Total de visualizações de página

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ben & Jerry’s investe no digital em ação pelo primeiro ano no Brasi

"Plano de Marketing inclui ativação em espaços públicos e redes sociais. Ações são voltadas à celebração de um ano da presença da marca de sorvete no país e traz novos sabores." 


*-.x.-* Por Priscilla Oliveira | 31/08/2015


A Ben & Jerry’s desenvolveu um plano de Marketing que inclui o uso integrado de diferentes canais para a primeira grande campanha de mídia no Brasil. A ação celebra um ano da chegada da sorveteria norte-americana no país. 

A estratégia utilizará espaços públicos de São Paulo e as principais plataformas digitais, como Waze, Facebook, Twitter e Foursquare para a divulgação das atividades.

Desenvolvida pela LiveAD, a empresa buscará mostrar para o público as qualidades do produto e o processo sustentável de fabricação, incluindo os valores sociais e ambientais utilizados pela marca. 

Sob o conceito "O melhor sorvete possível feito da melhor forma possível", as ativações estarão em 130 painéis digitais distribuídos em diversos pontos de ônibus e mobiliários urbanos da capital paulista. 

Ao passar por um deles, o consumidor receberá, por exemplo, orientações pelo aplicativo de GPS sobre como chegar a uma loja mais próxima.

Além disso, os sabores mais vendidos, o Triple Caramel (sorvete de caramelo com calda de caramelo e pedaços de chocolate recheados com caramelo) e o Phish Food (sorvete de chocolate com marshmallow, calda de caramelo e peixinhos de chocolate), ganharão versões em potes de 458 ml e estarão disponíveis em mais de 400 pontos de venda da capital, incluindo supermercados, empórios e padarias. 

O Chunky Monkey (sorvete de banana com flocos sabor chocolate e nozes) também terá a versão mini de 120 ml, podendo ser consumido a qualquer hora.

Grandes sucessos da rede no mercado internacional também chegam ao país. O Strawberry (sorvete de morango) e o Cookie Affair (sorvete de baunilha com calda de chocolate e pedações de biscoito de chocolate) passarão a integrar o cardápio de 16 sabores das unidades da Oscar Freire e do Morumbi.
Ben & Jerry’s, Plano de Marketing, Novos Sabores

GE faz intervenção artística para comemorar milésima turbina eólica

"Empresa aposta no trabalho do artista Cadumen para reforçar a importância do uso de fonte renovável de energia no país. Ação acontece no parque instalado em Garanhuns, Pernambuco." 

*-|:|-* Por Roberta Moraes | 31/08/2015


A GE criou uma ação diferenciada para comemorar a instalação do milésimo aerogerador que entrará em operação em setembro no parque eólico de Garanhuns, em Pernambuco. A companhia resolveu transformar a turbina em uma base artística e elegeu o artista urbano Cadumen para desenvolver o trabalho. 

O desenho faz alusão à alegria e persistência do povo brasileiro, representado pela imagem da mulher, como símbolo de força, coragem e luta.

A escolha do elemento também simboliza a população local, maior beneficiária da geração da energia limpa produzida nos parques eólicos, representada pelo artista com os cabelos sendo conduzidos pelo vento. A obra possui 30 metros de altura por quatro metros de largura, tomando a base da torre, que possui 80 metros de comprimento. 

Em função da complexidade, a instalação foi feita com adesivos, uma vez que a pintura não seria possível por causa da força dos ventos. A turbina que recebeu a arte integra o complexo eólico Santa Brígida, de 180 megawatts de potência, operado pela Casa dos Ventos.

Para reforçar a importância desse tipo de energia para a diversificação da matriz elétrica do país e para o desenvolvimento de novas regiões, a GE elaborou uma estratégia de comunicação que abrange diferentes canais, desde mídias próprias - como redes sociais e blog GE Reports Brasil, mídia espontânea e canais de comunicação interna. A campanha de ativação será implementada em setembro deste ano.
GE, Energia Eólica, Arte, VentoGE, Energia Eólica, Arte, Vento

Empresa busca sócios brasileiros para construir empreendimento nos EUA

"Projeto prevê a construção do condomínio City Center West Orange, em Orlando. Programa está aprovado pelo governo e concede Green Card para os investidores."


*-.x.-* Por Roberta Moraes | 28/08/2015


A Florida 360 Realty desembarca no Brasil com a missão de encontrar investidores para o empreendimento City Center West Orange, um condomínio que está sendo construído no distrito de Ocoee, em Orlando (EUA). 

O projeto está aprovado no programa EB-5, mecanismo pelo qual o governo norte-americano garante a concessão de visto aos estrangeiros que fizerem um aporte mínimo de US$ 500 mil dólares em iniciativas que gerem empregos a cidadãos americanos.

Ao investir meio milhão de dólares, o investidor se torna sócio acionista do empreendimento com 2.500 ações privadas. 

O que garante juros anuais e aumento gradual do valor das ações à medida que a obra for evoluindo, os sócios participam da distribuição de lucros. Na entrega final do projeto, prevista para o fim de 2017, o montante pode ultrapassar até 10% do valor investido.

O novo distrito é um mix de habitação urbana e centro comercial. Na primeira fase do projeto, haverá 500 apartamentos, um centro de convenções, dois hotéis, restaurantes, lojas, clínicas médicas, espaços recreativos e de lazer em mais de meio milhão de metros quadrados. 

A planta foi criada baseada em uma linha de planejamento que valoriza a integração dos moradores nos espaços de uso coletivos com foco na qualidade de vida.

O condomínio fica a poucos quilômetros de distância dos parques da Disney e da Universal. O projeto recebeu da prefeitura de Ocoee investimento de mais de US$ 5 milhões de dólares em infraestrutura. 

O projeto é estratégico para o desenvolvimento socioeconômico da região e apenas 33% dos investimentos virão de aporte estrangeiro.

O número de brasileiros que compraram imóveis nos EUA aumentou entre 20% e 25% nos últimos dois anos, de acordo com a consultoria de imóveis. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, há 300 mil brasileiros vivendo na Flórida.
Flórida, EUA, Investimento, Green Card, Orlando

Nissin compra fatia da Ajinomoto e passa a comandar Miojo sozinha

"Valor da transação, para os 50% das ações, foi de R$ 1 bilhão. Há 40 anos as companhias atuavam em conjunto na liderança do mercado de macarrão instantâneo."

 

*-.:.-* Por Priscilla Oliveira | 28/08/2015


A Nissin comprou a fatia que correspondia à Ajinomoto no comando da marca Miojo. O valor da transação, para os 50% das ações, foi de R$ 1 bilhão. 

Há 40 anos as companhias atuavam em conjunto, tendo sido o grupo japonês convidado para produzir o macarrão instantâneo no Brasil pela companhia nacional. Com isso, a empresa assumiu a liderança na venda do produto no país, dividindo a concorrência com Adria, Maggi e Renata.

A partir de agora, a Ajinomoto será subsidiária da Nissin, que passa a produzir sozinha a massa. Segundo levantamento da Nielsen, a Nissin-Ajinomoto possui 63% de participação de mercado e faturou R$ 695 milhões em 2014.  

O Brasil é um dos maiores mercados consumidores, sendo vendidos 2,4 bilhões de saquinhos e copinhos do produto por ano, segundo informações da Associação Internacional de Macarrão Instantâneo.

A aquisição acontece no ano em que o Miojo comemora 50 anos no país. A marca elaborou uma série de ações para 2015, que incluem novo sabor frango assado com limão, promoção com sorteio de prêmios em dinheiro, encontros de relacionamento e novo site.
Nissin, Ajinomoto, Miojo, Aquisição

Raj Sisodia: “Sem propósito, marcas agem como se não houvesse futuro”

"Cofundador do Instituto Capitalismo Consciente, o indiano defende que, para mudar e alcançar o sucesso no mundo contemporâneo, empresas precisam mudar sua liderança."

 

*.\0/.* Por Renata Leite | 31/08/2015


Assim como o nome já diz, o principal motor do sistema capitalista é o capital. Melhor dizendo, o lucro, que Karl Marx cunhou de forma crítica como mais-valia. 

Desde a concepção do sistema, entretanto, muita coisa aconteceu - da queda do muro de Berlim e dos regimes comunistas à chegada da Geração Millennial ao mercado de trabalho - e tornou cada vez mais iminente a necessidade de revisão daquele guia original dos negócios, representado por cifrões. 

Hoje, as empresas despertam, pouco a pouco, para a importância de se buscar propósitos mais nobres para as suas atividades, enxergando o lucro como resultado e não como objetivo maior.

A nova mentalidade, entretanto, não pode se resumir a uma maquiagem para levar a organização ao sucesso na nova era, e esse é um dos desafios assumidos por Raj Sisodia, Cofundador e Copresidente do Instituto Capitalismo Consciente, que esteve no Rio de Janeiro na última semana durante o evento Sustainable Brands. 

Coautor dos livros “Capitalismo Consciente: Libertar o espírito heróico dos negócios”, "Os segredos das empresas mais queridas” e “Empresas Humanizadas - Pessoas, propósito e performance”, o professor do Babson College, em Massachusetts, EUA, foi citado, em 2003, como um dos “50 líderes pensadores em marketing” e nomeado para o “Guru Gallery” pelo Chartered Institute of Marketing. 

Também foi escolhido um dos “Top 100 líderes do pensamento em Trustworthy Comportamento Negócios”, por Trust Across America em 2010 e 2011.

A entidade sem fins lucrativos criada por Sisodia já está em seis países, além dos Estados Unidos, entre eles o Brasil, o que demonstra que cada vez mais empresas despertam para as novas demandas do mundo contemporâneo.

Mas o percurso ainda é longo. “Muitas companhias e, especialmente, muitos líderes, chegaram até aqui em um modelo mental de que os negócios devem estar direcionados para a maximização dos lucros. E muitos desses líderes são pessoalmente motivados por seu próprio poder e seu próprio enriquecimento.

Eles se tornaram líderes porque queriam ganhar muito dinheiro. É muito difícil tornar esse tipo de líder consciente, porque ele, na verdade, está usando as outras pessoas para alcançar o sucesso pessoal dele”, diz o guru indiano, em entrevista exclusiva ao Mundo do Marketing.

Mundo do Marketing: Você acredita que ocorreu uma transformação na mentalidade das empresas ao longo dos últimos anos?
Raj Sisodia: O propósito está se tornando praticamente uma ideia mainstream. É curioso. Ensinei Marketing e estratégia por quase 25 anos sem usar a palavra propósito. Por que ensinávamos, em Administração de Negócios, que o propósito das empresas já era dado a nós: maximizar os lucros. 


Aceitávamos essa ideia sem questionar. Foi somente pesquisando para meu livro que percebi que deveria haver um propósito além do lucro. Antes de conversarmos sobre estratégia temos que falar sobre o propósito, que aponta para onde estamos indo.

Depois, é possível pensar em como chegar lá. Cada vez mais companhias estão percebendo que só ter o lucro como propósito não é suficiente. Ele é o resultado de agir guiado pelo propósito, de uma forma eficiente. 

O lucro não inspira ou energiza ninguém, não atrai profissionais, o que faz com que se tenha que investir muito em publicidade e em promoção para convencer os consumidores a comprar.

Mundo do Marketing: Por que as empresas estão acordando para a importância de terem um propósito que vá além dos ganhos financeiros?
Raj Sisodia: Elas estão reconhecendo que a antiga forma de atuação não está funcionando. Funcionou por um tempo, mas o mundo mudou dramaticamente. A partir de 1989, o mundo entrou em uma nova fase. Chamamos de Era da Transcendência, em que as pessoas estão indo além do material e passam a se preocupar com outras questões também. 


Muitas coisas aconteceram nos últimos 25 anos, como o colapso do comunismo, a queda do Muro de Berlim, a invenção da rede mundial de computadores, um crescimento na transparência, no acesso à informação, estamos mais conectados, inteligentes, educados, conscientes, vemos a alta dos valores femininos. São mudanças importantes na sociedade que estão surgindo juntas. O impacto total é grande.

A forma como o mundo girava até os anos 1980 não funciona mais, o que gera confusão. Mas muitos estão se perguntando como ser relevante na vida das pessoas e ter um impacto positivo de verdade no mundo. 

Alguns, entretanto, praticam apenas greenwashing ou contratam uma boa agência de publicidade para chegar a um propósito com uma boa sonoridade, mas que não passa de um slogan. Ele precisa ser real. 

O propósito deve ser verdadeiramente profundo e autêntico, em nome do qual a empresa está disposta a sacrificar outras coisas. É o que a companhia defende. É preciso partir do propósito para criar valor para todos os stakeholders, para diferentes tipos de líderes e de culturas.

Mundo do Marketing: E como companhias que foram guiadas pelos lucros por décadas podem buscar seus propósitos e mudar de atitude?
Raj Sisodia: Se voltarmos à história da empresa, ao início, e entender por que ela foi criada, quais eram as paixões e as crenças dos fundadores, na maioria das vezes, vamos encontrar algum propósito. Costuma haver um propósito original, mas com o passar do tempo, à medida que a companhia cresce, os fundadores vão embora, tudo passa a girar em torno de dinheiro. 


O que fazia a empresa especial se perde. É preciso voltar e redescobrir a essência. Muitas organizações estão fazendo isso. Há consultorias que ajudam nessa busca. A questão é que elas não podem trazer nada pronto. Devem trabalhar com a empresa para entender, entrevistar muitas pessoas, entre empregados que atuam na companhia há muito tempo e outros stakeholders.

E isso é algo de que o mundo precisa. Uma empresa deve ser significativa para o mundo, de modo a importar para as pessoas. Mas se a organização nunca teve um propósito e sempre foi guiada apenas pelo lucro, mesmo assim, da mesma forma que acontece com os seres humanos na meia-idade, ela pode se ver diante de uma crise existencial e buscar seu propósito. 

Pode chegar à conclusão de que não tinha esse Norte ao longo da história, mas hoje, diante do que é, do que faz bem e do que o mundo precisa, pode encontrar essa essência, que faça a diferença para as pessoas e o todo.

Mundo do Marketing: Qual o papel das novas gerações nesse processo de mudança no modelo capitalista?
Raj Sisodia: Os Millennials cresceram com todas essas mudanças: a rede de computadores, as mídias sociais, a conectividade. E eles são muito inteligentes também. A inteligência está crescendo a cada nova geração. 


Se comparássemos o QI desses jovens hoje com os de 80 anos atrás, eles seriam considerados gênios. Além disso, eles são da geração que mais busca propósito e significado. Antes, as pessoas chegavam a esses questionamentos a partir da meia-idade, mas muitos Millennials já se deparam com eles ainda na adolescência.

Isso leva a mudanças de comportamento, primeiramente enquanto funcionários.
Eles estão mais engajados em fazer algo que mude o mundo. E também enquanto empreendedores, buscam propósito, está no jeito natural de viver deles. O desafio principal é que grande parte não confia nas empresas. 

Acha que são más e egoístas, o que leva os jovens, muitas vezes, a criarem ou atuarem em organizações sem fins lucrativos. Tentamos mostrar que os negócios podem ser belos, tendo um grande impacto positivo no mundo, por serem capazes de escalar sua atuação sem serem dependentes de doações.

Mundo do Marketing: Apesar de todas as polêmicas envolvendo as plataformas, a Economia Compartilhada pode ser um novo caminho para o capitalismo?
Raj Sisodia: Toda a ideia do capitalismo é baseada na liberdade econômica e política. Então as pessoas deveriam ser livres para agir e tentar novas coisas. Temos uma infraestrutura existente: temos táxis e hotéis, assim como licenças e regulações que mantêm toda essa estrutura no lugar. 


Quando surgem as alternativas, temos que pensar em como fazer para que a transição ocorra e todas as opções possam coexistir. Nem todo mundo deseja se hospedar pelo Airbnb. É preciso calcular como fazer a transição de uma forma suave. 

De um modo geral, acho a tendência positiva, especialmente quando a economia compartilhada chega aos carros, porque, se você olhar pelo ponto de vista da sustentabilidade, os automóveis costumam estar ociosos na maior parte do tempo e, quando começamos a usar infraestrutura compartilhada, é possível satisfazer as necessidades de transporte das pessoas com muito menos veículos.

Portanto, há menos impactos em consumo de energia, de materiais, na construção e no descarte dos carros. Um número menor de automóveis pode então prover o mesmo valor para os consumidores, o que é melhor em diversos campos. 

O que temos que garantir é que o novo modelo não destrua muitos empregos do modelo tradicional, mas acho que encontraremos um caminho nesta nova proposta, em que não se paga pela propriedade, mas pelo uso. As companhias devem deixar de lucrar com a venda para ganhar com o uso do carro ou de outra infraestrutura. 

Então, tudo se torna um serviço. Você não compra mais tantos produtos, mas paga pelo que eles fazem. E isso muda a lógica de produção, porque o incentivo para a indústria passa a ser o de criar um produto que vá durar por muito tempo. Como pneus, que serão muito melhores se forem capazes de rodar cinco mil milhas do que se custarem US$ 5,00, mas forem descartados rapidamente.

Mundo do Marketing: Mas hoje o que mais vemos são produtos descartáveis, feitos por indústrias que se apoiam na obsolescência programada para vender mais e mais…
Raj Sisodia: A maioria das companhias age como se não houvesse futuro e o futuro é um stakeholder. Quando você é consciente, começa a pensar nas consequências de longo prazo das suas ações de hoje e a pensar nas consequências dessas ações na vida de outras pessoas. 


Ou seja, os efeitos não só em meu próprio bem-estar e nos meus lucros, mas nos dos demais. Isso é o que significa ter um negócio consciente.

Mundo do Marketing: O que as empresas ainda não compreendem sobre o movimento do capitalismo consciente?
Raj Sisodia: Muitas companhias e, especialmente, líderes chegaram até aqui em um modelo mental de que os negócios devem estar direcionados para a maximização dos lucros. E muitos desses líderes são pessoalmente motivados por seu próprio poder e seu próprio enriquecimento. 


Eles se tornaram líderes porque queriam ganhar muito dinheiro. É muito difícil tornar esse tipo de líder consciente, porque ele, na verdade, está usando as outras pessoas para alcançar o sucesso pessoal dele. Essa é a definição de um tirano, não de um líder. 

Ele sabe como entregar números, como cortar custos, mas não está focado em gerar impacto na vida das pessoas. Nem parece se importar muito com isso. Se falarmos com esses líderes sobre o capitalismo consciente, eles não entendem porque acham que está tudo bem. Não compreendem os problemas que estão ocorrendo dentro da empresa.

Algumas vezes, é preciso buscar uma nova liderança que seja motivada por propósito e por serviço às pessoas e não apenas por poder e pela riqueza pessoal. As empresas que têm esse tipo de líder no quadro de diretores e essa mentalidade são mais bem-sucedidas financeiramente no longo prazo. 

Mas algumas pessoas não acreditam nisso. Se não estiverem focadas no lucro, como poderão ser rentáveis? Mas é como a felicidade. Se você apenas tentar ser feliz, você não o será. É preciso conduzir sua vida de uma determinada maneira para ser feliz. 

O mesmo ocorre com os negócios. Se uma empresa é criada com base em cuidado e amor e cresce com os seus erros, o lucro virá, ele é o resultado. É uma mudança de mentalidade. Nossa concepção é a de que o capitalismo consciente pode envolver qualquer negócio, especialmente os que visam o lucro, que são a maioria.

Acreditamos que o lucro é necessário no mundo, porque, se não for assim, aparecem as taxas, para que o governo possa financiar a infraestrutura e os serviços sociais, como a educação pública e a saúde pública. 

O problema é que, anteriormente, o lucro era perseguido em detrimento de outras questões, levando a outras formas de danos: no ambiente, na saúde das pessoas, no bem-estar, no estado mental das pessoas… O que estamos dizendo é que é possível ter lucro para investidores ao mesmo tempo em que se gera impacto na sociedade, mantendo um propósito social. É possível fazer o bem a todos os stakeholders ao mesmo tempo e gerar um impacto ainda maior no mundo. 

Leia também: Economia compartilhada. O que é, desafios e oportunidades. Estudo do Mundo do Marketing Inteligência. Conteúdo exclusivo para assinantes.

economia compratilhada

sábado, 29 de agosto de 2015

Bauducco cria movimento Amigo KID V!D

"Após realizar estudo, marca elabora projeto que destaca a importância de construir amizades e estimular a cooperação. Novo biscoito incentiva o desenvolvimento infantil."

 

*-.x-.* Por Priscilla Oliveira | 28/08/2015


A Pandurata Alimentos, detentora da marca Bauducco, elaborou um projeto que destaca a importância de construir amizades e estimula a competição. 

O movimento “Amigo KID V!D” foi feito após o desenvolvimento de um estudo voltado ao mercado infantil e resultou em um material que faz uma análise do comportamento integral das crianças. Além disso, o levantamento apresenta os conhecimentos adquiridos em cada fase da infância e a forma como acontecem.

Um dos fatores identificados para esse desenvolvimento é o ato de brincar, principalmente se ele for espontâneo e associado a outras circunstâncias da rotina.

Para reforçar esse conceito, a empresa mira em um produto direcionado às crianças em estágio de aprendizado, combinando um lanchinho saboroso com ato de compartilhar e aprender entre amigos. 

O biscoito KID V!D, maior lançamento da marca para 2015, chega ao mercado com dois diferenciais: o formato retangular com “picote” no meio, que possibilita o compartilhamento entre as crianças, e a brincadeira do STOP na casquinha, que estimula o raciocínio e interatividade.

O novo biscoito recheado vem nos sabores chocolate e morango, e é resultado de um investimento na linha de produção, em pesquisas e em testes com consumidores. 

Cada pacote terá 145g e será vendido ao preço sugerido de R$ 1,79. Para reforçar o movimento “Amigo K!DVID”, a Bauducco também criará um perfil no Instagram intitulado “

@KIDV!DBauducco”, com conteúdo inédito para ajudar as mães a elaborar novas brincadeiras para os filhos. 

As dicas mostrarão como utilizar o biscoito nas atividades, contar histórias de consumidores em cartoons e exibir uma websérie exclusiva com personagens reais que mostram a importância da relação de amizade e aprendizado entre crianças de várias faixas etárias.
Bauducco, KID V!D, Mercado Infantil, Desenvolvimento Infantil

Bauducco, KID V!D, Mercado Infantil, Desenvolvimento Infantil

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Livro faz analogia entre fenômeno climático e movimento do mercado

"Tsunami – porque as empresas que surfam esta onda gigante chegam à frente de seus concorrentes, de Berenice Ring, reflete sobre comportamentos e oportunidades de negócio."

 

*-=-* Por Roberta Moraes | 28/08/2015


Antecipar-se às novas ondas, ou às tendências, é o sonho de consumo dos profissionais de Marketing que visam impactar os consumidores em suas ações. 

Ligado nesta máxima, chega às livrarias o livro em “Tsunami – porque as empresas que surfam esta onda gigante chegam à frente de seus concorrentes”, da especialista em Branding e Coordenadora de pós-graduação da FGV, Berenice Ring. 

A obra traz uma reflexão sobre os caminhos que o mercado está tomando em função das transformações do comportamento da sociedade por conta da internet e as oportunidade de negócios para quem quer se antecipar aos movimentos.

A autora comenta as mudanças de consumo provocadas pelas redes sociais, pelos aplicativos que incentivam o compartilhamento e o financiamento coletivo de projetos. 

O livro coleciona cases diversos, como o fenômeno Quick-massage, pensado por quem compreendeu a “onda” de stress vivida nas grandes cidades e propôs as cadeiras de massagem rápida em pontos de grande circulação de pessoas a fim de um relaxamento instantâneo. 

A publicação conta com projeto gráfico diferenciado e imagens coloridas em todas as páginas. 
Branding, FGV, Livro, Berenice Ring

Coca-Cola atinge meta de reposição de água

"Alcance de 100% da neutralidade do bem será feito até o final de 2015, cinco anos antes do prazo previsto. No Brasil, meta foi cumprida em 2013 e inclui ações na Amazônia."

 

*.-x-.* Por Priscilla Oliveira | 27/08/2015

A Coca-Cola atingiu sua meta de reposição de água. A empresa informou que o alcance de 100% da neutralidade do bem será feito até o final de 2015, cinco anos antes do prazo previsto. Atualmente, a companhia devolve para o meio ambiente 94% dos recursos hídricos utilizados em seus processos de fabricação. 

O cálculo leva em consideração o total de litros de água utilizada no processo de fabricação das bebidas e os litros de água gerados ou retidos na natureza relativos aos investimentos socioambientais da companhia.

Desde 2004, foram devolvidos bilhões de litros de água às comunidades e à natureza por meio de 209 projetos hídricos comunitários em 61 países. 

A devolução do recurso na quantidade equivalente à que consome em suas bebidas e na produção é feita por meio de projetos de reposição, aumentando a eficiência no uso do líquido em suas fábricas e o devolvendo para bacias hidrográficas e municípios por meio do tratamento residuais.

No Brasil, a marca já é neutra em água desde 2013, tendo sido capaz de repor 100% do insumo utilizado no processo produtivo dois anos antes do anúncio global. Os resultados ainda mostram uma redução em 25% no consumo específico nas fábricas, nos últimos 12 anos.

Para produzir um litro de bebida, a Coca-Cola Brasil utiliza, em média, 1,86 litro de água (incluindo o volume do produto). O índice brasileiro é comparável aos de países como Portugal, Alemanha, Canadá, Espanha e Itália. A meta da Coca-Cola Brasil é chegar a 1,7 litro de água utilizada a cada litro de bebida produzido até 2020.

Um dos projetos para a empresa alcançar a meta no país foi o Programa Bolsa Floresta. Implementado em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável, a iniciativa garante a “floresta em pé” por meio de geração de renda para 40 mil beneficiários em 15 comunidades ribeirinhas do Amazonas. 

A manutenção da Floresta permite a geração e a retenção dos recursos hídricos na Bacia Amazônica, uma das mais importantes do mundo.
A metodologia de implantação foi feita pela The Nature Conservancy (TNC) e os projetos são revisados e avaliados anualmente. 

Para levar água potável segura para cerca de seis milhões de habitantes da África até 2020, a companhia fez parceria com ONGs, instituições e governos locais. 
Coca-Cola, Sustentabilidade, Água

Empresas mantêm visão antiga, apesar de novas ferramentas de Marketing

"Ainda que o meio acadêmico fomente cursos e especializações com conceitos mais atuais, companhias ainda praticam as mesmas rotinas sem dar atenção a princípios básicos."


*.\o/.* Por Bruno Mello e Priscilla Oliveira | 28/08/2015

Luís Sá, idealizador e Coordenador Nacional do MBA em Marketing da Fundação Getulio Vargas
Se as práticas no Marketing mudaram ao longo dos anos, no meio acadêmico essa transformação foi sentida tão intensamente quanto no mercado. Isso porque as universidades têm a responsabilidade de levar para o profissional as atualizações e formas de implantar as novidades.

Ainda assim, mesmo com investimentos e salas de aulas cheias, muitas empresas continuam incorrendo no erro de não praticar o que foi ensinado ou mesmo mantendo a visão antiga, voltada à comunicação.

Essa estagnação das companhias traz uma preocupação ao mercado, uma vez que diversas ferramentas e novas plataformas que poderiam ser utilizadas para melhorar o relacionamento e o atendimento ao cliente, por exemplo, deixam de ser utilizadas, colocando o Brasil em uma posição atrasada em relação aos demais países. 

Conceitos como Design Thinking, Omnichannel ou Neuromarketing são pouco executados no dia a dia, justamente em um momento em que os consumidores estão cada vez mais exigentes em relação à atenção dispendida pelas marcas. Uma mudança comportamental das empresas – e não mais das pessoas – deve solucionar a maneira com que os gestores encaram suas presenças na vida dos clientes.

Acompanhar inúmeras novidades na área pode parecer assustador para quem atua no ramo, mas são justamente professores e especialistas em Marketing que podem trazer luz para que cada um encontre sua própria solução para os negócios. “As companhias conseguem de fato gerar um alto volume de informação e as classificam. 

Entretanto, elas não praticam o básico, que é entender minimamente as necessidades do cliente. Para isso é preciso haver uma integração entre os setores da empresa, pois o Marketing não pode se isolar. Cada um possui suas especialidades que podem dar uma maior aderência às ações. 

Os executivos têm que sair do ar-condicionado e ouvir mais pessoas”, afirma o professor Luís Sá, idealizador e Coordenador Nacional do MBA em Marketing da Fundação Getulio Vargas, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Mundo do Marketing: Em 20 anos de MBA de Marketing vivemos muitas mudanças. Como era antes e como está o Marketing hoje?
Luís Sá: Há duas décadas, ainda não se falava em internet, apesar de ela existir de forma embrionária. Nos cursos, passamos a tratar o tema em 1997, com a nossa primeira disciplina de aspectos online, que era sobre e-commerce. De lá para cá, vivemos transformações e, hoje em dia, é impossível falar no Marketing sem falar de comunicação digital. 


Em nosso curso de MBA, a cada ano vamos incorporando mais disciplinas na área digital, como gestão de mídias sociais, e-commerce e internet das coisas. Procuramos sempre inovar. O mundo mudou muito com a tecnologia da informação aplicada à comunicação. Houve um fenômeno, mas talvez as empresas não tenham percebido a sua extensão, que é uma transferência de poder dos fabricantes para os consumidores.

Os clientes, por meio da comunicação digital e todos os meios, interferem imensamente na estratégia de Marketing das empresas e isso é o que chamamos de consumer empowerment. Essa transferência de poder não foi algo autorizado, os consumidores simplesmente tomaram conta. 

Se, por um lado, essas pessoas ajudam as marcas a acertarem suas ofertas, o que, consequentemente, reduz o custo de desenvolvimento de produtos e serviços e aumenta a taxa de acertos, por outro vemos empresas reféns esperando uma resposta deles. O Marketing mudou, porque o mundo mudou. A relação da ambiguidade é algo com a qual temos que conviver. 

Fica mais difícil poder conversar com esse consumidor porque a comunicação está muito mais fragmentada. Está sendo uma revolução interessante, pois existem muitos benefícios. Os últimos sete anos foram mais acelerados. O universo online permite conhecer melhor quem são nossos consumidores e é mais fácil monitorar o comportamento online do que off-line. E essa é a vantagem.

Mundo do Marketing: O consumidor mudou, mas existem premissas do Marketing que não mudam, não é?
Luís Sá: Sim, há situações que continuam as mesmas, como a essência de entregar um custo-benefício e valor. O que mudou foi a forma de fazer, mas as empresas parecem não entender que por mais que o hábito mude, essas pessoas continuarão a buscar esse básico. 


O que existe é uma possibilidade maior de comunicar com o cliente em relação aos canais e de entregar o que você vende em outros meios, sem ser o físico – afinal, existem diversas plataformas online. A logística precisou se sofisticar e evoluiu bastante ao longo dos tempos. Ainda temos um desafio muito grande de varejo de loja em relação ao Omnichannel. 

Há exemplos positivos dessa integração, tanto a empresa ganha quanto o cliente, mas não vemos muitas práticas. O Brasil possui boas experiências que foram originadas pelo avanço brutal da tecnologia da informação, aplicada à comunicação, mas nesse ponto o processo ainda está lento.

Mundo do Marketing: Há 20 anos não tínhamos Design Thinking no currículo, algo que a FGV já incluiu em 2015. O que muda academicamente?
Luís Sá: Qualquer profissional de Marketing precisa conhecer constantemente o comportamento do cliente. Ele precisa desenvolver pesquisas de mercado, gerenciar produto e serviços da mesma forma que continua tratando logística e distribuição, além da comunicação. Já era assim no antigo currículo e continua sendo agora. 


O que trouxemos dessa vez são temas emergentes, como Design Thinking, Big Data, mobile, Neuromarketing, analytics 2.0 e gestão de redes sociais. São assuntos novos, que existem em nossos MBA há um tempo. Em 2015 investimos em conhecimento do varejo na era Omnichannel, que é um grande desafio para os próximos anos.

Se compararmos um programa de 1995 e o atual, existem diferenças consideráveis. Nossa turma teste aberta em 20 de maio de 1995, em Belo Horizonte, já viu um currículo diferente da turma aberta no Rio de Janeiro em 2007. 

Nesta, tínhamos as disciplinas de vanguarda, como e-commerce e Data Base Marketing (DBM), as quais, naquela época, poucas empresas utilizavam, com algumas exceções entre os bancos e as operadoras de cartões. Depois, o pensamento evoluiu e apareceu o CRM.

Mundo do Marketing: Até hoje, poucas empresas praticam o DBM corretamente…
Luís Sá: Costumo contar uma história que aconteceu com um cliente, que dizia que eu repetia demais que ele precisava aprimorar o conhecimento sobre os consumidores. E, de fato, é preciso visitá-los mesmo trabalhando em uma área de vendas. É importante estar conversando com eles. 


Esse cliente achava que não tinha necessidade de conversar com as pessoas. Ele era o vice-presidente de uma empresa grande e alegava que tinha um bom orçamento, que investia em muitas pesquisas, monitorava o comportamento na web, contava com um contact center que semanalmente fornecia relatório e, além disso, tinha um CRM analítico e operacional que juntava essas informações. Consequentemente, possuía mais informação que conseguia digerir. 

E aí voltamos ao primórdio do Marketing, que é uma empresa orientada para o mercado: aquela que consegue gerar uma série de informações e disseminá-las em todas as áreas funcionais. Temos o cliente como centro de tudo e agimos para satisfazê-lo.

O que eu noto é que as companhias conseguem de fato gerar um alto volume de informação e as classificam. Entretanto, elas não praticam o básico. O vice-presidente tem essas informações, mas para que e para quem elas circulam? Cerca de 20 minutos por mês, o executivo recebe um overview do que acontece no mercado. 

Quem tem acesso? Quem pede? Mais ninguém tem acesso. Não me admira que nós, brasileiros, não estejamos cumprindo o dever básico do Marketing, que é entender minimamente as necessidades do cliente. À medida que essa informação não circula, isso causa um isolamento da área de Marketing. A essência continua a mesma, mas ainda se erra no básico.

Mundo do Marketing: Por que não conseguimos entender isso?
Luís Sá: Entendo o Marketing como tendo uma função transversal a outras funcionalidades. E cabe a essa área a gestão dos clientes – que é o maior ativo que uma marca pode ter. Entretanto, esse departamento se comunica muito mal com os demais. 


Se vou lançar um novo produto, faço um plano de ação e pouco envolvo as outras áreas, apenas comunico o que será. O profissional só falará se precisar compor com outros setores para suprir sua necessidade, como financeiro ou de produção. A questão que parece fundamental é que o modo de fazer está errado.

O que aconselho é juntar os gerentes de todos os departamentos e compartilhar o projeto. Os outros profissionais possuem um nível de especialização que o Marketing não tem. Esse plano pode conquistar uma aderência maior se todos participarem e, se tudo der tudo certo, é importante dividir esse sucesso com todo mundo. O Marketing está integrado na empresa e até assume liderança, sempre que possível.

Mundo do Marketing: Seria o caso de fazer um Marketing holístico?
Luís Sá: Sim, um CEO quer ouvir falar de vendas, share de mercado, visibilidade, ganhos de eficácia obtidos, inovação de novos canais, precificação e modelos de negócios. O presidente se interessará em relação à retenção de clientes e à lucratividade (ROI) para sua família de produtos ou aquela que o profissional gerencia. 


Essas questões farão com que ele pare para ouvir. Falar que participou de uma feira ou que fez um folheto é importante, mas não ganha interesse de um CEO. Tem que focar no que impacta: venda, share e indicador de lucro. A pessoa pode encantar seu presidente se de fato souber administrar. 

Não adianta só entender de comunicação. Quem gerencia um ativo da companhia precisa entender de custo, logística, precificação e vendas. Como conseguir isso? Saindo do escritório, deixando o ar-condicionado e ouvindo os vendedores.

Mundo do Marketing: Após 20 anos, saímos de um Marketing de comunicação para um mais analítico?
Luís Sá: Esse lado analítico, que permite aplicar uma série de técnicas multivariadas na solução de precificação e de modelos preditivos de consumo é um campo que pouca gente domina, mas existem empresas especializadas, que trazem essa possibilidade para que uma marca consiga avançar, entender e prever o comportamento de compra do seu cliente.


Mundo do Marketing: Muitos problemas de hoje em dia não foram estudados. A todo momento, surgem novas questões. Como vocês se preparam para os próximos 20 anos? Que problemas virão e ainda não teremos histórico?
Luís Sá: Hoje em dia, há mais acesso ao que está acontecendo de mais recente. Em 2013, apareceu um artigo falando sobre Big Data e Analytics 2.0, em que estavam citadas duas consultorias que fazem o trabalho de maximizar os orçamentos das empresas. 


Elas desenvolveram uma série de algoritmos que oferecem as soluções para o cliente. No Brasil, não conheço nenhuma empresa que faça isso. Mas pelo menos entendemos que existem novidades que estão aparecendo, que mais cedo ou mais tarde teremos acesso a elas.

Especialmente assuntos que têm na sua essência tecnologia da informação. Então, estamos começando a falar do Brasil e isso envolve o varejo de lojas multicanal. 

Se tiverem duas experiências bem obtidas nesse campo, é algo válido, mas se nem todos os varejistas do mundo estão interessados e sabem atuar, os próprios acadêmicos têm que estar interessados em se debruçar sobre esse acontecimento. 

Leia também: Inbound: a estratégia de Marketing do presente e futuro. Estudo do Mundo do Marketing Inteligência. Conteúdo exclusivo para assinantes.

Inbound

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Google aponta momentos ideais para conversão do consumidor mobile

"Ocasiões classificadas como “Quero Saber”, “Quero Decidir” e “Quero Aprender” são as ideais para interagir com usuários entregando conteúdo relevante e tornando-os clientes."


*\.o./* Por Roberta Moraes | 26/08/2015

Fábio Coelho, Google BrasilSe a internet facilitou a vida dos consumidores, a conexão móvel deu a eles superpoderes. O acesso a mais informações está alterando a jornada de compra dos brasileiros e impactando a realidade das marcas. 

As mudanças são significativas e acontecem na rapidez de um clique, como mostra um levantamento realizado pelo Google no Brasil, que analisou o comportamento dos internautas nos dispositivos móveis. Em 2010, o número de brasileiros com acesso à internet era de 82 milhões, e apenas 10 milhões possuíam smartphones. 

Em cinco anos, esses números tiveram um salto expressivo, pulando para 117 milhões de conectados e 93 milhões que possuem celulares inteligentes. Com a informação na mão, o brasileiro está mais imediatista e ainda mais exigente por conta da expectativa elevada.

A gigante de buscas percebeu que o acesso à internet está marcado por micromomentos, e são eles que ditam as necessidades dos consumidores. A busca por um lugar para tomar café, a receita para o jantar, a leitura sobre um tênis de corrida ou a pesquisa sobre o destino de férias são, segundo o levantamento, as ocasiões ideais para entregar um conteúdo com relevância, a fim de responder os anseios e gerar conversão. 

Essas buscas atendem a momentos classificados pelo Google como: “Quero Saber”, quando há o consumo de informação; o “Quero Decidir”, em que as pesquisas dão mais confiança para finalizar processos; e o “Quero Aprender”, em que o internauta procura dados para facilitar a realização de atividades cotidianas.

Todos esses momentos estão ficando cada vez mais frequentes. O tempo que as pessoas passam conectadas à web pelos aparelhos móveis aumentou 112% no último ano. Esse contato possibilita maior liberdade de acesso a entretenimento, buscas e até mesmo altera a jornada de compra. “O Brasil precisa ser mais eficiente. 

O país passa por um momento de ganho de transparência em relação aos negócios. Nada como poder trazer essa transparência sob a ótica da comunicação, do engajamento, da construção de marca e da geração de negócio. Há cinco anos, entrávamos na internet, hoje vivemos nela. 

Precisamos interpretar o consumidor por meio de ocasiões em que eles estão conectados e entender como as empresas e marcas podem ser relevantes no momento que os usuários querem”, afirmou Fábio Coelho, Presidente do Google Brasil, durante a apresentação da pesquisa em São Paulo.

Visitas mais rápidas
Cada vez mais conectadas, as pessoas estão móveis até mesmo quando estão em casa e utilizam os celulares para acessarem à internet enquanto fazem alguma outra atividade. Toda essa mobilidade está gerando uma sensação de urgência cada vez maior no usuário, fazendo com que as visitas aos sites sejam cada vez mais rápidas. 


Segundo o levantamento, esse tempo teve uma redução de 9% nos últimos três anos. “As pessoas querem ter uma experiência o mais rápida possível. Elas desejam entrar e entender quais são as alternativas. E, depois, seguem para novas buscas. O brasileiro não se contenta com uma abordagem ou um ponto de vista. Ele quer conhecer a perspectiva de outros canais”, explica Coelho.

A visita mais curta não quer dizer que ela seja menos eficiente. A taxa de conversão via mobile aumentou 74%, de acordo com a pesquisa. O dado mostra como os dispositivos móveis estão se consolidando como um canal de compra, o que era impensado há cerca de três anos, quando a internet pelo celular era vista apenas como possibilidade de consulta. 

Essa mudança só foi possível por conta da melhora das interfaces, dos sites móveis e do surgimento dos aplicativos, que facilitaram a relação de consumo, transformando esses dispositivos em plataformas de negócio.

Apesar de todo o potencial, essa funcionalidade não está clara para muitos empresários, que ainda não aproveitam as oportunidades proporcionadas por este novo ponto de contato com os consumidores. 

“Nosso trabalho é ajudar as empresas, marcas e agências de propaganda a entenderem o novo momento. A nova realidade de comunicação é, na verdade, uma nova realidade do mercado. Hoje, as pessoas pesquisam na internet dentro das lojas, decidindo qual produto comprar. 

Com a informação em mãos, o consumidor pode negociar um desconto ou, simplesmente, buscar outra loja”, acrescenta o Presidente do Google.
Oportunidade para pequenos negócios
Os dados levantados mostram que não são apenas as grandes marcas que devem ficar atentas aos consumidores conectados. 


Os pequenos e médios empreendedores podem movimentar suas empresas ao perceberem que o uso de smartphones confere ainda mais relevância aos negócios locais, uma vez que a pesquisa de produtos e serviços próximos ao consumidor aumentou 55%. O dado reforça a importância da presença das PMEs no ambiente digital, o que pode ser fundamental para a conversão. É fundamental estar no mesmo lugar do consumidor quando ele sinaliza que quer efetivamente comprar.

A pesquisa mostra ainda que o brasileiro é hiperconectado e que escolhe como e quando se engaja. A maneira deste público explorar o ambiente online é feito por diversas maneiras: por meio de buscadores de preço, redes sociais, site de notícias, de vídeos, entre outras. A curiosidade do público nacional impulsiona, principalmente, a audiência no YouTube. 

As buscas relacionadas a “como fazer” na ferramenta tiveram aumento de 72%. No primeiro semestre de 2015, mais de duas milhões de horas desse conteúdo foram assistidas no Brasil. Metade do conteúdo foi visto em smartphones ou tablets. 

O uso do celular é tão intenso que quase a totalidade (94%) dos entrevistados disse que utiliza o aparelho para ter ideias enquanto realiza uma tarefa.

E oito em cada 10 brasileiros usam o smartphone para obter informações sobre a compra de um produto ou serviço. E quase a mesma quantidade (79%) dizem que estão procurando mais informações online agora, comparado a alguns anos atrás. E não são só as vendas diretas que são impactadas pela ferramenta. A comunicação entre as marcas e os consumidores pelas mídias tradicionais também acabou mudando.

Dentre os usuários de smartphones, 65% os utilizam para aprender mais sobre algo que viram em um comercial de TV. “As pessoas pegam o estímulo da televisão, que continua sendo mídia de massa, e vão nas plataformas para entender, validar, aceitar, aprofundar ou refutar aquele estímulo. 

O que é visto na TV hoje em dia continua pautando muito da nossa vida em relação ao conhecimento, mas por outro lado as pessoas estão o tempo todo conectadas, sejam real time ou após um evento, para entender o que está acontecendo”, finaliza Fábio Coelho.

 * A repórter viajou a São Paulo a convite do Google Brasil


Baixe o conteúdo gratuitamente

google

Crescimento da conexão mobile exige mudança estrutural nas empresas

"Diretora de Produtos e Inovação do Google para a América Latina, Flávia Verginelli, aponta a importância do profissional de user experience na construção de estratégias melhores."

 

*-\o/-* Por Roberta Moraes | 27/08/2015


Flávia Verginelli, Diretora de Produtos e Inovação do Google para a América Latina
O novo momento trazido pelo crescimento da conexão mobile, apontado em pesquisa pelo Google, exige uma mudança estrutural nos negócios. Se até pouco tempo atrás as grandes marcas se preocupavam em contratar os mais renomados arquitetos para transformarem seus espaços físicos a fim de encantarem seus clientes, hoje, o ambiente online também precisa de experts. 

Antes relegada ao segundo plano, a experiência proporcionada pelos sites pode ditar a eficiência da atividade, aumentando a conversão e, quem sabe, fidelizando os consumidores. E com o aumento dos acessos via smartphones, a conexão por meio dessas plataformas deve ser otimizada.

Com essa nova realidade, surge no mercado a necessidade de um novo profissional, aquele empenhado em transformar a visita em um site em algo agradável e com fácil navegação. Com a recente descoberta de que o tempo de visita nas páginas reduziu 9%, esse especialista precisará garantir que os canais sejam interessantes, tenham uso fácil, intuitivo e sejam confortáveis aos consumidores. 

Surge então a necessidade de especialistas em user experience, atividade que há cinco anos não tinha tanta procura no mercado. Esse profissional deve ser focado em tecnologia, a fim de desenvolver projetos inovadores, que facilitem a rotina dos usuários e, também, em design.

A percepção dos consumidores no ambiente online tem a capacidade de mudar o funil de vendas. Ao chegarem em uma loja física conectadas, as pessoas estão tomando decisões e mudando-as a todo instante, graças às informações que estão disponíveis na palma da mão. 

Isso quer dizer que uma simples pesquisa pode alterar a jornada de compra. Apesar de estar em crescimento e consolidação, algumas marcas já enxergaram a eficiência que os aparelhos móveis têm para os seus negócios, e que ultrapassa a estratégia de comunicação criando uma sinergia entre os ambientes físicos e virtuais.

A Starbucks, por exemplo, conseguiu levar mais eficiência para as lojas físicas ao criar um aplicativo que permite que os pedidos sejam feitos com antecedência, agilizando o processo ao identificar o cliente por geolocalização. “Depois de se posicionar como uma empresa de tecnologia que se monetiza com a venda de café, as ações da Starbucks na bolsa de valores tiveram um salto. 

A companhia entendeu a escala que pode ter com esses consumidores ao enxergar as possibilidades criadas pelos smartphones”, comenta Flávia Verginelli, Diretora de Produtos e Inovação do Google para a América Latina, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Mundo do Marketing: Como as novas tecnologias estão transformando o consumo e a relação das pessoas com as empresas?
Flávia Verginelli: Houve uma fragmentação muito grande no consumo das mídias. Antes, as pessoas tinham apenas um momento para terem acesso aos veículos. O fim do dia era destinado para assistir a um programa de TV, ler uma revista e isso mudou. Atualmente, durante o dia inteiro, as pessoas estão consumindo alguma coisa. 


Mas há o momento certo para as companhias se comunicarem com essas pessoas que estão conectadas o tempo todo, porque elas podem estar online, mas não estarem propensas a receber uma determinada mensagem de uma marca. 

E o que o Google quer é trazer relevância neste mundo segmentado, porque não acreditamos na interrupção pela interrupção. É preciso entregar um conteúdo de qualidade para o consumidor, no momento em que ele espera que isso aconteça.

Mundo do Marketing: Como as empresas estão aproveitando as ferramentas oferecidas pelo Google para atrair e engajar os consumidores?
Flávia Verginelli: Há diversas maneiras de entregar material que realmente seja importante para o internauta e, para isso, é importante perceber quando há uma intenção de consumo, de receber algo. Por exemplo, quando uma pessoa busca por “como fazer”, ela já sinaliza que quer algo e este é o momento de as empresas entregarem algo com relevância. 


E o papel do YouTube é muito importante para o How to e, não por acaso, o brasileiro é um dos principais públicos dessa ferramenta. A Sephora já entendeu essa característica e oferece vídeos de maquiagem, por exemplo, para consumidoras que estão procurando produtos de beleza. Essa é uma maneira de entregar um conteúdo relevante para o consumidor quando ele está sinalizando que está aberto a esse tipo de informação.

Mundo do Marketing: De que maneira o Google tem trabalhado para ser um aliado das marcas neste momento?
Flávia Verginelli: Se analisarmos este novo momento, veremos que a jornada de compra está diferente, pois, em geral, ela começa com a busca na internet. Ao fazer uma pesquisa no Google hoje, o internauta verá que a busca está mais rápida e mais inteligente. 

Hoje, temos a geolocalização, que identifica dentro do Maps qual a loja mais perto do usuário, a disponibilidade do estoque, que permite que o lojista abra o seu inventário dando mais informação ao cliente. Criamos ainda o botão click to call, que permite ao consumidor ligar para a loja apenas ao clicar no número do telefone. 

Dentro do próprio sistema de busca, o Google tem criado produtos que são quase imperceptíveis sob o ponto de vista do usuário, mas que permitem a ele ter uma melhor relação comercial com as organizações. O Brasil é muito importante para a empresa e estamos trabalhando para que os usuários daqui tenham a mesma experiência de uso dos norte-americanos.
      
Mundo do Marketing: Como capacitar as empresas para estarem preparadas e aproveitarem todas essas ferramentas?
Flávia Verginelli: As empresas são pautadas pelo consumo e pelo que as pessoas estão fazendo. O que tem acelerado esse processo é que hoje não existem barreiras para que negócios menores se tornem mais ágeis, porque a tecnologia barateou muito. 


Quando percebemos que estão acontecendo diversas transformações em vários segmentos, como na indústria do turismo e nos aplicativos para pedir táxi, percebemos que a tecnologia está melhorando a eficiência das empresas e facilitando o dia a dia dos consumidores. 

É por isso que investimos muito em pesquisas e estamos sempre abertos para conversar com as empresas e para ajudá-las a terem uma melhor relação com seus clientes.

Mundo do Marketing: Neste novo cenário, quais são as principais carências das marcas?
Flávia Verginelli: É preciso que haja um projeto de desenvolvimento de profissionais, porque o mercado depende de funcionários que estejam mais ambientados a este universo online. Vamos precisar de profissionais de user experience, que têm que agregar conhecimentos em tecnologia e design. 


Esse especialista deve estar preparado para olhar o ambiente online como principal espaço de consumo. Ele tem que ser responsável por garantir um tráfego ao site semelhante ao do ponto de venda de um shopping, com a diferença desse espaço estar aberto 24 horas nos sete dias da semana, disponível a um clique a qualquer dia e qualquer hora. 

Isso agregado a uma geração de Millennials, que nasceu neste ambiente digital, promete reforçar ainda mais essas mudanças, pois essa geração empurrará as empresas neste caminho sem volta. Ela não aceitará mais os modelos tradicionais.

Mundo do Marketing: Quais serão as habilidades desse profissional do futuro?
Flávia Verginelli: Ainda não sabemos qual será a profissão do futuro. E é por isso que veremos uma transformação na educação, pois esse estímulo terá que começar ainda na escola. 


Esses ambientes precisam estimular os jovens a serem mais inovadores, com inteligência emocional para lidarem com essas áreas cinzentas, com as transformações. 

O profissional do futuro é aquele capaz de lidar com as mudanças facilmente. Porque mudamos o tempo todo - seja a organização, o produto e até os consumidores.