Está ai uma pergunta que diversos planners se fazem todos os dias. Mas será que estamos mesmo nos preocupando com isso? Se sim, ótimo. Se não está hora de revermos nossos conceitos. Cada planner tem um perfil. Assim como um criativo tem mais facilidade para criar um anúncio, nós planners também temos nossos perfis. Alguns são mais focados em estratégia, outros em pesquisa, outros em inovação. Sou no comportamento do consumidor. Sou um planner que busca muito isso em livros, pesquisas, estudos de mercado e matérias publicadas em SITES, mas só isso não é suficiente! É preciso conversar com as pessoas!
Me enche os olhos quando, como hoje, vejo um cliente falando que antes de entender o perfil a fundo do consumidor dele, ele não quer fazer nada de novo, pois hoje as suas ações de comunicação são SIMPLES, mas resolvem. Se quer inovar, vamos entender o que as pessoas querem! Olhei e disse "como precisamos de mais pessoas pensando igual a você no mercado". Ele não entendeu muito, mas no decorrer da reunião soltei um "ainda hoje recebemos o brief falando que o publico-alvo são homens 35+ classe ABC". Ele me olhou em silêncio, mas acredito que entendeu o porquê da minha frase no começo da reunião.
Na minha modesta opinião, quanto mais as marcas entenderem que o consumidor não é um homem de 35 anos classe B, mas sim que esse homem que pesquisa na web antes de COMPRAR, que conversa com amigos antes de decidir uma compra, que tem um lado emoção e um razão para decidir por qualquer marca, que a sua esposa influencia na compra, que sua filha influencia mais ainda, mesmo tendo 2 anos de idade, que esse cara gosta de ir a bares e restaurantes em noites de calor, mas que no frio ele opta por ficar em casa assistindo TV debaixo das cobertas comendo pipoca... Quanto mais entender isso, mais as marcas vão conseguir atingir o coração desse consumidor. É essa paixão que é preciso despertar no consumidor.
Qual a probabilidade de um homem entrar no metrô, ver uma mulher, se apaixonar por ela e saírem do metro casados? Então, qual a possibilidade desse mesmo homem ir ao supermercado, ver um produto e comprar sem nunca ter visto nada sobre ele? A "conquista" é a semelhança dos dois casos. As marcas precisam conquistar o consumidor. E estão fazendo?
Sou um heavy user de Coca-Cola como sempre brinco nas minhas aulas. Já fui conquistado pelo produto, mas nunca pela marca. Não a sigo no Twitter, pois nas vezes que tentei falar com ela fui ignorado. Ok, ela já me conquistou, trabalho feito, mas não posso conquistar mais pessoas para a marca?
Outro dia no meu Twitter (@plannerfelipe) fiquei brincando com quatro amigos sobre a marca. Um deles gosta mais de Pepsi e vivemos brincando um com o outro. Cadê a Coca-Cola ou a "pode ser" para entrarem na brincadeira? Quando se entende o que pensa o consumidor fica mais fácil essa conquista.
Mas como entender? Como saber o que quer? Como quer? Onde? Bem, estamos falando de internet. Vivemos um momento em que o usuário expõe o que quer nas Redes Sociais ou Blogs. Vivemos em uma época em que as pessoas dão o check in no restaurante, parque, casa, banco, livraria.
Consigo saber onde várias pessoas que sigo no Twitter e Facebook moram, trabalham, comem, COMPRAM, Shopping que vão. Obrigado Foursqaure. E nem preciso de muito esforço para isso. As pessoas falam por que querem. Imagina uma marca o quanto ganha com isso. O quanto isso pode ajudar nas pesquisas. Uma nova fonte rica de informação a nossa inteira disposição. Quero saber onde mais se consome Coca-Cola? Pesquiso a palavra e acho milhares de pessoas falando sobre o seu consumo em um bar ou restaurante.
Qual o filme mais legal no cinema? Digito alguns e tenho a sincera opinião de um pessoa e não um critico de cinema que nada mais é do que um cineasta frustrado. O que vale mais a pena. E você sabe o que seu consumidor pensa?
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