Aplicativo de entregas por motoboys atingiu valor de mercado de US$ 1 bilhão sem abrir capital. Novo investimento deve ser usado para área de pesquisa e desenvolvimento.
Por Valor Online
Postado em 06 de junho de 2019 às 15h30m
Postado em 06 de junho de 2019 às 15h30m
A Loggi, aplicativo brasileiro de entregas por motoboys voltado ao público corporativo, encerrou dias atrás uma nova rodada de investimentos com a captação de US$ 150 milhões. Com o aporte, a empresa informou nesta quarta-feira (5) que atingiu valor de mercado de US$ 1 bilhão, entrando para o rol dos chamados "unicórnios" – nome dado às startups que chegam a esse valor antes de abrir o capital.
Participaram como investidores da sexta rodada SoftBank, Microsoft, GGV, Fifth Wall e Velt Partners. Os recursos serão direcionados principalmente à área de pesquisa e desenvolvimento. O plano é montar uma equipe com mais de 1 mil desenvolvedores de tecnologia.
O investimento será direcionado também para expansão territorial da Loggi por meio de centros de expedições urbanos espalhados pelo país e aumento da malha logística, incluindo transporte aéreo. Juarez Aparecido de Paula Cunha, presidente dos Correios, disse recentemente que a estatal conversa sobre parceria com a startup.
Na primeira rodada, em 2013, a Loggi captou R$ 2,5 milhões junto a Iporanga Investimentos e Angels. Um ano depois, obteve mais R$ 10 milhões com Monashees e Qualcomm Ventures. Em 2015, foram R$ 50 milhões com Dragoneer e Kaszek. Em fevereiro de 2017, a empresa captou mais R$ 50 milhões com Microsoft e IFC. Em março do ano passado, em nova rodada, conseguiu R$ 400 milhões do SoftBank.
O app
Fundada em 2013 por Arthur Debert e Fabien Mendez, a startup atingiu o equilíbrio financeiro em agosto de 2018. Três meses depois, recebeu o aporte da japonesa SoftBank. A multinacional também fez aporte de US$ 1 bilhão no aplicativo de entregas colombiano Rappi.
A Loggi, que atende empresas como Dafiti, B2W, Mercado Livre e Amazon, fez 36 milhões de entregas no ano passado, disse Grégoire Balasko, diretor financeiro, ao Valor, em março. Em cinco anos, a meta é entregar 1,8 bilhão de encomendas anualmente.
A startup tem dois centros de distribuição em São Paulo, o segundo inaugurado em outubro de 2018. Balasko afirmou naquela ocasião que planejava abrir um terceiro em São Paulo, mas a data para isso ainda não estava definida. Ele estudava outras regiões, mas não indicou quais.
"Este é um marco financeiro que confirma que a Loggi está no caminho certo para alcançar sua missão de conectar o Brasil, reinventando a logística com uso de tecnologia, disse Mendez em nota à imprensa.
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