"Criada no Brasil, rede de franquias Container Ecology Store reúne sustentabilidade, mobilidade e design moderno"
*||* Por Fernanda Salem
Chave na Mão
O modelo de negócios da Container Ecology Store, chamado Sistema Franquia Chave na Mão, provém diversos serviços para o franqueado. “A empresa busca o terreno que será o ponto comercial, instala a loja em uma semana com tudo pronto para o cliente e faz a gestão do negócio dele. O franqueado está comprando um pacote”, explica Krai.
Outra facilidade é a lista de 500 marcas, nacionais e internacionais, que já vêm como opção com a loja, disponíveis para o franqueado vender, como a Coca-Cola Clothing, a Fórum e a Abercrombie & Fitch. Todas voltadas para a moda jovem, que se relacionam com o target da empresa.
“O modelo exige um operador moderno devido ao tipo de loja, que é diferente. Podemos treinar qualquer um para o perfil, mas o franqueado precisa ter, acima de tudo, garra e tino para inovação”, diz Krai, explicando que para adquirir uma loja da Container o valor mínimo a ser investido é de R$ 100 mil.
Conquistando clientes
Uma das franquias de maior sucesso, segundo Krai, é a da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O empreendimento tem dois containers e vende sete marcas: Abercrombie & Fitch, Hollister, Adidas Originals, Calvin Klein, Lança Perfume, Coca-Cola Clothing e Labellamafia, algumas delas conquistadas pelos próprios franqueados.
“O maior benefício que tirei com essa franquia é um aluguel muito mais barato do que em shoppings, então dá para vender os produtos a um preço mais acessível, além de poder remover o container para outro ponto, se achar necessário”, diz Luiz Otavio de Azevedo, dono da loja na Barra da Tijuca (foto), em entrevista ao Mundo do Marketing.
A unidade foi inaugurada em setembro de 2010 e o faturamento mensal é de cerca de R$ 45 mil. “O valor ainda não pagou o investimento inicial. Estamos fazendo clientes neste primeiro ano. Acredito que a partir do ano que vem já ultrapassaremos o investimento inicial”, diz. “A previsão para 2012 é faturar de R$ 60 mil a R$ 70 mil por mês com a loja”.
Solução ambiental
Um dos grandes trunfos do negócio é seu apelo ambiental e ecológico, tendência mundial que a rede aproveita na divulgação da empresa desde o nome até o texto no site, dizendo ser a única franquia totalmente sustentável do mundo e chamando os clientes a participar do movimento para salvar o planeta.
Efetivamente, a utilização de materiais reciclados como containers com mais de 20 anos de uso já é uma ação que contribui para o meio ambiente. Além disso, as lojas contam com itens como araras feitas de corrimão de ônibus e decks de casca de arroz na decoração. A rede também não usa nenhum produto que polua o meio ambiente e 50% do ponto de venda é reciclado.
Modelos internacionais
A inovação já existe internacionalmente, com algumas lojas feitas em containers de navios. Nos Estados Unidos, a incubadora de design 3rd Ward criou em agosto deste ano uma loja utilizando o objeto, que foi chamado de Shopbox (foto).
Os produtos, como mochilas e objetos de decoração, ficam expostos no container e os consumidores podem escolher o produto desejado, sem a ajuda de um vendedor, e se cadastrar utilizando um iPad disponível no local. O cliente então envia uma mensagem de texto e a mercadoria é entregue em seu endereço.
No Canadá, a Nescafé fez recentemente uma ação de loja pop-up em um container para divulgar a linha Dolce Gusto. A instalação fez uma turnê pelos locais mais movimentados de Toronto e Montreal como uma cafeteria itinerante.
Lojas viajam pelo mundo
A agência de design LOT-EK tem um histórico em trabalhar com projetos criados a partir de container abandonados, de instalações de arte a lojas. Há dois anos, a empresa criou um ponto de venda para a Uniqlo em Nova York, nos Estados Unidos, pequeno e eficiente.
Seu case de maior sucesso, no entanto, foi para a Puma, chamado de Puma City. O espaço de 24 containers criado em 2008 tem escritórios, área para a imprensa, um bar, local para eventos e ainda uma grande varanda aberta no teto. A loja é móvel, passando por algumas cidades dos Estados Unidos, e já foi até a Espanha e África do Sul, vendendo os produtos da marca durante a Copa do Mundo de 2010.
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