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domingo, 20 de outubro de 2019

Falha no leitor de digitais do Galaxy S10 desbloqueia celular que tem película de tela

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Fabricante sul-coreana anunciou que vai lançar atualização de software para corrigir a vulnerabilidade.
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 Por Altieres Rohr, G1  

 Postado em 20 de 0utubro de 2019 às 16h00m  

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A Samsung anunciou que vai lançar uma atualização de software para corrigir uma brecha de segurança no leitor de impressões digitais ultrassônico do Galaxy S10, um dos seus modelos topo de linha.

"A Samsung está ciente do caso de mal funcionamento do reconhecimento de digital do S10 e logo lançará uma correção de software", disse a empresa à agência Reuters.

O leitor biométrico desses aparelhos fica localizado sob a tela do celular e identifica os sulcos da digital por meio de ondas ultrassônicas. Segundo um relato publicado no jornal "The Sun", uma britânica descobriu que uma película de silicone chinesa comprada por menos de R$ 15 fazia o leitor reconhecer qualquer digital como válida, inutilizando o bloqueio de tela.
Modelo S10 se diferencia de aparelhos anteriores da série Galaxy com leitor de digitais sob a tela. — Foto: Thiago Lavado/G1 
Modelo S10 se diferencia de aparelhos anteriores da série Galaxy com leitor de digitais sob a tela. — Foto: Thiago Lavado/G1

A britânica notou o problema quando conseguiu desbloquear o celular com qualquer dedo, não apenas os cadastrados no telefone. Depois, verificou que seu marido e sua irmã também podiam desbloquear o aparelho.
A Samsung orienta que consumidores adquiram apenas acessórios autorizados pela marca e que o uso de películas não oficiais ou resíduos na tela podem interferir com o funcionamento do sensor.
Como o sensor fica debaixo da tela, películas adicionam uma camada entre a tela e o dedo usuário, interferindo no processo de leitura. É possível que a fabricante da película tenha buscado algum método de tornar seu produto compatível com o sensor, mas acabou quebrando a segurança do telefone.
A Samsung informou que o problema acontece quando uma digital é registrada após a aplicação da película. A fabricante recomenda a remoção de películas de silicone e o recadastramento das digitais para evitar riscos. Segundo a empresa, a recomendação vale para os modelos S10 e Note10 (incluindo S10+ e Note10+) até que seja instalada a atualização, programada para a próxima semana.

Sensor derrotado por impressão 3D e cola quente
Esse é o terceiro problema encontrado no leitor ultrassônico da Samsung. A tecnologia foi lançada em março pela empresa em seus modelos topo de linha, substituindo os sensores tradicionais que normalmente ficavam na traseira ou nas bordas dos telefones.

No início de abril, um mês após o lançamento do Galaxy S10, o sensor foi inicialmente derrotado por uma impressão 3D produzida a partir de uma foto de celular de uma digital.

Pouco menos de dois meses depois, no fim de maio, o canal de YouTube Max Tech conseguiu enganar o sensor com uma digital duplicada com cola quente. De acordo com o vídeo do canal, o experimento foi motivado por uma atualização da Samsung que acelerou o desbloqueio do telefone pela impressão digital – mas isso aparentemente diminuiu a segurança do dispositivo.

Reconhecimento facial é mais inseguro
O Galaxy S10 tem um recurso de reconhecimento facial, mas não dispõe dos sensores necessários para a leitura do rosto em 3D, como acontece no iPhone da Apple e no recém-anunciado Pixel 4 do Google. Testes já demonstraram que o reconhecimento facial, quando feito sem esses sensores, pode ser derrotado até por uma foto ou vídeo do dono do celular.
Por essa razão, apesar das falhas no reconhecimento de impressão digital, ela ainda é a melhor opção biométrica para os donos do aparelho.

A alternativa é utilizar uma senha ou desenho de padrão, como em modelos sem nenhuma opção de biometria.

Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com
Selo Altieres Rohr — Foto: Ilustração: G1 
Selo Altieres Rohr — Foto: Ilustração: G1

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