades", comenta.

Ele é engenheiro de inteligência artificial (IA), uma das novas profissões ligadas à IA generativa.

Essa é a área da inteligência artificial focada na geração de conteúdo, que tem se popularizado desde o fim de 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT. Em menos de três anos, a IA generativa passou a fazer parte da rotina de muita gente — o ChatGPT já soma 800 milhões de usuários — e de muitas empresas, que passaram usar essas ferramentas para automatizar e otimizar tarefas e reduzir custos.

No Brasil, companhias de diferentes setores têm buscado incorporar a IA aos seus processos e produtos, mas encontrar mão de obra com experiência para fazer isso não tem sido fácil.

Em busca de talentos, muitas empresas têm oferecido salários significativamente maiores do que a média do mercado aos profissionais mais experientes, têm flexibilizado a obrigatoriedade do trabalho presencial e turbinado benefícios — chegando a oferecer em alguns casos parte da sociedade, como aconteceu com Martins na startup brasileira em que trabalha.

"Esse foi um outro atrativo que me ofereceram, uma fatia de empresa, o que me garante todos os benefícios da sociedade. Mas essas opções são mais raras", ele conta.

Recrutadores ouvidos pela BBC News Brasil disseram ainda que, no cenário atual, há oportunidades inclusive para quem tem menos tempo de carreira, já que, diante da falta de mão de obra, alguns empregadores estão dispostos a desenvolver talentos.

Procuram-se engenheiros de IA

Por ser muito nova e ter um campo de atuação amplo, a função de engenheiro ou engenheira de IA não tem uma definição estabelecida.

"É quase um time de profissionais em uma pessoa só", diz Martins.

"Geralmente, tem uma base forte na ciência de dados, incluindo estatística e modelagem, bom conhecimento de programação e entende de infraestrutura de software e de serviços de computação em nuvem."

São eles que integram as ferramentas dos modelos de IA disponíveis no mercado aos produtos e serviços das empresas, funcionando como uma espécie de elo entre a tecnologia e o negócio.

Exemplo: o engenheiro de IA pode criar um chatbot personalizado para atender clientes a partir do ChatGPT.

Ou usar a IA para ler planilhas de vendas e gerar relatórios de forma automatizada, para facilitar a análise do desempenho das atividades da empresa. Ou ainda programá-la para colher e processar dados das redes sociais e sites de avaliação para entender melhor a concorrência.

Os engenheiros de IA também podem estar mais focados em pesquisa e inovação, atuando na criação, treinamento e ajuste fino de modelos de inteligência artificial.

Nos Estados Unidos, onde estão as big techs por trás de plataformas como ChatGPT (OpenAI), Gemini (Google) e Claude (Anthropic), a briga por talentos com foco em pesquisa tem inflacionado os salários, levando alguns à casa dos milhões.

No Brasil, um país que é mais usuário do que desenvolvedor de tecnologias ligadas à IA generativa, as cifras não chegam a esse patamar — mas quem está no mercado relata demanda bastante aquecida. 

Relatos como o de Martins, que é abordado constantemente por recrutadores, são comuns entre profissionais de tecnologia em plataformas como o Reddit: "Fiz cinco entrevistas nessas últimas três semanas e nem estou procurando nada. Para sênior é ridículo a quantidade de vagas", dizia um comentário recente em uma comunidade.

E também reflete a experiência de quem está do outro lado do balcão, como o recrutador Jonathan Yung, que há 20 anos trabalha buscando profissionais de tecnologia para cargos executivos e estratégicos em empresas no Brasil e no exterior.

"Está muito difícil achar engenheiro de IA. Primeiro, você aborda. Poucos respondem. Os que respondem já estão em mais uma ou outras duas vagas", diz ele, que é sócio-fundador da Vertico.

"Está todo mundo brigando pelos mesmos talentos."

Um dos efeitos dessa dinâmica se reflete na remuneração, em média maior para engenheiros de IA com experiência quando comparada, por exemplo, à de desenvolvedores de software, que já são conhecidos no setor pelo salário médio alto.

Yung diz que alguns chegam a ser contratados com salários compatíveis com as de posições mais altas dentro da empresa, como a de diretor-executivo (CEO).

"Você pode dizer que isso é uma bolha, correto. Mas as empresas estão dispostas a pagar", comenta.

Especialmente porque a competição por talentos não acontece só entre empresas brasileiras.

Yung também faz recrutamento para companhias americanas e diz que é comum que elas procurem profissionais no Brasil.

"Aqui o custo é menor, e o fuso horário é favorável [para trabalhar para empresas de países como os EUA]", pontua.

Essa tendência também tem chamado a atenção da recrutadora Vanessa Cobas, que trabalha há anos com profissionais de tecnologia e é parceira de negócios em RH da Ratto Software.

"Já é difícil encontrar esses profissionais com experiência. Quando a gente consegue achar, essas pessoas estão trabalhando para fora", ela ressalta.

Nesses casos, além do salário em dólar, geralmente maior que a média paga em reais no Brasil, o chamariz é trabalho remoto, hoje preferido por muita gente.

Na briga pelos talentos da IA, os incentivos não financeiros têm se tornado cada vez mais importantes, especialmente para empresas que não conseguem competir com a remuneração em dólar paga internacionalmente.

Yung conta que algumas das companhias com as quais trabalhou recentemente reduziram a exigência relacionada ao trabalho presencial, diminuindo os dias obrigatórios no escritório.

Outras apostaram na retórica do propósito — na área de saúde, por exemplo, a estratégia foi vender ao candidato a ideia de trabalhar em uma empresa nacional que ajudaria a salvar vidas.

No caso de Luís Henrique Martins, o trabalho remoto foi um dos principais atrativos — "Me permite uma qualidade de vida que não poderia nem considerar em qualquer outro regime" —, mas terem lhe oferecido uma fatia da empresa como sócio também contou na decisão.

Ele é engenheiro sênior de IA da Vox Radar, que usa inteligência artificial para monitorar redes sociais e tirar conclusões a partir do material coletado.

Martins diz que, das propostas de trabalho que recebe, uma em cada quatro é para "receber em dólar remotamente, e em ótimas empresas".

"Para o profissional que tem o inglês em dia, é definitivamente possível ganhar em dólar", ele pontua, fazendo a ressalva que essa é uma aposta com algum nível de risco, já que ser um estrangeiro trabalhando remotamente pode colocar o profissional em "posição frágil".

E alerta que, apesar do assédio, os processos seletivos por trás das vagas para engenheiros de IA são "longos, com cinco ou mais fases, o que requer muito estudo e dedicação".

A trajetória dele reforça a visão comum no setor de que não existe uma formação única que habilite um profissional a trabalhar com IA. Martins é apaixonado por programação desde a adolescência, mas não começou a carreira na computação — formou-se em História.

Aplicando visão computacional e processamento de linguagem natural (PLN) ao trabalho nas ciências humanas, ele acabou migrando para a área de ciência de dados e, a partir daí, passou a se aprofundar nos métodos de PLN e, depois, nos modelos generativos.

"A necessidade da empresa surgiu e eu assumi essa função."

Boom da IA começa no fim de 2022, com lançamento do ChatGPT — Foto: Getty Images via BBC
Boom da IA começa no fim de 2022, com lançamento do ChatGPT — Foto: Getty Images via BBC

Dois empregos e jornada das 7h às 20h

A demanda aquecida por profissionais qualificados não se restringe aos engenheiros de IA. Ela é ampla e engloba diferentes especializações entre os profissionais de tecnologia.

A recrutadora Vanessa Cobas levou seis meses até achar o candidato ideal para preencher uma vaga de desenvolvedor de software com foco em IA a pedido de uma empresa de comunicação.

O contratado foi Robson Júnior, que já estava empregado em regime CLT em uma multinacional brasileira e, depois de ser abordado pelo LinkedIn, de participar do processo seletivo e de receber uma oferta de contrato PJ, resolveu acumular os dois trabalhos.

Júnior tem 28 anos e é de Bangu, no Rio de Janeiro. Fez computação no Instituto Federal de Santa Catarina e trabalhou como suporte técnico de uma empresa de contabilidade tributária antes entrar, em 2023, para a área de inovação de uma multinacional que presta consultoria de software.

Foi lá que ele começou a trabalhar com inteligência artificial, produzindo ferramentas de IA para auxiliar desenvolvedores de outras empresas a criarem softwares.

Com o novo trabalho na empresa de comunicação — onde desenvolve soluções com inteligência artificial para gerar roteiros e áudios para podcasts —, ele hoje faz uma jornada de 7h às 20h, prestando serviço de forma remota para as duas empresas.

"É difícil, mas no fim é bom, porque eu consigo conciliar os dois. Essa é a realidade hoje no Brasil para os desenvolvedores, de carga de trabalho de mais de 12 horas, por conta das diferentes oportunidades que surgem o tempo inteiro", ele conta à BBC News Brasil.

Profissão de 'engenheiro de IA' ainda não tem definição precisa, mas tem campo de atuação amplo — Foto: Getty Images via BBC
Profissão de 'engenheiro de IA' ainda não tem definição precisa, mas tem campo de atuação amplo — Foto: Getty Images via BBC

'Salário mínimo' de R$ 7 mil e CLT

O déficit de mão de obra também acaba abrindo também oportunidades para quem não tem tanta experiência na área.

As empresas muitas vezes consideram contratar profissionais com menor qualificação e dar espaço para que eles se desenvolvam, pondera Mariangela Cifelli, recrutadora que atuou no setor de tecnologia no Brasil e hoje está nos Estados Unidos.

Ela ressalta que essa é uma dinâmica clássica dos ciclos do mercado de tecnologia: o surgimento de inovações adotadas em larga escala aumenta a demanda por determinados profissionais, inflaciona salários e acaba indiretamente beneficiando também funcionários com perfil mais "júnior".

"A gente precisa fazer escolhas. Ou vai pagar um salário bem alto para uma pessoa mais robusta ou vai dar oportunidade para quem tem interesse e a prática pessoal e desenvolver essa pessoa", concorda Vanessa Cobas.

O exercício de desenvolver talentos internamente é política de muitas empresas de tecnologia brasileiras e tem sido reforçada no ambiente da corrida pela IA.

No iFood, por exemplo, que tem 3 mil dos 8 mil funcionários alocados na área de tecnologia, muitos dos engenheiros e engenheiras de software têm migrado para a área de inteligência artificial incentivados pela empresa, que oferece treinamento, cursos e um orçamento específico destinado ao chamado "plano de desenvolvimento individual".

Hoje, 80% dessa verba está direcionada para capacitações em IA, diz Raphael Bozza, vice-presidente de pessoas, ressaltando que, desde 2018, o iFood tem buscado construir um time "forte e qualificado" nessa área.

A Cloudwalk, que atua no setor de pagamentos com a marca InfinitePay, é outra que cultiva o hábito de desenvolver talentos dentro de seus próprios quadros de funcionários.

"Muito do que a gente construiu aqui dentro foi com o conhecimento que a gente já tem", afirma Gabriel Bernal, que supervisiona um time de 140 pessoas da área de engenharia de suporte ao cliente, responsável por muitas das inovações relacionadas à IA implementadas na empresa recentemente.

Uma delas é um chatbot de suporte desenvolvido por ele "e dois meninos que nunca tinham mexido com programação" a partir do ChatGPT 3.5, com a ajuda de vídeos compartilhados por usuários em uma comunidade de profissionais de tecnologia do Discord e muita experimentação.

O exemplo ilustra bem a cultura do "aprender fazendo" praticada na empresa, razão que Bernal aponta para explicar a rotatividade baixa entre funcionários, apesar da competição por talentos no setor.

Ele menciona ainda como atrativos as oportunidades constantes de crescimento dentro da empresa e o salário de entrada, elevado a R$ 7 mil no início deste ano, chegando a R$ 10 mil com benefícios, com a contratação em regime CLT.

Questionado pela reportagem sobre a discussão em torno da possível rejeição dos jovens à CLT, que surgiu a partir de vídeos nas redes sociais em que adolescentes debocham do regime, Bernal diz que não observa esse desprezo na prática: "As pessoas que trabalham aqui gostam".

Profissões que vão bombar em 2026
Profissões que vão bombar em 2026


Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada
Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------  -----------====-++----  

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

EUA investigam Amazon após drone de entrega romper cabo de internet no Texas

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Companhia de Jeff Bezos disse que 'não houve feridos ou interrupções generalizadas no serviço de internet'. Em outubro, em outro incidente, drones da empresa colidiram com um guindaste no Arizona.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
TOPO
Por Reuters

Postado em 26 de Novembro de 2.025 às 16h45m
Interface gráfica do usuário, Texto, Aplicativo

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.
. #.*     Post. - Nº.\  5.285     *.# .

Drone usado pela Amazon para entregas — Foto: Divulgação/Amazon
Drone usado pela Amazon para entregas — Foto: Divulgação/Amazon

A agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) está investigando a Amazon depois que um dos drones de entrega da companhia derrubou um cabo de internet no centro do estado norte-americano do Texas na semana passada.

"Um drone MK30 atingiu uma linha em Waco, Texas, por volta das 12h45, horário local, na terça-feira, 18 de novembro", disse o regulador em um comunicado à Reuters, acrescentando que "está investigando" esse incidente.

Em 18 de novembro, após concluir uma entrega, um drone cortou um cabo de internet fino e suspenso e, em seguida, realizou um "pouso seguro contingente", conforme projetado, disse um porta-voz da Amazon à Reuters em uma resposta por e-mail, acrescentando que "não houve feridos ou interrupções generalizadas no serviço de internet".

Imagens de vídeo analisadas pela CNBC, que relatou o incidente pela primeira vez, mostraram um dos drones MK30 da Amazon subindo do quintal de um cliente quando uma de suas seis hélices ficou presa em um cabo. Em seguida, os motores do drone foram desligados, resultando em uma descida controlada.

Isso ocorreu depois que a FAA disse em outubro que investigará um incidente separado no qual dois drones da Amazon Prime Air colidiram com um guindaste no Arizona.

A Amazon começou a usar drones para fazer entregas de medicamentos em College Station, Texas, em 2023.

A empresa de comércio eletrônico pretende entregar 500 milhões de pacotes anualmente por drones até o final de 2030.

Black Friday: veja como se proteger das lojas online falsas da Shopee e Havan
Black Friday: veja como se proteger das lojas online falsas da Shopee e Havan

++-====-------------------------------------------------   ----------------------=======;;==========---------------------------------------------------------------------  -----------====-++----