96% dos internautas brasileiros adquirem produtos pela internet, aponta estudo da Gouvêa de Souza.
De acordo com o estudo feito com 700 pessoas no Brasil e outras 10.500 no mundo em parceria com o Ebeltoft Group, que será apresentado no DIGITAILING – 1º Fórum Internacional de Varejo Digital, no próximo dia 23, 96% dos internautas brasileiros já realizaram compras pela internet, ante uma média mundial de 90%, incluindo países como Estados Unidos, Inglaterra e França. Além de comprar em lojas virtuais com operação local, 45% dos usuários no país já adquiriram roupas, eletroeletrônicos e perfumes em outros países.
Maior velocidade de conexão – embora o Brasil tenha 1,9 mega de velocidade média diante de 93 do Japão –, mais informações, variedade e opções de compra, maior integração de canais e a mobilidade forjam o cenário para um neoconsumidor elevado ao cubo, novo conceito defendido pela Gouvêa de Souza. “Essas características sugerem que o consumidor está mais racional ao fazer uma compra”, afirma Luis Goes, coordenador do estudo.
Classe "C" tem comportamento único
Entre os 4% dos internautas que não compram pelos meios digitais, 59% dizem preferir tocar o produto. “Uma boa ferramenta para minimizar este problema é usar realidade aumentada”, sugere Goes. Para 41% das pessoas, o receio de não receber o que comprou é um ponto negativo. “Esse índice ainda é alto porque teve gente que comprou no Natal e só recebeu em fevereiro”, lembra. Há ainda quem tenha medo de perder dinheiro, com 48% das pessoas que não querem passar informações bancárias.
Compra de tudo pela internet
A pesquisa traz números que indicam o aumento de compras de itens não tradicionais pela internet. Em 2009, 28% dos neoconsumidores compravam alimentos online. Este ano, o índice subiu para 34%. Vestuário, calçados e acessórios também apresentaram crescimento. Ainda que pese a disparidade de tamanhos e medidas, 43% das pessoas adquiriram roupas e calçados em 2011, contra 22% há três anos. No setor de cosméticos, 51% dos brasileiros passaram a comprar pela web em 2011, contra 29% em 2009. O campeão de vendas são os eletrônicos, comprados online por 76% este ano, ante 56% na primeira onda da pesquisa.
Metade dos brasileiros entrevistados pela pesquisa (51%) já utilizaram a compra coletiva, enquanto apenas 1% não conhece o modelo. Dos que ainda não compraram cupons, 90% pretendem adquirir. Bem menos que a pretensão de compra de 65% em outros países. “Isso tem muito menos a ver com dinheiro do que com cultura”, pondera Goes. “No Brasil, priorizamos o coletivismo, enquanto em outros países o que impera é o individualismo”. Que o digam as redes sociais, onde o Brasil é um dos campeões de acesso.
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