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Departamento de Justiça alega que a bigtech usa o seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores. Apple afirma que, se o processo for bem-sucedido, a 'capacidade' da companhia de 'criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam' será prejudicada.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1
Postado em 21 de março de 2024 às 12h55m
Post. N. - 4.851
Logo da Apple — Foto: Unsplash/ Zhiyue
O Departamento de Justiça dos EUA e mais quinze estados americanos processaram nesta quinta-feira (21) a Apple, alegando que a bigtech monopolizou ilegalmente os mercados de smartphones.
A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon, durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden.
“Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland , em comunicado. “Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones.”
O Departamento de Justiça, que também se juntou ao Distrito de Columbia no processo, alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes.
A ação civil acusa a Apple de monopólio ilegal sobre smartphones mantido pela imposição de restrições contratuais e pela retenção de acesso aos desenvolvedores, detalhou a agência de notícias Reuters.
“Este processo ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos da Apple em mercados ferozmente competitivos. Se for bem sucedido, prejudicaria a nossa capacidade de criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam da Apple – onde hardware, software e serviços se cruzam”, afirmou a Apple, em um comunicado.
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Processos e ações contra a bigtech
A Apple já foi alvo de investigações e ordens antitruste na Europa, Japão e Coreia, bem como ações judiciais de rivais corporativos como a Epic Games.
Um dos negócios mais lucrativos da Apple – sua App Store, que cobra comissões dos desenvolvedores de até 30% – já sobreviveu a um longo desafio legal sob a lei dos EUA pela Epic.
Embora o processo tenha concluído que a Apple não violou as leis antitruste, um juiz federal ordenou que a Apple permitisse links e botões para pagar por aplicativos sem usar a comissão de pagamento no aplicativo da Apple.
Na Europa, o modelo de negócios da App Store da Apple foi desmantelado por uma nova lei chamada Lei dos Mercados Digitais, que entrou em vigor no início deste mês.
A Apple planeja permitir que os desenvolvedores ofereçam suas próprias lojas de aplicativos – e, mais importante, que não paguem comissões. Apesar disso, rivais como Spotify e Epic argumentam que a Apple ainda está dificultando a oferta de lojas de aplicativos alternativas.
As decisões sobre a App Store da Apple forçaram o Departamento de Justiça a analisar outras práticas da Apple como base para uma reclamação, como a forma como a Apple permite que empresas externas acessem os chips e sensores do iPhone.
Empresas de hardware de consumo, como a fabricante de rastreadores inteligentes Tile Inc, reclamam há muito tempo que a Apple restringiu as formas como podem trabalhar com os sensores do iPhone enquanto desenvolvem produtos concorrentes que têm maior acesso.
A Apple começou a vender AirTags – que podem ser anexadas a itens como chaves de carros para ajudar os usuários a encontrá-los quando perdidos – vários anos depois que a Tile começou a vender um produto semelhante.
Da mesma forma, a Apple restringiu o acesso a um chip no iPhone que permite pagamentos sem contato. Os cartões de crédito só podem ser adicionados ao iPhone usando o serviço Apple Pay da própria Apple.
E a companhia também enfrentou críticas por seu serviço iMessage, que só funciona em dispositivos da empresa.
Há muito tempo, a bigtech argumenta que restringe o acesso a dados do usuários e hardwares do iPhone para outros desenvolvedores por razões de privacidade e segurança.
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