2018/09/27, 08:16
Postado em 01 de outubro de 2018 às 21h00m
Pesquisa da Citrix na América Latina que aborda segurança, cloud e trabalho flexível mostra que, embora o país invista em tecnologia, seu uso ainda não está alinhado com as estratégias do negócio.
O estudo” Como vamos na América Latin, encomendado pela Citrix, empresa norte-americana de tecnologia, mostrou que dentre os países da região, o Brasil está à frente dos demais quando o assunto é nuvem, com 57% de empresas adeptas desta tecnologia. No entanto, algumas contradições nos resultados mostram que existe um longo caminho para aumentar a maturidade digital das empresas.
Embora 73% das entrevistadas manifestem desejo em investir em nuvem, 43% afirmaram não fazer uso da tecnologia. E os motivos são: infraestrutura suficiente (38%), não enxergam valor (19%), questões de segurança (14%), falta de orçamento (14%) e não sabem como fazê-lo (12%).
Outro fator interessante registrado na pesquisa foi em relação a falta de estratégia no uso desta tecnologia. As empresas que usam a nuvem estão mantendo o foco no armazenamento de informações: 24% responderam que armazenam informações gerais, 18% registram e-mail, 11% guardam informações sensíveis do negócio, 11% registram dados do fornecedor, 7% aplicativos não tão sensíveis e 12% todas as anteriores.
“A computação em nuvem significa mais do que apenas armazenar documentos. Ela permite a empresas de todos os tamanhos ações mais rápidas, ágeis e flexíveis, redução nos custos de investimento em hardware e acesso igualitário à tecnologia de ponta, só para citar alguns. Em regiões com mais maturidade digital, empresas focam em ativos mais estratégicos (aplicações críticas para o negócio e aplicações legadas) se beneficiando assim da elasticidade e alta disponibilidade de cloud”, explica Luis Banhara, diretor geral da Citrix Brasil.
Produtividade
Outro aspecto sobre a adoção dos serviços em nuvem é implementação de formas de trabalho flexível, por exemplo o home office e o teletrabalho. A partir das informações coletadas, constatou-se que 62% das empresas brasileiras com tipos de trabalho flexíveis os implementaram a pedido dos funcionários, principalmente por motivos de gestão do tempo (13%), maior produtividade (8%), conforto (6%) e qualidade de vida (6%).
Os resultados, de acordo com os gestores em TI do país, foram positivos considerando que acessar dados e aplicações de qualquer lugar ou dispositivo torna a equipe mais produtiva (88%). Outro fato notável é que 65% das empresas disseram que redesenharam o ambiente para se adaptar às novas formas de trabalho flexíveis, especificamente para buscar maior produtividade e melhor gestão do tempo pelo funcionário.
Paradoxalmente, 73% dos entrevistados acham que os funcionários são mais produtivos trabalhando no escritório do que de onde se sentem mais confortáveis e inspirados. E isso se deve, principalmente, à falta de confiança por parte dos diretores (80%).
“Com o avanço da tecnologia, hoje podemos contar com ferramentas que estão mudando a forma que trabalhamos, possibilitando o trabalho flexível, de qualquer lugar e em qualquer dispositivo. A valorização precisa estar focada na entrega e não no tempo que o funcionário passa no escritório”, destaca o diretor geral.
Segurança
A segurança é um fator de grande preocupação para as empresas e 58% das entrevistadas declaram desejo de investir mais em proteção dos dados até o final deste ano. Porém, alguns comportamentos destacam brechas que podem comprometer seriamente os dados das companhias. Dos executivos consultados, 49% afirmaram que permitem que funcionários salvem informações em pen-drive e encaminhem informações para o e-mail pessoal (52%).
Reflexo disso é que 35% das vulnerabilidades sofridas pelas empresas foram vazamento de dados e 32% ataques externos direcionados às informações da empresa.
“Temendo a segurança de seus dados, muitas empresas acabam blindando os funcionários de maneira imobilizadora. Estão seguros, mas extremamente restritos. E não precisa ser assim. É possível trabalhar de forma protegida sem limitar ações”, conclui Banhara.
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