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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Organizações estão lentas para avançar em Data e Analytics


António Santos Lourenço, 
2018/04/12, 10:15 
Postado em 12 de abril de 2018 às 17h30m 


O Gartner anunciou que 91% das 196 organizações pesquisadas globalmente ainda não alcançaram um nível de maturidade de transformação em Data e Analytics.
O Gartner anunciou que 91% das 196 organizações pesquisadas globalmente ainda não alcançaram um nível de maturidade de transformação em Data e Analytics (D&A), apesar de a área ser a prioridade número um em investimentos para os executivos de TI (CIOs – Chief Information Officers) nos últimos anos.
A maioria das organizações estão melhorando com o uso de Data e Analytics, tendo em vista os potenciais benefícios das tecnologias, diz Nick Heudecker, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. Organizações com níveis de maturidade de transformação possuem maior agilidade, melhor integração com parceiros e fornecedores, além de maior facilidade de uso de sistemas preditivos e de Analytics. Isso tudo se traduz em vantagem competitiva e diferenciação de mercado, afirma o analista.
A pesquisa global solicitou aos entrevistados que classificassem suas organizações de acordo com os cinco níveis de maturidade para Data e Analytics. O levantamento apontou que 60% dos entrevistados em todo o mundo se classificaram nos três níveis mais baixos.
A pesquisa revela que 48% das organizações da Ásia Pacífico (APAC) indicam que seus avanços em Data e Analytics estão nos dois níveis mais altos, seguidas por 44% das empresas da América do Norte e por apenas 30% da Europa, Oriente Médio e África. A maioria dos entrevistados em todo o mundo se classifica no Nível 3 (34%) ou Nível 4 (31%). Já 21% dos pesquisados se classificam como Nível 2 e 5% no Nível 1. Apenas 9% das empresas pesquisadas pelo Gartner consideram que estão no Nível 5, o mais alto no qual estão os maiores benefícios da transformação.
Não presuma que a aquisição de novas tecnologias é essencial para alcançar níveis de maturidade em Data e Analytics, diz Heudecker. Primeiro, concentre-se em melhorar a forma como as pessoas e os processos são coordenados dentro da organização e, em seguida, veja como aprimorar suas práticas com parceiros externos, indica o analista.
Melhorar a eficiência dos processos foi, de longe, o problema de negócios mais comum que fez com que as organizações recorressem a Data e Analytics. Segundo a pesquisa, 54% dos entrevistados em todo o mundo apontaram esse tópico entre seus três principais problemas. O aprimoramento da experiência dos clientes e o desenvolvimento de novos produtos ficaram juntos em segundo lugar, com 31% dos entrevistados listando cada um desses problemas. Previsões e tendências sobre o tema serão divulgadas durante a Conferência Gartner Data & Analytics, que ocorre nos dias 22 e 23 de maio, em São Paulo.
A pesquisa também revelou que, apesar de muita atenção em formas avançadas de Analytics, 64% das organizações ainda consideram o relatório de negócios e painéis de controle (dashboards) suas aplicações de negócios mais críticas para Data e Analytics. Da mesma forma, fontes de informações tradicionais, como dados transacionais e registros também continuam a dominar, embora 46% das organizações reportem o uso de dados externos.
É fácil se deixar levar com novas tecnologias, como aprendizado de máquina e inteligência artificial, explica Heudecker. Mas as formas tradicionais de Analytics e de Inteligência de Negócios continuam sendo uma parte crucial do funcionamento das organizações atualmente. É improvável que isso mude em um futuro próximo, afirma.

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