A proposta ressalta o crescente interesse de Washington em regulamentar das grandes companhias do setor.
Por Reuters
Postado em 12 de abril de 2019 às 17h00m
Postado em 12 de abril de 2019 às 17h00m
Parlamentares norte-americanos propuseram na quarta-feira (10) uma lei que exigiria que grandes empresas de tecnologia detectassem e eliminassem quaisquer algoritmos e processos de inteligência artificial que gerassem viés e discriminação.
A proposta ressalta o crescente interesse de Washington na regulamentação do Vale do Silício e vem depois de o Departamento de Habitação e Urbanismo americano acusar o Facebook por discriminação em anúncios de moradia.
Intitulado 'Algorithmic Accountability Act', a proposta daria novos poderes à Comissão Federal de Comércio (FTC) e forçaria as empresas a estudarem se preconceitos raciais, de gênero são criados por suas tecnologias. As regras se aplicariam a empresas com faturamento anual acima de US$ 50 milhões, às que compram e vendem informações de consumidores e às que detêm dados de mais de 1 milhão de usuários.
"Os computadores estão cada vez mais envolvidos nas decisões importantes que afetam a vida dos americanos — se alguém pode ou não comprar uma casa, conseguir um emprego ou até mesmo ir para a cadeia", disse o senador democrata Ron Wyden em um comunicado de imprensa anunciando o projeto.
"Mas, em vez de eliminar o preconceito, com frequência esses algoritmos confiam em suposições tendenciosas ou dados que podem reforçar a discriminação contra mulheres e pessoas de cor", afirmou.
O comunicado à imprensa citou como exemplo uma reportagem informando que a Amazon havia descartado um mecanismo de recrutamento automatizado que era preconceituoso contra mulheres, além da acusação do Departamento de Habitação e Urbanismo contra o Facebook.
O senador Cory Booker e a deputada Yvette Clarke, ambos democratas, juntaram-se a Wyden para apresentar o projeto de lei, que pode enfrentar uma batalha difícil no Senado, controlado pelos republicanos.
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