por Filipe Garrett
Para o TechTudo
27/02/2016 06h00 - Atualizado em 27/02/2016 16h09
Postado em 23 de maio de 2016 às 21h50m
Quem está interessado em investir em uma impressora 3D precisa saber como o equipamento funciona e ter conhecimento sobre as diferentes técnicas de impressão. Apesar de ser uma tecnologia já bastante madura, o consumidor deve ter em mente que não há um tipo de impressora 3D que seja um “coringa” e funcione em todos os cenários e tipos de uso.
Quer uma impressora 3D? Veja os cuidados que você precisar ter antes de comprar
A aplicabilidade das impressoras varia, há casos de modelos que criam casas, chocolate e até servem para fazer tatuagem. A seguir, você vai conhecer os tipos de impressão e como os equipamentos funcionam. Só assim é possível saber qual técnica mais se adapta aos seus objetivos ao comprar uma impressora 3D.
Extrusão
Extrusão é o tipo de impressão tridimensional mais comum
(Foto: Divulgação/Mankati)
O processo funciona a partir de um extrusor que libera camadas subsequentes de um material plástico aquecido. Seguindo as orientações do arquivo de impressão, a cabeça extrusora libera o material de camada em camada, dando assim os contornos para o objeto desejado.
As limitações desse tipo de tecnologia começam pela qualidade do material impresso, que atinge baixa resolução (aqui, o termo refere-se à riqueza de detalhes). Outro problema é que formas de geometria mais complexa podem levar um bom tempo para serem impressas.
A FLP, uma variação desse tipo de impressão, corrige a maioria desses defeitos ao empregar um tipo de plástico de maior qualidade. Isso permite que os produtos gerados por impressoras FLP possam ser usados em exercícios criativos e de prototipagem em indústrias.
Estereolitografia
Estereolitografia permite impressão com grande riqueza
de detalhes (Foto: Divulgação/MakeX)
Normalmente, impressões desse tipo geram objetos que precisam de um acabamento. É comum ser necessário a exposição a calor em fornos para enrijecer mais a resina e a necessidade de cortar as pontinhas geradas pelo movimento do laser.
Embora seja reconhecido como um dos melhores métodos de impressão tridimensional, em virtude da qualidade do produto final, esse tipo de tecnologia exige mais atenção, já que há a necessidade de cuidados pós-impressão com os objetos. Outro fator limitante é que impressos via estereolitografia costumam ser mais frágeis.
DLP
Método DLP usa luz em vez de lasers para criar objetos (Foto: Divulgação/Facture)
Isso faz das DLP impressoras bastante rápidas para confeccionar objetos com alta resolução e riqueza de detalhes.
Mas as mesmas limitações das estereolitográficas se manifestam aqui: produtos mais frágeis podem ter vida útil reduzida. Além disso, a atenção com acabamento pós-impressão pode ser necessária.
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Síntese a laser (laser sintering)
I
mpressoras com laser podem ter câmaras isoladas
(Foto: Divulgação/Andreas Bastian)
Conforme a cabeça de impressão se move, criando as camadas do produto, a impressora rebaixa o material e um rolo libera mais pó sobre o objeto. Dessa forma, a cabeça de impressão não se move verticalmente para criar as novas camadas.
A grande limitação desse tipo de tecnologia é a necessidade de que o processo ocorra numa câmara de impressão vedada, já que uma temperatura alta e constante precisa ser mantida durante todo o processo para garantir a qualidade do objeto. É um tipo de impressão mais comum em empresas.
SLS
Impressoras SLS podem aceitar vários tipos de materiais
(Foto: Divulgação/Digital School)
O problema é que essa tecnologia não é nenhum pouco acessível, pois não apenas a impressora com esse laser absurdamente potente é bastante cara. Há outros gastos como os custos de manutenção e de uso do equipamento são bem proibitivos: a conta de luz vai às alturas.
Esses detalhes e as características de permitir impressão em metal fazem das SLS equipamentos comuns em indústrias, mas não em residências.
Jato de tinta
Método jato de tinta é usado por cientistas em busca da
impressão de órgãos humanos (Foto: Divulgação/BJet)
A primeira usa um tipo de material aglutinante. Ele é distribuído pela jato sobre um pó de resina plástica. Onde o aglutinante cai, o pó se funde e endurece, criando as formas. O processo é repetido em camadas até que o objeto esteja concluído.
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Esse tipo de impressão permite, também, a aplicação de vários tipos de “tinta”, como cerâmica e comida.
A outra forma de impressão 3D é a jato de tinta em que o material liberado pelo jato é a tinta, e não um aglutinante. Impressoras desse tipo costumam contar com várias cabeças de impressão que, operando simultaneamente, permitem que um objeto tenha diversos materiais diferentes em sua composição.
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