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Modelo da Samsung foi usado por atletas no pódio das Olimpíadas, que a marca patrocinou. Ambos têm desempenho de smartphone topo de linha.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Henrique Martin, g1
Postado em 23 de agosto de 2024 às 08h00m
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Guia de Compras: celulares dobráveis — Foto: g1
A nova geração de celulares dobráveis já conta com câmeras, duração de bateria e desempenho muito parecidos com os dos smartphones topo de linha.
Fazem parte dessa lista os recém-lançados Moto Razr 50 Ultra, da Motorola, e o Samsung Galaxy Z Flip6 – o aparelho que atletas usaram para fazer selfie no pódio das Olimpíadas. A fabricante era uma das patrocinadoras do evento.
São dois modelos compactos no estilo “flip phone” (que se fecha ao meio como um telefone antigo).
Esses aparelhos contam uma tela grande do lado externo, que permite usar os recursos do celular mesmo quando fechado. Dá para responder mensagens, jogar e até tirar selfies com a câmera principal.
As medalhistas Jordan Chiles, Rebeca Andrade e Simone Biles tiram
selfie no pódio de Paris com o Z Flip6 — Foto: Athit
Perawongmetha/Reuters
Eles são compactos, diferentes dos aparelhos maiores com telas dobráveis, que se transformam em um tablet pequeno.
E se eles se assemelham aos topo de linha em desempenho, câmeras e na bateria, isso também acontece no preço, que segue sendo alto.
Os dois modelos avaliados pelo Guia de Compras custavam na faixa de R$ 7.200 nas lojas on-line pesquisadas no meio de agosto.
Veja a seguir o resultado dos testes (design e tela externa, desempenho, bateria, recursos de inteligência artificial e câmeras), a conclusão e, ao final, como foi feita a avaliação.
Moto Razr 50 Ultra
O aparelho conta com uma câmera muito boa, uma tela externa grande com 4 polegadas e tem uma bateria que permite bastante tempo de uso longe da tomada. Na comparação por desempenho, o Razr fica atrás do concorrente da Samsung.
O Razr 50 Ultra custava R$ 7.200 nas lojas da internet em agosto. O modelo é vendido apenas na versão com 512 GB de armazenamento interno.
Galaxy Z Flip6
A duração da bateria e as câmeras também são muito boas. O principal gargalo do produto é a tela externa, que não permite o uso de apps por completo, apenas atalhos para recursos rápidos.
Essa questão da limitação da tela externa não é novidade. O modelo anterior (Galaxy Z Flip5) também não permitia o uso de apps.
Em agosto, o Galaxy Z Flip6 custava R$ 7.200 em sua versão com 256 GB de armazenamento – o mesmo preço do Razr Ultra 50. O modelo com 512 GB saía na faixa dos R$ 8.100.
Design e tela externa
Fechados, os dois aparelhos são bastante parecidos. O design é o de um bloco quadrado, com bordas arredondadas no Motorola e mais retas no Samsung.
A espessura do Razr 50 Ultra é de 15,3 mm fechado, um pouco maior que a do Galaxy Z Flip6, com 14,9 mm. Com a tela aberta, o Motorola é maior que o Samsung.
Ambos aparentam um fechamento perfeito de tela, sem espaços ou vãos para entrada de sujeira ou detritos quando o telefone está em um bolso ou mochila, por exemplo.
O Razr conta com uma vantagem no acabamento: sua parte traseira, quando fechado, tem uma cobertura emborrachada, que evita que o celular escorregue na mesa.
O acabamento de vidro do Galaxy Z Flip6 é mais escorregadio.
Ao ligar a tela externa, dá para perceber as diferenças de como cada fabricante pensou o uso dessa área do aparelho.
O Razr 50 Ultra, com 4 polegadas, tem quase toda sua parte frontal ocupada.
O display começa um pouco abaixo da dobra e vai até acima das lentes das câmeras, que podem obstruir alguma informação embaixo.
Essa tela é 100% funcional e roda todos os apps instalados no telefone – mas é preciso escolher quais vão aparecer nessa área.
Tela externa do Razr 50 Ultra com menu de aplicativos — Foto: Henrique Martin/g1
Se quiser responder e-mail, mandar WhatsApp ou usar as redes sociais favoritas, não existe limitação.
Já o Galaxy Z Flip6 também conta com uma tela externa grande, com 3,4 polegadas. Porém, ela é mais baseada no uso dos apps que a Samsung permite usar “do lado de fora” do celular. São poucos, a maioria da própria Samsung.
A tela externa do Galaxy também traz os widgets, que são blocos de informação rápida.
Atalhos na tela externa do Galaxy Z Flip6 — Foto: Henrique Martin/g1
Eles mostram notificações de e-mail e mensagens, entre outros, e permitem controlar a reprodução de músicas, ajustar alarmes ou gravar conversas.
Mas se quiser mandar uma mensagem no WhatsApp, por exemplo, não dá – o Z Flip6 permite apenas responder a mensagens recebidas em uma área de notificações.
Em ambos, a tela externa ajuda ainda a tirar selfies utilizando a câmera principal do aparelho, que é uma função bastante divertida.
No uso cotidiano, essa nova geração conta com uma mudança importante em comparação aos celulares dobráveis de 2023.
A praticidade de não precisar abrir o dispositivo para ver uma mensagem ou digitar um e-mail ganhou uma ajuda dos recursos de inteligência artificial que já vêm instalados nos equipamentos.
Desse modo, não é preciso usar o teclado – basta tocar no botão de IA, seguir as sugestões prontas ou usar as que forem geradas pelo aparelho.
Desempenho
Durante os testes, o desempenho de ambos foi bastante parecido, sempre com a liderança do Galaxy Z Flip6 em performance e games.
Ambos têm 12 GB de RAM, que é o esperado para celulares nessa faixa de preço.
Quanto mais memória RAM, melhor será o desempenho do smartphone. Não confundir com o armazenamento interno do aparelho, que guarda o sistema operacional, aplicativos e dados do dono do telefone.
A diferença de desempenho se dá no processador – o da Samsung (Snapdragon 8 Gen3) é mais poderoso que o da Motorola (Snapdragon 8S Gen3).
De qualquer forma, nenhum dos dois travou ou apresentou lentidão durante o uso.
As fabricantes citam que os aparelhos têm desempenho comparável a modelos topo de linha que não dobram das marcas.
Os testes comprovaram isso: comparado ao Galaxy S24 (veja o teste), o Z Flip6 foi um pouco mais veloz em performance e games.
Já o Razr 50 Ultra, ao lado do Moto Edge 50 Ultra (veja o teste), ganhou em desempenho, mas ficou um pouco atrás em games.
Bateria
A capacidade da bateria dos dobráveis era, até o ano passado, um ponto de atenção na comparação com celulares normais, por conta de uma capacidade menor.
Os smartphones dobráveis do teste – como ocorreu no desempenho – já têm baterias comparáveis às dos topo de linha.
Ambos contam com capacidade de 4.000 mAH (mAH é a unidade de medida de carga energética), a mesma de um Galaxy S24 ou um pouco menor que um Moto Edge 50 Ultra.
Nos testes, a diferença entre Galaxy e Razr foi mínima: 12h05 de duração estimada para o Motorola e 12h14 para o Samsung.
Isso não significa que o aparelho vá ficar 12 horas longe da tomada, mas dá uma estimativa de uso dos celulares.
Câmeras
A lista de melhoria dos celulares dobráveis inclui câmeras aprimoradas na comparação com as gerações anteriores.
A resolução da câmera principal está maior – subiu de 12 megapixels nos aparelhos de 2023 para 50 megapixels no Motorola e no Samsung.
Os modelos novos também passaram a contar com zoom óptico integrado e com mais melhorias nas imagens usando inteligência artificial.
O fato de ter um formato que o produto pode ficar “sentado” em uma superfície, sem precisar de um tripé, ajuda muito na hora de tirar fotos em grupo e fazer vídeos.
Os resultados são bastante parecidos e seguem um padrão de cores já visto em outros testes com celulares da Samsung e da Motorola. O primeiro fica mais “quente" e alaranjado, o segundo mais azulado e “frio”.
À noite, as fotos também são muito boas, como mostram as imagens abaixo.
Os celulares têm duas lentes na traseira. O Razr 50 Ultra conta com o sensor principal e uma câmera zoom (que aproxima até 4x no óptico e 30x no digital), também com 50 mp de resolução.
O Z Flip6 vem com uma grande angular de 12 megapixels para complementar os 50 mp da câmera principal. Aqui, o zoom é digital e pode chegar a 10x.
Ter um dobrável significa tirar selfies de dois modos: usando a tela externa como visor para a câmera principal ou usando a câmera interna, como em qualquer telefone convencional.
Aí as selfies podem ter 50 megapixels de resolução – que é a da câmera principal. Ou 32 megapixels, no Moto Razr 50 Ultra, e 10 mp, no Galaxy Z Flip6, com a câmera em cima da tela interna.
Os recursos de inteligência artificial lançados com a família Galaxy S24 (veja o teste e como funciona a IA), em janeiro, ganharam atualizações para as telas dobráveis.
As funcionalidades de IA ajudam a transcrever reuniões de forma automática no aplicativo Notas, assim como resumir o conteúdo de sites e editar fotos.
A Motorola não tem um sistema de inteligência artificial (IA) similar ao desenvolvido pela Samsung, mas utiliza o Gemini, do Google, para ajudar em busca de informações e reduzir a necessidade de digitar.
Basta ativar o ícone do recurso e falar ou digitar para pedir algo para a IA.
O aparelho conta ainda com funcionalidades de IA na câmera e na personalização, criando fundos de tela que combinam com a roupa ou paisagem, apenas tirando uma foto.
A Motorola promete uma atualização em breve que irá fazer com que a IA interaja com maior contexto com as informações pessoais do dono do telefone – oferecendo respostas personalizadas no WhatsApp, por exemplo.
QUAL ESCOLHER? Levando em consideração o desempenho, o dobrável da Samsung é mais poderoso que o da Motorola. E tem mais recursos de inteligência artificial prontos para usar.
Levando em conta o uso cotidiano, o Razr 50 Ultra repete seu “irmão" Razr 40 Ultra: ele tem a grande vantagem de permitir usar qualquer aplicativo instalado no celular.
O Galaxy Z Flip6 é mais limitado nesse sentido e parece que a fabricante reduziu os apps com acesso à tela de fora nesse novo aparelho.
As câmeras dos dois são bastante parecidas, ambos rodam o Android mais recente (14) e seus preços são similares – na faixa dos R$ 7.200.
A escolha do consumidor deve ser feita avaliando o design e as funcionalidades de cada modelo.
Na avaliação do Guia de Compras, o Razr 50 Ultra é uma opção melhor por conta da tela externa. E o Galaxy Z Flip6, por causa do desempenho.
Como foram feitos os testes
Motorola e Samsung são as únicas fabricantes que vendem celulares dobráveis no Brasil. Os aparelhos foram emprestados pelas marcas e serão devolvidos.
Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.
Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação.
Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino.
A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.
O resultado é uma estimativa de quanto aquela bateria pode durar longe da tomada. Na prática o número da vida real pode ser distinto, já que não usamos o telefone da forma intensiva o tempo todo.
Para os testes de câmera, foram feitas fotos dentro de casa e na rua (quando possível), com várias mudanças de iluminação em cenários similares para poder comparar as imagens.
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