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segunda-feira, 30 de maio de 2022

De barista a bibliotecário: falta de mão de obra faz empresas de Singapura investirem em robôs

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Adoção pela tecnologia foi acelerada após as restrições durante a pandemia dificultarem novas contratações.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 30 de maio de 2022 às 13h25m

Post. N. - 4.358

Robôs em Singapura atuando em obras, estações de metrô e bibliotecas — Foto: Reuters
Robôs em Singapura atuando em obras, estações de metrô e bibliotecas — Foto: Reuters

As empresas de Singapura estão investindo cada vez mais na implantação de robôs para ajudar a realizar uma série de tarefas que estavam sem mão de obra, entre elas a digitalização de estantes de bibliotecas e servir cafés em metrôs.

O ritmo da adoção e automação da tecnologia foi acelerado após as restrições durante a pandemia de Covid-19 dificultarem novas contratações de funcionários.

A cidade-estado, por exemplo, sempre dependeu de trabalhadores estrangeiros. Entre dezembro de 2019 e setembro de 2021, milhares de funcionários deixaram de atuar, de acordo com o Ministério da Mão de Obra.

Com isso, de acordo com um relatório da Federação Internacional de Robótica, do ano passado, Singapura passou a ter 605 robôs instalados por 10 mil funcionários na indústria de manufatura. É o segundo maior número globalmente, ficando atrás dos 932 da Coreia do Sul.

Veja algumas funções que foram substituídas:

Funcionário de obra

Robô em Singapura foi construído por empresa dos Estados Unidos — Foto: Reuters
Robô em Singapura foi construído por empresa dos Estados Unidos — Foto: Reuters

Para a construtora Gammon, a solução para ter uma mão de obra em um canteiro de obras foi um robô de quatro patas chamado "Spot", construído pela empresa norte-americana Boston Dynamics.

O robô escaneia seções de lama e cascalho para verificar o andamento do trabalho, com dados enviados para a sala de controle da construtora.

Segundo o gerente geral, Michael O'Connell, usar o Spot exige apenas um funcionário humano em vez dos dois anteriormente necessários para fazer o trabalho manualmente.

O cão robô, fabricado pela Boston Dynamics, de propriedade da Hyundai, é usado pela Gammon Construction Ltd para realizar levantamento autônomo de seu local de trabalho, na ilha de Sentosa — Foto: Reuters
O cão robô, fabricado pela Boston Dynamics, de propriedade da Hyundai, é usado pela Gammon Construction Ltd para realizar levantamento autônomo de seu local de trabalho, na ilha de Sentosa — Foto: Reuters

Bibliotecário
Robôs passaram a ser implantado em bibliotecas — Foto: Reuters
Robôs passaram a ser implantado em bibliotecas — Foto: Reuters

Enquanto isso, a Biblioteca Nacional de Singapura introduziu dois robôs de leitura de prateleiras que podem escanear etiquetas em 100 mil livros, ou cerca de 30% de sua coleção, por dia.

"Os funcionários não precisam ler os números de telefone um por um na prateleira, e isso reduz os aspectos rotineiros e de trabalho intensivo", disse Lee Yee Fuang, diretor assistente do National Library Board.

Baristas nos metrôs

Robôs foram colocados em estações de metrô em SIngapura  — Foto: Reuters
Robôs foram colocados em estações de metrô em SIngapura — Foto: Reuters

Os robôs também estão sendo usados ​​para tarefas voltadas para o cliente. São mais de 30 estações de metrô com robôs fazendo café para os passageiros.

Keith Tan, executivo-chefe da Crown Digital, foi quem criou o robô barista. Ele afirma que a tecnologia está ajudando a resolver o "maior ponto problemático" em alimentos e bebidas: encontrar funcionários. Mas ao mesmo tempo cria cargos bem pagos para ajudar a automatizar o setor.
Robô no metrô de Singapura  — Foto: Reuters
Robô no metrô de Singapura — Foto: Reuters

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