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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Estudo mostra desafios dos diretores financeiros na era digital

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Ana Rita Guerra, 
2016/04/05, 14:00
Postado em 06 de abril de 2016 às 21h00m


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Um novo estudo da Oracle e da Chartered Global Management Accountant (CGMA) mostra uma grande dificuldade dos responsáveis da área financeira em analisarem dados sobre ativos intangíveis.

O estudo, The Digital Finance Imperative, analisou as respostas de 367 diretores financeiros em 29 países da região EMEA – Europa, Médio Oriente e África. Os dados levam à conclusão de que é preciso repensar a forma como se avalia a saúde financeira das empresas na era digital.

Este é o ponto de partida: para a maioria das empresas, o seu valor é definido pelos ativos intangíveis, como a marca ou a confiança dos clientes. Os inquiridos referiram que os grandes impulsionadores do crescimento dos seus negócios são o nível de satisfação dos clientes (75%), a qualidade dos processos de negócio (62%) e o relacionamento com os clientes (62%).

No entanto, os profissionais da área financeira na região da EMEA têm dificuldade em acessar e analisar os dados que digam respeito aos ativos intangíveis:
  • Apenas 16% dos diretores financeiros têm acesso a dados para avaliar o sentimento de confiança dos clientes na empresa;
  • Só 16% conseguem medir o impacto das marcas nos negócios;
  • 29% são capazes de aferir a qualidade dos processos de negócio;
  • Somente em 10% dos casos a área financeira foi envolvida no fornecimento e avaliação de dados não financeiros relativos à evolução do negócio.
É, obviamente, uma oportunidade para os provedores de TI, como sublinha Laurent Dechaux, vice-presidente de aplicações para a divisão ERP da Oracle na Europa. 

“Os responsáveis financeiros estão numa posição privilegiada para se tornarem nos futuros ‘timoneiros’ das empresas modernas, mas para que isso aconteça terão que ser capazes de trabalhar com dados relevantes, que abranjam toda a empresa, utilizando sistemas de ERP e de gestão do desempenho modernos e baseados na nuvem”, defende o responsável.

Sem estes recursos, há o risco de as áreas das empresas que tiverem maior acesso às tecnologias digitais e que possuírem mais ferramentas virem a ultrapassar a área financeira, passando a ser as novas responsáveis por apresentar diretamente às administrações os relatórios e as informações estratégicas.

Noel Tagoe, um dos autores deste estudo, sublinha que a digitalização está tornando cada vez mais difícil a diferenciação entre as empresas, e que os diretores financeiros podem passar a liderar este processo assegurando a qualidade na tomada de decisões. 

“Eles têm a visão e as habilitações necessárias para trabalharem em equipe com os diversos stakeholders, assegurando que as empresas reúnem a informação que é relevante ao seu negócio, e que a analisam e a utilizam para melhorarem os seus níveis de desempenho”, diz o especialista.

O estudo sublinha ainda que os ativos intangíveis representam hoje 80% do valor das empresas que integram o índice S&P 500. Por isso, “a aferição do valor comercial dos ativos intangíveis através de KPIs inovadores só irá aumentar na proporção da proliferação dos modelos de negócio assentes no digital.”

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