"Growth Hacking e Programática 3.0 são apenas alguns dos termos que prometem entrar definitivamente para vocabulário dos profissionais do setor ao longo do ano no Brasil."
Alguns termos devem entrar com maior frequência para o vocabulário dos profissionais de Marketing em 2016, como “growth hacking”, “momentum Marketing” e “agile Marketing”.
As práticas importadas dos Estados Unidos e da Europa prometem desafiar as equipes a se atualizarem, especialmente quanto às ações nos meios digital e mobile.
O mundo online já ganhou relevância no mix de Marketing ao logo dos últimos anos, o que deve apenas acelerar diante da crise econômica e política vivenciada no país - que leva à redução dos budgets e pressiona pela otimização dos investimentos.
Conheça os seis conceitos que se consolidarão em 2016.
1. Growth Hacking
Já em voga no exterior e pouco disseminado no Brasil, o growth hacking chegará com força ao país em 2016. A técnica desenvolvida por startups de tecnologia do Vale do Silício valoriza a criatividade, o pensamento analítico e as métricas para escalar a venda de produtos ou serviços.
“Trata-se do foco específico da empresa em crescer. As companhias que adotam essa estratégia de crescimento rápido se valem de técnicas de Marketing como SEO, Marketing de conteúdo, mídias sociais e virais. Um case nos Estados Unidos é o Airbnb”, explica Martha Gabriel, escritora, consultora e palestrante nas áreas de Marketing digital, inovação e educação, em entrevista ao Mundo do Marketing.
As agências digitais e as equipes de Marketing das empresas já vêm adotando as ações em tempo real há alguns anos por aqui, especialmente em eventos datados. Na Copa do Mundo de 2014, as marcas tiveram uma grande oportunidade de ganhar prática na técnica. O novo desafio, entretanto, é extrapolar esse conceito com o chamado momentum Marketing, termo que deve começar a ser discutido m 2016 no Brasil.
Na física, momentum significa muito mais do que momento, ou instante, mas sim movimento ou impulso. “As empresas devem ver quais situações reais podem ser usadas nas plataformas virtuais e criar momentum, ou seja, gerar um movimento.
A partir do que acontece no mundo offline, a marca gera uma repercussão nas mídias online. Isso já começa a ocorrer nos Estados Unidos e em alguns países da Europa e será incorporado por agências brasileiras, que já vêm explorando o real time Marketing”, analisa Martha.
3. Agile Marketing
Outro conceito que deve se consagrar em 2016, o agile Marketing valoriza a rapidez e a agilidade.
O movimento, que teve início com programadores, prioriza a resposta a mudanças em vez de seguir o planejado; interações rápidas no lugar de campanhas megalomaníacas; testes e dados em vez de opiniões e convenções; e a colaboração no lugar de silos e da hierarquia. Esta seria a receita para alcançar um número mensurável de pequenas vitórias em um curto período.
A primeira versão da programática permitiu a compra automatizada de mídia em inventários digitais. Por meio dos dados, os anunciantes puderam orientar suas peças para targets mais segmentados, aumentando as taxas de conversão. A nova fase, apontada como uma das tendências para 2016 pelo site CMO.com, estende a prática para a mídia tradicional.
Já há empresas atuando dessa forma, como a Time Inc, que ampliou a compra automatizada ao impresso nos Estados Unidos, e a Dentsu Aegis Network começou a adquirir espaços no modelo da programática no inventário de vídeos on demand da emissora britânica Channel 4.
5. Segurança e privacidade
Como o ano de 2016 será marcado pela expansão do mobile, indo além dos smartphones e tablets, surge a reboque um aumento da preocupação dos brasileiros com segurança e privacidade. Por meio dos gadgets, os usuários acabam fornecendo informações valiosas para marcas, como sua localização, quais ambientes costuma frequentar, a que horas, ou seja, seus hábitos.
À medida que o mobile ganha força, com os wearables e outros dispositivos conectados, é natural que as pessoas comecem a se preocupar mais com quais dados estão disponibilizando e como eles vêm sendo usados pelas empresas.
“Estamos começando a ver a decolagem da internet das coisas, com drones e outros equipamentos invasivos e conectados. Nos Estados Unidos, a discussão sobre segurança já é enorme. Como proteger os dados? Uma coisa é o usuário querer se expôr; outra é ele se expôr sem saber”, ressalta Martha.
Cada vez mais usuários usam táticas para filtrar os anúncios, seja nas redes sociais ou em sites. Esse comportamento, que já é uma questão para marcas nos Estados Unidos, deve se tornar alvo de preocupação também das brasileiras este ano. Isso ocorre diante da relevância que o digital e, especialmente, o mobile vêm ganhando no mix de Marketing das companhias.
A saída para o ad blocking, na maior parte das vezes, tem sido transformar a propaganda em serviço, de tal modo que ela nem pareça anúncio para o usuário. O trabalho bem feito depende da reunião de dados dos consumidores e de ações personalizadas para os clientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário